44 results on '"Reis, Róbson Ramos dos"'
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2. Verdade e indicação formal: a hermenêutica dialógica do primeiro Heidegger
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Reis, Róbson Ramos dos
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filosofia ,hermenêutica ,heidegger, martin - crítica e interpretação ,Philosophy (General) ,B1-5802 - Abstract
No presente artigo, é apresentado um aspecto central da concepção heideggeriana da fenomenologia nos escritos posteriores a 1919, que, a luz dos textos disponíveis na Gesamtausgabe de Martin Heidegger, revela um componente dialógico específico do método filosófico. A tese de que os conceitos enunciados próprios da filosofia tem um caráter indicativo-formal (formal anzeigend) conduz a uma noção de verdade filosófica, que tem na recpção produtiva e conversacional das sinalizações formais o seu traço definitório. Associado com a noção especulativa do jogo, apresentada por Heidegger no livro Introdução a filosofia (1928/29), a doutrina das indicações formais permite reconhecer um traço dialógico já na hermenêutica da facticidade do primeiro Heidegger
- Published
- 2001
3. Róbson Ramos dos Reis: as possibilidades e os desafios da fenomenologia
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Reis, Róbson Ramos dos, primary, Guimarães, Deborah Moreira, additional, Provinciatto, Luís Gabriel, additional, Fernandes, Christiane Costa de Matos, additional, Barroso, Gabriel Lago de Sousa, additional, and Silva, Taciane Alves da, additional
- Published
- 2022
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4. Thinking the Pandemic: Philosophical Perspectives
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Reis, Róbson Ramos dos, primary, Pinto, João Carlos Onofre, additional, Nobre, Bruno, additional, Lind, Andreas Gonçalves, additional, and Barroso Batista, Ricardo, additional
- Published
- 2021
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5. VIDA NA EXISTÊNCIA: A UNIDADE DOS MODOS DE SER COMPOSICIONAL E CONSTITUCIONAL
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2021
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6. Existência viva: a emergência de fenômenos não existenciais na experiência do sono sem sonho.
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2020
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7. Ways of being and expressivity
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2020
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8. Um sobretudo de argila: afetividade e normatividade na fenomenologia do corpo
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2019
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9. Fenomenologia hermenêutica e psicologia experimental do desenvolvimento.
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Reis, Róbson Ramos dos
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JUNGIAN psychology ,DEVELOPMENTAL psychology ,PHENOMENOLOGY ,IMITATIVE behavior ,POSSIBILITY - Abstract
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- Published
- 2020
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10. Pulsão e dimensão: Heidegger e a estrutura da aptidão orgânica
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2018
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11. Quantificação Existencial e o Problema da Necessidade Manifesta no Pluralismo Ontológico em Ser e Tempo de Martin Heidegger
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2017
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12. HEIDEGGER E OS LIMITES DA MATEMATIZAÇÃO NO CONHECIMENTO DOS ORGANISMOS VIVOS
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2017
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13. Possibilidade e ação na ontologia fundamental de Martin Heidegger
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2015
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14. Contenção e aprisionamento humanos: a sublimidade da natureza em Os Conceitos Fundamentais da Metafísica.
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Reis, Róbson Ramos dos
- Published
- 2007
15. O ens realissimum e a existência: notas sobre o conceito de impessoalidade em Ser e Tempo, de Martin Heidegger
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-
Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 2001
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16. "OUVIR A VOZ DO AMIGO ... "
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Reis, Róbson Ramos dos, primary
- Published
- 1998
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17. Existential feelings and psychiatric disorder: phenomenological contributions
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Lopes, Marcelo Vieira, Reis, Róbson Ramos dos, Castro, Fabio Caprio Leite de, Williges, Flavio, Messas, Guilherme Peres, and Casanova, Marco Antonio
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Philosophy of emotion ,Fenomenologia ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Filosofia da emoção ,Filosofia da psiquiatria ,Phenomenology ,Philosophy of psychiatry ,Existential feelings ,Sentimentos existenciais - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Numerous approaches in philosophy, psychology, and cognitive sciences emphasize the role of affectivity as constituting a basic layer of our mental life. More recently, contemporary phenomenology has emphasized the experiential dimension of emotions and feelings, drawing attention to their relation to taxonomic and ontological issues. This work aims to contribute to this debate by presenting and discussing Matthew Ratcliffe’s concept of existential feelings. The concept refers to an affectivestructural dimension that is difficult to capture conceptually. Its use also allows us to accurately describe elements of disturbance in our familiar relationship with the world identified in some psychiatric disorders. The ways in which the common and everyday experience can be interrupted concern a very subtle balance in the inseparable relationship between self and world, whose mediation happens fundamentally through these feelings. In theoretical terms, examining these feelings also implies a critical assessment of the reductionist and anti-ecological philosophical perspectives on cognition, which culminate in a narrow conception of its disorders, understood as mere biological or psychological processes confined to the brain. Taking this critical perspective as the starting point, this work lies in the intersection between the philosophy of emotion and psychiatry from a phenomenological perspective. It contributes to the assessment and development of the concept of existential feelings. I defend this proposal throughout the five articles that make up the thesis, plus a discussion section. The first article evaluates the relationship between the notion of existential feelings and the concept of Stimmung in the Heideggerian tradition, taking into account the distinction between these concepts from their methodological function; the second article maintains that the notion of existential feelings plays a central role in the determination and individuation of the entity that exhibits the possibility of experiencing what I call disordered existence; the third article presents and discusses in detail the formulation and development of the notion of existential feelings. I also evaluate how to adequately access these feelings through the emergence of psychiatric disorders, and exemplify the experiential disruption such disorders promote through the existential feeling of doubt; the fourth article presents a specific contribution to the theory of existential feelings by approaching the dimension of body memory as an intrinsic and constitutive element of this phenomenological category; the fifth article discusses ways in which experiences of depression can be understood from the notion of "pararealism", in terms of structural modifications in the sense of reality of these individuals. The general aim of this thesis consists of a presentation and discussion of the notion of existential feelings in contemporary phenomenology while defending its usefulness for the discussion of access to and description of psychiatric disorders. Inúmeras abordagens em filosofia, psicologia e ciências cognitivas enfatizaram o papel da afetividade na constituição de uma camada básica de nossa vida mental. Mais recentemente, a fenomenologia contemporânea vem dando grande ênfase à dimensão experiencial das emoções e dos sentimentos, chamando atenção para sua relação com questões taxonômicas e ontológicas. A presente tese visa contribuir para esse debate, apresentando e discutindo o conceito de sentimentos existenciais, recentemente formulado por Matthew Ratcliffe. O construto diz respeito a uma dimensão afetivoestrutural que dificilmente se deixa capturar conceitualmente. Seu emprego permite descrever, com precisão, elementos de perturbação de nossa relação familiar com o mundo, identificados em algumas desordens psiquiátricas. Os modos pelos quais a experiência habitual e cotidiana pode ser interrompida dizem respeito a um equilíbrio muito sutil na relação indissociável entre self e mundo, cuja mediação é feita, fundamentalmente, por esses sentimentos. Em termos teóricos, a consideração desses sentimentos implica também uma avaliação crítica das perspectivas filosóficas redutivistas e antiecológicas da cognição, as quais culminam em uma concepção bastante restrita também de suas desordens, entendidas como meros processos biológicos ou psicológicos confinados ao cérebro. Tomando essa perspectiva crítica como ponto de partida, este trabalho se insere na intersecção entre filosofia da emoção e filosofia da psiquiatria, partindo de uma perspectiva fenomenológica, e propõe-se a apresentar uma contribuição para a avaliação e o desenvolvimento do tema dos sentimentos existenciais. A proposta é defendida ao longo dos cinco artigos que compõem a tese, além de uma seção de discussão. O primeiro artigo avalia a relação entre a noção de sentimentos existenciais e o conceito de Stimmung na tradição heideggeriana, tendo em vista a diferenciação entre esses conceitos a partir de sua função metodológica. O segundo artigo defende que a noção de sentimentos existenciais desempenha um papel central na determinação e na individuação do ente que exibe a possibilidade de experienciar aquilo que chamo de existência desordenada. O terceiro artigo apresenta e discute detalhadamente a formulação e o desenvolvimento da noção de sentimentos existenciais; ainda, é avaliada a forma de acesso adequado a esses sentimentos a partir da emergência de desordens psiquiátricas, sendo exemplificada a ruptura experiencial promovida por tais desordens a partir do sentimento de dúvida existencial. O quarto artigo articula uma contribuição específica no âmbito da teoria dos sentimentos existenciais, apresentando a dimensão da memória corporal como um elemento intrínseco e constitutivo dessa categoria fenomenológica. Por fim, o quinto artigo discute modos nos quais experiências de depressão podem ser entendidas a partir da noção de “pararealismo”, em termos de modificações estruturais no senso de realidade desses indivíduos. A proposta geral da tese consiste, portanto, em uma apresentação e discussão da noção de sentimentos existenciais na fenomenologia contemporânea, ao mesmo tempo que é defendida sua utilidade para a discussão do acesso e descrição de desordens psiquiátricas.
- Published
- 2022
18. Forgetting: a phenomenological-hermeneutical contribution
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Araújo, Pedro Igor Almeida, Reis, Róbson Ramos dos, Santos, César Schirmer dos, and Sena, Sandro Márcio Moura de
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Constitutivismo ,Hermeneutics ,Forgetting ,Constitutivism ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Heidegger ,Hermenêutica ,Esquecimento - Abstract
Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq The tópos of forgetting permeates Heidegger’s work in a decisive manner. From early investigations into the dynamics of factical life up until later meditations regarding the event of appropriation, forgetting is declared to be a fundamental phenomenon by the author. A well-known formulation included at the beginning of Being and time points out to the forgetfulness of the question of the meaning of being as the starting point for the retrieval of an ontological reflection. Besides, notions such as self-consciousness and temporality are introduced by Heidegger along with specific types of forgetting within the horizon of his existential analytic. However, despite its acknowledged relevance, we are still not able to find detailed elaborations of the structures of forgetting and its connexion with further central elements of Heidegger’s work. The aim of this work is to contribute to filling this gap through the exposition and reconstruction of the concept of forgetting as it was introduced by Heidegger within the horizon of the existential analytic of Dasein. Its general purpose is to demonstrate how the acknowledgement of the dynamics of oblivion as a constitutive aspect of Dasein’s way of being allows for relevant distinctions concerning its agentive and reflexive structures. O tópos do esquecimento atravessa a obra de Heidegger de maneira decisiva. Desde as investigações iniciais sobre a dinâmica da vida fática até suas meditações tardias relativas ao acontecimento apropriador, o esquecimento é declarado pelo autor como um fenômeno fundamental. Uma conhecida formulação presente no início de Ser e tempo aponta o esquecimento da pergunta pelo sentido de ser como o ponto de partida para a retomada de uma reflexão ontológica. Além disso, noções como consciência de si e temporalidade são introduzidas por Heidegger em conjunção com tipos específicos de esquecimento no horizonte de sua analítica da existência. Entretanto, apesar de sua reconhecida relevância, ainda não encontramos elaborações detalhadas das estruturas do esquecimento e de sua conexão com outros elementos centrais à obra de Heidegger. O objetivo deste trabalho é contribuir para o preenchimento desta lacuna com base na exposição e reconstrução do conceito de esquecimento como introduzido por Heidegger dentro do horizonte da analítica existencial. Seu propósito geral é demonstrar como o reconhecimento da dinâmica do oblívio como um aspecto constitutivo do modo de ser do ser-aí possibilita distinções relevantes relativamente a suas estruturas agentivas e reflexivas.
- Published
- 2021
19. On an alleged error theory in early Nietzsche’s philosophy
- Author
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Temp, Daniel, Williges, Flavio, Lopes, Rogério Antônio, Chaves, Ernani Pinheiro, Viesenteiner, Jorge Luiz, Pimenta Neto, Olímpio José, and Reis, Róbson Ramos dos
- Subjects
Erro ,Tragedy ,Knowledge ,Illusion ,Conhecimento ,Ilusão ,Tragédia ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Nietzsche ,Error - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES The assertion that knowledge is through and through anthropomorphic is part of a varied repertoire of ideas, sentences and statements that express more or less uniformly one of the most unusual aspects of Nietzsche's meditation on knowledge, notably, the clearly paradoxical idea that knowledge carries something illusory, that the theoretical discourse does not capture or even falsify reality, that truth is nothing but an error. Since, on the one hand, such an idea derives from an earlier reflection that unfolds according to a sinuous argumentative logic and that in addition has its particular assumptions; and since, on the other hand, as supposed knowledge, neither this reflection nor its assumptions escape the drastic denial contained in the very idea that knowledge is error, it is claimed in the present study that Nietzsche's reflection on the erroneous character of knowledge can be freely understood as a theory: only instead of a theory of knowledge, it is maintained that it must rather to be understood as an error theory. Concretely, it is claimed, first, that Nietzsche's reflections trace an aporia in the very concept of knowledge; and, later, that this aporia invariably affects the self-portrait of beings who understand themselves as knowing beings. In this sense, despite the aporetic idea that knowledge is erroneous, the error theory attributed to the philosopher is less a drastic variant of skepticism, and more a theory concerned with showing that the discovery of such an aporia is inevitable for someone who thinks knowledge as we traditionally think. A afirmação de que o conhecimento é de ponta a ponta antropomórfico faz parte de um variado repertório de ideias, sentenças e ditos que expressam de maneira mais ou menos uniforme um dos aspectos mais insólitos da meditação de Nietzsche sobre o conhecimento, notadamente, a ideia paradoxal de que o conhecimento carrega algo de ilusório, de que o discurso teórico não capta ou até mesmo falseia a realidade, de que a verdade não passa de um erro. Dado que, por um lado, semelhante ideia é rebento de uma anterior reflexão que se desdobra segundo uma sinuosa lógica argumentativa e que, além do mais, dispõe de pressupostos particulares; e dado que, por outro lado, na qualidade de suposto conhecimento, nem mesmo essa reflexão nem tampouco seus pressupostos escapam à negação drástica contida na ideia cabal de que conhecimento é erro, reivindica-se na presente tese que a reflexão de Nietzsche sobre o caráter errôneo do conhecimento pode ser livremente entendida como uma teoria: só que em vez de uma teoria do conhecimento, sustenta-se que cabe antes entendê-la como uma teoria do erro. Concretamente, reivindica-se, primeiro, que as reflexões de Nietzsche rastreiam uma aporia no próprio conceito de conhecimento; depois, reivindica-se que essa aporia invariavelmente acomete o autorretrato de seres que compreendem a si mesmos como seres cognoscentes. Nesse sentido, apesar da ideia aporética de que o conhecimento é errôneo, a teoria do erro que se atribui ao filósofo é menos uma variante demasiado drástica de ceticismo, e mais uma teoria preocupada em mostrar que a descoberta de uma tal aporia é inevitável para alguém que pensa o conhecimento como nós tradicionalmente o pensamos.
- Published
- 2021
20. Theories of health and phenomenology of illness
- Author
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Gründling, Alexandre de Ugalde, Reis, Róbson Ramos dos, Williges, Flávio, and Rodrigues, Fernando
- Subjects
Health theories ,Phenomenology of illness ,Teorias da saúde ,Health ,Experiência vivida ,Philosophy of medicine ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Fenomenologia da enfermidade ,Saúde ,Lived experience ,Filosofia da medicina - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES The main purpose of this work is to provide a phenomenological approach to illness. It examines three phenomenological approaches to the experience of the disease. First, It presents the main health theories, namely: the hypocritical theory, the biostatistics, and the holistic theory (in which the phenomenological approach is situated). According to the Hippocratic conception, health consists of a balance and equilibrium between bodily moods, which are qualities of a particular elementary constitution of the individual; in turn, the biostatistics theory considers health as the absence of disease. In this case, It makes a statistical analysis of an empirical ideal of the population to establish a normality pattern through which any deviation is taken as a disease; holistic theory aims to provide a global perspective on the person, considering health as the ability to act in standard circumstances. In this case, the objective fulfillment and circumstances are established in a normative way, concerning well-being and minimal happiness as criteria. The phenomenology of illness, although situated within the holistic health theories field, specifically directed to first-person experience of the disease. In this sense, this work reconstructs the experience concept from three phenomenological approaches. The first, named the paradigm of the lived body, privileges the corporeal aspects and presents a phenomenological conception about the essential structures of the lived body; the second one presents a perspective of hermeneutic phenomenology, in which the existential aspects of finding oneself (Befindlichkeit) - thrown into the world - and the attunement (Stimmung), take the foreground in describing the structure of illness experience; the third approach, in turn, presents a conception of experience whose phenomenological core revolves around the feeling of bodily certainty. This feeling is characterized by being basic and basic, guaranteeing a sense of reality and familiarity with the world. Finally, the experience of illness is thematized by phenomenological reconstructed approaches. In the case of the paradigm of the lived body, illness is described as an experience of the body presenting itself as an uncanny and as an alien presence, but also in its dysfunctional appearance (dys-appearance). This experience is also described in terms of a series of losses such as totality, control, and so on. In the hermeneutic phenomenology approach, the illness emerges as the experience of the world as hostile and unhomelikeness, revealing the uncanny attunement. The last approach presents the experience of illness as bodily doubt, which reveals several changes elucidated in terms of a loss of experiential continuity, bodily transparency, and bodily belief. Among the results obtained, the central element promoted by the analysis and description of the experience of illness to health sciences stands out. In this case, the central role of phenomenology is also highlighted, as it makes possible a theoretical contribution for qualitative investigations about illness experience. The work also shows that illness can provide a privileged perspective, both for philosophy and for the investigation of experience, insofar as it shows up tacit background structures. O presente trabalho tem como escopo principal fornecer uma abordagem fenomenológica da enfermidade. Nele são examinados três enfoques fenomenológicos sobre a experiência da doença. Primeiramente são apresentadas as principais teorias da saúde, a saber: a teoria hipocrática, a bioestatística e a holística (na qual a abordagem fenomenológica está situada). De acordo com a concepção hipocrática, a saúde consiste em uma relação de equilíbrio e balanço entre os diferentes humores corporais, qualidades da constituição elementar de cada indivíduo; por sua vez, a teoria bioestatística, considera a saúde como a ausência da doença. Nesse caso, através da análise estatística de uma parcela populacional se estabelece padrão de normalidade no qual qualquer desvio é considerado doença; já a teoria holística pretende fornecer uma perspectiva global sobre a pessoa, considerando a saúde enquanto uma série de habilidades requeridas para a ação no ambiente, segundo circunstâncias padrão. Nesse caso os fins e as circunstâncias são determinados de forma normativa, tomando critérios como bem-estar e uma noção mínima de felicidade. A fenomenologia da enfermidade, embora situada no âmbito das teorias holísticas da saúde, considera especificamente a experiência vivida em primeira pessoa da doença. Nesse sentido, o trabalho reconstrói a concepção de experiência a partir de três abordagens fenomenológicas. A primeira, chamada de paradigma do corpo vivido, privilegia os aspectos da corporeidade e apresenta uma concepção fenomenológica acerca da reunião de estruturas essenciais constituintes da experiência; a segunda abordagem apresenta uma perspectiva fenomenológico-hermenêutica, na qual os aspectos existenciais do encontrar-se (Befindlichkeit) e da disposição afetiva (Stimmung), assumem o primeiro plano na descrição da estrutura da experiência enferma; a terceira abordagem, por sua vez, apresenta uma concepção de experiência cujo núcleo fenomenológico gira em torno do sentimento de certeza corporal. Este sentimento se caracteriza por ser básico e de fundo, garantido um senso de realidade e familiaridade com o mundo. Por fim, a experiência da enfermidade é exposta a partir do núcleo temático fenomenológico das abordagens reconstruídas. No caso da perspectiva do paradigma do corpo vivido, a enfermidade é descrita a partir da experiência do aparecimento do corpo como presença estranha e alienígena, mas também em seu aspecto disfuncional (dys-appearance). Essa experiência também é descrita em termos de uma série de perdas como totalidade, controle, etc. Com relação à abordagem fenomenológico-hermenêutica, a enfermidade emerge como a experiência do mundo hostil e não familiar (unhomelikeness), revelando a disposição afetiva do estranhamento (uncanny). A última abordagem apresenta a experiência da enfermidade como dúvida corporal, a partir de diversas transformações, elucidadas por fim nos termos de uma perda da continuidade experiencial, transparência do corpo e confiança corporal. Entre os resultados obtidos, destaca-se o elemento central promovido pela análise e descrição da experiência da doença para ciências da saúde. Nesse caso, destaca-se ainda o papel central da fenomenologia ao viabilizar um aporte teórico para investigações desta qualidade. O trabalho mostra ainda que o fenômeno da enfermidade oferece uma perspectiva privilegiada, tanto para a filosofia, quanto para a investigação da experiência, na medida em que traz à tona estruturas tácitas.
- Published
- 2021
21. Heidegger e os limites das A.I. : estudando a possível moralidade das máquinas
- Author
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Triacca, Anderson de Campos, Reis, Róbson Ramos dos, Silveira, Matheus de Mesquita, and Veiga, Itamar Soares
- Subjects
Ethics ,Artificial intelligence ,Philosophy ,Ética ,Inteligência artificial ,Filosofia ,Heidegger, Martin, 1889-1976 ,Searle, John R., 1932 - Abstract
A presente dissertação estuda a possibilidade de agentes artificiais ter acesso e fazer uso de algum tipo de moralidade. Apoiando-se na filosofia de Heidegger e Searle, buscamos os caminhos que levaram a ciência até a concepção de agentes artificiais, e veremos como tais desenvolvimentos encontram-se relacionados de maneira muito estreita ao problema do esquecimento do ser. A partir do estudo dos paradigmas hegemônicos da Inteligência Artificial tentaremos trazer ao plano do evidente seus pressupostos filosófico-ontológicos, de modo que se torne possível delimitar, ao menos de forma aproximada, até onde sua inteligência é capaz de chegar. Ao final veremos como as máquinas desenvolvidas até o momento não foram ainda capazes de vencer as críticas impostas por Searle e Heidegger, mas que isso não impediu a concepção, mesmo que teórica, de Agentes Morais Artificiais. [resumo fornecido pelo autor] Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES This dissertation studies the possibility of artificial agents to access and make use of some type of morality. Based on the philosophy of Heidegger and Searle, we look for the paths that led science to the conception of artificial agents, and we will see how such developments are very closely related to the problems treated on Being and Time. From the study of the hegemonic paradigms of Artificial Intelligence, we will try to find its philosophical-ontological assumptions, so that it becomes possible to delimit, at least in an approximate way, how can machines access the morality. In the end, we will see how the machines developed so far have not yet been able to overcome the criticisms imposed by Searle and Heidegger, but this did not prevent the conception, even if theoretical, of Artificial Moral Agents (AMAs). [resumo fornecido pelo autor]
- Published
- 2020
22. Being and fhenomenality: a study on the concept of possibility in Martin Heidegger
- Author
-
Barroso, Gabriel Lago de Sousa, Casanova, Marco Antonio dos Santos, Sena, Sandro Márcio Moura de, Reis, Róbson Ramos dos, Lyra Neto, Edgar de Brito, and Ferreira Júnior, Paulo Cesar Gil
- Subjects
Transcendentalism ,Husserl, Edmund, 1859-1938 ,FILOSOFIA::METAFISICA [CIENCIAS HUMANAS] ,Ontology ,Possibility ,Possibilidade ,Fenomenologia ,Phenomenology ,Heidegger, Martin, 1889-1976 ,Transcendentalismo ,Ontologia - Abstract
Submitted by Ester CCS/A (ester.souza@uerj.br) on 2021-08-28T23:15:40Z No. of bitstreams: 1 Tese - Gabriel de Sousa Barroso - 2020 – Completa.pdf.pdf: 2412647 bytes, checksum: 6fd99cb1e4cb2b9c2abf1482f2b951fa (MD5) Made available in DSpace on 2021-08-28T23:15:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese - Gabriel de Sousa Barroso - 2020 – Completa.pdf.pdf: 2412647 bytes, checksum: 6fd99cb1e4cb2b9c2abf1482f2b951fa (MD5) Previous issue date: 2020-06-29 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES This thesis investigates the relation between phenomenality and possibility in Martin Heidegger's thought. It seeks to show that this relationship must be understood as a fundamental question of phenomenology, one that reaches its clarity in Heidegger's philosophy. In formal terms, phenomenality designates what constitutes a phenomenon as a phenomenon. If the phenomenological movement is characterized by the intentional analysis of phenomena, that is, by the clarification of the correlation that distinguishes the way in which something manifests as something, the question of phenomenality aims to explain the conditions that determine the structure of the manifestation as such. Throughout the work, I show that the question of being has its proper meaning in light of this problem. Our thesis is that Fundamental Ontology, as exposed by Heidegger in Being and Time, seeks to provide an existential foundation of phenomenality, in which the human Dasein is not investigated according to an anthropological perspective (as a regional ontology), but rather as the place of manifestation of entities in general or as the place of the transcendental. The foundation of phenomenality is structured according to an original concept of existential possibility, which corresponds to the very ontological constitution of Dasein as an entity characterized by ability-to-be (Seinkönnen). In the first chapter of the work, I present a systematic interpretation of the Freiburg lectures (1919-1923), where Heidegger formulates his understanding of phenomenology, clarifies the factual life as the primordial structure of experience and determines the character of life as possibility. The theme of the second chapter is the interpretation of the question of being in light of phenomenology. Based on the analysis of what Heidegger calls an immanent critique of phenomenology, I argue that Fundamental Ontology should be understood as an explanation of the transcendental in existential terms and, according to that, I show how human Dasein assumes a relation with the essence of the manifestation in general. In the third chapter, I deepen this analysis, clarifying the existential sense of possibility and the concepts of understanding and projection. Finally, in the fourth chapter, I consider the relationship between world and possibility, showing how Heidegger's phenomenology formulates an ontological notion of context, which constitutes the conditions of possibility of experience and implies a radical transformation of subjectivity. Esta tese investiga a relação entre fenomenalidade e possibilidade no pensamento de Martin Heidegger. Ela busca mostrar que essa relação deve ser compreendida enquanto uma questão fundamental da fenomenologia, que alcança sua clareza no pensamento heideggeriano. Em termos formais, fenomenalidade designa aquilo que constitui um fenômeno enquanto fenômeno. Se o movimento fenomenológico se caracteriza pela análise intencional dos fenômenos, isto é, pelo esclarecimento da correlação em que se dá a manifestação de algo como algo, a questão da fenomenalidade tem em vista explicitar as condições que determinam a estrutura da manifestação enquanto tal. Ao longo do trabalho, mostramos que a questão do ser ganha seu sentido enquanto é interpretada à luz desse problema. Nossa tese é a de que a ontologia fundamental, formulada por Heidegger em Ser e Tempo, tem em vista fornecer uma fundação existencial da fenomenalidade, na qual o ser-aí humano não é investigado com vistas à exposição de uma antropologia (uma ontologia regional), e sim como o lugar de manifestação dos entes em geral ou como o lugar do transcendental. Essa fundação da fenomenalidade é estruturada segundo um conceito original de possibilidade existencial, que distingue a própria constituição ontológica do ser-aí enquanto um ente marcado pelo caráter de poder-ser. No primeiro capítulo do trabalho, apresentamos uma interpretação sistemática das primeiras preleções de Freiburg (1919-1923), onde Heidegger formula sua compreensão da fenomenologia, busca esclarecer a vida fática enquanto estrutura primordial da experiência e determina o caráter da vida enquanto possibilidade. O tema do segundo capítulo é a interpretação da questão do ser à luz da fenomenologia. Partindo da análise do que Heidegger chama de uma crítica imanente à fenomenologia, buscamos mostrar como a ontologia fundamental deve ser compreendida como um esclarecimento do transcendental em termos existenciais e em que medida, a partir disso, o ser-aí humano passa a ter uma relação com a essência da manifestação em geral. No terceiro capítulo, aprofundamos essa análise, esclarecendo o sentido existencial de possibilidade e os conceitos de compreensão e projeto. Por fim, consideramos no quarto capítulo a relação entre mundo e possibilidade, mostrando como a fenomenologia heideggeriana formula uma noção ontológica de contexto, noção essa que constitui a possibilidade da experiência e implica uma transformação radical da subjetividade do sujeito.
- Published
- 2020
23. The problem of the structure of disclosure of world in the elucidation of social intentionality in Being and time
- Author
-
Tronco, Júlia Garcia, Reis, Róbson Ramos dos, and Rodrigues, Fernando
- Subjects
Hermeneutic phenomenology ,Discurso ,Intencionalidade social ,Social intentionality ,Disclosure of world ,Fenomenologia hermenêutica ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Abertura de mundo ,Martin Heidegger ,Discourse - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES In Being and Time, Martin Heidegger proposes a recapture of the question of the sense of being, with the aim of elaborating a fundamental ontology. Heidegger elaborates an existential analytic, starting from the entity that understands what is to be and understands the question of the sense of being: the human being. Designated as being-there (Dasein), the human being is the object of existential analytic, in which Heidegger presents and interprets the fundamental structures and modes of being-in-the-world, as well as the access of being-there to beings in general and the recognition of the being of several entities that appear in the world. The notion of disclousure of the world is presented by Heidegger in §§28-38 of Being and Time and designates the access of being-there to the world and to the ontological access to the being of entities. The disclousure of the world is articulated. The problem proposed by the present research analyzes an interpretive tension present in Being and Time regarding the articulation of the disclousure of the world. At first, the disclousure of the world is shown as articulated from levels of determination and sophistication of intentional comportments. In this sense, the articulation occurs in stratified levels, starting from practical, pre-thematic and pre- propositional comportments until culminating in more sophisticated levels with propositional and predicative structure. From §34 of Being and Time, there is a tension and a divergence between what has been exposed. This is when Heidegger interprets discourse (Rede) and language (Sprache), recognizing discourse as originary and fundamental to being-there. This statement seems to stand in the way of what had been presented, for it suggests that discourse and language are presupposed from the ground up in any intentional comportment of being- there. These two interpretations are referred to, respectively, as pragmatic interpretation and linguistic interpretation. The purpose of this dissertation is to reconstruct, analyze and evaluate these two conflicting interpretations regarding the articulation of the disclousure of the world in Being and Time. For purposes of evaluation, the structure of being-with is used as the object of study. The purpose of the evaluation is to analyze whether in this specific structure a linkage exists between the two interpretations or if there is a prevalence of any of them. Em Ser e Tempo, Martin Heidegger propõe uma retomada da questão do sentido de ser, com o objetivo de elaborar uma ontologia fundamental. Partindo do ente que compreende ser e compreende a questão do sentido de ser, Heidegger elabora uma analítica existencial, focando no ente humano. Designado como ser-aí (Dasein), o ente humano é objeto da analítica existencial, na qual Heidegger apresenta e interpreta suas estruturas fundamentais e seus modos de ser-no-mundo, assim como, o acesso do ser-aí a entes em geral e o reconhecimento do ser de diversos entes que comparecem em mundo. A noção de abertura de mundo é apresentada por Heidegger nos §§28-38 de Ser e Tempo e designa o acesso do ser-aí ao mundo e o acesso ontológico ao ser de entes. A abertura de mundo, segundo ele, é articulada. O problema proposto pela presente pesquisa analisa uma tensão interpretativa presente em Ser e Tempo a respeito da articulação da abertura de mundo. Em um primeiro momento, a abertura de mundo é mostrada como articulada a partir de níveis de determinação e sofisticação dos comportamentos intencionais. Nesse sentido, a articulação se dá em níveis estratificados, partindo de comportamentos práticos, pré-temáticos e pré-proposicionais até culminar em níveis mais sofisticados com estrutura proposicional e predicativa. A partir do §34, surge uma tensão e uma divergência entre o que havia sido exposto até o momento. Isso se dá quando Heidegger interpreta o discurso (Rede) e a linguagem (Sprache), reconhecendo o discurso como originário e fundamental ao ser-aí. Essa afirmação parece destoar do que havia sido apresentado, pois sugere que o discurso e a linguagem estão pressupostos desde a base em qualquer comportamento intencional do ser-aí. Essas duas interpretações são designadas, respectivamente, como interpretação pragmática e interpretação linguística. O objetivo desta dissertação é reconstruir, analisar e avaliar essas duas interpretações conflitantes a respeito da articulação da abertura de mundo em Ser e Tempo. Para fins de avaliação, é utilizada a estrutura ser-com como estudo de caso. A finalidade da avaliação é analisar se nesta estrutura especifica ocorre uma vinculação entres as duas interpretações ou se há prevalência de alguma delas.
- Published
- 2019
24. On the different modes of spaciality in the hermeneutical phenomenology of Martin Heidegger
- Author
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Rosa, Eduardo Adirbal, Reis, Róbson Ramos dos, Saramago, Ligia, and Missaggia, Juliana Oliveira
- Subjects
Espacialidade subsistente-geométrica ,Fenomenologia hermenêutica ,Existential spatiality ,Espacialidade existencial ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Subsistence-geometric space ,Espacialidade utensiliar ,Hermeneutical phenomenology ,Readiness-to-hand spatiality - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES In the hermeneutical phenomenology developed by Martin Heidegger has been emphasized the presence of a pluralistic ontological conception. Basically, a pluralistic conception assumes that there are distinct ways of being irreducible to one another, that is, distinct modes in which entities appear and thus different modes in which we have significant experience with them. Specifically in the fundamental ontological research undertaken in Being and Time (1927), which explicitly addresses the question of the sense of being in terms of temporality, one can visualize the detailed approach to the modes of being of existence and readiness-to-hand, opposed to the way of being of subsistence. In the scope of this problematic, one can find conceptions of spatiality that are distinct from that objective (subsistence and geometric) and subjective. In a positive way, Heidegger develops a hermeneutical phenomenology of lived space, which is constituted by the intentional correlation between the spatiality of the mode of being of existence and the spatiality of the mode of being of readiness-to-hand. This phenomenology of lived space is understood as more original than any of the conceptions of objective or subjective spatiality, being an ontological condition for them. The objective of this work is to reconstruct the phenomenological-hermeneutic approach of the lived space, presenting the ontological structures of the spatial discovery of the readiness-to-hand entities correlated with the spatial unveiling structures inherent to the existence, opposing both the conception of subsistence-geometric spatiality, which is evidenced since the hermeneutic confrontation that Heidegger realizes with the foundations of the cartesian ontology. No interior da fenomenologia hermenêutica desenvolvida por Martin Heidegger tem sido ressaltada a presença de uma concepção ontológica pluralista. Basicamente, uma concepção pluralista assume que existem distintos modos de ser irredutíveis uns aos outros, ou seja, distintos modos nos quais os entes comparecem e, portanto, distintos modos nos quais temos experiência significativa com os mesmos. Especificamente na investigação ontológica fundamental empreendida em Ser e Tempo (1927), que tem como objetivo explícito tratar da questão do sentido do ser em termos de temporalidade, pode-se visualizar a abordagem em detalhes dos modos de ser da existência e da disponibilidade, contrapostos ao modo de ser da subsistência. No escopo dessa problemática, podem ser encontradas concepções de espacialidade que são distintas daquela objetiva (subsistentes e geométricas) e subjetiva. Dito de modo positivo, Heidegger desenvolve uma fenomenologia hermenêutica do espaço vivido, o qual é constituído pela correlação intencional entre a espacialidade do modo de ser da existência e a espacialidade do modo de ser da disponibilidade. Essa fenomenologia do espaço vivido entende-se como mais originária que qualquer das concepções de espacialidade objetiva ou subjetiva, sendo condição ontológica para as mesmas. O objetivo deste trabalho é, assim, reconstruir a abordagem fenomenológico-hermenêutica do espaço vivido, apresentando as estruturas ontológicas de descobrimento espacial dos entes disponíveis correlacionadas às estruturas de desvelamento espacial inerentes aos existentes, contrapondo ambas à concepção de espacialidade subsistente-geométrica, a qual é evidenciada pela confrontação hermenêutica que Heidegger realiza com os fundamentos da ontologia cartesiana.
- Published
- 2018
25. Enhancing responsibility: directions for an interdisciplinary investigation
- Author
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Fischborn, Marcelo, Sautter, Frank Thomas, Marques, Beatriz Sorrentino, Gomes, Gilberto Lourenco, Reis, Róbson Ramos dos, and Severo, Rogério Passos
- Subjects
Livre-arbítrio ,Práticas de responsabilidade ,Moral responsibility ,Punishment ,Responsabilidade moral ,Free will ,Blame ,Elogio ,Responsibility practices ,Punição ,Culpa ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Praise - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Responsibility practices that are part of our daily lives involve, among other things, standards about how one should praise, blame, or punish people for their actions, as well as particular acts that follow those standards to a greater or lesser extent. A classical question in philosophy asks whether human beings can actually be morally responsible for what they do. This dissertation argues that addressing this classical question is insufficient if one wants the investigation of moral responsibility to serve the goal of improving ordinary responsibility practices. As an alternative, I offer directions for an interdisciplinary investigation that I take to be in a better position to promote that goal. My argument is developed in five articles and a discussion section. The first four articles describe limitations of skeptical views, which deny the existence of moral responsibility. The first article assesses a skeptical argument based on results from neuroscience that intends to show that there is no free will. I argue that a premise in the argument—which says that choices are determined by events in the brain—is not supported by the available results. The second article argues that, despite the fact that existent results do not show that choices are determined by brain events, further studies in neuroscience could in principle do that. The third article begins the discussion of limitations that concern the implementability of some of the changes in responsibility practices recommended in skeptical approaches. Specifically, I describe challenges that attempts to reduce the severity of legal punishment are likely to face due to psychological facts about belief in free will and desire to punish. The forth article presents results from an original experiment that sought to test a hypothesis about the workings of belief in free will and the desire to punish, namely the hypothesis that the desire to punish causally affects beliefs about free will. Results failed to support the hypothesis. Finally, the fifth article presents what I call the enhancement model, i.e., a proposal about how to structure an interdisciplinary investigation that can promote the enhancement of ordinary responsibility practices. The final discussion section shows how the enhancement model overcomes some of the limitations of recent discussions about the existence of moral responsibility, which includes not just the skeptical views considered in earlier articles, but also views that affirm the existence of moral responsibility and free will. The central claim of this dissertation, therefore, is that the investigation of moral responsibility can be rearranged so as to further the goal of improving ordinary responsibility practices. As práticas de responsabilidade presentes em nossas vidas cotidianas envolvem, entre outras coisas, padrões sobre como se deve elogiar, culpar ou punir as pessoas por suas ações, bem como atos particulares que seguem esses padrões em maior ou menor medida. Uma questão clássica em filosofia pergunta se os seres humanos podem de fato ser moralmente responsáveis pelo que fazem. Esta tese defende que abordar essa questão clássica é insuficiente se quisermos que a investigação sobre a responsabilidade moral contribua com o objetivo de aprimorar as práticas cotidianas de responsabilidade. Como alternativa, ofereço direções para uma investigação interdisciplinar que defendo estar em melhores condições de promover o objetivo em questão. Essa proposta é defendida ao longo de cinco artigos e uma seção final de discussão. Os quatro primeiros artigos apontam limitações de propostas céticas, as quais negam a existência da responsabilidade moral. O primeiro artigo avalia um argumento cético baseado em resultados da neurociência que pretende mostrar que o livre-arbítrio não existe. Argumento que uma das premissas desse argumento—que diz que eventos no cérebro determinam escolhas— não é justificada pelos resultados disponíveis. O segundo artigo defende que, apesar dos resultados considerados não mostrarem que escolhas sejam determinadas por eventos no cérebro, outros estudos da neurociência poderiam em princípio fazê-lo. O terceiro artigo inicia a discussão de limitações que dizem respeito à implementabilidade de algumas modificações das práticas de responsabilidade sugeridas no interior de propostas céticas. Especificamente, descrevo desafios que tentativas de se reduzir a severidade da punição imposta no âmbito legal provavelmente enfrentariam devido a fatos psicológicos sobre a crença no livre-arbítrio e o desejo de punir. O quarto artigo apresenta resultados de um experimento original que buscou testar uma hipótese sobre o funcionamento da crença no livre-arbítrio e o desejo de punir, qual seja, a hipótese de que o desejo de punir afeta causalmente crenças sobre o livre-arbítrio. Os resultados não apoiaram essa hipótese. Finalmente, o quinto artigo desenvolve o que chamo de modelo de aprimoramento, uma proposta de estruturação de uma investigação interdisciplinar capaz de promover o aprimoramento das práticas cotidianas de responsabilidade. A seção final de discussão mostra como o modelo de aprimoramento supera algumas limitações da discussão recente sobre a existência da responsabilidade moral, a qual inclui não apenas a literatura cética considerada nos artigos anteriores, mas também contribuições que afirmam a existência da responsabilidade moral e do livre-arbítrio. A proposta central desta tese, portanto, diz que é possível reorganizar a investigação sobre a responsabilidade moral de uma maneira que lhe permita melhor promover o objetivo de aprimorar as práticas cotidianas de responsabilidade.
- Published
- 2018
26. Aspects of the socielity of existence in the hemenutical phenomenology of Being and Time
- Author
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Tonin, Jean, Reis, Róbson Ramos dos, Rodrigues, Fernando, and Schneider, Paulo Rudi
- Subjects
Existência ,Socialidade ,Being-with ,Ser-com ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Existence ,Heidegger ,Sociality - Abstract
Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq The present research aims to explain the fundamental aspects of the sociality of human existence, according to Heidegger's exposition of Being and Time. In his work, starting from the questioning of the sense of being in general, the philosopher produces an analysis of human existence, which is systematically understood by the term being-there (Dasein). In such analysis, the social character of existence is ontologically explained by the characterization of the fundamental structure of existence, namely: being-with (Mitsein). In an attempt to expose the determining characters of the being-with structure and to point out the aspects that characterize the relationship between being-there and its similar, our research is divided into three moments. Firstly, we will reconstruct the analysis of everyday being-there, which requires the exposure of the introductory aspects of the work and the characterization of the constitutive moments of the most fundamental structure of existence, there called being-in-the-world. Further, we are able to see that on the positive exposure of the way of being the one (das Man), which characterizes the way by which the everyday being-there is sustained, it is verified a primacy of impropriety in existence, prompt and more often submerged in normative patterns of behavior regulated publicly. This way of being is called the one sociality. In the second moment, based on the description of concepts of anguish, guilt , death and consciousness, the characters of the existential modification are exposed, in which the being-there severs from the daily way of being and presumes to be a fundament in the uniqueness of its existence. However, we will see that this uniqueness does not exclude all rules and patterns, but rather departs from it, and existence relates itself consciously and in its own way to patterns, responsively projecting into existential possibilities, constituted inter-subjectively. In such finding, the perspective of the second person is visible, in which it is found that the being-there is in a relationship of mutual responsibility towards the other. Finally, based on the exposition of the temporality and historicity of existence, we will explain how the resolute of happening (Geschehen) in the being-there occurs in the "between" of the existential ends denominated birth and death. A presente investigação objetiva explicitar os aspectos fundamentais da socialidade da existência humana, conforme a exposição de Heidegger em Ser e Tempo. Nessa obra, a partir do questionamento sobre o sentido do ser em geral, o filósofo produz uma análise da existência humana, que é compreendida sistematicamente pelo termo ser-aí (Dasein). Nessa análise, o caráter social da existência é explicitado ontologicamente pela caracterização da estrutura fundamental da existência denominada ser-com (Mitsein). Na tentativa de expor os caracteres determinantes da estrutura do ser-com e evidenciar os aspectos que caracterizam a relação do ser-aí com seu semelhante, nossa exposição de divide em três momentos. Primeiramente, faremos a reconstrução da análise do ser-aí cotidiano, que exige a exposição dos aspectos introdutórios da obra e a caracterização dos momentos constitutivos da estrutura mais fundamental da existência, denominada ser-no-mundo. A partir disso, veremos que na exposição positiva do modo de ser impessoal (das Man), que caracteriza a forma como se sustenta o ser-aí cotidiano, se evidencia uma primazia da impropriedade na existência, que de pronto e no mais das vezes se encontra submergida em padrões normativos de comportamentos regulados publicamente. Esse modo de ser é denominado socialidade impessoal. No segundo momento, a partir da descrição dos conceitos de angústia, culpa, morte e consciência, se expõe os caracteres da modificação existencial, na qual o ser-aí rompe com o modo de ser cotidiano e assume ser um fundamento na singularização de sua existência. No entanto, veremos que essa singularização não elimina todos os padrões e normas, mas que, a partir dela, a existência se relaciona de forma própria e consciente com os padrões, se projetando de modo responsivo em possibilidades existenciais, constituídas intersubjetivamente. Nesse horizonte, se faz visível a perspectiva da segunda pessoa, na qual o ser-aí se encontra em uma relação de mútua responsabilidade para com o outro. Por fim, com base na exposição da temporalidade e historicidade da existência, explicitaremos o modo como se dá o gestar-se (Geschehen) resoluto do ser-aí, no “entre” os fins existenciais denominados nascimento e morte.
- Published
- 2017
27. En búsqueda de sentidos: andando en silencio
- Author
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Greff, Luiza Boezzio, Scherer, Amanda Eloina, Fontana, Mónica Graciela Zoppi, and Reis, Róbson Ramos dos
- Subjects
Discurso ,Movimento social ,Memória ,Memoria ,Silêncio ,Movimiento social ,Silencio ,LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS [CNPQ] ,Marcha - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES En este trabajo tenemos por objetivo reflexionar sobre cómo funciona discursivamente el movimiento social post-dictatorial uruguayo Marcha del Silencio, constituyéndose como un discurso propuesto como parte de un proceso de “recuperación” y “(re)construcción” de memoria colectiva sobre el acontecimiento histórico del periodo dictatorial. Por este medio, buscamos el entendimiento de las siguientes cuestiones: ¿Cómo el discurso de este movimiento social significa no solo el luto sino también la lucha y la memoria de sujetos inscritos en una búsqueda constante por verdad, justicia, memoria y nunca más? ¿Por medio de cuáles procesos discursivos la Marcha del Silencio significa esa “(re)construcción” de memoria colectiva? Para emprender este estudio buscamos amparo teórico-metodológico en el Análisis del Discurso de filiación francesa, tomando como eje central las reflexiones sobre los conceptos de lengua, sujeto e historia. En la articulación de estos conceptos y en el estudio sobre su funcionamiento, encontramos medios para la comprensión de las nociones de discurso y memoria, orientadoras de nuestro análisis. El gesto interpretativo, constituido sobre el objeto de interés, se prolonga en la reflexión acerca de la noción de condiciones de producción del discurso y de su funcionamiento, relacionándose así con el estudio de las nociones de archivo y corpus. Ese trayecto de lectura fue esencial para el posterior recorte y el análisis del corpus discursivo, compuesto de tres cartas de convocatorias para las ediciones de la Marcha del Silencio de los años 1996, 2005 y 2015, textos de los cuales fueran recortadas las secuencias discursivas movilizadas en el proceso analítico. Comprendimos, a lo largo del trayecto de reflexión y análisis, que el discurso de la Marcha del Silencio retoma la memoria colectiva, inscribiéndola en otra formación discursiva, para hacer deslizar sentidos, emprendiendo otro proceso para re significación de la memoria. Neste trabalho, temos por objetivo refletir sobre como funciona discursivamente o movimento social pós-ditatorial uruguaio Marcha del Silencio, constituindo-se como um discurso que se propõe como parte de um processo de “recuperação” e “(re)construção” de memória coletiva sobre o acontecimento histórico do período ditatorial. Por este viés, buscamos o entendimento para as seguintes questões: Como o discurso deste movimento social significa não apenas o luto, mas a luta e a memória de sujeitos inscritos em uma busca constante por verdade, justiça, memória e nunca mais? Por quais processos discursivos a Marcha del Silencio significa essa “(re)construção” de memória coletiva? Para empreender tal estudo buscamos amparo teórico-metodológico na Análise de Discurso de filiação francesa, tomando como central as reflexões sobre os conceitos de língua, sujeito e história. Na articulação de tais conceitos e no estudo sobre seu funcionamento, encontramos vias para compreensão das noções de discurso e memória, norteadoras de nossa análise. O gesto interpretativo constituído sobre o objeto de interesse se prolonga na a reflexão acerca da a noção de condições de produção do discurso e seu funcionamento em entrelaçamento com o estudo das noções de arquivo e corpus. Tal trajeto de leitura foi essencial para posterior recorte e análise do corpus discursivo, composto por três cartas-convocatórias para as edições da Marcha del Silencio dos anos de 1996, 2005 e 2015, textos dos quais foram recortadas as sequências discursivas mobilizadas no processo analítico. Compreendemos, ao longo do trajeto de reflexão e análise, que o discurso da Marcha del Silencio retoma a memória coletiva para, inscrevendo-a em outra formação discursiva, fazer deslizar sentidos, empreendendo um processo outro para ressignificação da memória.
- Published
- 2017
28. The problem of normativity withing Hedegger’s phenomenology-hermeneutics
- Author
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Dietrich, Gabriel Henrique, Reis, Róbson Ramos dos, Fragozo, Fernando Antonio Soares, and Williges, Flavio
- Subjects
Meaning ,Sentido ,Inteligibilidade ,Normatividade ,Inteligibility ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Heidegger ,Normativity - Abstract
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico In Being and Time, Heidegger places the question of the meaning of being in order to develop the project of fundamental ontology. Generically, the meaning of being can be characterized as an ontological standard from which the entities present with certain ontological identities. Because the human being is the entity that understand the various senses of being, the project of elaborating the fundamental ontology unfolds initially in terms of the analytic of existence, encompassing both divisions of Being and Time. Recently, the question of the meaning of being has been interpreted as tantamount to question the intelligibility of something. For this interpretation, all intelligibility involves conditions of satisfaction from which something can be identified as something. In other words, with the recognition of norms that establish the criteria for entities s identity are possible understand something as something. More precisely, Robert Brandom attributes to the analytic s of the existence a commitment to what he termed "pragmatism normativist". Generically, the normative pragmatism is characterized by recognizing that the normativity s domain is more basic than the factual one and that standards need not be present linguistically formulated as principles or rules. The pragmatist reception have trouble in linking themes and concepts of Division II of Being and Time to question on intelligibility of something. Precisely in order to overcome this limitation interpretive, John Haugeland presented what he called "transcendental existentialism". In general, this consists of existentialism link to existential death with truth qua unveiling. Thus, the intelligibility of beings is elucidated from the existing commitment to have their own identities and the rules that structures it. Following the interpretation of Haugeland, Crowell interpreted the analytic of existence from the horizon of transcendental philosophy. Thus, the themes of Division II are interpreted in light of their contribution to the normativity of meaning. To do so, we must recognize the role that the irreducible first-person perspective would play in Being and Time. The overall objective of this dissertation is to reconstruct and articulate receptions binding sense with normativity. Furthermore, with the open receptions for these interpretative perspective Heidegger seeks to shed light on the issues of the second division of Being and Time. Em Ser e Tempo, Heidegger recoloca a questão acerca do sentido do ser com o intuito de elaborar o projeto da ontologia fundamental. Em linhas gerais, o sentido do ser pode ser caracterizado como um padrão ontológico a partir do qual os entes apresentamse com identidades ontológicas determinadas. Na medida em que o existente humano é o ente caracterizado por compreender os diversos sentidos do ser, o projeto de elaborar a ontologia fundamental desdobra-se inicialmente em termos da analítica da existência, que abarca ambas as Divisões de Ser e Tempo. Recentemente, a pergunta pelo sentido do ser foi interpretada como equivalente à pergunta pela inteligibilidade de algo. Para esta interpretação, toda inteligibilidade envolve condições de satisfação a partir das quais algo pode ser identificado como algo determinado. Dito de outro modo, é a partir do reconhecimento de normas que estabelecem os critérios de identidade dos entes que o existente os compreende como entes determinados. Mais precisamente, Robert Brandom atribui à analítica da existência o comprometimento com o que ele denominou pragmatismo normativo . Em linhas gerais, o pragmatismo normativo caracteriza-se por reconhecer que o domínio da normatividade é mais básico que o domínio factual e que as normas não precisam se apresentar linguisticamente formuladas como princípios ou regras. A recepção pragmatista têm dificuldades para vincular os temas e conceitos da Divisão II de Ser e Tempo com a pergunta pela inteligibilidade de algo. Precisamente tendo em vista superar esta limitação interpretativa, John Haugeland apresentou o que ele denominou existencialismo transcendental . Em linhas gerais, este existencialismo consiste em vincular a morte existencial com a verdade qua desvelamento. Desse modo, a inteligibilidade dos entes é elucidada a partir do comprometimento que os existentes têm com suas próprias identidades e com as normas que as estruturam. Seguindo a interpretação de Haugeland, Crowell interpretou a analítica da existência a partir do horizonte da filosofia transcendental. Assim, os temas da Divisão II são interpretados à luz de sua contribuição para a normatividade do sentido. Para tanto, é preciso reconhecer o papel irredutível que a perspectiva em primeira pessoa desempenharia em Ser e Tempo. O objetivo geral desta dissertação é reconstruir e articular as recepções que vinculam sentido com normatividade. Além disso, com a perspectiva aberta por estas recepções interpretativas de Heidegger procura-se lançar luz sobre os temas da segunda divisão de Ser e Tempo.
- Published
- 2014
29. Compassion as a principle of morality in Schopenhauer
- Author
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Dalcol, Mônica Saldanha, Williges, Flavio, Debona, Vilmar, and Reis, Róbson Ramos dos
- Subjects
Ethics ,Schopenhauer ,Compassion ,Ética ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Compaixão - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior First of all, the following dissertation consists in a reconstruction and analysis of the major theoretical assumptions that led Schopenhauer to assert that human actions with moral value are only those derived from compassion for others. These assumptions are derived from his metaphysics of the will, a model of metaphysical characterization of the world and the human beings where the will assumes a key place, unseating optimistic visions of the human condition that conceptualizes the man as having power and autonomy. Against traditional ethical thought that believes that we act on our free will, Schopenhauer argues that we act according to our character and that is not built by our decisions throughout our lives, but it is simply revealed by them. The metaphysics of the Will, the present determinism in the doctrine of character and selfishness that rules the world as representation, arising from the principle of individuation, represent fundamental assumptions for the understanding of Schopenhauer's ethics developed in his major works on this topic: The World as Will and Representation and On the Basis of Morality. In second place, we present the main criticisms that Schopenhauer launches to Kantian ethics: first to the excessive Kantian formalism that separates morality from the actual experience of human beings, which, according to Schopenhauer, is precisely from where ethics should start. Subsequently, we will present Schopenhauer's criticism to the categorical imperative as an a priori law that imposes itself unconditionally. We will argue, thirdly, that from the metaphysical assumptions and criticisms against Kant, Schopenhauer comes to his own conception of compassion as the foundation of morals, where he will properly deal with the problem of explaining how an action is possible with genuine moral value amid the selfishness and one's incessant self-affirmation, which features our ordinary condition. Schopenhauer's answer consists, essentially, to say that the compassion is a kind of action entirely selfless, dedicated to the well-being of others. For these characteristics, compassion, as conceived by Schopenhauer, can not be taken as a simple human feeling, such as anger or joy, but its semantic core is defined as a closer model to an attitude of sympathy (a way of 'seeing the world in a correct perspective'), whose precise meaning can only be grasped from his metaphysics of the Will. Compassionate action involves a state of identification with the other, i. e., from the recognition of the unity of the Will, I am being able to identify that the suffering of others has the same configuration as my own suffering. Lastly, in the last chapter, we will present some criticisms and defenses of the proposed moral reasoning developed by Schopenhauer. A good portion of the criticism takes the assumption that compassion is a simple and foundational sense of morality. Against the criticism, for instance, our main argument is that the doctrine of Schopenhauer is not a kind of pure sentimentalism, but that compassion is more like a broader emotional attitude. We also aim to further analyze the latest perspectives for a moral theory centered on compassion from the analysis of Lawrence Blum's approach. From this analysis, we will see that,despite severe criticism, the path firstly opened by Schopenhauer has offered fruitful directions for contemporary moral-philosophical based reflections. A presente dissertação consiste, em primeiro lugar, numa reconstrução e análise dos principais pressupostos teóricos que conduziram Schopenhauer a afirmar que as ações humanas com valor moral são somente aquelas derivadas da compaixão pelos outros. Esses pressupostos são derivados de sua metafísica da vontade, um modelo de caracterização metafísica do mundo e dos seres humanos onde a vontade assume um lugar fundamental, destituindo visões otimistas da condição humana, que apresentam o homem como dotado de poder e autonomia. Contra o pensamento ético tradicional que considera que agimos segundo nosso livre arbítrio, Schopenhauer sustenta que agimos de acordo com nosso caráter e que esse não é construído por nossas decisões ao longo de nossas vidas, mas simplesmente revelado por elas. A metafísica da Vontade, o determinismo presente na doutrina do caráter, bem como o egoísmo que rege o mundo como representação, decorrente do princípio de individuação, representam pressupostos fundamentais para a compreensão da ética schopenhaueriana desenvolvidas em suas principais obras sobre a temática: O mundo como Vontade e Representação e em Sobre o fundamento da Moral. Em segundo lugar, apresentamos as principais críticas que Schopenhauer lança à ética kantiana: primeiramente ao excessivo formalismo kantiano, que separa a moralidade da experiência real de seres humanos, que, segundo Schopenhauer é justamente de onde a ética deveria partir. Posteriormente, apresentaremos a crítica de Schopenhauer ao imperativo categórico como uma lei a priori que se impõe incondicionalmente. Argumentaremos, em terceiro lugar, que a partir dos pressupostos metafísicos e das críticas a Kant, Schopenhauer chega a sua própria concepção da compaixão como fundamento da moral, aonde irá propriamente lidar com o problema de explicar como é possível uma ação com valor moral genuíno em meio ao egoísmo e incessante afirmação de si, que caracteriza nossa condição ordinária. A resposta de Schopenhauer consiste, essencialmente, em dizer que a compaixão é um tipo de ação inteiramente altruísta, voltada para o bem-estar do outro. Por essas características, a compaixão, tal como concebida por Schopenhauer, não pode ser tomada como um sentimento humano simples, como, por exemplo, a raiva ou alegria, mas seu núcleo semântico é definido a partir de um modelo mais próximo de uma atitude de compadecimento (um modo de vero mundo na perspectiva correta ), cujo sentido preciso somente pode ser apreendido a partir da sua metafísica da Vontade. A ação compassiva envolve um estado de identificação com o outro, isto é, a partir do reconhecimento da unidade da Vontade, eu sou capaz de indentificar que o sofrimento do outro possui a mesma configuração que o meu próprio sofrimento. Por fim, no último capítulo, apresentaremos algumas críticas e defesas da proposta de fundamentação moral desenvolvida por Schopenhauer. Boa parte das críticas assume o pressuposto que a compaixão é um sentimento simples e fundante da moralidade. Contra as críticas, nosso principal argumento é que a doutrina de Schopenhauer não é um tipo de sentimentalismo puro, mas que a compaixão é mais uma atitude emocional ampla. Procuramos, ainda, analisar as perspectivas recentes para uma teoria moral centrada na compaixão a partir da análise da abordagem de Lawrence Blum. A partir dessa análise veremos que, apesar das severas críticas, o caminho aberto primeiramente por Schopenhauer tem oferecido direcionamentos fecundos para a reflexão filosófico-moral contemporânea.
- Published
- 2014
30. Analogy between logic and ethics: the husserlian propose of formal ethics
- Author
-
Pereira, Fernanda da Silva Rodrigues, Fabri, Marcelo, Korelc, Martina, and Reis, Róbson Ramos dos
- Subjects
Ética formal ,Intencionalidade prática ,Analogy ,Analogia ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Valor ,Husserl ,Formal ethics ,Practical intention ,Value - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The present work is intended for examining the Husserlian propose of formal ethics in the light of the idea of the analogy between logic and ethics, limited to the pre-war lectures, focusing especially on the three Vorlesungen über Ethik und Wertlehre, courses taught by Husserl from 1908 to 1914, and occasionally on Logical Investigations and Ideas I. From the thesis of the parallelism among philosophical disciplines, the first chapter presents the most general elements that constitute the idea of analogy between logic and ethics, which play the role of analogue guiding principle in order to find parallel structures in the affectivity sphere. Afterwards, by means of the reconstruction of issues related to the intention of feelings and will contained in Vorlesungen, it is shown to what extent it is possible to maintain values as objects, which compound the thematic field of theoretical and formal ethics. Finally, the last chapter considers the subjects which constitute formal ethics. Originally it is about the exposition of formal axiology, which addresses the emotion sphere upon the exhibition of formal laws governing the valuations and, besides it, of a formal practice regarding the laws of will and wanting in the strict sense, culminating in the problem of the categorical imperative. Thus, the idea of analogy and logic is instructive and considerably limited at the same time. O objetivo do trabalho é examinar a proposta husserliana de ética formal à luz da ideia de analogia entre lógica e ética, circunscrita às preleções do período préguerra, concentrando-se, sobretudo, nos três Cursos sobre ética e teoria do valor, proferidos por Husserl entre 1908 e 1914, e, ocasionalmente, nas Investigações Lógicas e também em Ideias I. Partindo da tese do paralelismo entre as disciplinas filosóficas, o primeiro capítulo apresenta os elementos mais gerais que perfazem a ideia de analogia entre lógica e ética, a qual desempenha o papel de fio condutor analógico para a descoberta de estruturas paralelas na esfera da afetividade. Posteriormente, através de uma reconstrução da problemática relacionada à intencionalidade do sentimento e da vontade nos Cursos, mostra-se em que medida é possível falar em termos de valores como objetos, os quais compõem o domínio temático de uma ética teórica e formal. Finalmente, o último capítulo examina as disciplinas que constituem a ética formal. Trata-se, primeiramente, da exposição de uma axiologia formal, que tematiza a esfera do sentimento mediante a exibição das leis formais que regem as valorações, e, além desta, de uma prática formal, concernente às leis do domínio da vontade e do querer em sentido estrito, que culmina no problema do imperativo categórico. A ideia de analogia com a lógica, ao mesmo tempo em que se revela instrutiva, mostra-se consideravelmente limitada.
- Published
- 2013
31. Bad faith and existencial psychoanalysis in Sartre
- Author
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Costa, Vítor Hugo dos Reis, Fabri, Marcelo, Reis, Róbson Ramos dos, and Sass, Simeao Donizeti
- Subjects
Psicanálise existencial ,Freedom ,Má-fé ,Liberdade ,Existential psychoanalysis ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Autenticidade ,Authenticity ,Bad-faith - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior This work aims to reconstruct and discuss the general concepts of bad faith and existential psychoanalysis in phenomenological ontology of Jean-Paul Sartre, presented in his Being and Nothingness (1943). The two terms arise in the wake of ontological and phenomenological description of human reality undertaken by the French philosopher, in which he defines human reality as basically consisting of ontological freedom and lack of identity. Instead of being, the human is characterized by its making, and this is its most fundamental characteristic. Defined as a movement, the human condition is addressed precisely the realization of identity that, like a mirage on the horizon, is ontologically forbidden and therefore unattainable. This tendency to perform an impossible identity added to the definition of self as one to engender within an individual human reality, the experience of distress. And this anxiety motivates the bad faith, triple phenomenon lies, belief and conduct. A forgery of human reality consists of simultaneous corruption of belief and commitment of conduct. Through bad faith deceives the human individual is a reality and establishes individual apologies and excuses in an attempt to rebut the anguish of their horizon of experience. In the process, you lose access to the authentic human reality, plunging the entire error in thinking and living. In the interest of purifying the human reality of this atmosphere of error and deception, Sartre develops a method called existential psychoanalysis. With a course similar to that of traditional psychoanalysis, existential psychoanalysis operates in conjunction with the phenomenological ontology and provides an authentic picture of a human person, beyond the comprehension of bad faith. The assumption of genuine freedom, however, is the jurisdiction of individual responsibility. A presente dissertação tem como objetivo geral reconstruir e discutir as noções de má-fé e psicanálise existencial na ontologia fenomenológica de Jean-Paul Sartre, apresentada em seu O Ser e o Nada (1943). As duas noções surgem na esteira da descrição ontológica e fenomenológica da realidade humana empreendida pelo filósofo francês, na qual ele define a realidade humana como sendo fundamentalmente constituída de liberdade ontológica, isto é, falta de identidade. Ao invés de ser, o humano se caracteriza por seu fazer, e esta é sua característica mais fundamental. Definida como movimento, a condição humana dirige-se justamente a realização da identidade que, como uma miragem no horizonte, é ontologicamente proibida e, portanto, inalcançável. Essa tendência à realização de uma identidade impossível somada à definição do próprio ser como um fazer engendra, no seio de uma realidade humana individual, a experiência da angústia. E essa angústia motiva a má-fé, fenômeno triplo de mentira, crença e conduta. Uma falsificação da realidade humana constituída por simultânea corrupção do crer e comprometimento da conduta. Através da má-fé o indivíduo humano engana-se e instaura uma realidade individual de desculpas e pretextos no intento de elidir a angústia de seu horizonte de experiências. No processo, perde-se o acesso autêntico à realidade humana, mergulhando no erro todo o pensar e o viver. Com o interesse de depurar a realidade humana dessa atmosfera de erro e mentira, Sartre elabora um método que chama de psicanálise existencial. Com um proceder semelhante ao da psicanálise tradicional, a psicanálise existencial opera em conjunto com a ontologia fenomenológica e oferece uma imagem autêntica de uma pessoa humana, para além da compreensão de má-fé. A assunção autêntica da liberdade, porém, é da jurisdição da responsabilidade individual. Palavras-chave: Má-Fé, Psicanálise Existencial, Liberdade, Autenticidade.
- Published
- 2012
32. Science and technique in Heidegger and Heisenberg
- Author
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Moura, Paulo Rogerio Garcez, Reis, Róbson Ramos dos, Schneider, Paulo Rudi, and Fabri, Marcelo
- Subjects
Técnica ,Quantum physics ,Física quântica ,Technique ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Being-there science ,Ciência ,Ser-aí - Abstract
Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul The classical physical science distinguishes itself as a previous project, consisting of the fundamental concepts of elements such as calculation, time, space, motion, matter, force and directed to capture all the nature phenomena supposedly unified. Quantum mechanics advances beyond these postulates, evidencing the inevitable interference of the subject in the search results , in which a reference to an ontological theory with material objects should be able to capture for regularities calculation, it becomes impossible, leaving the core concepts and field for the previous innovative project. As a result, the uncertainty principle that is expressed in a state of motion is identified only as to the statistical calculation or position, or the magnitude of the movement. After the development the existential concept of science that emphasizes the being-there as being-in-the-world to find certain beings as objects by the previous project of the scientific perspective, Heidegger subsequently comes to the conclusion that quantum physics incorporating the classical physics keeps unchangeable in terms of the previous science project of all: the nature disposes in advance a way of securing the meeting proposed by the existing human scientific achievement in theory terms . Science is only an access way to nature in its inexhaustible plenitude, so that it makes it unavoidable and unattainable with the scientificity resources. The com-position is the essence of the technique using scientific results and, by its vortex, enabling it to the final co-existing human. It remains to the being-there the mercy of a thought as to question the destitute condition of his own danger in forgetting that the cooption may be victim of their own decision. A física clássica distingue-se como ciência por um projeto prévio, composto pelos conceitos fundamentais de elementos como cálculo, tempo, espaço, movimento, matéria, força e direcionado a captar todos os fenômenos da natureza supostamente unificada. A mecânica quântica avança além desses postulados, evidenciando a inevitável interferência do sujeito nos resultados de sua pesquisa, em que a referência a uma teoria ontológica com objetos materiais, devendo ser captáveis para fins de cálculo de regularidades, tornase impossível, restando os conceitos de núcleo e campo para o projeto prévio inovador. Em decorrência, o princípio de incerteza se expressa em que um estado de movimento se identifica somente quanto à calculabilidade estatística ou da posição, ou da grandeza do movimento. Após a elaboração do conceito existencial de ciência, que ressalta o seraí como ser-no-mundo a encontrar entes determinados como objetos pelo projeto prévio da perspectiva científica, Heidegger posteriormente chega à conclusão de que a física quântica incorporando a física clássica permanece imutável no que concerne ao projeto prévio da ciência de sempre: a natureza se dispõe de antemão a um encontro ao modo de asseguramento proposto pelo existente humano numa realização científica em termos de teoria. A ciência permanece apenas como um dos modos de acesso à natureza em sua plenitude inesgotável, o que faz com que ela seja incontornável e inacessível com os recursos da cientificidade. A com-posição é a essência da técnica utilizando resultados científicos e, pela sua voragem, habilitando-se para a cooptação definitiva do existente humano. Resta ao ser-aí a piedade de um pensamento indigente enquanto questionar a sua própria condição de perigo no esquecimento da cooptação de que pode ser vítima por própria decisão.
- Published
- 2009
33. The concept of 'significance' in Being and Time of Martin Heidegger
- Author
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Vanny, Adel Fernando Almeida, Reis, Róbson Ramos dos, Casanova, Marco Antonio, and Schneider, Paulo Rudi
- Subjects
Ser e tempo ,Significatividade ,Mundaneidade ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Linguagem ,Being and time ,Significance ,Worldhood ,Language - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The present work aims at to rebuild the concept of significance , as it was presented in Being and Time of Martin Heidegger. Therefore, the concept should be characterized as formal structure of the worldhood of the world and, besides, while the foundation of the possibility of the word and, consequently, of the language. For that, we opted to treat the theme in three stages. In the first stage, we will look for to elaborate a brief presentation of the ontological project of Being and Time. This first chapter intends to place the theme of significance for inside of the heideggerian ontological project. Starting from the presentation of the heideggerian ontological project, the second stage has in mind the reconstruction of the significance while the formal structure of the Worldhood of the world. In that case, the second chapter will be centered in the analysis of the existential structure of the world, aiming at to expose the original constitution of the ontological structure of the world. While the third chapter aims at to characterize the significance as foundation of the possibility of the word and of the language. For that, this last stage will look for to explain the genesis of the language that is found in the ontological treaty Being and Time. O presente trabalho objetiva reconstruir o conceito de significatividade , conforme foi apresentado em Ser e Tempo de Martin Heidegger. Tal conceito deverá ser, portanto, caracterizado como estrutura formal da mundaneidade do mundo e, ademais, enquanto o fundamento da possibilidade da palavra e, por conseguinte, da linguagem. Para tanto, optamos por tratar o tema em três etapas. Na primeira etapa, buscaremos elaborar uma breve apresentação do projeto ontológico de Ser e Tempo. Esse primeiro capítulo pretende situar o tema da significatividade no interior do projeto ontológico heideggeriano. A partir da apresentação do projeto ontológico heideggeriano, a segunda etapa tem em vista a reconstrução da significatividade enquanto estrutura formal da mundaneidade do mundo. Assim, o segundo capítulo centrar-se-á na análise da estrutura existencial do mundo, visando expor a constituição originária da estrutura ontológica do mundo. Por sua vez, o terceiro capítulo objetiva caracterizar a significatividade como fundamento da possibilidade da palavra e da linguagem. Para isso, esta última etapa buscará esclarecer a gênese da linguagem, tal como essa gênese foi exposta no tratado ontológico Ser e Tempo.
- Published
- 2009
34. The ontological genesis of the scientific comportament Into Herdegger s Being and Time
- Author
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Goulart Júnior, Ademar Pires, Reis, Róbson Ramos dos, Rossatto, Noeli Dutra, Fabri, Marcelo, and Videira, Antonio Augusto Passos
- Subjects
Comportamento científico ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Ciência como modo de ser-no-mundo - Abstract
The objective of the present work consist in accomplish a reconstruction of the ontological genesis of the scientific attitude such as is present in Martin Heidegger s Being and Time (1927). To Heidegger, the science is characterized like an attitude, like Dasein s mode of being. Under this perspective the science receives an existencial treatment that considers it like a mode of being-in-theworld. Heidegger presents the emergence of the science s theoretical attitude through a transformation that occurs in mode of being of occupation. Firstly, Dasein understands the entities in the world from ready-to-hand of these entities, which consider the Dasein s practical interests and activists. When the usage of the ready-to-hand entities that comes to encounter in the occupation, find it engage by an impossibility of application of the instruments Dasein can visualize the entities like entities that have determinate independent properties from Dasein s practical interests. In this moment the entities are understand like preset-to-hand entities that can be taken like objects of a particular science O objetivo do presente trabalho consiste em realizar uma reconstrução da gênese ontológica do comportamento científico tal como esta é apresentada em Ser e Tempo (1927) de Martin Heidegger. Para Heidegger, a ciência é caracterizada como um comportamento, como um modo de ser do ser-aí. Sob esta perspectiva a ciência recebe um tratamento existencial que a considera como um modo do ser-no-mundo. Heidegger apresenta o surgimento da atitude teórica da ciência através de uma transformação que ocorre no modo de ser da ocupação. Primariamente, ser-aí compreende os entes intramundanos a partir da disponibilidade destes entes, levando em consideração os interesses e atividades práticas do ser-aí. Quando o uso dos entes disponíveis, que vêm ao encontro na ocupação, acha-se comprometido por uma impossibilidade de emprego dos instrumentos o ser-aí pode visualizar os entes como entes que possuem determinadas propriedades independentes dos interesses práticos do ser-aí. Neste momento os entes são compreendidos como entes subsistentes que podem ser tomados como objetos de uma determinada ciência
- Published
- 2007
35. The concept of comprehension in the historik of Johann Gustav Droysen
- Author
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Cremonezi, André Roberto, Reis, Róbson Ramos dos, and Rossatto, Noeli Dutra
- Subjects
História ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Compreensão ,Filosofia alemã ,Hermenêutica - Abstract
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico This dissertation has the aim to analyse and reconstruct the concept of Investigative Comprehension forschendes Verstehen inside the Johann Gustav Droysen's Historik . Through the theoretical elements offered by the mentioned German historian of the 19th Century, he tries to examine the grounds presented as basis for the hermeneutic comprehension, as the centre of an undertaking that aspires to grant normative and methodological autonomy to the historical science. The mentioned analysis is fulfilled by a brief reconstruction of the German historicist context in the second half of the 19th Century, as well as by the presentation of the different constituent moments of the historical method formulated by Droysen, making explicit the inherent peculiarities in the compilation of the Historik . Among the obtained results lies the verification of a complex interlacement between a transcendental philosophy and an ontology of the history just in the basis of the Investigative Comprehension, as well as the universalisation that the above-mentioned notion attributes to the hermeneutic problem of the comprehension, prior to the project of a Critique of the Historical Reason. Esta dissertação tem por objetivo analisar e reconstruir o conceito de Compreensão Investigativa forschendes Verstehen no interior da obra Histórica , de Johann Gustav Droysen. Através dos elementos teóricos oferecidos pelo referido historiador alemão do século XIX, pretende-se examinar os fundamentos apresentados como base da compreensão hermenêutica enquanto centro de um empreendimento que visa conferir autonomia normativa e metodológica à ciência histórica. A referida análise passa por uma breve reconstrução do contexto historicista alemão da segunda metade do século XIX, assim como pela apresentação dos diferentes momentos constituintes do método histórico formulado por Droysen, explicitando as peculiaridades inerentes à compilação da Histórica . Entre os resultados obtidos está a constatação de um complexo entrelaçamento entre uma filosofia transcendental e uma ontologia da história, que se encontra à base da Compreensão Investigativa, assim como a universalização que a referida noção confere ao problema hermenêutico da compreensão, em precedência ao projeto de uma Crítica da Razão Histórica.
- Published
- 2005
36. Nature and role of the schemata of pure concepts of understanding, in Critique of Pure Reason
- Author
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Hentz, Marcele Ester Klein, Reis, Róbson Ramos dos, and Klotz, Hans Christian
- Subjects
Critica da razao pura ,Conhecimento ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Razao Pura ,Filosofia - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The aim of this master s thesis is to treat in reconstructive form the chapter of Critique of Pure Reason entitled On schematism of pure concepts of understanding . First of all, one investigates the role that the schemata have to play, and that they are responsible for the furnishing of the sensible conditions especified for each category in particular, rendering possible the aplication of the said categories to phenomena. The discussion of the role of transcendental schemata will lead to a second question, namely, which the nature of these schemata is. As a result, one obtains that the transcendental schemata have a peculiar nature, disctint from the nature that the schemata of other concepts have. The peculiar nature of these schemata consists in being pure determined intuitions. At the end of the present thesis, one treats briefly the relationship between category and schema, showing that this relationship has to be conceived fundamentally as a relationship of meaning, in which the schema furnishes a real meaning to category, making possible an empirical employment of the same category in order to attain objective knowledge. As a general evaluation of the problem of schematism, one reaches to the conclusion that the chapter of schematism corresponds in fact to a proper task, which can be examined through the most recent literature on schematism. On the other hand, not only the nature of the transcendental schemata, but as well as the kind of relationship that has to be established between category and schema, in view of the extreme difficulty of text text, are issues for which the literature has still not reached a consensus. O objetivo deste trabalho é tratar de forma reconstrutiva o capítulo da Crítica da Razão Pura intitulado Do esquematismo dos conceitos puros do entendimento . Primeiramente, investiga-se o papel que os esquemas devem desempenhar, ficando claro que eles são responsáveis pelo fornecimento das condições sensíveis específicas para cada categoria em particular, tornando possível a aplicação das mesmas a fenômenos. A discussão do papel dos esquemas transcendentais conduzirá a uma segunda questão, a saber, qual é a natureza destes esquemas. Como resultado, obtém-se que os esquemas transcendentais possuem uma natureza peculiar, distinta daquela que os esquemas de outros conceitos possuem. A natureza peculiar destes esquemas consiste em serem intuições puras determinadas. Na finalização do trabalho trata-se de forma sumária a relação entre esquema e categoria, apontando que esta relação deve ser concebida fundamentalmente como uma relação de significado, onde o esquema fornece um significado real à categoria, possibilitando um uso empírico da mesma com fins ao conhecimento objetivo. Como uma avaliação geral da problemática do esquematismo chega-se à conclusão de que ao capítulo do esquematismo corresponde de fato uma tarefa própria, o que pode ser verificado pela literatura mais recente acerca do esquematismo. Por outro lado, não apenas a natureza dos esquemas transcendentais, mas também o tipo de relação que deve ser estabelecido entre categoria e esquema, dada a extrema dificuldade do texto, são questões para as quais a literatura ainda não chegou a um consenso.
- Published
- 2005
37. SENTIDO E COMPREENSÃO EM SER E TEMPO
- Author
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Nascimento, Thiago Carreira Alves, Reis, Róbson Ramos dos, Fabri, Marcelo, and Schneider, Paulo Rudi
- Subjects
Remissão ,Remission ,Sentido ,Interpretation ,Signo ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Compreensão ,Sense ,Relation ,Interpretação ,Comprehension ,Relação ,Sign - Abstract
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico The main aim of this dissertation is to analyse the concept of sense in Being and Time, in the context of comprehension. From an initial characterization of the notion of sense presented by Heidegger, we make explicit the conceptual net in which this concept is caught, proceeding by an explanation of it. Locating the central point of this conceptual net in the context of comprehension and interpretation, we proceed by an analysis of such notions, but confining ourselves to the context of explanation of the comprehension of entities, as a matter of our copying with the things in the world and by means of a fore-predicative and predicative structure. In this sense, we present an approach which points out the notion of relation as a central issue, presenting in this sense a sort of typology of relations in Being and Time, and showing the importance of this notion regarding the explanation of the senses of being. We pay special attention to the notion of sign, for it means a exemplar type of relation, named by remission, which is fundamental to the comprehension of the entities senses of being, in special the sense of being of the present-at-hand, as well to a better understand of the Heidegger s notion of to signify. Following this path, we discuss a critical argument against Heidegger s concept of sense, whose central point lies in the notions of sign and remission, understood as analogous of the Frege s pair of concepts Sinn and Bedeutung . Assisted by our previous analysis, we show how this analogy between Frege and Heidegger fails, and in a single point: in considering sign as linguistic designator. By the end, we point out some considerations about the fruitfulness of the Heidegger s notion of sense (if it was taken together another notions treated in this work as, for example, relation and sign) to think in a broader way matters about intentionality and related issues. O presente trabalho tem como objetivo promover uma análise acerca do conceito de sentido no âmbito de Ser e Tempo no contexto da temática da compreensão. A partir de uma caracterização inicial da noção de sentido apresentada por Heidegger, depreendemos a rede conceitual em torno dessa noção procedendo com uma explicitação da mesma. Localizando o ponto nodal dessa rede conceitual em torno da temática da compreensão e interpretação, seguimos com uma análise destas noções restringindo-nos ao contexto da explicitação da compreensão dos entes, com uma questão do modo como lidamos com os entes no mundo, por meio de uma estrutura pré-predicativa e predicativa. Nesse contexto, apresentamos uma leitura cujo foco incide sobre a noção de relação, revelando desse modo uma tipologia de relações presente em Ser e Tempo e mostrando a importância dessa noção no tocante à explicitação dos sentidos de ser. Dedicamos uma atenção especial à noção de signo por expressar um caso exemplar de relação, denominada de remissão, fundamental para a compreensão dos sentidos de ser dos entes, em especial, do ser disponível, bem como para entender a noção heideggeriana de significar. Seguindo esse mesmo fio condutor, discutimos uma crítica à concepção heideggeriana de sentido, cujo ponto principal versa sobre as noções de signo e remissão em Ser e Tempo, interpretadas como análogas aos conceitos de sentido e referência de Frege. Amparados em nossa análise, mostramos como essa analogia entre Frege e Heidegger fracassa justamente num ponto crucial: em tomar signo como um designador linguistico. Por fim, tecemos algumas considerações acerca da proficuidade da noção heideggeriana de sentido (se tomada em consonância com as noções de relações analisadas no trabalho) para se pensar, por exemplo, algo como comportamento intencional ou intencionalidade de um ponto de vista mais geral.
38. HERMENÊUTICA DA FACTICIDADE E COEXISTÊNCIA COTIDIANA COM OUTROS: HEIDEGGER E A RETÓRICA DE ARISTÓTELES
- Author
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Guerche, Ronaldo Palma, Reis, Róbson Ramos dos, Wu, Roberto, and Fabri, Marcelo
- Subjects
Hermenêutica da facticidade ,Aristotle ,Rhetoric ,Aristóteles ,Hermeneutics of facticity ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Heidegger ,Retórica - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The present study has the objective of presenting the reconstruction of Heidegger's interpretation of Aristotle's Rhetoric in the period between 1922 and 1927 in the context of hermeneutics of facticity project. The starting point is the statement found in Being and Time that the Rhetoric of Aristotle should be understood as the hermeneutics of being there in everyday interaction with others. Considering that this statement was not developed in Being and Time, is take as the basis for developing this theme the interpretation of Aristotle's Rhetoric in the Heidegger's course Basics Concepts of Aristotelian Philosophy. O presente trabalho possui o objetivo de apresentar a reconstrução da interpretação heideggeriana da Retórica de Aristóteles, no período entre 1922 e 1927, no contexto do projeto da hermenêutica da facticidade. O ponto de partida é a afirmação presente em Ser e Tempo de que a Retórica de Aristóteles deve ser entendida como sendo a hermenêutica do ser-aí no convívio cotidiano com os outros. Considerando que essa afirmação não foi desenvolvida em Ser e Tempo, é tomado como base para desenvolver esse tema a interpretação da Retórica de Aristóteles realizada por Heidegger no curso Conceitos Fundamentais da Filosofia Aristotélica.
39. HEIDEGGER E KANT: O PROJETO ONTOLÓGICO DE SER E TEMPO E A INTERPRETAÇÃO FENOMENOLÓGICA DA CRÍTICA DA RAZÃO PURA
- Author
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Silva, Jaderson Oliveira da, Reis, Róbson Ramos dos, Schneider, Paulo Rudi, and Fabri, Marcelo
- Subjects
Crítica da Razão Pura ,Interpretação fenomenológica ,Phenomenological interpretation ,Ontology ,Critique of Pure Reason ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Heidegger ,Ontologia ,Tempo ,Time - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The goal of this work is to provide a reconstruction of Heidegger's phenomenological interpretation of Critique of Pure Reason carried out in the late twenties in light of the task of a destruction of the history of ontology on the guideline of the problem of temporality. The reconstruction is focused on Kant and the Problem of Metaphysics (1930) regarded in connection with textcourses from the period around Being and Time, in particular The Phenomenological Interpretation of Kant's Critique of Pure Reason (1927-28) and The Fundamental Problems of Phenomenology (1927). After an examination of the central methodological lines derived from the task of phenomenological destruction of the history of ontology the work presents the interpretation of Kant's thesis about being and the background in which it is formulated the thesis according to which Kant's Critique must be understood as a project to lay the foundations for metaphysics. By means of these considerations the work is able to reconstruct the phenomenological interpretation of Critique of Pure Reason as a laying of the foundation for metaphysics which inquires into the problem about the fore ontological understanding that enables entities to become manifest to finite human reason. In light of central orientations provided by the general ontological project of Being and Time the center of attention is the temporal nature of pure objectivity horizon which is developed by means of interpretations of transcendental schematism and transcendental deduction. Thus the work is intended to illuminate Heidegger's claim according to which Kant is the first and only one who traversed a stretch of the path toward the dimension of temporality . O objetivo do trabalho é reconstruir a interpretação fenomenológica da Crítica da Razão Pura realizada por Heidegger ao final dos anos vinte à luz da tarefa de destruição da história da ontologia seguindo o fio condutor da problemática da temporalidade. A reconstrução é focada no livro Kant e o problema da Metafísica (1929), considerado em conexão com os cursos do período ao redor de Ser e Tempo, especialmente, Interpretação Fenomenológica da Crítica da Razão Pura de Kant (1927-28) e Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1927). Após o exame das orientações metodológicas centrais derivadas da tarefa de desenvolver uma destruição fenomenológica da história da ontologia, o trabalho apresenta a interpretação da tese kantiana sobre o ser e reconstrói o pano de fundo em que é formulada a tese segundo a qual a Crítica de Kant deve ser compreendida enquanto um projeto de fundamentação da metafísica. Estas considerações permitem reconstruir a interpretação fenomenológica da Crítica da Razão Pura enquanto fundamentação da metafísica, a qual investiga o problema pela possibilidade de uma compreensão ontológica prévia que permite a manifestação do ente à razão humana finita. À luz das orientações do projeto ontológico de Ser e Tempo, a reconstrução centra o foco na problemática da natureza temporal do horizonte da objectualidade pura, desenvolvida por Heidegger mediante interpretações da doutrina do esquematismo e da dedução transcendental. Deste modo, o trabalho procura esclarecer a afirmação segundo a qual Kant foi o primeiro e único que se moveu durante um trecho do caminho da investigação na dimensão da temporalidade .
40. Liberdade e vinculação na fenomenologia hermenêutica
- Author
-
Lopes, Marcelo Vieira, Reis, Róbson Ramos dos, Rodrigues, Fernando, and Fonseca, Renato Duarte
- Subjects
Hermeneutics ,Freedom ,Fenomenologia ,Liberdade ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Phenomenology ,Heidegger ,Hermenêutica - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Heidegger, since the late 1920’s, develops an extensive approach on human existence in terms of comprehension of being. Such approach is linked to the famous recovery of the problem of being, which will be, definitely, a main problem during all his work. The question on the meaning of being as the main reason of Heidegger’s philosophy arises, in the period of Being and Time, as inherently connected to the problem of a comprehension that is historically set. The human being, thus, to comprehend something like this, implies an articulation of the comprehension in different regulatory ways, in which the entities show up on the inside of a meaning field. The hermeneutic phenomenology of Being and Time might be understood, then, as the thematization of the articulation of the meaning throughout the normativity inherent to the entities which express. In this context arises the development of the freedom concept. Notwithstanding the plural-significance of this concept in Heidegger’s work, it is possible to find a subjacent sense in its appearances by the late 1920’s until 1930’s. That sense points out to a previous binding, as a possibility of the whole comprehension of being. Taken by the notion of binding, the concept of freedom points out to the immediate dissociation of its traditional notion. This work analyses the development of this concept in the aforementioned period, bearing in mind its acknowledged importance performed in the description of human existence in terms of comprehension of being. Heidegger elabora, a partir da segunda metade dos anos 1920, uma extensa abordagem da existência humana em termos de compreensão de ser. Esta abordagem está ligada à famosa retomada do problema do ser, que será, sem dúvida, um problema central durante toda a sua obra. A pergunta pelo sentido do ser como motivo central da filosofia de Heidegger surge, no período de Ser e Tempo (1927), como intrinsecamente ligada ao problema de uma compreensão historicamente situada. Que o ser humano compreenda algo assim como ser implica uma articulação da compreensão em diversos modos regulativos, nos quais entes aparecem no interior de um campo de sentido. A fenomenologia hermenêutica de Ser e Tempo pode então ser entendida como a tematização da articulação de sentido através da normatividade inerente aos entes que se manifestam. Nesse contexto, surge a elaboração do conceito de liberdade. Não obstante, com a plussignificação desse conceito na obra de Heidegger, é possível encontrar um sentido subjacente a suas aparições do final dos anos 1920 até 1930. Esse sentido aponta para uma vinculação prévia, como possibilidade de toda a compreensão de ser. Entendido a partir da noção de vinculação, o conceito de liberdade aponta para a dissociação imediata da concepção tradicional em torno deste. Este trabalho analisa o desenvolvimento desse conceito no período supracitado, tendo em vista a reconhecida importância desempenhada na descrição da existência humana em termos de compreensão de ser.
41. TOTALIDADE EXISTENCIAL E MUNDO COMO TOTALIDADE: O CONCEITO DE TOTALIDADE NA ONTOLOGIA FUNDAMENTAL DE MARTIN HEIDEGGER
- Author
-
Flores, Juliana Mezzomo, Reis, Róbson Ramos dos, Fragozo, Fernando Antonio Soares, and Fabri, Marcelo
- Subjects
Totality ,Existência ,World ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Existence ,Heidegger ,Mundo ,Totalidade ,Mereologia ,Mereology - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior The attendant work advances as a central goal the inquiry into Martin Heidegger s approach to the concept of totality. In this purpose we bound this interpretation within the period from 1927 to 1930, focusing on the works Being and Time, What is Metaphysics? and The Fundamental Concepts of Metaphysics: world, finitude and solitude. Starting with the reconstruction of the concept of totality in Being and Time, we seek to make clear the bearing of the theory about parts and wholes in the E. Husserl s 3º Logical Investigations. We shall argue that the influence of hursselian mereology takes place within two wide ranges of the heideggerian ontological inquiry: a) in the structuring of the analytic of being there and b) the problem formulation concerning the possible totality for human entity conceived as existence. Subsequently, this concept will be examined in writings such as The Fundamental Concepts of Metaphysics and What is Metaphysics?, having as focus the elucidation of the notion of being as a whole . Finally, we will approach the concept of totality in Being and Time and The Fundamental Concepts under a specific viewpoint: the problems linked to the concept of world in the works from 1927 and 1929. O presente trabalho possui como objetivo central investigar a abordagem de Martin Heidegger ao conceito de totalidade. Para tanto, circunscreveremos nossa interpretação ao período de 1927 a 1930, concentrando-nos nas obras Ser e Tempo, Que é metafísica? e Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Partiremos da reconstrução do uso do conceito de totalidade em Ser e Tempo, buscando evidenciar a presença da teoria sobre todos e partes apresentada na 3ª Investigação Lógica de E. Husserl. Argumentaremos que a influência da mereologia husserliana se dá em dois grandes âmbitos do questionamento ontológico heideggeriano: a) na estruturação da analítica do ser-aí e b) na formulação do problema acerca da totalidade possível para o ente humano concebido como existência. Posteriormente o conceito será examinado nos escritos Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude e solidão e em Que é metafísica? , tendo como foco a elucidação da noção de ente na totalidade . Por fim, abordaremos o conceito de totalidade em Ser e Tempo e nos Conceitos Fundamentais sob um ponto de vista específico: os problemas vinculados ao conceito de mundo nas obras de 1927 e 1929.
42. A RELAÇÃO ONTOLÓGICA ENTRE VIDA E EXISTÊNCIA NA ABORDAGEM HERMENÊUTICO-FENOMENOLÓGICA DE MARTIN HEIDEGGER
- Author
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Silveira, André Luiz Ramalho da, Reis, Róbson Ramos dos, Williges, Flavio, Schneider, Paulo Rudi, and Fabri, Marcelo
- Subjects
Existência ,Vida ,Life ,Ontology ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Existence ,Heidegger ,Ontologia - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior This dissertation aims to reconstruct the general relationship between the senses of being and life's existence on the Martin Heidegger's ontology. After reconstruction and comparison between the two notions, it will be possible see what Heidegger called ontological abyss between life and existence. The notion of existence will be reconstructed from the fundamental ontology and existential analytics developed by Heidegger in Being and Time. With the notion of existence, Heidegger thinks the human being in his relationship with being unavoidable. In this way, the human being conceived as being-there is essentially determined by understanding of being. Although, Heidegger shows that human existence is essentially determined by temporality. Thus, temporality is presented by Heidegger as the sense of being of being-there. Furthermore, the being-there has to be the fundamental constitution-the-world, so it is not possible to think that being without the relationship with the world. From the reconstruction of existential analysis it is possible to show that Heidegger conceives as hermeneutics of nature. It is within the hermeneutic arises the problem of life. Life is understood as the sense of being of living organisms, but this theme is not developed in Sein Und Zeit. Life is characterized by a withdrawal at the opening of the world being there. Thus, Heidegger elaborates the hermeneutical conditions so that we can properly grasp through what he calls private interpretation of life. The systematic development of the meaning of life is to be presented by Heidegger lecture in 1929/30, entitled The Fundamental Concepts of Metaphysics: World, Finitude, Solitude. In this lecture, Heidegger thematizes the phenomenon of life from the thesis guideline "the animal is poor in world." Besides, Heidegger says that every creature is organism. In this sense, to present the phenomenon of life, Heidegger investigates the organism concept in conjunction with biological and zoological research. These investigations show the organism as a structure endowed with pulsional capacity and creative agencies. Also, taking the animality like an example, Heidegger shows the animal's essence as captivation, so the animal's behavior is always disrupted and absorbed on a circle of disinhibition. So the animal as compared to man, is seen as private world. In the same reading, Heidegger presents human existence not as being in the world but in terms of forming world. In this way, we will see how the change occurs in relation to Being and Time and the existence of life is separated by a gap, so just watershed between these two ways of being is possible only in comparative. A presente dissertação tem como objetivo geral reconstruir a relação entre os sentidos de ser da vida e da existência na ontologia de Martin Heidegger. Após a reconstrução e a comparação entre as duas noções, será possível ver o que Heidegger chamou de abismo ontológico entre a vida e a existência. A noção de existência será reconstruída a partir da ontologia fundamental e da analítica existencial desenvolvida por Heidegger em Ser e Tempo. Com a noção de existência, Heidegger pensa o ser humano em sua relação incontornável com o ser. Neste sentido, o ente humano, concebido como ser-aí, é essencialmente determinado pela compreensão de ser. Contudo, Heidegger mostra que a existência humana é determinada essencialmente pela temporalidade. Dessa forma, a temporalidade é apresentada por Heidegger como o sentido de ser do ser-aí. Além disso, o ser-aí possui como constituição fundamental o ser-no-mundo, de modo que não é possível pensar esse ente sem essa relação com o mundo. A partir da reconstrução da analítica existencial, é possível mostrar o que Heidegger concebe como hermenêutica da natureza. É no interior da hermenêutica que surge o problema da vida. A vida é entendida como o sentido de ser dos organismos vivos, mas esse tema não é elaborado em Ser e Tempo. A vida é caracterizada por um retraimento na abertura de mundo do ser-aí. Dessa forma, Heidegger elabora as condições hermenêuticas para que se possa apreender adequadamente através do que ele chama de interpretação privativa da vida. O desenvolvimento sistemático do sentido de ser da vida é apresentado por Heidegger na preleção de 1929/30, intitulada Os Conceitos Fundamentais da Metafísica: Mundo, Finitude, Solidão. Nessa preleção, Heidegger tematiza o fenômeno da vida a partir da tese diretriz o animal é pobre de mundo . Além disso, Heidegger diz que todo vivente é organismo. Neste sentido, para apresentar o fenômeno da vida, Heidegger investiga a noção de organismo em conjunção com pesquisas biológicas e zoológicas. Essas investigações mostram o organismo como uma estrutura pulsional dotada de aptidões e criadora de órgãos. Além disso, ao tomar como exemplo a animalidade, Heidegger apresenta a essência do animal como perturbação, de modo que o comportamento do animal é sempre perturbado e absorvido em um círculo de desinibição. Assim sendo, o animal, em comparação com o homem, é visto como privado de mundo. Nessa mesma preleção, Heidegger apresenta a existência humana não mais como ser-no-mundo, mas sim nos termos de formação de mundo. Nesse sentido, será visto como ocorre essa mudança em relação à Ser e Tempo e como a existência é separada da vida por um abismo intransponível, de modo que apenas marco divisor entre esses dois sentidos de ser somente é possível em termos comparativos.
43. O PROBLEMA DA FONTE DA INTELIGIBILIDADE NA ONTOLOGIA HERMENÊUTICA DE MARTIN HEIDEGGER
- Author
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Michels, Bruno de Prá, Reis, Róbson Ramos dos, Fleig, Mario, Fabri, Marcelo, and Sautter, Frank Thomas
- Subjects
Meaning ,Ontology ,Sentido ,Inteligibilidade ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Heidegger ,Ontologia ,Intelligibility - Abstract
The central theme of the fundamental ontology of Martin Heidegger is the question of the meaning of being. In a first approximation, one can say that the Heidegger s project in Being and Time is to elucidate the ways of being that regulate how the entities receive their determinations. In order to address adequately the issue so, Heidegger in Being and Time develops a phenomenology of human existence as being-in-world. According to description of everyday life the entities acquire identity and meaning within the world, understood as the space of meaning held previously for understanding. The Anglo-American reception of fundamental ontology raised the problem of the sources of intelligibility of Dasein s world. This is the problem of identifying the transcendental structures responsible for the formation of the space of meaning. Charles Guignon argues that language is the source of the intelligibility in Heidegger s hermeneutic ontology. However, Dreyfus argues that it is the one (das Man) fulfills that role. Rejecting both readings, Weberman and Keller argue that Heidegger finds in the temporality of human existence the source of intelligibility. From the perspective of these authors, Guignon Dreyfus fail because they exhibit conditions necessary but not sufficient for intelligibility. The goal of this dissertation is to reconstruct this debate about the sources of intelligibility in Heidegger s fundamental ontology. O tema central da ontologia fundamental de Martin Heidegger é a questão do sentido do ser. Numa primeira aproximação, pode-se dizer que objetivo de Heidegger em Ser e tempo é elucidar os modos de ser que regulam como entes recebem suas determinações. A fim de abordar de modo adequado a questão, Heidegger desenvolve em Ser e tempo uma fenomenologia da existência humana como ser-no-mundo. De acordo com descrição da cotidianidade, os entes ganham identidade e significação no interior do mundo, entendido como o espaço de significatividade sustentado previamente pela compreensão. A recepção anglo-americana da ontologia fundamental levantou o problema das fontes de inteligibilidade do mundo do existente humano. Trata-se do problema de identificar as estruturas transcendentais responsáveis pela constituição do espaço de sentido. Charles Guignon sustenta que a linguagem é a fonte da inteligibilidade na ontologia hermenêutica de Heidegger. Entretanto, Dreyfus sustenta que é o impessoal (das Man) que cumpre esse papel. Rejeitando ambas as leituras, Weberman e Keller argumentam que Heidegger encontra na temporalidade da existência humana a fonte da inteligibilidade. Da perspectiva desses autores, Guignon e Dreyfus fracassam porque exibem condições necessárias, mas não suficientes para a inteligibilidade. O objetivo da presente dissertação é reconstruir esse debate sobre as fontes da inteligibilidade na ontologia hermenêutica de Heidegger.
44. TRANSCENDÊNCIA E JOGO NA ONTOLOGIA FUNDAMENTAL DE MARTIN HEIDEGGER
- Author
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Betanin, Tatiana, Reis, Róbson Ramos dos, and Rossatto, Noeli Dutra
- Subjects
Jogo ,Ser ,CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA [CNPQ] ,Filosofia ,Transcedência ,Ontologia - Abstract
This dissertation deals with a new matter that appears in one of Martin Heidegger recently published courses Gesamtausgabe, which is the winter 1928/29 lesson named Introduction to Philosophy. In this sense, our objective consists in analysing and rebuilding the game concept presented as a way to transcendence conceptual determination. This concept does not just relate to transcendence but also to the comprehension of being that is considered a transcendence essencial moment. Then, besides the game and transcendence notion, it will be carachterized the comprehension of being notion. As a result, we have the evidence that transcendence is the condition to the comprehension of being possibility. In addition, transcendence is the senses of being formation and these senses either can be manifested or can be historically concealed. Esta dissertação trata de uma problemática nova que aparece em um dos cursos recentemente publicado na Gesamtausgabe de Martin Heidegger, que é a lição de inverno de 1928/29 intitulada Introdução à Filosofia . O nosso objetivo consiste em analisar e reconstruir o conceito de jogo que se apresenta como a forma de determinação conceitual da transcendência. Esse conceito não apenas se relaciona à transcendência, senão também à compreensão de ser, que é considerada um momento essencial da transcendência. Então, além da noção de jogo e de transcendência, será caracterizada a noção de compreensão de ser. Como resultado temos a constatação de que a transcendência é a condição de possibilidade da compreensão de ser. Além disso, ela é a formação de sentidos de ser, sentidos que tanto se manifestam como se ocultam historicamente.
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