Diseertação de Mestrado em Gestão dos Serviços de Saúde O presente estudo objectiva investigar, a influência de um programa de exercício terapêutico na qualidade de vida (QV). Para tal, foi constituída uma amostra, composta por 60 indivíduos do sexo feminino com idade superior a 50 anos, divididos em dois grupos. Um grupo constituído por 30 mulheres participantes num programa de exercício físico regular (grupo experimental) e outro constituído por 30 mulheres não participantes em programas de exercício físico (grupo controlo). Este estudo tem carácter quase experimental do tipo ensaio de campo, apresentando como objectivos específicos: Identificar a frequência da procura de cuidados de saúde no início e após três meses de prática de exercício físico; Avaliar os factores clínicos (índice de massa corporal (IMC), tensão arterial, (TA) sintomas e medicação), no início do programa e após 3 meses de prática de exercício físico; Avaliar o nível de qualidade de vida no início e após três meses de prática regular de exercício físico. . Este trabalho de investigação teve como ferramenta de avaliação da QV, a Escala de Saúde SF-36 e como ferramentas de caracterização um questionário sócio-demográfico e uma grelha de registos do estado de saúde dos inquiridos. Os resultados obtidos evidenciam, que o grupo experimental não melhora o nível de QV, mas mantém-no, enquanto o grupo controlo apresenta resultados e sintomas piores, o que significa que o nível de QV dos indivíduos que não praticam exercício físico regular diminui. Em relação aos factores clínicos e à procura de cuidados de saúde, não se obtiveram resultados estatisticamente significativos, mas isto não quer dizer que a prática regular de exercício não seja efectiva para estes elementos. É possível concluir que, com a prática regular de exercício físico, se obtêm melhorias em termos de saúde física e mental, o que implica um acréscimo na QV do indivíduo. This study aims to contribute to the study of the influence of a therapeutic exercise program on quality of life. To this end, a sample was formed, composed by 60 female individuals aged over 50 years, divided into two groups. One group comprising 30 women participating in a regular exercise program (experimental group) and another comprising 30 women non-participants in programs of physical exercise (control group). This study has kind of quasi-experimental field trial, with specific objectives: Identify the frequency of demand for health care, at the beginning and after 3 months of physical exercise; Evaluate clinical factors (BMI, blood pressure, symptoms and medication), at the beginning of the program and after 3 months of physical exercise. • Assess the quality of life in the beginning and after 3 months of regular exercise. This research used, to evaluate quality of life, Health Scale and SF-36 as a tool to characterize socio-demographic questionnaire and a grid of records of the health status of respondents. The results show that the experimental group did not improve the quality of life, but keeps it, as the control group presents worse results and symptoms, which means that the quality of life of individuals who do not exercise regularly decreases. In relation to clinical factors and the demand for health care, it was not possible to obtain statistically significant results, but this does not mean that regular exercise is not effective for these elements. It is possible to conclude that, with regular physical exercise, improvements are achieved in terms of physical and mental health, which implies an increase in quality of life of the individual.