Introduction and objectives: In December 2019, SARS-CoV-2, was discovered as the agent of COVID-19 disease. Cardiac arrhythmias have been reported as frequent but their incidence is unknown. The aim of this research was to assess the real incidence of cardiac arrhythmias among COVID-19 patients admitted to Portuguese hospitals and to understand the underlying prognostic implications. Methods: The Portuguese Association of Arrhythmology, Pacing and Electrophysiology (APAPE) conducted a survey in Portuguese hospitals to assess the occurrence of arrhythmias in COVID-19 patients, their clinical characteristics, the use of experimental therapies and the impact on QT interval. Results: Twenty hospitals participated, reporting 692 hospitalized patients. An arrhythmic episode occurred in 81 (11.7%) and 64 (79%) had detailed information on these episodes. New onset arrhythmias occurred in 41 (64%) patients, 45 (70.3%) male, median age 73.5 (61-80.3) years. There were 51 (79.7%) with associated comorbidities, mainly arterial hypertension (41, 64.1%). Of 53 patients (82.3%) on experimental therapy, 7 (10.9%) had an increased QTc interval. Regarding arrhythmias, two patients (3.1%) had ventricular tachycardia, 5 (7.8%) sinus bradycardia, 17 (26.6%) paroxysmal supraventricular tachycardia and 40 (62.5%) atrial fibrillation or flutter. At the time of reporting, there had been no deaths due to arrhythmic syndrome or related complications. Conclusions: In a population of COVID-19 patients. The incidence of cardiac arrhythmias is high but not associated with increased cardiac mortality although it does though occur frequently in extremely ill patients and with multiple organ failure. Regardless of the use of experimental drugs, the incidence of ventricular arrhythmias is low and atrial fibrillation and other supraventricular arrhythmias are the most prevalent arrythmias. Resumo: Introdução e objetivos: Em dezembro de 2019, o SARS-CoV-2 foi descoberto como agente da doença Covid-19. As arritmias cardíacas são reportadas como frequentes, mas a sua incidência é desconhecida. O objetivo deste trabalho foi entender a incidência de arritmias em doentes Covid-19 tratados em hospitais portugueses e entender as suas implicações prognósticas. Métodos: A Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE) conduziu um inquérito em hospitais portugueses, documentando a ocorrência de arritmias em doentes com Covid-19, as suas caraterísticas clínicas, o uso de terapêutica experimental e o seu impacto no intervalo QT. Resultados: Participaram 20 hospitais, reportando 692 doentes hospitalizados. Ocorreram episódios arrítmicos em 81 (11,7%), 64 (79%) com informação adicional. Documentaram-se arritmias de novo em 41 (64%) doentes, 45 (79%) do sexo masculino, idade mediana 73,5 (61-80,3) anos. Destes, 51 (79,7%) tinham comorbilidades associadas, maioritariamente hipertensão arterial (41, 64,1%). Dos 53 (82,3%) doentes sob terapêutica experimental, 7 (10,9%) tiveram aumento do intervalo QTc. Tiveram taquicardia ventricular 2 (3,1%) doentes, 5 (7,8%) bradicardia sinusal, 17 (26,6%) taquicardia paroxística supraventricular e 40 (7,8%) fibrilhação ou flutter auricular. Nenhum doente teve morte por causa arrítmica ou complicações associadas, à data do registo. Conclusões: Numa população de doentes com Covid-19, a incidência de arritmias é elevada, mas não associada a aumento de mortalidade cardíaca, apesar da ocorrência mais frequente em doentes graves e com falência multiorgânica. Independentemente do uso de terapêuticas experimentais, a incidência de arritmias ventriculares é baixa e a fibrilhação auricular e outras arritmias supraventriculares são as arritmias mais prevalentes.