O objetivo consiste em compreender o significado do cuidado de pessoas com doença de Alzheimer vivenciado por mulheres, cuidadoras, e trabalhadoras da saúde, integrantes de grupos de ajuda mútua comunitários. Estudo fundamentado na ontologia da experiência de Maurice Merleau-Ponty com base na noção do corpo próprio. Desvela-se pela participação de 12 mulheres, familiares cuidadoras e trabalhadoras da saúde, integrantes de grupos de ajuda mútua comunitários. A produção das descrições vivenciais ocorreu em três encontros de Grupo Focal, cujo material resultante foi submetido à Analítica da Ambiguidade. As participantes desvelaram aspectos sensíveis e socioantropológicos de suas vidas, mediante retomada de um horizonte de passado e perspectivas de futuro, que as põem diante do dever (cultura) e do desejo (sentimento) de cuidar do familiar com Doença de Alzheimer. Trata-se de vivências expressas pela dimensão do corpo habitual, que mobiliza o corpo perceptivo para o exercício do ser cuidadora, mãe/filha, nora e esposa. A coexistência presente no grupo e o entrelaçamento com outras mulheres possibilitam a experiência de transcendência (corpo do outro) do dever moral à liberdade responsável. Os grupos comunitários nos aproximaram de mulheres em seus territórios relacionais que se revelaram no campo da temporalidade e intersubjetividade possibilitada pela vivência grupal. Descritores: Filosofia em Enfermagem, Cuidadores, Mulheres, Doença de Alzheimer, Grupos de Apoio. Being a woman and family caring for people with alzheimer's disease Abstract: The objective is to understand the meaning of care for people with Alzheimer's disease experienced by women, caregivers and health workers, members of community mutual help groups. Study based on the ontology of the experience of Maurice Merleau-Ponty based on the notion of the proper body. It is unveiled by the participation of 12 women, family caregivers and health workers, members of community mutual help groups. The production of experiential descriptions took place in three Focus Group meetings, whose resulting material was submitted to the Ambiguity Analysis. The participants unveiled sensitive and socio-anthropological aspects of their lives, by resuming a horizon of the past and future perspectives, which put them in front of the duty (culture) and desire (feeling) of caring for the family member with Alzheimer's Disease. These are experiences expressed by the dimension of the habitual body, which mobilizes the perceptive body for the exercise of being a caregiver, mother/daughter, daughter-in-law and wife. The coexistence present in the group and the intertwining with other women enable the experience of transcendence (the body of the other) from the moral duty to responsible freedom. Community groups brought us closer to women in their relational territories, which revealed themselves in the field of temporality and intersubjectivity made possible by the group experience. Descriptors: Philosophy in Nursing, Caregivers, Women, Alzheimer's Disease, Support Groups. Ser mujer y familia cuidados de personas con enfermedad de Alzheimer Resumen: El objetivo es comprender el significado de la atención a las personas con enfermedad de Alzheimer que experimentan las mujeres, los cuidadores y los trabajadores de la salud, miembros de grupos comunitarios de ayuda mutua. Estudio basado en la ontología de la experiencia de Maurice Merleau-Ponty basado en la noción de cuerpo propio. Se devela con la participación de 12 mujeres, cuidadoras familiares y trabajadoras de la salud, integrantes de grupos comunitarios de ayuda mutua. La producción de descripciones vivenciales se llevó a cabo en tres reuniones de Focus Group, cuyo material resultante fue sometido al Análisis de Ambigüedad. Los participantes desvelaron aspectos sensibles y socio-antropológicos de sus vidas, retomando un horizonte de perspectivas pasadas y futuras, que los colocan frente al deber (cultura) y el deseo (sentimiento) de cuidar al familiar con Alzheimer. Son experiencias expresadas por la dimensión del cuerpo habitual, que moviliza el cuerpo perceptivo para el ejercicio de ser cuidadora, madre / hija, nuera y esposa. La convivencia presente en el grupo y el entrelazamiento con otras mujeres posibilitan la vivencia de la trascendencia (el cuerpo del otro) del deber moral a la libertad responsable. Los grupos comunitarios nos acercaron a las mujeres en sus territorios relacionales, que se revelaron en el campo de la temporalidad y la intersubjetividad posibilitadas por la experiencia grupal. Descriptores: Filosofía en Enfermería, Cuidadores, Mujeres, Enfermedad de Alzheimer, Grupos de Apoyo.