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1. Tratamento farmacológico da Paralisia Facial Periférica Idiopática: qual a evidência?

Author

Ana Isabel Silva and Tiago Magalhães

Subjects
Paralisia Facial Periférica Idiopática, Paralisia de Bell, Corticosteroides, Antivíricos, Medicine (General), R5-920
Abstract

Objetivo: Rever o tratamento farmacológico mais eficaz, entre corticoides e antivíricos, na melhoria clínica da Paralisia Facial Periférica Idiopática. Fontes de dados: Pubmed, sítios de medicina baseada na evidência, Índex de Revistas Médicas Portuguesas e referências bibliográficas dos artigos selecionados. Métodos de Revisão: Foi realizada uma pesquisa de normas de orientação clínica, revisões sistemáticas, meta-análises (MA) e ensaios clínicos aleatorizados e controlados, publicados entre 01/2005 e 04/2012, em inglês e português, utilizando os termos MeSH: Glucocorticoids; Antiviral Agents; Bell Palsy; Facial Paralysis. Para avaliação dos níveis de evidência (NE) e atribuição de forças de recomendação foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Family Physician. Resultados: Foram encontrados 181 artigos, dos quais foram selecionados sete MA. Três MA suportam de forma consistente e significativa o benefício clínico do uso de corticoide versus placebo (NE 1). O uso de antivíricos não foi melhor que o placebo em dois estudos (NE 2). A combinação de corticoide e antivírico foi semelhante ao corticoide isolado em dois estudos e em quatro estudos foi reportado um benefício da combinação relativamente ao uso isolado de corticoide, sem significado estatístico. Este benefício da combinação de corticoide e antivírico foi potencialmente mais relevante em casos de paralisia severa (NE 2). Conclusões: A corticoterapia continua a ser o tratamento com a melhor evidência clínica (Recomendação A). Não existe evidência de benefício dos antivíricos, isoladamente ou em associação com corticoides, no tratamento da Paralisia de Bell (Recomendação B). Em doentes com paralisia severa poderá, potencialmente, existir um pequeno benefício na adição de antivíricos à terapêutica com corticoides (Recomendação B). São de realçar as diversas limitações metodológicas, assim como a heterogeneidade dos estudos.

Published
2013
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2. Corticoterapia sistémica em Otorrinolaringologia

Author

Martins, Sónia P., Saldanha, Maria Inês, Santos, Margarida, and P. Vaz, Ricardo

Subjects
otite média com efusão, sinusitis, neuronite vestibular, idiopathic facial nerve palsy, hipoacusia súbita neurossensorial idiopática, corticosteroids, corticosteróides, vestibular neuronitis, rinossinusite, otitis media with effusion, paralisia facial periférica idiopática, idiopathic sudden neurosensorial hearing loss, laryngeal edema, edema laríngeo
Abstract

Objectives: To resume the main characteristics of corticosteroids and discuss the main clinical applications of systemic corticotherapy in Otorhinolaryngology. Design: Literature review. Material and methods: Pubmed search of articles concerning systemic corticosteroids. Studies with clinical relevance to clinical practice in Otorhinolaryngology were selected and analysis concluded in april/2020. Results and conclusions: The systemic action of corticosteroids is due to its intracellular activity and is associated to adverse effects that are dose, time and route of administration dependent. Corticosteroids differ in terms of anti-inflammatory activity, duration of action and presence of mineralocorticoid effect. The use of corticosteroids varies among Otolaryngologists and it is apparently related to one’s experience. The prescription of systemic corticotherapy must be strict and individualized, taking into account the disease, patient comorbidities and pharmacological properties of each corticosteroid. Objetivos: Recapitular as propriedades farmacológicas dos corticosteroides (CCT) e abordar as principais aplicações da corticoterapia sistémica em Otorrinolaringologia. Desenho do estudo: Revisão da literatura. Material e métodos: Pesquisa de artigos na base de dados Pubmed, acerca de corticoterapia sistémica. Os estudos com relevância para a prática clínica em Otorrinolaringologia foram selecionados e a sua análise foi concluída em abril/2020. Resultados e conclusões: A ação abrangente dos CCT deve-se à sua atividade intracelular e está associada a efeitos adversos que são dependentes da dose, tempo de tratamento e via de administração. Os CCT diferem entre si na atividade anti-inflamatória, duração de ação e presença de efeito mineralocorticóide. O uso de CCT varia entre Otorrinolaringologistas e parece estar relacionado com a experiência individual de cada um. A prescrição de CCT sistémicos deve ser criteriosa e individualizada, tendo em conta a patologia, as comorbilidades do doente e as propriedades farmacocinéticas dos CCT.

Published
2020

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