Este trabalho, pioneiro nesta área, tem como objeto de estudo as políticas públicas autárquicas de promoção da participação e implicação dos jovens na vida económica, social e cultural das mesmas, através do programa Orçamento Participativo Jovem - OPJ. Os poderes públicos têm vindo a proceder a alterações das políticas de administração. Tais alterações, ou seja, as reformas do Estado, passam pela adoção de um novo modelo de gestão. Este novo modelo representa uma mudança de paradigma. O principal objetivo desta dissertação é entender de que forma está a funcionar o OPJ nos municípios da Área Metropolitana do Porto - AMP e quais os fatores que explicam a sua adoção. O OPJ emerge como um instrumento que tenta agregar as necessidades comuns, permitindo adequar as políticas públicas municipais às necessidades e expetativas dos cidadãos mais jovens, envolvendo-os na vida autárquica, permitindo assim aumentar o nível de transparência municipal. Realizou-se uma revisão de literatura relativa à temática, quer do Orçamento Participativo - OP, quer do OPJ e desenvolvido um estudo empírico, que levou à criação de um questionário aplicado aos dezassete municípios em estudo, no espaço temporal de 2018 a 2019. Os resultados obtidos permitem concluir que o principal fator que leva a adoção do OPJ é a “vontade política” do executivo.