O mercado de pimenteiras no Brasil passa por grandes modificações, sendo crescente a exploração de novos tipos de pimentas, incluindo aquelas de interesse ornamental. Com o plantio em ambientes protegidos, aumentou a procura por híbridos com maior produtividade e valor comercial, de forma a tornar rentável o investimento nessa infraestrutura de produção. As sementes híbridas são obtidas a partir do cruzamento de linhagens endogâmicas que por sua vez, são obtidas por autofecundações sucessivas. O objetivo deste trabalho foi comparar dois métodos de proteção de botões florais após a autofecundação em pimenteiras ornamentais. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em laboratório da UFPB. Plantas de 15 híbridos e seus recíprocos foram utilizadas no teste de dois métodos de proteção do botão floral: 1= cobertura dos botões com papel alumínio e 2= fechamento dos botões com cola branca. Para cada metodologia foram realizadas dez autofecundações em cada híbrido, em pré-antese. Ao final, as médias de pegamento de frutos em cada metodologia foram contrastadas para cada híbrido. A média geral da taxa de pegamento de frutos observada para o método 1 (16%) foi inferior à observada para o método 2 (51%), não havendo um único híbrido em que a taxa de pegamento de frutos observada para o método 1 tenha superado aquela do método 2. Alguns híbridos apresentaram até 90% de pegamento de frutos quando se utilizou o método 2, em comparação a um máximo de 40% para o método 1. A direção do cruzamento, direto ou recíproco, também afetou a taxa de pegamento de frutos, porém sem influência do método de proteção do botão floral. Diante dos resultados encontrados neste trabalho, sugere-se o fechamento dos botões com cola branca para garantir o sucesso de autofecundações controladas em pimenteiras.The pepper market in Brazil is experiencing major changes. There is a mounting interest in new types of peppers, including those of ornamental relevance. The use of protected cultivation is raising the demand for high-yielding hybrids, with higher commercial value, so as to turn this production system into a profitable investment. Hybrid seeds are obtained by crossing endogamic lines, which, in their turn, result from successive self-pollinations. The objective of this study was to compare two methods of protecting selfed flower buds from contamination with exogenous pollen in ornamental peppers. The experiment was carried out in a greenhouse, on a laboratory of the Universidade Federal da Paraíba. We took plants of 15 hybrids and their reciprocals to test two methods to protect selfed flower buds: 1= bud covering with aluminum foil; and 2= bud sealing with white glue. We carried out ten self-pollinations per hybrid, in pre-anthesis, for each method. We evaluated the average fruit set rate per method within each hybrid. The general fruit setting average in method 1 (16%) was lower than in method 2 (51%); with not a single hybrid in which fruit set rate of method 1 has exceeded that of method 2. A few hybrids showed up to 90% fruit set after self-pollination when flower buds were sealed with white glue (method 2), in contrast to a maximum of 40% fruit set when using method 1. The direction of the cross, direct or reciprocal, also affected fruit set rate, causing either reduction or increase, but with no effects of the selfed bud protecting method. Considering our results, we indicate the use of white glue to seal selfed flower buds to secure the success of controlled selfing in pepper.