Os arquivos são, pelos seus atributos definidores, espelho e património das comunidades que os produzem, mas podem ser, e normalmente são-no, património de todas as realidades que com essas comunidades produtoras interagem. São registo, memória e fonte para a produção historiográfica e para a construção e/ou definição cultural. Neste sentido, gozariam, juntamente com as produções artísticas, móveis e imóveis, e mesmo com a imaterialidade, de um estatuto patrimonial que geraria investimento, divulgação e educação. Não obstante, o conceito de ‘património’ quando aplicado à realidade documental, leia-se aos arquivos, carece ainda de enfase, nas esferas públicas e institucionais, e de consubstancialização. Esta comunicação pretende, no âmbito do acima exposto, abordar a política arquivística açoriana nos últimos 50 anos, no sentido de lhe encontrar um percurso na consubstancialização patrimonial dos arquivos locais, bem como no intuito de analisar de que forma, e por que meios, essa política arquivística tem contribuído para a valorização da memória e para a construção de conhecimento sobre a(s) realidade(s) insulare(s). […]. info:eu-repo/semantics/publishedVersion