Este trabalho compreende duas partes distintas. Na primeira, dispõe-se, contrariamente aos teóricos pós-modernos e contemporâneos, uma definição geral de pós-modernismo: é pós-moderna a obra de arte ou de arquitetura que reproduz imagens com significados conhecidos e lhes dá um outro, imprevisto. Com tal enunciado, obtido dos dois livros de Robert Venturi, mostra-se que é possível conceituar o pós-modernismo, não obstante as suas múltiplas expressões. Como não existem normas para a escolha do tipo de imagem a ser duplicada pelos artistas ou pelos arquitetos, nem para o significado que elas devem apresentar, as peças pós-modernas podem assumir quaisquer configurações. Logo, a fim de indicar o que é (ou não) pós-moderno, é preciso considerar os atributos subjacentes à forma e aos materiais de cada obra. Na medida em que identificar o pós-modernismo a partir da observação direta é impraticável, os conceitos de arte e de arquitetura (que, de fato, condizem com todos os estilos artísticos e arquitetônicos existentes, inclusive com o pós-moderno) também contam quesitos que não são prontamente acessíveis ao olhar. O advento do pós-modernismo invalidou as teorias que justificavam o estatuto de arte e de arquitetura das obras com base na sua aparência; com efeito, há pares de objetos iguais, coincidentes ponto por ponto, mas que diferem entre si porque este tem valor artístico e arquitetônico, enquanto aquele não tem. Para falar sobre a natureza das obras de arte e de arquitetura, toma-se a filosofia estética de Georg Wilhelm Friedrich Hegel; conforme a doutrina hegeliana, o pós-modernismo corresponde a um novo estágio do processo de desenvolvimento do espírito, em que a humanidade vai aprofundando a sua consciência de si e do mundo e em que a arte e a arquitetura vão passando da percepção sensorial à reflexão. Finalmente, recusa-se a tese pós-moderna sobre o término das narrativas, com uma defesa da história da arte e da arquitetura. Na segunda parte, apontam-se algumas causas do movimento pós-moderno em Minas Gerais, destacando o ambiente político e cultural no estado e a atuação de Éolo Maia. This essay comprises two distinct parts. In the first one, contrary to the postmodern and the contemporary theoreticians, it is set a general definition of postmodernism: we must name as postmodernist the work of art or architecture that reproduces very well-known images and gives them unexpected meanings. With this statement, which is presented in two books of Robert Venturi, it is proved the possibility of defining the postmodernism, despite its multiple expressions. Since there are no rules for choosing the type of images that artists and architects will duplicate nor for changing their original meanings to new ones, the postmodern pieces can assume any configurations. Therefore, to indicate what is (or is not) postmodern, we shall consider the features behind the form or the materials of each work. As it is impracticable to identify the postmodernism looking at the pieces, the concepts of art and architecture (which have to match all the existing styles of art or architecture, including the postmodernism) count some points that are not immediately accessible to the eyes. The arrival of the postmodernism invalidated all the theories that used to justify the status of art or architecture of a work on its appearance; in fact, there are exactly alike objects that differ from each other because only one of them has a real artistic or architectonic value. To talk about the nature of works of art and architecture, it is taken the Georg Wilhelm Friedrich Hegel\'s aesthetics into account; according to the Hegelian doctrine, postmodernism corresponds to a new step on the process of spiritual development, through which humanity has increased its consciousness of itself and the world, and art and architecture have left perception for reflection. Finally, it is contested the postmodern thesis concerning the end of narratives, with a defense of art history. In the second part, it is pointed the causes for the postmodern movement in Minas Gerais, Brazil, remarking its political and cultural environment in the 80\'s and the leadership of the Brazilian architect Éolo Maia.