1. O uso de métodos de prevenção do HIV e o contexto das práticas sexuais de adolescentes homens gays e bissexuais, travestis e mulheres transgênero na cidade de São Paulo, Brasil
- Author
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Martins, Gláucia Barroso, Pinheiro, Thiago Félix, Ferraz, Dulce, Grangeiro, Alexandre, and Zucchi, Eliana Miura
- Subjects
Adolescent ,Gender Diversity ,Diversidad de Género ,Sexualidade ,Enfermedades de Transmisión Sexual ,Sexually Transmitted Infections ,Diversidade de Gênero ,Infecções Sexualmente Transmissíveis ,Sexualidad ,Sexuality ,Adolescente - Abstract
We aimed to understand the perspective and use of HIV prevention methods in context of the sexual practices of adolescent gay and bisexual men, travestis, and transgender women (TGW). In-depth interviews and focus group discussions were conducted with 22 adolescent gay and bisexual men, travestis, and TGW aged between 15 and 19 years in São Paulo, Brazil, as part of the formative research of the PrEP1519 study, an ongoing daily oral pre-exposure prophylaxis (PrEP) demonstration study among adolescents. Participants’ knowledge repertoire about prevention methods and their experience with them concentrated on condoms, which were regarded as the most well-known, “compulsory” practice, whose use was an individual responsibility. Prior HIV/STI testing was reported by a few participants as a measure to decide to discontinue condom use in stable relationships, whereas seeking testing after condomless sex was an attempt to repair a “failure” in prevention. The importance of commercial sex was striking among TGW and travestis, in which condom use often depended on clients’ decision, and drug use and risk of violence hindered decision-making and self-care. Adolescents showed little knowledge, frequent confusion, and no experience with post-exposure prophylaxis and PrEP. An incipient appropriation of the diversity of prevention methods and a rigid normativity about the use of condoms are key drivers in adolescents’ perception and use of HIV prevention methods. Adolescents’ risk management seems to be restricted in terms of their autonomy and ability to assess exposure across contexts, failing to include antiretroviral-based (ARV) methods, thus requiring tailored and context-sensitive strategies for an effective combination prevention approach. O estudo teve como objetivo compreender a perspectiva e o uso de métodos de prevenção do HIV no contexto das práticas sexuais de homens gays e bissexuais, travestis e mulheres transgênero adolescentes. Foram realizados grupos focais e entrevistas em profundidade com 22 adolescentes gays e bissexuais, travestis e mulheres transgênero entre 15 e 19 anos de idade na cidade de São Paulo, Brasil, como parte da pesquisa formativa do estudo PrEP1519, um estudo de demonstração, em andamento, sobre profilaxia pré-exposição (PrEP) diária em adolescentes. O repertório de conhecimentos e a experiência dos participantes com métodos de prevenção estiveram concentrados no preservativo, visto como a prática mais conhecida, “compulsória”, e cujo uso era da responsabilidade do indivíduo. Testagem prévia para ISTs/HIV era relatada por alguns participantes enquanto medida para decidir sobre a descontinuação do uso de preservativos em relações estáveis, enquanto a busca de testagem depois de sexo sem preservativo aparecia como uma tentativa de reparar uma “falha” na prevenção. O sexo comercial figurava de maneira importante entre as mulheres transgênero e travestis, em que o uso de preservativo muitas vezes dependia da decisão do cliente, e o uso de drogas e o risco de violência dificultavam o processo de decisão e o autocuidado. Os adolescentes demonstravam pouco conhecimento, confusão frequente e nenhuma experiência com a profilaxia pós-exposição sexual (PEP) e a PrEP. Fatores chave na percepção e no uso dos métodos de prevenção do HIV por adolescentes incluem uma apropriação incipiente da gama de métodos de prevenção e uma normatividade rígida quanto ao uso de preservativos. O manejo do risco pelos adolescentes parece estar limitada em termos da autonomia e capacidade de avaliar a exposição em diferentes contextos, e deixa de incluir métodos baseados em antirretrovirais; assim, exige estratégias customizadas e sensíveis ao contexto para uma abordagem efetiva de prevenção combinada. El objetivo del trabajo fue comprender la perspectiva y el uso de los métodos de prevención del VIH en el contexto de prácticas sexuales de adolescentes gays y bisexuales, travestis y mujeres transgénero (TGW). Se organizaron debates y grupos de discusión en profundidad con 22 adolescentes gais y hombres bisexuales, travestis y TGW con edades entre 15 y 19 años en São Paulo, Brasil, como parte de la investigación formativa del estudio PrEP1519, un estudio experimental diario en curso sobre profilaxis preexposición (PrEP) entre adolescentes. El repertorio de conocimiento de los participantes sobre lo anterior y su experiencia con métodos de prevención se concentró en los condones, siendo considerada como la mejor práctica conocida, “obligatoria”, y cuyo uso era de responsabilidad individual. Algunos mencionaron pruebas previas de VIH/ETS, como medida para decidir suspender el uso del condón en relaciones estables, mientras que la búsqueda de pruebas tras el sexo sin condón fue un intento de arreglar un “fallo” en la prevención. El sexo comercial fue importante entre TGW y travestis, en donde el uso del condón a menudo dependía de la decisión del cliente, así como el consumo de drogas y riesgo de violencia convertían en algo más complicado la toma de decisiones y el autocuidado. Los adolescentes mostraron poco conocimiento, una frecuente confusión y no tener experiencia con la profilaxis posexposición (PEP) y PrEP para el VIH. Una incipiente apropiación de la diversidad de los métodos de prevención y una rígida normatividad sobre el uso de condones son factores clave en la percepción y uso de métodos de prevención VIH por parte de los adolescentes. La gestión del riesgo por los adolescentes parece estar restringida en términos de su autonomía y habilidad para evaluar la exposición a través de contextos y limitaciones para incluir métodos basados en ARV, por lo tanto se requieren estrategias a medida y sensibles con el contexto para un enfoque combinado de prevención.
- Published
- 2023