Quatro novilhos holandeses fistulados no rúmen, com peso médio de 259 kg, foram distribuídos em um quadrado latino 4 x 4 para se avaliar o efeito dos níveis de casca de algodão na dieta de novilhos sobre o consumo e as digestibilidades totais, ruminais e intestinais de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), extrato etéreo (EE), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp) e carboidratos não-fibrosos corrigidos (CNFcp) e o consumo de nutrientes digestíveis totais (NDT). Também foi avaliada a cinética de degradação ruminal da casca de algodão, da silagem de capim-elefante, do sorgo e do farelo de soja. As dietas experimentais continham na base da matéria seca: 0, 10, 20 e 30% de casca de algodão peletizada, em substituição à silagem de capim-elefante, sendo a dieta total constituída de 60% de volumoso. As digestibilidades foram determinadas utilizando-se a fibra em detergente ácido indigestível como indicador. No ensaio de degradabilidade, foram utilizados dois novilhos e os tempos de incubação ruminal 0, 3, 6, 12, 24, 48, 72, 96 e 144 horas. Verificou-se que os níveis de casca de algodão aumentaram linearmente o consumo diário de todos os nutrientes, tanto em kg quanto em % do peso vivo. Não houve efeito dos diferentes tratamentos sobre as digestibilidades totais e parciais dos nutrientes e, conseqüentemente, não houve efeito sobre o teor de NDT das dietas, que foi em média 59,53%. O NDT calculado da casca de algodão foi de 55,52%. A degradação efetiva da MS, para a taxa de passagem estimada de 5,06%/h, foi de 38,65; 41,13; 68,58 e 77,56% para a casca de algodão, a silagem de capim-elefante, o sorgo e o farelo de soja, respectivamente. A casca de algodão mostrou-se um bom volumoso alternativo, podendo ser fornecida até o nível de 30% na MS total na dieta de novilhos de origem leiteira.Four ruminally cannulated Holstein steers averaging 259 kg of body weight were randomly assigned to a 4x4 Latin square to study the effects of replacing elephantgrass silage with cottonseed hulls on intake and apparent ruminal, intestinal, and total tract digestibilities of dry matter (DM), organic matter (OM), ether extract (EE), crude protein (CP), neutral detergent fiber corrected to ash and protein (NDFap), and corrected non-fiber carbohydrates (NFCap). Intake of total digestible nutrients (TDN) and ruminal degradabilities of cottonseed hulls, elephantgrass silage, sorghum, and soybean meal also were evaluated. Treatments (60% of forage) contained on DM basis: 0, 10, 20 or 30% of cottonseed hulls that partially replaced elephantgrass silage in the diet. Digestibilities were obtained using indigestible acid detergent fiber as an internal marker. To determine ruminal degradability of the feeds two steers were used and the following incubation times were adopted: zero, three, six, 12, 24, 48, 72, 96 and 144 hours. Daily intake of all nutrients expressed either as an amount or as percentage of body weight, increased linearly by partially replacing elephantgrass silage with cottonseed hulls. No effects of increasing levels of cottonseed hulls were observed for apparent ruminal, intestinal, and total tract digestibilities of nutrients in the current trial. Consequently, contents of dietary TDN did not differ and averaged 59.53% across diets. In addition, calculated TDN was 55.52% for cottonseed hulls. Effective DM degradation, assuming a passage rate of 5.06%/h, was 38.65; 41.13; 68.58, and 77.56% for cottonseed hulls, elephantgrass silage, sorghum, and soybean meal, respectively. It can be concluded that cottonseed hulls is a good forage alternative to elephantgrass silage and may supply up to 30% of the total DM in diets of dairy steers.