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Esta conferencia aborda parte de la historia pasada sobre el interés antropológico contemporáneo sobre las relaciones. Pone atención en algunos aspectos de la Escuela Británica de la antropología social, y uno de sus problemas omnipresentes. Para hacer esta presentación al menos parcialmente digerible, la autora construye su argumentación a la manera de una novela de detectives. De esta forma investigará El Caso de la Perspectiva cambiante y, como una trama dentro de ésta, El Caso del Punto Ciego.

Resumo As diversas formas com que antropólogos da Amazônia e da Melanésia empregaram termos genéricos, como genitores e crianças, levam a uma exploração dos momentos em que a distinção de gênero pode não ser colocada em primeiro plano. Certos aspectos da vida cultivada das plantas, como no caso das principais culturas alimentares e da reprodução vegetativa comumente atribuída a elas, acabam nos oferecendo novas possibilidades expositivas. Considerando que a maior parte da análise é apresentada “por meio de” (um pequeno número de) iluminações etnográficas de ambas as regiões, a autora também se permite algumas formulações no lado melanésio.

This contribution invites reflection on some of the conditions under which ethnographic enquiry is carried forward. Taking its cue from the concept of infrastructure, commonly understood as the practical supports underpinning an enterprise, it extends the notion to include ideas or assumptions that may be sustaining the purpose of enquiry. It thus takes practical and ideational supports in tandem. Intermittently visible, falling beyond the purview of the topics being investigated, and thus rather less than explicit contexts for research, the infrastructures of ethnographic work afford some insight into its changing circumstances. Importantly, these include changing orientations towards or conceptualizations of the kinds of objects of knowledge regarded as its ultimate aim. The reflections are exercised on materials from Oceania, from both the beginning and the end of the century that Bronisław Malinowski inaugurated upon his arrival in the Trobriand district of Kiriwina in 1915.

Professor Marilyn Strathern reflects on the essays comprising the ESTS Thematic Collection, "Implicated in the Indicator Game? An Experimental Debate."

A return to Deleuze and Guattari’s famous figure of the rhizome, this paper turns the philosophical idea around by asking what we might learn, from their openended exposition of it, about plants. The account at once reduces the rhizome to its cultivated varieties and enlarges the notion of a plant by the people joined to it. A stimulus comes from the recent World Heritage designation of a site in Mt Hagen, Papua New Guinea, for its evidence of the prehistoric cultivation of plants preferentially propagated by vegetative means. Following Haudricourt’s early exposition of the yam and the implications of cloning as a way of life (as well as a way of thought), the paper elaborates on what is indissolubly tied to the rhizome as a cultivated plant, people’s actions. Rhizomic plants are well described as multiplicities. Some questions are asked about the nature of diverse contrasts that are or are not implied. The burden of ethnographic demonstration is with the Papua New Guinean material; the provisional nature of the rest will be apparent.

Há cerca de sessenta anos, Raymond Firth pensava ser necessário afirmar que as relações sociais não podem ser observadas pelo etnógrafo; elas podem ser inferidas apenas a partir das interações entre as pessoas. Era preciso abstração. Outros pensavam que o problema era de concretização, e recorriam, por sua vez, à personificação. Ao mesmo tempo, Firth referia-se, sem qualquer problematização, a relações em abstrato ao comparar, por exemplo, padrões econômicos e morais. Essas questões não teriam sido estranhas a Hume e outros expoentes do Iluminismo escocês, que se debruçaram sobre o poder das relações no entendimento (humano) e na narrativa (acadêmica), assim como na empatia interpessoal. Neste artigo, evoca-se um período anterior no Iluminismo europeu em geral, entre outras coisas, por conta de seu interesse em narrativas sobre o “desconhecido”. Nessa época, encontramos também algumas peculiaridades da língua inglesa, que estava sendo apropriada por muitos escoceses. No que diz respeito às “relações” no século XVIII, esses usos adensam o enredo, com implicações ainda provocadoras.

This article explores some of the problems - and reactions - that arise in the dialogue between disciplinary practices and feminist theory. Certainly anthropology has interests parallel to those of feminist scholarship, but the proximity makes anthropologists’ resistance more poignant. That dissonance is actually a product of feminists’ and anthropologists’ intellectual proximity – as neighbors in tension. Practitioners of both imagine they might be overthrowing existing paradigms, and one might, in turn, expect “radical” anthropology to draw on its feminist counterpart, what does not seem to have happened. Their resistance to one another will throw light on the difference between “feminism” and “anthropology” as such.

O ano de 2009 marcou o quadragésimo aniversário de um texto pioneiro que apareceu na revista inglesa Nature e que pressagiava o advento de procedimentos bem sucedidos de Fertilização in Vitro e de muito mais. Esse foi o tema de uma conferência reunida sob o título "Embriões Humanos in Vitro: reflexões interdisciplinares sobre as primeiras quatro décadas". Meu trabalho era simplesmente chamado de "A Visão da Antropologia Social", sua "obra" básica está na bibliografia anexa. Ele se refere a desenvolvimentos no mundo de fala inglesa, mas espero que seja de interesse mais amplo.The year 2009 marked the 40th anniversary of a ground-breaking paper that appeared in the UK journal Nature that presaged the advent of successful IVF procedures, and much else. This was the subject of a conference held under the title "In vitro human embryos: Interdisciplinary reflections on the first four decades". My paper was simply called "The view from social anthropology", the basic "work" of the paper being in the accompanying bibliography. It concerns developments in the English-speaking world, but hopefully is of wider interest.

Se a inflação em uma economia de mercado implica reajustes na proporção entre bens e dinheiro, a inflação em uma economia do dom deve implicar reajustes na proporção na qual são produzidas as relações. Este artigo trata das mudanças ocorridas nas terras altas da Nova Guiné, nos últimos trinta anos, e de como poder-se-ia interpretar o modo pelo qual certas relações estão se desenvolvendo. Estas relações são aquelas entre clãs, parentes e sexos. Ainda que o artigo abarque três horizontes temporais nesse período, ele é escrito deliberadamente da perspectiva de como o presente (a década de 90) apresenta-se a partir do passado (a década de 60).If inflation in a commodity economy implies a readjustment in the ratio of goods and money, then inflation in a gift economy must imply a readjustment in the rate by which relationships are produced. This article considers changes in the New Guinea Highlands over the last 30 years, and how one might interpret the manner in which certain relatioships are evolving. These are relations between clans, among kin and across the sexes. While the article considers three time horizonts over this period, it is deliberately written from the perspective of how the present (1990's) looks from the past (1960's).

Brazil (2009)

Entrevista com Strathern ocorreu em outubro de 2009 em Campinas

Esse artigo explora alguns dos problemas – e as reações – que se colocam no diálogo entre práticas disciplinares e a teoria feminista. Foca-se na relação do(a) investigador(a) com o seu tema ou objeto, uma fonte de dissonância particularmente difícil entre a prática feminista e a prática da antropologia social. Certamente, a antropologia tem interesses paralelos aos dos estudos feministas, mas a proximidade faz com que a resistência dos antropólogos seja mais aguda. Pode-se afirmar que esta dissonância é na verdade produto da proximidade intelectual de feministas e antropólogos(as) – como vizinhos em conflito. Os (as) praticantes de ambas imaginam que podem derrubar paradigmas existentes, e poder-se-ia, por sua vez, esperar que a antropologia “radical” extraia sua contrapartida feminista, o que não parece ter acontecido. A resistência entre eles irá iluminar a diferença entre “feminismo” e “antropologia” como tais.

In an information society, where overload has become a problem, might anthropology’s comparative method find a new lease of life? This Lecture sets out to test the hunch that it might. A field ever more densely populated with information is that of organ and tissue donation, and the debates to which current practices give rise. Donation is only one of several modes of procurement, organs only one kind of body part that can be donated, and people offer comparisons just as commentators do. Perhaps here is an answer to the question of how to make a reasonable account out of a fraught and infinitely expandable nexus of public concerns. Is it possible to conserve the complexity of the issues while not letting the sheer quantity of information run away with itself? Would following through the comparisons do the trick?

resumo