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Introdução:A urocultura é considerada o exame padrão-ouro para o diagnóstico laboratorial de infecção do trato urinário (ITU), confirmando a morbidade quando crescimento maior ou igual a cem mil colônias de uma única bactéria]. O tratamento adequado da ITU depende do perfil bacteriológico e de resistência aos antimicrobianos, avaliados respectivamente através de urocultura e antibiograma.Objetivos:Este estudo buscou identificar os uropatógenos mais prevalentes em mulheres, traçar o perfil de sensibilidade antibiótica e avaliar exames de urina tipo I (EAS) associados.Desenho do estudo:Estudo transversal de dados realizado em hospital público de assistência terciária.Materiais e métodos:Foram coletados aleatoriamente, através do Setor de Informática do Hospital, 300 laudos de uroculturas positivas, com os respectivos antibiogramas e parciais de urina realizados nos Serviço de Microbiologia entre 2015 e 2016 de pacientes entre 14 e 86 anos, gestantes e não gestantes que posteriormente foram analisados e comparados.Análise estatística:As análises estatísticas foram feitas com uso do software R, versão 3.4.0 [13]. Utilizou-se o teste exato de Fisher para o estudo das associações entre as variáveis [14]. A significância estatística foi estabelecida ao nível de 5% (p < 0,05). Resultados:O agente mais frequentemente encontrado foi a Escherichia coli e, entre os antibióticos testados para esta bactéria, os com maior e menor índice de resistência foram, respectivamente, Sulfatrimetoprim e Nitrofurantoína. O grupo de não gestantes apresentou maior incidência de bactérias resistentes. Nos EAS, nitrito foi encontrado em 35,30%, ocorrendo mais frequentemente em não gestantes. Leucocitúria em 47,66%, enquanto hematúria em 24,33% e 12% do pH foi alcalino.Conclusões:O agente etiológico mais prevalente foi a Escherichia coli, sendo Nitrofurantoína o antibiótico considerado mais eficaz e Sulfatrimetoprim o mais resistente. Mulheres não gestantes apresentaram perfil bacteriológico mais resistente. Leucocitúria, hematúria e pH apresentam valor de diagnóstico relativo e não devem ser considerados isoladamente para o diagnóstico de ITU.