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Background: Currently, there is a need for approaches to understand and manage the multidimensional autism spectrum and quantify its heterogeneity. The diagnosis is based on behaviors observed in two key dimensions, social communication and repetitive, restricted behaviors, alongside the identification of required support levels. However, it is now recognized that additional modifiers, such as language abilities, IQ, and comorbidities, are essential for a more comprehensive assessment of the complex clinical presentations and clinical trajectories in autistic individuals. Different approaches have been used to identify autism subgroups based on the genetic and clinical heterogeneity, recognizing the importance of autistic behaviors and the assessment of modifiers. While valuable, these methods are limited in their ability to evaluate a specific individual in relation to a normative reference sample of autistic individuals. A quantitative score based on axes of phenotypic variability could be useful to compare individuals, evaluate the homogeneity of subgroups, and follow trajectories of an individual or a specific group. Here we propose an approach by (i) combining measures of phenotype variability that contribute to clinical presentation and could impact different trajectories in autistic persons and (ii) using it with normative modeling to assess the clinical heterogeneity of a specific individual. Methods: Using phenotypic data available in a comprehensive reference sample, the Simons Simplex Collection (n = 2744 individuals), we performed principal component analysis (PCA) to find components of phenotypic variability. Features that contribute to clinical heterogeneity and could impact trajectories in autistic people were assessed by the Autism Diagnostic Interview-Revised (ADI-R), Vineland Adaptive Behavior Scales (VABS) and the Child Behavior Checklist (CBCL). Cognitive assessment was estimated by the Total Intelligence Quotient (IQ). Results: Three PCs embedded 72% of the normative sample variance. PCA-projected dimensions supported normative modeling where a multivariate normal distribution was used to calculate percentiles. A Multidimensional General Functionality Score (MGFS) to evaluate new prospective single subjects was developed based on percentiles. Conclusions: Our approach proposes a basis for comparing individuals, or one individual at two or more times and evaluating homogeneity in phenotypic clinical presentation and possibly guides research sample selection for clinical trials. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

O objetivo foi investigar fatores potencialmente associados às morbidades psiquiátricas menores, incluindo variáveis do estado nutricional materno. Foi estudada uma coorte com 479 mulheres entre 15 - 45 anos. O General Health Questionnaire (GHQ) reduzido (12 itens) foi aplicado, aos nove meses pós-parto, nas 312 mulheres que completaram o seguimento. A presença de morbidades psiquiátricas menores foi definida como valores do escore derivado do GHQ > 4 pontos, sendo analisada como variável dependente. As análises foram realizadas com modelos de regressão logística multivariados hierarquizados. A prevalência de morbidades psiquiátricas menores foi de 54,2% (IC95%: 48,6-59,7). Os resultados do modelo final revelaram que as seguintes variáveis permaneceram estatisticamente associadas: nível 1: renda familiar (1º quartil: OR = 2,71; IC95%: 1,42-5,19; 2º quartil: OR = 2,13; IC95%: 1,13-4,04); nível 3: gordura corporal > 30% (OR = 1,66; IC95%: 1,03-2,65). Conclui-se que a baixa renda e a obesidade foram os únicos fatores potencialmente associados à probabilidade de ocorrência de morbidades psiquiátricas menores, mesmo após o controle para variáveis de confusão, e que são escassos os estudos relacionando estado nutricional materno e morbidades psiquiátricas menores.

OBJETIVO: Examinar a influência do bem-estar espiritual na saúde mental de estudantes universitários. MÉTODOS: Estudo transversal com 464 universitários das áreas de medicina e de direito, de Pelotas, RS. A coleta de dados foi realizada em grupos na sala de aula. Os alunos ausentes foram localizados para responderem individualmente; entretanto, 43 não foram encontrados (9,3% de perda). Utilizou-se um questionário auto-aplicável contendo: escala de bem-estar espiritual (SWBS), SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire) e informações sociodemográficas sobre práticas religiosas/espirituais e sobre a ocorrência de eventos de vida produtores de estresse. Para análise estatística, foram utilizados os testes de qui-quadrado e regressão logística. RESULTADOS: A maioria dos alunos (80%) afirma possuir uma crença espiritual ou religião. O escore médio de bem-estar espiritual foi de 90,4, sendo de 45,6 e 45,1 para as sub-escalas existencial e religiosa, respectivamente. A SWBS apresentou associação com a freqüência a serviços religiosos e práticas espirituais, e não demonstrou ser influenciada por variáveis sociodemográficas e culturais. Indivíduos com bem-estar espiritual baixo e moderado apresentaram o dobro de chances de possuir transtornos psiquiátricos menores (TPM) (OR=0,42; IC95% 0,22-0,85). Sujeitos com bem-estar existencial baixo e moderado apresentaram quase cinco vezes mais TPM (OR=0,19; IC95% 0,08-0,45). CONCLUSÕES: O presente estudo mostrou que o bem-estar espiritual atua como fator protetor para transtornos psiquiátricos menores, sendo a sub-escala de bem-estar existencial a maior responsável pelos resultados obtidos.

O objetivo foi estudar a confiabilidade do inventário de sintomas psiquiátricos do DSM-III aplicado em amostras representativas da população geral de três cidades brasileiras. Foram utilizados os métodos do entrevistador-observador e de consistência interna para medir a confiabilidade. Os diagnósticos de ansiedade generalizada, na vida (k = 0,46), no ano (k = 1,00), depressão na vida (k = 0,77) e os diagnósticos de abuso e dependência de álcool na vida (k = 1,00) foram confiáveis de forma consistente nos dois métodos empregados. Os diagnósticos de agorafobia (k = 1,00), fobia simples (k = 0,77), transtorno psicótico não esquizofrênico (k = 1,00) e o de fatores psicológicos que afetam o físico (1,00), todos feitos para a vida, apresentaram confiabilidade excelente medidos por meio do Kappa. O principal problema de medir a confiabilidade em estudos populacionais é a baixa prevalência de alguns diagnósticos que resulta em uma pequena variabilidade nas respostas positivas, o que impossibilita o cálculo do Kappa. Por causa disso, apenas 11 dos 39 diagnósticos que compõem o inventário puderam ser examinados. Recomenda-se a utilização do método de teste e re-teste com um tempo curto entre as entrevistas para diminuir esse problema.

Background: Esketamine has been approved by the US Food and Drug Administration (FDA) as an adjunctive treatment for use in conjunction with an oral antidepressant for patients with treatment-resistant depression (TRD), but dissociative symptoms are common adverse effects. Methods: A retrospective analysis of 394 subcutaneous esketamine injections given to 70 patients with TRD that were administered once a week during a six-week trial in conjunction with oral antidepressant therapy. Doses between 0.5 to 1.0 mg/kg were administered according to the patient's response. Dissociative symptoms were assessed using the Clinician-Administered Dissociative States Scale (CADSS) 30 and 60 min after every weekly treatment (day 1, 8, 15, 22, 29 and 36). Results: Seventy patients received a total of 394 subcutaneous esketamine injections over six weeks. Over time, the evolution of CADSS scores demonstrated a significant mean difference of CADSS at 60 min post-injection (p = 0.010) throughout the six infusions. The mean CADSS scores at 60 min on day 22, 29 and 36 were similar. There were no differences between mean CADSS scores 30 min after the injections, no clinical correlation between response and dissociative symptoms, no correlation between time and demographic and clinical characteristics and no interactions between time and combined medication. Conclusions: Our results suggest that repeated subcutaneous esketamine doses are safe and well-tolerated regarding their acute dissociative and psychotomimetic symptoms. Symptoms usually peak at 30 min and decrease at 60 min post-injection, returning to their pretreatment levels at 120 min. Dissociative symptoms do not correlate with antidepressant response. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

National Health Service use the Community Mental Health Service User Questionnaire (NHS-CMH) to assess care quality. However, its reliability and internal validity is uncertain. To test the NHS-CMH structure, reliability and item-level characteristics. We used data from 11,373 participants who answered the 2017 NHS-CMH survey. First, we estimated the NHS-CMH structure using Exploratory Factor Analysis (EFA) in half of the dataset. Second, we tested the best EFA-derived model with Confirmatory Factor Analysis (CFA). We tested the internal validity, construct reliability (omega – ω), explained common variance of each factor (ECV), and item thresholds. EFA suggested a 4-factor solution. The structure derived from the EFA was confirmed, demonstrating good reliability for the four correlated dimensions: "Relationship with Staff" (ω = 0.952, ECV = 40.1%), "Organizing Care" (ω = 0.855, ECV = 21.4%), "Medication and Treatments" (ω = 0.837, ECV = 13.3%), and "Support and Well-being" (ω = 0.928, ECV = 25.3%). A second-order model with a high-order domain of "Quality of Care" is also supported. The NHS-CMH can be used to reliably assess four user-informed dimensions of mental health care quality. This model offers an alternative for its current use (item-level and untested sum scores analysis). [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Background: The 34-year-long, Guatemalan war left at least 1,841 persons disabled in the country. The aim of this study was to describe the prevalence of mental disorders in individuals who acquired their disability as a result of the war, and to identify probable risk factors. Method: A cross-sectional study was conducted of a group of 99 civilians with a disability in Guatemala. Participants were selected from four civilian organizations serving disabled persons in the municipality of Nebaj, Quiche. The diagnostic instrument was the computerized version of the Composite International Diagnostic Instrument 2.1 (CIDI 2.1). Data were collected from 2002 to 2004. Results: Of the 99 disabled persons who completed the interview, 44 had some type of lifetime psychiatric disorder. Post-traumatic stress disorder (PTSD) was the most prevalent, with 34.34% (34 cases), followed by dysthymia, with 10.10% (10 cases), and depression, with 6.06% (6 cases). Conclusion: The traumatic events experienced during the conflict caused longterm psychological sequelae in people who were disabled as a result of the war. Increased exposure to traumatic events, being married, physical disability, illiteracy and advanced age were identified as probable risk factors for mental disorders. Key words: disability, Guatemala, mental disorders, prevalence, risk factors

A análise de componentes principais é uma técnica de estatística multivariada utilizada para examinar a interdependência entre variáveis. A sua principal característica é a capacidade de reduzir dados, e tem sido usada para o desenvolvimento de instrumentos de pesquisas psiquiátricas e na classificação dos transtornos psiquiátricos. Esta técnica foi utilizada para estudar a estrutura fatorial do Questionário de Morbidade Psiquiátrica do Adulto (QMPA). O questionário foi composto de 45 questões de resposta sim/não que identificam sintomas psiquiátricos, uso de serviço e de drogas psicotrópicas. O questionário foi aplicado em 6.470 indivíduos maiores de 15 anos, em amostras representativas da população de três cidades brasileiras (Brasília, São Paulo e Porto Alegre). O estudo teve como objetivo comparar a estrutura fatorial do questionário nas três regiões urbanas brasileiras. Sete fatores foram encontrados que explicam 42,7% da variância total da amostra. O fator 1, Ansiedade/Somatização ("eigenvalue" (EV) = 3.812 e variância explicada (VE) = 10,9%); O fator 2, Irritabilidade/Depressão (EV = 2.412 e VE = 6,9%); O fator 3, Deficiência Mental (EV= 2.014 e VE = 5,8%); O fator 4, Alcoolismo (EV = 1.903 e VE = 5,4%); O fator 5, Exaltação do Humor (EV = 1.621 e VE = 4,6%); O fator 6, Transtorno de Percepção (EV = 1.599 e VE = 4,6%) e o fator 7, Tratamento (EV = 1.592 e VE = 4,5%).O QMPA apresentou estruturas fatoriais semelhantes nas três cidades. Baseados nos achados, são feitas sugestões para que algumas questões sejam modificadas e para a exclusão de outras em uma futura versão do questionário.