Introduction and Objectives: The purpose of this study was to assess the diagnostic yield of current referral strategies for elective invasive coronary angiography (ICA). Methods: We performed a cross-sectional observational study of consecutive patients without known coronary artery disease (CAD) undergoing elective ICA due to chest pain symptoms. The proportion of patients with obstructive CAD (defined as the presence of at least one ≥50% stenosis on ICA) was determined according to the use of noninvasive testing. Results: The study population consisted of 1892 individuals (60% male, mean age 64±11 years), of whom 1548 (82%) had a positive noninvasive test: exercise stress test (41%), stress myocardial perfusion imaging (36%), stress echocardiogram (3%) or coronary computed tomography angiography (3%). Referral without testing occurred in 18% of patients. The overall prevalence of obstructive CAD was 57%, higher among those with previous testing (58% vs. 51% without previous testing, p=0.026) and when anatomic rather than functional tests were used (81.3% vs. 57.1%, p=0.001). A positive test and conventional risk factors were all independent predictors of obstructive CAD, with adjusted odds ratios (95% confidence interval) of 1.34 (1.03–1.74) for noninvasive testing, 1.05 (1.04–1.06) for age, 3.48 (2.81–4.29) for male gender, 1.86 (1.32–2.62) for current smoking, 1.74 (1.38–2.20) for diabetes, 1.30 (1.04–1.62) for hypercholesterolemia, and 1.39 (1.08–1.80) for hypertension. Conclusions: More than 40% of patients without known CAD undergoing elective ICA did not have obstructive lesions, even though four out of five had a positive noninvasive test. These exams were relatively weak gatekeepers; functional tests were more often used but appeared to be outperformed by the anatomic test. Resumo: Introdução e objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar o rendimento das atuais estratégias de referenciação eletiva para coronariografia invasiva. Métodos: Estudo transversal de indivíduos consecutivos sem doença coronária conhecida submetidos a coronariografia por dor torácica. Determinação da prevalência de doença coronária obstrutiva (definida pela presença de pelo menos uma estenose ≥ 50%) de acordo com a utilização de testes não-invasivos para despiste de cardiopatia isquémica. Resultados: Foram avaliados 1892 indivíduos (60% homens, idade média 64 ± 11 anos), dos quais 1548 (82%) tinham um teste não-invasivo positivo: prova de esforço (41%), cintigrafia de perfusão miocárdica (36%), ecocardiograma de stress (3%) e angiografia coronária por tomografia computorizada (3%). Ocorreu referenciação sem teste prévio em 18% dos doentes. A prevalência global de doença obstrutiva foi 57%, sendo mais elevada nos doentes submetidos a testes não-invasivos (58% versus 51% nos doentes sem testes prévios, p = 0,026) e naqueles em que o teste era anatómico versus funcional (81,3% versus 57,1%, p = 0,001). Um teste não-invasivo positivo e fatores de risco convencionais foram preditores independentes de doença obstrutiva, com odds-ratio ajustado (intervalo confiança 95%) de: teste não-invasivo 1,34 (1,03-1,74), idade 1,05 (1,04-1,06), sexo masculino 3,48 (2,81-4,29), tabagismo ativo 1,86 (1,32-2,62), diabetes 1,74 (1,38-2,20), hipercolesterolemia 1,30 (1,04-1,62) e hipertensão 1,39 (1,08-1,80). Conclusões: Mais de 40% dos doentes sem doença coronária conhecida que realizam coronariografia eletiva não têm doença obstrutiva, apesar de quatro em cada cinco ter um teste não-invasivo positivo. Estes testes são gatekeepers relativamente fracos; os funcionais foram utilizados mais frequentemente mas o anatómico pareceu ter melhor desempenho. Keywords: Coronary angiography, Chest pain/diagnosis, Stable angina, Myocardial ischemia, Palavras-chave: Angiografia coronária, Dor torácica/diagnóstico, Angina estável, Isquémia miocárdica