1. AVALIAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR ENDOCARDITE INFECCIOSA NO BRASIL ENTRE 2012 E 2021
- Author
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Luiz Eduardo dos Santos David, Larissa Macêdo Cirilo, Paulo Visco Bitencourt Borges, Raul Antônio Oliveira Souza, Mônica Cristina Trancoso Chalegre, Luisa Manuelly Ferraz Silva, and Luciana Cardoso Silva Lima
- Subjects
Endocardite infecciosa Epidemiologia Mortalidade ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A Endocardite Infecciosa (EI) se caracteriza pela invasão de agentes infecciosos na superfície do endocárdio, produzindo inflamação local e frequentemente acúmulo de fibrinas e plaquetas, formando uma vegetação composta por fragmentos trombóticos e micro-organismos. Nos últimos anos, tal doença teve mudanças no seu perfil epidemiológico devido principalmente a razões demográficas. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade por endocardite infecciosa no Brasil, entre 2012 e 2021. Métodos: Trata-se de uma análise descritiva, retrospectiva, baseado na tendência temporal entre 2012 e 2021, a partir de dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), coletados no Departamento de Informática do SUS (Datasus). No estudo, foram calculadas as taxas de mortalidade, por meio da quantificação, por ocorrência, do número total de óbitos por endocardite aguda e subaguda no Brasil durante o período, bem como a descrição das variáveis região, sexo, faixa etária e raça/cor, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças – CID10, capítulo I33. Resultados: O período analisado totalizou 8893 óbitos por EI no território brasileiro, evidenciando o Sudeste como região com maior número absoluto de mortes (53,5%). O ano de 2021 foi o que apresentou um maior número total de casos, sendo a taxa de mortalidade mais alta, a cada 100.000 habitantes, no ano de 2019 (0,47%). Na distribuição por sexo, os homens representam (61,43%) dos óbitos e tratando-se de faixa etária, o maior número de mortes por EI foi entre 60 e 69 anos (22,9%). No que tange à raça/cor, a branca predominou (60,68%). Conclusão: A endocardite aguda e subaguda representa uma condição clínica que merece melhor atenção dado sua relevância epidemiológica. Além disso, é importante a investigação acerca dos possíveis casos subnotificados, tendo em vista a ausência de acesso adequado ao diagnóstico nas populações mais vulneráveis, o que limita a obtenção de resultados fidedignos à realidade, principalmente quanto às variáveis região e raça/cor.
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- 2023
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