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Introdução: A anemia hemolítica imunomediada é uma afecção comum em pequenos animais, ocorre por opsonização da superfície da membrana eritrocitária por imunoglobulinas e/ou complemento, levando á hemólise intra ou extravascular. Ocorre de maneira primária, quando não há doença subjacente, ou secundária quando há doenças infecciosas, neoplasias ou induzidas pela administração de fármacos, sendo a secundária mais comum nos cães. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi descrever e discutir sobre as alterações laboratoriais encontradas em cão com anemia hemolítica imunomediada secundária à babesiose. Material e métodos: Acompanhamos o caso de um cão da raça Shih-Tzu de 21 meses que chegou para consulta com episódios de êmese, inapetência, apatia, mucosas pálidas e nível de consciência diminuído. O diagnóstico deu-se através de exames de hemograma, considerando a presença de esferócitos em esfregaço sanguíneo, e também por teste de autoaglutinação em solução salina. Resultados: Em exames laboratoriais iniciais, apresentou anemia macrocítica hipocrômica de caráter regenerativo, com presença intensa de eritroblastos em sangue periférico, esferocitose e policromasia, sem alterações em leucograma, com teste de autoaglutinação positivo. Após o início do tratamento, foram realizados novos exames que acompanharam a resposta do organismo frente à afecção, nestes novos exames, foram vistas alterações em leucograma e exames bioquímicos de fosfatase alcalina e albumina, a contagem de reticulócitos também foi realizada após 4 dias de tratamento. Conclusão: A anemia hemolítica imunomediada pode ter caráter regenerativo ou arregenerativo, e pode levar a complicações como a ocorrência de coagulopatia intravascular disseminada. O diagnóstico e acompanhamento laboratorial desta doença são de suma importância para o tratamento do animal acometido.

Introdução: A obstrução dos ductos biliares ocorre quando houver bloqueio da passagem da bile para o duodeno; a redução do fluxo biliar é chamada de colestase. Objetivo: descrever o caso de obstrução do ducto biliar em felino, com ênfase nas alterações laboratoriais que podem ser encontradas, além da sua fisiopatologia. Material e métodos: o caso clínico refere-se a um gato jovem, fêmea, sem raça definida, que foi atendida no Hospital Veterinário do setor Palotina, da Universidade Federal do Paraná. A queixa principal relatada foi o emagrecimento progressivo da paciente. Foram realizados exames complementares laboratoriais, tais como hemograma, bioquímico sérico e ultrassonografia; os quais sugeriram uma obstrução de ductos biliares extra-hepáticos, e a paciente foi submetida a colecistoenterostomia. Resultados: no exame bioquímico, as enzimas hepáticas alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (ALP) e gama-glutamiltransferase (GGT) apresentaram atividade sérica maior que os valores de referência para espécie, além disso, houve acentuada icterícia no soro sanguíneo devido a elevada concentração de bilirrubina. Os altos níveis séricos de ALT e GGT, são oriundos da ação solubilizante dos ácidos biliares nas membranas dos hepatócitos e das células epiteliais do ducto biliar, levando a maior liberação dessas enzimas. As alterações laboratoriais, principalmente o aumento da concentração sérica da ALP, somadas aos sinais ultrassonográficos de: dilatação acentuada de vias biliares e vesícula biliar, com espessamento da parede; ductos biliares severamente dilatados, irregulares, tortuosos, com parede hiperecóica e preenchidos por conteúdo anecogênico. São sugestivos de colestase, concluindo que havia uma obstrução dos ductos biliares intra/extra-hepáticos. Conclusão: os sinais clínicos da obstrução do ducto biliar extra-hepático são inespecíficos e não são todos os animais que apresentam icterícia, portanto a investigação diagnóstica deve ser feita a partir de exames laboratoriais.