Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Chrysin (5,7-dihydroxyflavone) is a flavonoid (class of flavones), which presents antioxidant and antitumoral activities. However, it has low solubility and hence its bioavailability in the body is low, limiting its application in the pharmaceutical field. Thus, nanocapsules are alternatives to delivery of this active substance. This study aimed the development of chrysin-loaded nanocapsules (0.3 and 0.75 mg/mL), using ethylcellulose and peanut oil, coconut oil or medium chain triglycerides (MCT), in order to evaluate the antioxidant activity (DPPH assay), in vitro cytotoxicity in normal cells (fibroblasts - 3T3) and tumoral cell lines (breast cancer - MCF-7; SK-MEL-28 melanoma), in view of its therapeutic potentials. The nanocapsule suspensions (0.75 mg/mL) were also lyophilized using trehalose (10% w/v) as cryoprotectant. According to the results, it was possible to prepare nanocapsules containing chrysin with suitable physicochemical characteristics and high encapsulation efficiency. The formulations containing 0.3 mg/ml or 0.75 mg/ml of chrysin were stable for 30 days or 50 days, respectively, considering the average particle diameter and polydispersion indexes (PdI). However, the chrysin content decreased after 30 days. All formulations were able to control release of chrysin in relation to the diffusion of this flavonoid in methanolic solution, in buffer acetate pH 5.0: ethanol (70:30). The chrysin-loaded nanocapsule suspensions showed increase in antioxidant activity as following: peanut oil, coconut oil, and MCT. Considering the in vitro cytotoxicity, all developed nanocapsule suspensions (with chrysin or without) did not show cytotoxicity in fibroblasts. The chrysin-loaded nanocapsules showed antiproliferative activity in breast cancer cells and melanoma at dose-dependent manner. Also, there was the influence of the type of endpoint (MTT or NRU), suggesting differences between the possible mechanisms of toxicity. In breast cancer cells, it is suggested that an initial effect can occur on the metabolic and mitochondrial activity of the cell and, in a second step, the membrane integrity and lissosomal activity can be affected. For the melanoma cells, the contrary mechanism can be observed. The nanocapsules without chrysin were also cytotoxic to tumoral cells, depending on both the concentration of the assay and the endpoint test. Moreover, it was possible to obtain dispersible dried products from freeze-drying of nanocapsule suspensions. Analysis by electron microscopy revealed the presence of colloidal spherical structures after lyophilization. The dried products showed stable chrysin content during 50 days of the study. Considering these results, the ethylcellulose nanocapsules containing chrysin are interesting intermediate systems that can be used in future treatments, due to its antioxidant and antiproliferative activities. A crisina (5,7-dihidroxiflavona) é um flavonoide pertecente à classe das flavonas, o qual possui atividade antioxidante e antitumoral. No entanto, apresenta uma baixa solubilidade e, consequentemente, sua biodisponibilidade no organismo é baixa, limitando a aplicação no campo farmacêutico. Dessa forma, nanocápsulas são alternativas para veicular esta substância ativa. Este trabalho objetivou o desenvolvimento de nanocápsulas contendo crisina (0,3 e 0,75 mg/mL), utilizando a etilcelulose e os óleos de amedoim, coco ou triglicerídeos de cadeia média (TCM), a fim de avaliar a atividade antioxidante pelo método do DPPH, citotoxicidade in vitro em células normais (fibroblastos - 3T3) e tumorais (câncer de mama - MCF-7; melanoma -SK-MEL-28), tendo em vista as suas potencialidades terapêuticas. As suspensões de nanocápsulas (0,75 mg/mL) também foram liofilizadas, empregando trealose a 10 % (p/v) como crioprotetor. Conforme os resultados, foi possível a preparação de nanocápsulas contendo crisina com características físico-química adequadas e alta eficiência de encapsulamento. As formulações contendo 0,3 mg/mL ou 0,75 mg/mL de crisina foram estáveis durante 30 dias ou 50 dias, respectivamente, quanto ao diâmetro médio de partículas e podispersão (PdI). Entretanto, o teor de crisina diminuiu após 30 dias. Todas as formulações mostraram liberação controlada da crisina em comparação ao flavonoide livre, em tampão acetato pH 5,0: etanol (70:30). As suspensões de nanocápsulas aumentaram a atividade antioxidante da crisina na seguinte ordem: óleo de amendoim, óleo de coco e TCM. Na avaliação in vitro da citotoxicidade, todas as suspensões de nanocápsulas não apresentaram citotoxicidade em células de fibroblastos, preparadas com ou sem crisina. As nanocápsulas contendo crisina apresentaram atividade antiproliferativa em células de câncer de mama e melanoma, de maneira dose-dependente e com influência do tipo de ensaio (MTT ou NRU), havendo diferença entre os possíveis mecanismos de toxicidade. Nas células de câncer de mama, sugere-se um efeito inicial sobre a atividade metabólica e mitocondrial da célula e, em um segundo momento, na integridade de membrana e atividade lisossomal. Já para as células de melanoma, o contrário foi observado. As nanocápsulas sem crisina também foram citotóxicas para as células tumorais, dependendo da concentração avaliada e do ensaio final. Além disso, foi possível a obtenção de produtos secos redispersíveis a partir da liofilização das suspensões de nanocápsulas. A análise por microscopia eletrônica demonstrou a presença de estruturas coloidais esféricas após a liofilização. Os produtos secos apresentaram teor de crisina estável durante os 50 dias de estudo. Considerando esses resultados, as nanocápsulas de etilcelulose contendo crisina são interessantes sistemas carreadores intermediários, tendo em vista futuros tratamentos, em função de suas atividades antioxidantes e antiproliferativas.