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O desenvolvimento e a melhoria de materiais são fatores fundamentais para o aprimoramento social, ambiental e econômico em diversos países. Nesse contexto, os aditivos bioquímicos para materiais à base de cimento têm sido bastante explorados pelo caráter sustentável. Os biopolímeros têm sido estudados como aditivos/substitutos parciais ou totais de componentes das pastas de cimento, com o intuito de melhorar as propriedades do material. O objetivo desta revisão é identificar os principais materiais e propriedades que têm sido explorados em estudos utilizando biopolímeros em pastas cimentícias. O método utilizado foi a revisão sistemática da literatura em artigos publicados entre 2010 e 2020 nas bases de dados Web of Science, Scopus, Periódicos CAPES e Science Direct. Os artigos foram categorizados por meio das ferramentas StArt e Excel. Os resultados mostraram tendência do crescimento desse tema a partir do ano de 2015, sendo a viscosidade a principal propriedade estudada. Houve convergência na redução da viscosidade das misturas, a partir das características plastificantes dos biopolímeros, e melhoria em outras propriedades, como resistência à compressão, trabalhabilidade e outros. A utilização de biopolímeros consolidados no mercado mundial e amplamente comercializados, como bactérias, quitosana e lignina, se destaca nos estudos revisados.

Diversos trabalhos vêm sendo desenvolvidos com o objetivo de aprimorar tecnologias que substituam os agregados naturais por resíduos. Muitas dessas pesquisas são destinadas à incorporação de subprodutos de britagem de rocha e do beneficiamento da scheelita que, comumente, são estocados ao ar livre, ocupando grandes áreas e provocando impactos diversos ao meio ambiente. Embora exista na literatura um número significativo de pesquisas demonstrando que a inserção desses resíduos na produção de argamassas melhora suas propriedades, são escassos os trabalhos destinados à compilação, classificação e análise dessas publicações. Com a proposta de preencher essa lacuna, assim como melhor compreender o estado da arte, o presente trabalho buscou contribuir para o estudo da incorporação desses resíduos na produção de argamassas, através de uma revisão sistemática da literatura, objetivando nortear futuras análises. A maioria das pesquisas com argamassas de pó de pedra selecionadas foram oriundas da região sul do Brasil, com destaque para o estado do Paraná, enquanto os estudos com argamassas de scheelita restringiram-se aos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte. A utilização do resíduo de scheelita e do pó de pedra em substituição à areia natural pode melhorar significativamente a maioria das propriedades físicas e mecânicas das argamassas, especialmente quando realizadas incorporações e ajustes granulométricos para o melhor empacotamento das partículas.

As construções em terra vêm crescendo novamente no mundo após um período de decadência e marginalização, fruto da necessidade de construções mais sustentáveis em uma tentativa de amenizar o desequilíbrio ambiental que a construção civil tem contribuído, significativamente, para a sua intensificação. Além disso, cada vez mais se percebe a importância de considerar as condições climáticas ao se construir, trazendo à tona o zoneamento brasileiro e suas diretrizes para atingir o conforto. A Zona Bioclimática 07, conhecida pelo clima intenso, quente e seco, exige vedações e coberturas com elevada massa térmica como estratégia bioclimática. Assim, as construções em terra vêm como ótima alternativa para se obter um maior conforto na região, tão expressiva territorialmente, mas não politicamente. Fora do eixo que concentra as pesquisas e os investimentos no país, acaba sendo esquecida pelas políticas públicas de desenvolvimento. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é identificar e analisar estudos primários que foquem na utilização ou viabilização das construções em terra, com destaque para o superadobe e o hiperadobe, percebendo neles um grande potencial de implementação em algumas regiões do Brasil. Parte-se de uma revisão sistemática de literatura no período de 2008 a 2018 em cinco das principais bases de dados hospedadas na web: o Periódicos-CAPES, a Science Direct, a Scopus, a Web of Science e o Google Scholar. Os resultados estão classificados em quatro grupos que versam sobre os aspectos técnicos, socioambientais, estruturais e termoacústicos. Dados coletados comprovam o crescimento de pesquisas na área e a necessidade de normatizações voltadas para essas construções, que apesar de todas as vantagens que vem sendo discutidas, estão sendo desencorajadas pelas dificuldades de sistematização e padronização.