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RESUMO Objetivo: avaliar a eficácia da estratégia adotada e a qualidade do atendimento em trauma pediátrico na sobrevivência dos pacientes atendidos após desastre em uma cidade do interior de Minas Gerais, em comparação a resultados esperados por estudos sobre mortalidade infantil em grandes queimados. Métodos: análise retrospectiva observacional de dez pacientes que sofreram queimaduras e foram transferidos para um centro de referência de trauma. Utilizou-se o escore de R-Baux modificado para estimar a mortalidade esperada. Comparou-se a mortalidade esperada a partir do escore de R-Baux e a mortalidade real, a partir do teste de uma proporção. Comparou-se, também, tempo de admissão pós-trauma com mortalidade e grau de superfície corporal queimada com mortalidade. Resultados: o R-Baux médio foi de 75,2, o que significa uma mortalidade esperada para grandes queimados de 5%. No entanto, a mortalidade do grupo com grande área de superfície corporal queimada desse estudo foi de 60%, valor p=0,001. Observou-se neste caso uma mortalidade muito além da esperada pela literatura. Conclusão: apesar das inúmeras variáveis, aventa-se a hipótese de infraestrutura de atendimento em trauma pediátrico aquém da necessária no Estado. Este estudo sugere maior incentivo à políticas públicas para atendimento de trauma pediátrico, centro de referência preparado, acordos de transferência bem estabelecidos e otimização de planos de catástrofe para diminuição da morbimortalidade para os pacientes que sobrevivem à primeira hora após o trauma.

A compreensão dos determinantes sociais das principais doenças infecto-parasitárias é necessária para seu controle efetivo. Foi realizado um estudo transversal com dados de primeira consulta de prontuários médicos das crianças atendidas no Centro de Referência em Doenças Infecciosas e Parasitárias Orestes Diniz UFMG/PBH, com objetivo de investigar a prevalência e os determinantes das principais doenças infecto-parasitárias na população pediátrica. Foram obtidos dados de 173 prontuários, sendo que 78,6% eram crianças com menos de 2 anos de idade. A maioria dos pacientes (74,5%) apresentava infecções congênitas: 27,7% por sífilis, 21,3%, por toxoplasmose, 20,8%, pelo vírus da imunodeficiência humana, dentre outras. Esse ambulatório recebe crianças de todas as faixas etárias, de todo o estado, sendo sua maioria acometida por infecções congênitas. A qualificação do pré-natal leva tanto a um diagnóstico precoce quanto a um acompanhamento, tratamento adequado e à prática de medidas preventivas, reduzindo a incidência dessas infecções.

Introduction: In recent years, new technologies - noticeably ultra-portable echocardiographic machines - have emerged, allowing for Rheumatic Heart Disease (RHD) early diagnosis. We aimed to perform a cost-utility analysis to assess the cost-effectiveness of RHD screening with handheld devices in the Brazilian context. Methods: A Markov model was created to assess the cost-effectiveness of one-time screening for RHD in a hypothetical cohort of 11-year-old socioeconomically disadvantaged children, comparing the intervention to standard care using a public perspective and a 30-year time horizon. The model consisted of 13 states: No RHD, Undiagnosed Asymptomatic Borderline RHD, Diagnosed Asymptomatic Borderline RHD, Untreated Asymptomatic Definite RHD, Treated Asymptomatic Definite RHD, Untreated Mild Clinical RHD, Treated Mild Clinical RHD, Untreated Severe Clinical RHD, Treated Severe Clinical RHD, Surgery, Post-Surgery and Death. The initial distribution of the population over the different states was derived from primary echo screening data. Costs of the different states were derived from the Brazilian public health system database. Transition probabilities and utilities were derived from published studies. A discount rate of 3%/year was used. A cost-effectiveness threshold of $25,949.85 per Disability Adjusted Life Year (DALY) averted is used in concordance with the 3x GDP per capita threshold in 2015. Results: RHD echo screening is cost-effective with an Incremental Cost-Effectiveness Ratio of $10,148.38 per DALY averted. Probabilistic modelling shows that the intervention could be considered cost-effective in 70% of the iterations. Conclusion: Screening for RHD with hand held echocardiographic machines in 11-year-old children in the target population is cost-effective in the Brazilian context. Highlights: A cost-effectiveness analysis showed that Rheumatic Heart Disease (RHD) echocardiographic screening utilizing handheld devices, performed by non-physicians with remote interpretation by telemedicine is cost-effective in a 30-year time horizon in Brazil.The model included primary data from the first large-scale RHD screening program in Brazilian underserved populations and costs from the Unified Health System (SUS), and suggests that the Incremental Cost-Effectiveness Ratio of the intervention is considerably below the acceptable threshold for Brazil, even after a detailed sensitivity analysis.Considering the high prevalence of subclinical RHD in Brazil, and the significant economic burden posed by advanced disease, these data are important for the formulation of public policies and surveillance approaches.Cost-saving strategies first implemented in Brazil by the PROVAR study, such as task-shifting to non-physicians, computer-based training, routine use of affordable devices and telemedicine for remote diagnosis may help planning RHD control programs in endemic areas worldwide. On behalf of the PROVAR+ (Programa de RastreamentO da VAlvopatia Reumática e Outras Doenças Cardiovasculares) investigators

Heart disease (HD) exerts high morbidity and mortality in Brazil. Underserved populations often suffer long delays in diagnosis. We aimed to evaluate the feasibility of integrating screening echocardiography (echo) with remote interpretation in the established primary care system (PC) in Brazil, and