Search

Avaliar a estrutura, o desenvolvimento e a funcionalidade de famílias de adolescentes com doença falciforme e, implementar intervenções de enfermagem identificadas. Estudo qualitativo com base teórica nas categorias estrutural, desenvolvimental e funcional, além de intervenções propostas pelo Modelo Calgary; estratégia metodológica: estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de visitas domiciliares junto a quatro famílias de cinco adolescentes com doença falciforme, no período de maio a novembro de 2019. Destacou-se na avaliação que as famílias carregam o medo da discriminação étnica, bem como o preconceito de que a doença, por ser crônica, torne limitantes os acometidos por ela. Todas apresentaram em sua rede de apoio elementos oriundos de outros sistemas, que não o familiar, como vizinhos e instituições de saúde. O Modelo Calgary permitiu uma visão expandida da família e as intervenções implementadas foram importantes para o equilíbrio entre as fragilidades e fortalezas.

Objective: to map the psychosocial impacts caused by social isolation during the COVID-19 pandemic in children, adolescents and young people. Method: a scoping review conducted according to the method proposed by the JBI and adopting the recommendations set forth in the Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews international guide. The review protocol was registered in the Open Science Framework. Results: a total of 20 articles comprised this review. Depression (70%; n=14) and anxiety (60%; n=16) were the most frequent symptoms among the research studies evaluated. An increase in screen time and in Internet use was identified. Conclusion: social isolation due to COVID-19 has exerted social and psychological effects on children's and adolescents' lives. In this population, mental ailments and their repercussion in child-youth development cannot be disregarded. Objetivo: mapear os impactos psicossociais causados pelo isolamento social, durante a pandemia da COVID-19, em crianças, adolescentes e jovens. Método: revisão de escopo realizada de acordo com o método proposto por JBI e adotando as recomendações do guia internacional Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews. Protocolo de revisão registrado no Open Science Framework. Resultados: compuseram esta revisão 20 artigos. A depressão (70%; n=14) e a ansiedade (60%; n=16) foram os sintomas mais frequentes entre as investigações estudadas. Identificou-se um aumento do tempo de tela e utilização de internet. Conclusão: o isolamento social em função da COVID-19 tem impactado socialmente e psicologicamente na vida de crianças e adolescentes. O adoecimento mental deste público é uma realidade e as repercussões no desenvolvimento infanto-juvenil não podem ser desconsideradas.

Objective. To assess the relationship between the nutritional status and eating habits of children aged from five to ten years old and their mothers, living in rural areas. Methods. A cross-sectional study conducted with 156 children aged from five to ten years old, registered in the Family Health Strategies of the rural area of the Municipality of Divinópolis-MG (Brazil) from July 2017 to April 2018. Results. The prevalence of excess weight was 27.5%. The following parameters were significantly associated with excess weight in the children: maternal waist circumference (OR=1.04), protein consumption (OR=1.02), irregular consumption of natural juice (OR=5.05), and the most favored socioeconomic level, C1 social stratum (OR=3.54). Regarding the correlation between nutrient intake of the children and their mothers, most of the correlations were weak to moderate, being statistically significant for all the dietary components evaluated (r=0.185 to 0.496). Conclusion. Maternal nutritional status was related to the child's excess weight and a weak to moderate correlation was observed for nutrient intake among the children and their mothers. A high prevalence of children with excess weight was observed in the rural areas. The results point to the need to implement collective approaches, targeted at rural families, so as to prevent this problem. Resumen Objetivo. Evaluar la relación entre el estado nutricional y los hábitos alimentarios de los niños de cinco a diez años y sus respectivas madres, las cuales residen en zonas rurales. Métodos. Se trató de un estudio transversal realizado con 156 niños de cinco a diez años, registrados en las Estrategias de Salud de la Familia del área rural del municipio de Divinópolis-MG (Brasil) de julio de 2017 a abril de 2018. Resultados. La prevalencia de sobrepeso fue del 27.5%. Se asoció significativamente con el sobrepeso de los niños: la circunferencia de la cintura materna (OR=1.04), el consumo de proteínas (OR=1.02), el consumo irregular de jugo natural (OR=5.05) y el nivel socioeconómico más favorecido, estrato social C1 (OR=3.54). En cuanto a la correlación entre la ingesta de nutrientes de los niños y la de sus madres, la mayoría de las correlaciones fueron débiles o moderadas, siendo estadísticamente significativas para todos los componentes dietéticos evaluados (r=0.185 a 0.496). Conclusión. El estado nutricional de la madre se relacionó con el sobrepeso del niño y se observó una correlación de débil a moderada para la ingesta de nutrientes entre los niños y sus madres. Se identificó una alta prevalencia de niños con sobrepeso en las zonas rurales. Los resultados apuntan a la necesidad de implementar enfoques colectivos, dirigidos a familias del medio rural, para prevenir este problema. Resumo Objetivo. Avaliar a relação entre estado nutricional e hábitos alimentares de crianças de cinco a dez anos e de suas respectivas mães, residentes em zona rural. Métodos. Estudo transversal, realizado com 156 crianças de cinco a dez anos, cadastradas nas Estratégias de Saúde da Família da zona rural do município de Divinópolis-MG (Brasil), de julho de 2017 a abril de 2018. Resultados. A prevalência de excesso de peso foi 27.5%. Associou-se significativamente ao excesso de peso das crianças: a circunferência de cintura materna (OR=1.04), o consumo de proteína (OR:1.02), o consumo irregular de suco natural (OR=5.05); o nível socioeconômico mais favorecido, estrato social C1 (OR=3.54). No que diz respeito à correlação entre o consumo de nutrientes das crianças e suas mães, a maioria das correlações foi de fraca a moderada, sendo significativas estatisticamente para todos os componentes dietéticos avaliados (r=0.185 a 0.496). Conclusão. O estado nutricional materno relacionou-se ao excesso de peso da criança e observou-se correlação fraca-moderada para ingestão de nutrientes entre as crianças e suas mães. Foi identificada elevada prevalência de excesso de peso infantil na zona rural. Os resultados apontam a necessidade de implementação de abordagens de ordem coletiva, voltadas às famílias de áreas rurais, para prevenção desse agravo.

Doença Falciforme (DF) é a nomenclatura utilizada para designar um conjunto de hemoglobinopatias decorrentes de uma mutação no gene beta-globina do cromossomo 11. Dentre elas, destaca-se a anemia falciforme (HbSS) pela sua alta prevalência e alto potencial de morbimortalidade. Nesse cenário, uma família que apresenta uma criança ou adolescente com DF tem alterada toda sua dinâmica biopsicossocial, sobretudo no contexto da pandemia do COVID-19, na qual o distanciamento social é recomendado. Assim, esse trabalho visa apresentar a experiência bem-sucedida do Programa Extensionista “Educar Falciforme”, vinculado à Universidade Federal de São João Del-Rei, pilar na rede de apoio para o manejo do cliente e da família com DF, em um período em que novos processos – sobretudo online – tornam-se necessários para a oferta de cuidados em saúde de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Como metodologia, o relato de experiência e a pesquisa bibliográfica foram propostos. A partir dessa experiência, os resultados apontaram que apesar das circunstâncias adversas, as dinâmicas virtuais são necessárias para a manutenção da integralidade do cuidado das famílias com DF em um período pandêmico. Concluiu-se que a extensão é uma ferramenta importante para o apoio na rede de saúde.