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El objetivo de este artículo es presentar algunas reflexiones construidas a partir del trabajo de campo que realicé en el encierro comunitario “El Rejunte”, ubicado en Figueroa, Santiago del Estero, Argentina. En particular, lo comprendido en relación a las prácticas de gestión de conflictos rurales y a las sensibilidades legales respecto al derecho de propiedad, desplegadas por campesinos y agentes estatales involucrados en su conformación. Al etnografiar prácticas y sentidos agenciados en torno al uso del derecho estatal, pude advertir cómo estos actores (re)producen y (re)definen una política pública, las legalidades alrededor del derecho de propiedad, los sentidos y usos del territorio. Asimismo, ciertos límites en los usos alternativos de la legalidad, en cuanto no todos los grupos y personas tienen las mismas posibilidades al momento de emplearla; como a la internalización de las formas dominantes de representación del derecho en la propia conformación de la subjetividad. Es decir, pensar a estos procesos como ambiguos e inacabados, los derechos como construcciones sociales que viabilizan formas de dominación, pero también, emancipación., The objective of this article is to present some reflections constructed from the field work that I carried out in the community enclosure “El Rejunte”, located in Figueroa, Santiago del Estero, Argentina. In particular, what is understood in relation to rural conflict management practices and legal sensitivities regarding property rights, deployed by peasants and state agents involved in its formation. By ethnographing practices and senses organized around the use of state law, I could see how these actors (re)produce and (re)define a public policy, the legalities around property rights, the senses and uses of the territory. Likewise, certain limits on the alternative uses of legality, insofar as not all groups and individuals have the same possibilities when using it; as to the internalization of the dominant forms of representation of law in the conformation of subjectivity itself. That is, think of these processes as ambiguous and unfinished; rights as social constructions, which enable forms of domination, but also, emancipation., Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación

El análisis etnográfico de las formas en que diferentes habitantes de una ciudad media del centro de la provincia de Buenos Aires tramitan parte de su conflictividad vecinal, en el marco de un centro municipal de mediación comunitaria, puso de relieve las complejas tramas simbólicas que articulan singulares ideas locales dejusticiay devecindad. Esta última configura un régimen contractual, a la vez difuso e ineludible, que fija sentidos de justicia describiendo en su concreción un tipo particular desensibilidad legal. Sobre la base de una investigación etnográfica en curso desde 2011, que ha tomado la observación participante como su rasgo distintivo, este artículo examinó estas articulaciones enfocando en los sentidos socioculturales que las posibilitan y buscando problematizar el lugar que los mismos ocupan en la elaboración y el tratamiento de este tipo de conflictividad sociocultural. This ethnographic analysis of the ways in which different inhabitants of an intermediate city in the center of Buenos Aires province deal with their neighborhood disputes within the framework of a municipal community mediation center sheds light on the complex symbolic plots that articulate unique local ideas of justice and community. The latter gives rise to a contractual regime, at once diffuse and inescapable, which establishes senses of justice that entail a particular type of legal sensitivity in their concrete realization. On the basis of an ethnographic study underway since 2011, which has taken participant observation as its distinctive feature, this article examines these articulations focusing on the sociocultural senses that make them possible and on the treatment of this type of sociocultural conflict. A análise etnográfica das formas em que diferentes habitantes de uma cidade média do centro da província de Buenos Aires lidam com parte de sua conflitividadede vizinhança, no âmbito de um centro municipal de mediação comunitária, manifestou as complexas tramas simbólicas que articulam singulares ideias locais de justiça e de vizinhança. Esta última configura um regime contratual, ao mesmo tempo difuso e iniludível, que fixa sentidos de justiça descrevendo, em sua materialização, um tipo particular de sensibilidade legal. Sobre a base de uma pesquisa etnográfica em andamento desde 2011, que tem tomado a observação participante como traço distintivo, este artigo examinou essas articulações enfocando nos sentidos socioculturais que as possibilitam e buscando problematizar o lugar que estes ocupam na elaboração e no tratamento desse tipo de conflitividade sociocultural.

This article participates in the contemporary debate about the social management of the rights of children and adolescents, particularly in local and institutional dynamics of protection and public assistance. To this end, we approached some institutional subjects and spaces articulated with the Colombian Family Welfare Institute (ICBF) in the city of Cali, in order to document some of the effects of the new comprehensive protection law (Law 1098/2006, Code on Children and Adolescents) in the discursiveness of those in charge of operationalizing its provisions. This approach, built through semi-structured interviews and supplemented with local press information, shows a legal field full of ambiguities and contradictions, where legal sensitivities are woven with an orientation towards the inscription of children and adolescents in both citizenship discourses and discourses of compassion/repression.

Este artículo se sitúa en el debate contemporáneo sobre la gestión social de los derechos de la niñez y la adolescencia, particularmente en las dinámicas locales e institucionales de protección y asistencia pública. Para tal fin, realicé una aproximación a algunos espacios y sujetos institucionales articulados al Instituto Colombiano de Bienestar Familiar (ICBF) de la ciudad de Cali para registrar algunos de los efectos que viene generando la nueva la ley de protección integral (Ley 1098/2006 Código de la Infancia y la Adolescencia) en las discursividades de quienes se encargan de la operacionalización de sus disposiciones. Dicha aproximación, construida a través de entrevistas semiestructuradas y complementada con información de prensa local, evidencia un campo jurídico cargado de ambigüedades y contradicciones, en el que se tejen sensibilidades legales orientadas hacia la inscripción de la niñez y adolescencia tanto en discursos de ciudadanía como en discursos de compasión/represión. This article participates in the contemporary debate about the social management of the rights of children and adolescents, particularly in local and institutional dynamics of protection and public assistance. To this end, we approached some institutional subjects and spaces articulated with the Colombian Family Welfare Institute (ICBF) in the city of Cali, in order to document some of the effects of the new comprehensive protection law (Law 1098/2006, Code on Children and Adolescents) in the discursiveness of those in charge of operationalizing its provisions. This approach, built through semi-structured interviews and supplemented with local press information, shows a legal field full of ambiguities and contradictions, where legal sensitivities are woven with an orientation towards the inscription of children and adolescents in both citizenship discourses and discourses of compassion/repression. Situa-se este artigo no debate contemporâneo sobre gestão social dos direitos da meninice e adolescência, em particular, nas dinâmicas locais e institucionais da proteção e assistência pública. Para tal, realizei aproximação a alguns espaços e sujeitos institucionais articulados com o Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF) da cidade de Cali visando registrar alguns dos efeitos gerados pela nova lei de proteção integral (Lei n. 1098 de 2006, Código de Infância e adolescência) nas discursividades de quem se encarrega da operacionalizaçao das suas disposições. Tal aproximação, construída por médio de entrevistas semiestruturadas e complementada com informação de imprensa local, evidencia um campo jurídico cheio de antiguidades e contradições, no qual se tecem sensibilidades legais orientadas para o cadastramento da meninice e adolescência tanto em discursos de cidadania quanto em discursos de compaixão/repressão.

Este trabalho apresenta reflexões sobre alguns significados atribuídos aos direitos da infância e adolescência num espectro de discursividades institucionais, no Brasil e na Colômbia, que gravita simultaneamente sobre dois eixos sócio-jurídicos, um informado pela doutrina da “situação irregular” e o outro pela doutrina da “proteção integral”, ambos legitimando lógicas particulares de proteção e assistência, a partir das quais se instituem crianças e adolescentes como sujeitos sociais alvo de tutela pública. O primeiro eixo institui uma lógica da menoridade – que configura crianças e adolescentes como sujeitos de compaixão e repressão; o segundo instaura uma lógica dos direitos da cidadania – que configura crianças e adolescentes como sujeitos de direitos. No entanto, é a lógica da menoridade que vem outorgando elementos substantivos às sensibilidades jurídicas daqueles que têm a seu cargo tanto a gestão como a operacionalização da tutela pública, mesmo em contextos nos quais a gestão social dos direitos da infância adquire espaço significativo nas agendas políticas nacionais. Essa lógica tem como aliado – entre outras questões – o valor social da harmonia familiar, a partir da qual se avaliam e classificam as categorias de criança, adolescente e menor.