1. A METILAÇÃO DO DNA COMO BIOMARCADOR NO PROGNÓSTICO E DIAGNÓSTICO DO CÂNCER OVARIANO: REVISÃO DE LITERATURA
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Manuella Amlid Pimenta de Castro Cavalcanti Silva, Caio Victor Barros Gonçalves da Silva, Dryelli Frances Santana da Silva, Laura Lucena Serafim, Ryan Cristian da Silva, and Celina Cavalcante Muniz Gomes
- Abstract
Introdução: O câncer ovariano é caracterizado pelo crescimento anormal de células provenientes dos ovários. Mutações no gene BRCA podem aumentar, entre 20 a 50%, o risco do paciente desenvolver câncer ovariano (1). Assim, o gene BRCA1 é expresso como autossômico dominante, com penetrância incompleta e atua como supressor de tumor, sendo importante para a reparação do DNA, pois atua na manutenção da estabilidade do genoma e no controle do ciclo celular no checkpoint (3). Desse modo, a metilação do DNA ocorre na região promotora do gene, local dos sítios CpG – sendo denominados assim pois um grupo metil é adicionado a uma citosina seguida de uma guanina – e grupos metil são adicionados ao nucleotídeo citosina (1). Portanto, a metilação do DNA é essencial na regulação da expressão gênica (3). No câncer ovariano, anomalias nesta metilação são comuns, sendo potenciais biomarcadores na detecção desta doença. Objetivos: Realizar uma revisão narrativa sobre a metilação do DNA, que ocorre nos sítios CpG do gene BRCA1, ser um importante biomarcador no prognóstico e diagnóstico do câncer ovariano. Métodos: Para esta revisão narrativa, foi realizado buscas através do Pubmed e Google Scholar,através dos descritores: “ovarian cancer”, “BRCA1”, “DNA methylation” e “biomarker”. Como critérios para a pesquisa, foram selecionados artigos de língua inglesa e publicados entre os anos de 2016 e 2021. Resultados: A análise da metilação do DNA permite a identificação de alterações na região promotora do gene, nos sítios CpG que podem estar hipermetilados – quando há o silenciamento do gene BRCA1 – ou hipometilados – quando não há o silenciamento do gene BRCA1 (2). Devido ao envolvimento da metilação do DNA com o câncer ovariano, a metilação nos sítios CpG no gene BRCA1 apresenta um alto potencial como biomarcador. Portanto, analisar anomalias na metilação do DNA, nos sítios CpG, significa que não seria necessário codificar todo o gene para identificar se há uma mutação no gene BRCA1. Um dos métodos mais conhecidos e mais utilizados é o método que envolve o bissulfito na conversão de citosina em uracila. Citosinas metiladas não serão convertidas e inúmeros métodos podem ser utilizados na identificação de CpGs que não foram convertidas (1). Conclusão: Alterações na metilação do DNA, nos sítios CpG do gene BRCA1, apresentam um alto potencial como biomarcadores, mesmo sendo algo novo na área. Portanto, mais estudos são necessários para aperfeiçoar o entendimento deste biomarcador como prognóstico e diagnóstico do câncer ovariano.
- Published
- 2021