1. Identidad y lo Sagrado en el sertón norestino en las obras Auto da compadecida y Farsa da Boa Preguiça de ariano suassuna
- Author
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Alzira Viana, Bento, Sérgio Guilherme Cabral, Morais, Carlos Francisco de, and Vianna, Cintia Camargo
- Subjects
Identidade de gênero na literatura ,catolicismo ,literatura de cordel ,O Sagrado na literatura ,Identidade ,Suassuna, Ariano, 1927-2014 - Crítica e interpretação ,ariano suassuna ,Literatura de cordel brasileira ,Literatura ,LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA [CNPQ] ,Identidad ,sagrado - Abstract
Esta dissertação analisa a identidade e o Sagrado no sertão nordestino, tendo como referência as obras Auto da Compadecida e Farsa da boa preguiça, de Ariano Suassuna. Para a questão da identidade são considerados múltiplos aspectos, embora o elemento racial, para a cultura brasileira, esteja no cerne do problema identitário. A identidade mostra uma concepção de nossa característica, de nossa essência... é uma construção realizada ao longo da vida. Em relação às identidades do Cristo, que Suassuna apresenta em suas peças Auto da Compadecida e Farsa da boa preguiça, essas são multifacetadas e controversas. Os personagens que representam esse Cristo, nessas peças, aparecem com diversas identidades, sendo elas: Manuel negro retinto, Leão de Judá, o Filho de Davi, Jesus, Senhor e Deus, no Auto; e Camelô de Deus, Manuel Carpinteiro, ser Celestial, na Farsa. Portanto, as peças evidenciam esse lado humano e divino de Jesus. Assim como na obra de Suassuna, o texto bíblico também mostra um Cristo com múltiplas identidades. Quanto ao Sagrado, na teoria de Mircea Eliade, esse se manifesta, em ambas as peças, como uma hierofania, ou seja, a manifestação do Sagrado no mundo concreto. Já Rudolf Otto nomina o Sagrado como numinoso e este, para o teórico, consiste na manifestação do “totalmente outro” em um objeto ou num “ser” deste mundo, ao qual ele chama de profano. A noção de Sagrado na literatura de Suassuna é personificada pela figura de Manuel, que representa, na peça Auto da Compadecida, um Cristo que é negro e que vai julgar todos os personagens que cometeram transgressões na vida terrena. Durante o julgamento, Sagrado e profano se imbricam, devido ao mundanismo que se capilarizou, como praga, da igreja na Terra. Também em a Farsa da boa preguiça haverá um julgamento, em que as almas transgressoras serão condenadas devido não haver, na Terra, ninguém que rezasse por elas, durante o período de sete horas, em que ficaram no purgatório. Já as almas não transgressoras, tendo quem rezasse por elas, foram salvas por Miguel Arcanjo. O catolicismo sertanejo, de Suassuna, funciona como um elemento crítico ao catolicismo centralizado na hierarquia eclesiástica, em que, no Auto da Compadecida, o Bispo, muitas vezes, é simoníaco, usando os bens da igreja em benefício próprio. Ariano, para compor esse drama citado por último, se utilizou dos folhetos de cordel O enterro do cachorro, O Castigo da soberba e História do cavalo que defecava dinheiro. Já a Farsa da boa preguiça foi inspirada nos mamulengos, sabendo-se que o cordel, com seus folhetos, veio de Portugal para o Brasil ainda no período da colonização, e serviu como construção da identidade nordestina. Este trabajo analiza la identidad y lo sagrado en el Sertón norestino, y tiene como referencia las obras Auto da Compadecida y Farsa da Boa Preguiça de Ariano Suassuna. Para el abordaje de la identidad se consideran múltiplos aspectos, aunque el elemento racial, para la cultura brasileña, sea nuclear en la cuestión identitaria. La identidad muestra una concepción de nuestra característica, de nuestra esencia, es una construcción realizada a lo largo de la vida. En lo que concierne a las identidades del Cristo que Suassuna presenta en Auto da Compadecida y Farsa da Boa Preguiça, esas son multifacéticas y controversas. Los personajes que representan al Cristo, en esas piezas, aparecen con diversas identidades: Manuel negro retinto, León de Judá, el hijo de David, Jesús, Señor y Dios, en Auto, y Buhonero de Diós, Manuel Carpintero y Ser celestial, en Farsa. Así que, las piezas ponen de relieve ese lado humano y también divino de Jesús. Tanto como el texto de Suassuna, el texto bíblico también muestra un Cristo con múltiples identidades. En lo que se refiere a lo sagrado, según la teoría de Mircea Eliade, ese se manifiesta en las dos piezas como una hierofanía, o sea, la manifestación de lo sagrado en el mundo concreto. Ya Rudolf Otto lo nombra al sagrado numinoso y este, para el teórico, consiste en la manifestación de lo "totalmente otro" en un objeto o en un "ser" de este mundo, que sea profano. La noción de sagrado en la literatura de Suassuna está personificada por la figura de Manuel, quien representa, en la pieza Auto da Compadecida, a un Cristo negro y que juzga a todos los personajes que cometieron transgresiones en la vida terrena. Durante el juzgado, lo sagrado y lo profano se imbrican, debido al mundanismo de la iglesia de la Tierra, que se ha capilarizado como plaga. También en Farsa da Boa Preguiça ocurre un tribunal, por el cual las almas transgresoras serán condenadas por no tener a nadie, en la Tierra, que rezara por ellas durante el período de siete horas que pasan ellas en el purgatorio. Ya las almas no transgresoras, porque tuvieron quienes rezaran por ellas en este periodo, lograron que el arcángel Miguel las salvara. El catolicismo sertanejo, de Suassuna, funciona como un elemento crítico al catolicismo centralizado en la hierarquía eclesiástica. Un ejemplo de esto está en Auto da compadecida, donde la figura del Obispo se pasa por un simoniaco, al usar los bienes sagrados de la iglesia en su propio beneficio. Ariano Suassuna, para componer esa pieza, se ha utilizado de los folletos de cordel O enterro do cachorro, O Castigo da soberba y História do cavalo que defecava dinheiro. Aunque Farsa da boa preguiça haya sido inspirada en los mamulengos, se sabe que el Cordel, con sus folletos, vino de Portugal a Brasil en el período de la colonización, y formó parte de la construcción de la identidad norestina. Dissertação (Mestrado)
- Published
- 2022