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Introdução: A Síndrome Pós-COVID-19 Aguda (PASC) está relacionada a sintomas que persistem por mais de 12 semanas. A fisiopatologia da PASC ainda é pouco elucidada em relação a marcadores hematológicos e inflamatórios. Objetivos: Avaliar pacientes que tiveram sequelas e correlacionar com marcadores inflamatórios, alterações hematológicas meses após a resolução da doença aguda do COVID-19 por meio de uma revisão sistemática. Material e métodos: Foram selecionados ensaios clínicos e estudos observacionais publicados em inglês, entre 2021 e 2023, tendo como referência as bases de dados MedLine, Web of Science, Embase e Scopus, com as seguintes palavras chaves e suas respectivas variações no DeCS/MeSH: long-COVID; Post-Acute Sequelae of COVID; biomarkers; inflammatory, complications. Foram incluídos estudos que continham exames laboratoriais e avaliaram pacientes que se recuperaram da COVID-19 com no mínimo três meses após a fase aguda. Foram encontrados 316 estudos e após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão somente quatro foram selecionados. Resultados: Foram avaliados 252 pacientes. O D-dímero pode prever sequelas pulmonares ou associado a gravidade da doença (p < 0,05). Foram observados que a elevação de alguns biomarcadores durante a fase crítica prediz maior predisposição a sequelas (p < 0,05) como a elevação de: IL-6 basal em até 12 meses; MMP-9 e Krebs von den Lungen-6 (KL-6) em até 3 meses. Discussão: Foi demonstrado correlação PCR, D-dímero, e KL-6 e sequelas. Ademais, os marcadores inflamatórios IL-6 e D-dímero são preditores desfavoráveis para a recuperação pulmonar. Conclusão: Em síntese, a presente revisão, corrobora alteração em alguns marcadores mesmo meses após a doença, os quais poderão ser utilizados para futuras pesquisas e elucidações sobre a fisiopatologia, também como alvos diagnósticos e terapêuticos na PASC.

Introdução: A lesão pulmonar aguda relacionada à transfusão (TRALI), reação que pode ocorrer dentro de 6 horas, é uma condição rara e que há indícios do envolvimento de anticorpos anti-antígeno leucocitário humano (HLA) e anti-antígeno neutrofílico humano (HNA). Objetivos: Avaliar, por meio de uma revisão sistemática, pacientes que tiveram TRALI e a sua associação com anticorpos anti-HLA e anti-HNA do doador ou receptor. Material e métodos: Para a seleção dos estudos, foi utilizada a base de dados MedLine aplicando os filtros case reports, english, 10 years e usando as seguintes palavras chaves e suas respectivas variações no DeCS/MeSH: Transfusion-Related Acute Lung Injury; HLA Antigens; HNA Antigens. Foram incluídos estudos que relacionavam a TRALI e a presença de anticorpos anti-HLA e anti-HNA no doador ou receptor e excluídos estudos sem dados completos. A partir disso, três artigos foram selecionados para compor o escopo dessa revisão. Resultados: Os estudos envolveram 10 pacientes com TRALIsendo cinco mulheres e cinco homens. Em relação ao sangue do doador, ocorreram cinco casos de TRALI causados por uma doadora multípara anti-HNA positiva que nunca recebeu transfusão. Por outro lado, em cinco pacientes receptores foram encontrados anti-HLA prévios no plasma sendo que um caso ocorreu em uma mulher multípara que recebeu soro de doador com anti-HLA. Por fim, essa revisão não discrimina se os casos de TRALI foram provenientes dos anticorpos do doador, receptor ou ambos. Discussão: Os resultados ratificam que a fisiopatologia envolve anticorpos anti-HLA e anti-HNA do doador, predisposição individual e desenvolvimento de aloanticorpos (TRALI reversa). Por outro lado, receptoras multíparas poderiam estar em maior risco de desenvolver TRALI reversa ressaltando a importância da triagem também nos receptores. Conclusão: Essa revisão evidenciou que a fisiopatologia da TRALI é mediada por anticorpos anti-HLA e anti-HNA destacando a necessidade de triagem não só nos doadores como também nos receptores para mitigar a ocorrência de TRALI.