1. Epididymal Primary Mast Cell Tumor in a Dog
- Author
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Modé Magalhães, Geórgia, Léga, Elzylene, Torres-Neto, Rafael, Amorim Conforti, Valéria, Laufer Amorim, Renée, Marques, Camila Ângela, Gomes Rocha, Thaís, and dos Santos Honsho, Cristiane
- Abstract
Background: In the literature, there are a few descriptions of epididymis neoplasia in domestic animals, especially considering primary tumors. In the few reports found in literature, the lesions were a consequence of the invasion of testicular or paratesticular neoplasia, as a papillar carcinoma in a dog’s and a bull’s epididymis, and mesenchymal tumors - fibrome/fibrosarcoma, leiomyoma/leiosarcome. On the other hand, mast cell tumors are the second most prevalent neoplasia in dogs in Brazil, affecting especially the skin. The aim of this report is to describe for the first time a low malignancy mast cell tumor in a mixed-breed dog’s epididymis, without metastasis or recurrence in a 2-year follow-up period. Case: A 10-year-old male mixed-breed dog was presented for pre-surgical evaluation for elective orchiectomy. In the physical examination, an increase in the volume of approximately two centimeters with an irregular appearance was identified on palpation in the cranial pole of the left testis. In the trans surgical period, an increase in testicular volume (4 cm long x 2 cm wide) was observed, with a firm consistency in the region of the vas deferens with macroscopic changes in the region. The testis was sectioned, and the fragments were sent for histopathological evaluation in 10% buffered formaldehyde. There was a fairly cellular circumscribed neoplastic infiltrate, distributed in a sheet and separated by fibrovascular stroma, and rounded neoplastic cells with a moderate amount of basophilic cytoplasmic granulation, and discrete anisocytosis and anisokaryosis. The nuclei were rounded with vesicular chromatin with one or two distinct nucleoli. No mitosis figures were observed in 10 high power fields (400x). Few eosinophils were distributed throughout the neoplastic cell population. Immunohistochemistry demonstrated immunostaining for KIT protein with perimembranous staining in 95% of neoplastic mast cells, giving a KIT 1 pattern. There was no positive nuclear staining for Ki67 in any cell of the histological sections examined. A grade II mast cell tumor (low grade of malignancy) was diagnosed. After diagnosis, the animal underwent radiographic evaluation of the chest and abdominal ultrasound, and a new physical inspection in search of nodules, plaques, skin lesions, or subcutaneous masses. There were no metastases in the thorax and abdominal cavity, nor physical alterations, and it can be inferred that the epididymis was the primary site of the mast cell tumor. After 2 years of orchiectomy, there were no recurrences, and no chemotherapy treatment was performed. Discussion: Extracutaneous mast cell tumors are uncommon in animals, but have been reported in oral and nasal mucosa, nasopharynx, larynx, trachea, intestine, visceral lymph nodes, spleen, liver, spinal cord, intestine, ureter, conjunctiva, lung and more recently in tear gland of the third eyelid. However, in the authors' assessment, this is the first description of mast cell tumor in the epididymis in dogs. The diagnosis was established by histopathological examination, which revealed a grade II epididymal mast cell tumor and immunohistochemical evaluation (KIT and Ki-67) as being of low aggressiveness. The diagnosis of a primary tumor was confirmed since the staging was established after the histopathological diagnosis, involving chest radiography, abdominal ultrasound, cutaneous evaluation in search of nodules, plaques, cutaneous and subcutaneous lesions, and did not reveal other abnormalities or metastases not identified in the preoperative evaluation. In addition, immunostaining with KIT and Ki-67 reaffirmed the low degree of malignancy and the potential for metastases, which can be observed by the asymptomatic follow-up of the patient 2 years after the surgical excision. Keywords: tumoral, neoplasm, carcinoma, metastases, histopathology, immunohistochemistry., Introdução: Na literatura existem poucas descrições de neoplasias do epidídimo em animais domésticos, principalmente considerando os tumores primários. Nos poucos relatos encontrados na literatura, as lesões foram decorrentes da invasão de neoplasia testicular ou paratesticular, como carcinoma papilar em epidídimo de um cão e de um touro e tumores mesenquimais - fibroma/fibrossarcoma, leiomioma/leiossarcoma. Em contrapartida, os mastocitomas são a segunda neoplasia mais prevalente em cães no Brasil, acometendo principalmente a pele. O objetivo desse relato é descrever pela primeira vez um mastocitoma de baixa malignidade no epidídimo de um cão sem raça definida, sem metástase ou recidiva em um período de acompanhamento de 2 anos. Caso: Um cão sem raça definida, macho, de 10 anos de idade, foi encaminhado para avaliação pré-cirúrgica para orquiectomia eletiva. Ao exame físico foi identificado aumento de volume de aproximadamente dois centímetros com aspecto irregular à palpação no pólo cranial do testículo esquerdo. No período transcirúrgico, observou-se aumento do volume testicular (4 cm de comprimento x 2 cm de largura), com consistência firme na região do vaso deferente com alterações macroscópicas na região. O testículo foi seccionado e os fragmentos encaminhados para avaliação histopatológica em formaldeído tamponado a 10%. Havia infiltrado neoplásico altamente celular circunscrito, distribuído em leçol e separado por estroma fibrovascular, e células neoplásicas arredondadas com moderada quantidade de granulação citoplasmática basofílica, e discreta anisocitose e anisocariose. Os núcleos eram arredondados com cromatina vesicular com um ou dois nucléolos distintos. Não foram observadas figuras de mitose em dez campos de alta amplificação (400x). Poucos eosinófilos foram distribuídos por toda a população de células neoplásicas. A imunohistoquímica mostrou imunocoloração para proteína KIT com coloração perimembranosa em 95% dos mastócitos neoplásicos, fornecendo um padrão KIT 1. Não houve coloração nuclear positiva para Ki67 em nenhuma célula dos cortes histológicos examinados. Foi diagnosticado um mastocitoma grau II (baixo grau de malignidade). Após o diagnóstico, o animal foi submetido a avaliação radiográfica de ultrassonografia de tórax e abdome, e nova inspeção física em busca de nódulos, placas, lesões de pele ou massas subcutâneas. Não houve metástases em tórax e cavidade abdominal, nem alterações físicas, podendo-se inferir que o epidídimo foi o sítio primário do mastocitoma. Após dois anos de orquiectomia, não houve recidiva e nenhum tratamento quimioterápico foi realizado. Discussão: Os mastocitomas extracutâneos são incomuns em animais, mas têm sido relatados em mucosa oral e nasal, nasofaringe, laringe, traqueia, intestino, linfonodos viscerais, baço, fígado, medula espinhal, intestino, ureter, conjuntiva, pulmão e mais recentemente na glândula lacrimal da terceira pálpebra. No entanto, na avaliação dos autores, essa é a primeira descrição de mastocitoma no epidídimo em cães. O diagnóstico foi estabelecido pelo exame histopatológico, que revelou mastocitoma epididimal grau II e avaliação imunohistoquímica (KIT e Ki-67) como sendo de baixa agressividade. O diagnóstico de tumor primário foi confirmado pois o estadiamento foi estabelecido após o diagnóstico histopatológico, envolvendo radiografia de tórax, ultrassonografia abdominal, avaliação cutânea em busca de nódulos, placas, lesões cutâneas e subcutâneas, e não revelou outras anormalidades ou metástases não identificadas em a avaliação pré-operatória. Além disso, a imunocoloração com KIT e Ki-67 reafirmou o baixo grau de malignidade e o potencial de metástases, o que pode ser observado pelo acompanhamento assintomático do paciente dois anos após a excisão cirúrgica.
- Published
- 2023