The Fundão tailings dam held back approximately 50 million cubic meters of tailings from an Fe ore mine in the state of Minas Gerais, Brazil. The dam failed on 5 November 2015, releasing tailings into the Rio Doce watershed and causing an environmental disaster in a biodiversity hotspot. To guide conservation action following the event, Brazilian authorities demanded an impact assessment focused on terrestrial species threatened by extinction. Postdisaster impact assessment is substantially more challenging than predevelopment impact assessment. Predisaster baseline data were sparse, and much was unknown about how the Fundão dam failure impacted terrestrial species threatened with extinction. Baseline reconstruction and impact pathway validation and characterization was critical. Ecosystem reconstruction revealed that 1580 ha of terrestrial ecosystems were destroyed, including approximately 480 ha of Atlantic rainforest. Collaboration with local experts identified 346 species of vertebrates, invertebrates, and vascular plants threatened with extinction that were impacted or potentially impacted. Species composition and impacts varied within 4 distinct segments of the Rio Doce watershed. Nine potential impact pathways were identified using data and literature review combined with information provided by regulators, experts, and media. Not all were valid. Validating and characterizing each pathway within each watershed segment involved data evaluation, an ecological risk screening, and field assessments. Impact pathway evaluation proved critical to dispelling misconception, accurately understanding postdisaster impacts, and directing conservation action; the importance of this step cannot be overemphasized. Integr Environ Assess Manag 2020;16:676-680. © 2020 SETAC.A barragem de Fundão armazenava milhões de metros cúbicos de rejeitos de uma mina de ferro no estado de Minas Gerais, Brasil. A barragem se rompeu em 5 de novembro de 2015, liberando rejeitos para a bacia do rio Doce, provocando um desastre ambiental em um hotspot de biodiversidade. Visando orientar ações de conservação após o evento, autoridades ambientais brasileiras demandaram uma avaliação de impactos com foco em espécies ameaçadas de extinção. Avaliações de impacto pós-desastre são substancialmente mais desafiadoras do que avaliações padrão, que antecedem a execução de empreendimentos. No caso de Fundão, dados da linha de base anterior ao desastre eram escassos, e pouco se sabia a respeito de como os vetores de impacto relacionados ao rompimento poderiam ter afetado a biodiversidade terrestre, incluindo a sua magnitude, duração e abrangência espacial. Consequentemente, a reconstrução da linha de base e a validação e caracterização dos potenciais vetores de impacto foram os primeiros passos essenciais. A reconstrução da linha de base para ecossistemas, feita a partir de imagens de satélite, revelou que aproximadamente 1580 ha de ecossistemas terrestres foram suprimidos, incluindo ~480 ha de mata atlântica. Por meio de colaboração com especialistas na biodiversidade local e utilizando fontes diversas de dados e literatura, foram identificadas 346 espécies de vertebrados, invertebrados e plantas vasculares ameaçadas de extinção ocorrentes ou potencialmente ocorrentes nas áreas afetadas. A composição em espécies variou entre quatro distintos segmentos da bacia do rio Doce, assim como os impactos incidentes. Nove potenciais vetores de impacto foram identificados utilizando-se dados e revisões da literatura, além de informações fornecidas por órgãos ambientais e especialistas, e pela mídia. A validação e caracterização de cada vetor de impacto em cada segmento da bacia envolveu a avaliação de dados, uma análise preliminar de risco ecológico, e avaliações em campo. A avaliação de vetores de impacto mostrou-se fundamental para dirimir equívocos de interpretação e acuradamente entender os impactos pós-desastre; a importância desta etapa não pode ser menosprezada. O cruzamento de características biológicas e ecológicas das espécies terrestres ameaçadas de extinção, em cada segmento da bacia, com a caracterização dos vetores de impacto, permitiu a atribuição de consequências dos impactos, constituindo uma maneira efetiva de priorizar medidas mitigadoras com vistas ao alcance de metas de conservação pós-desastre. Integr Environ Assess Manag 2020;16:676-680.