Du point de vue socio-environnemental, la situation au Brésil peut être considérée aujourd’hui comme catastrophique. Cependant, les difficultés ne sont pas nouvelles. Le modèle « social-développementaliste » déployé sous Luiz Inácio Lula da Silva lui-même prête largement le flan à la critique. Mêlant des politiques macroéconomiques néolibérales à un interventionnisme d’État, il a généré des situations hautement paradoxales, créant des tensions importantes entre développement et protection de l’environnement, mais aussi entre intérêt national et reconnaissance des droits de certaines minorités. La situation s’est nettement dégradée sous le premier mandat de Dilma Rousseff, puis avec le coup d’État parlementaire de 2016, qui a fait céder les derniers remparts. Les élites conservatrices ont défait la fragile régulation socio-environnementale pour imposer leurs intérêts par la force. Violence et criminalisation des opposants s’affirment comme modes de régulation d’un État dont la dérive policière est particulièrement inquiétante. De uma perspectiva socioambiental a situação do Brasil pode ser considerada hoje como catastrófica. Contudo, os elementos que caracterizam essa situação não são novos, pois, estão em parte presentes no governo de tipo « social-desenvolvimentista » efetivado a partir do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Esse governo, que mesclou políticas macroeconômicas neoliberais com um intervencionismo estatal, gerou situações paradoxais que estabeleceram tensões importantes entre questões como desenvolvimento e proteção ambiental, interesse nacional e direitos de minorias. Situação que se agravou no primeito mandato de Dilma Roussef e que, após o golpe de 2016, se aprofundou de forma mais drástica ainda, com investidas das elites conservadoras na descontrução da regulação socioambiental vigente, de maneira a impor seus interesses pela força. Ações de criminalização e utilização da violência contra oponentes se tornarão o padrão de atuação de um Estado que passa a tratar a questão socioambiental como caso de polícia. From a socio-environmental perspective, the situation in Brazil today may be said to be disastrous. Yet, these difficulties are not new. The “social-developmentalist” model implemented under Lula’s presidency is also vulnerable to critique. By combining neo-liberal macroeconomic policies and state interventionism, it has produced contradictory situations, and strong tensions between development and environmental protection, and national interest and rights of minorities. Things worsened during the first mandate of President Dilma Rousseff, and even more so after the 2016 parliamentary coup. Conservative elites are undoing environmental legislation to defend their interests. Violence and criminalization of opponents is becoming a new mode of state regulation.