Dissertação de mestrado realizada no âmbito do Mestrado em Arquitectura. Exame público realizado em 20 de Junho de 2013. Nos últimos anos a arquitetura, aliada à produção vitivinícola, tem sido constante objeto de renovação e transformação. Existem, já, diversas referências relacionadas com a intervenção de autores consagrados, tanto no panorama nacional como no internacional, associados ao universo da arquitetura contemporânea. É a necessidade de reestruturação e adaptação às novas tecnologias de produção, de divulgação da marca, da aposta no Enoturismo, que tem impulsionado a procura de arquitetos mediáticos. Quando se considera a criação de novos edifícios ou renovação de equipamentos existentes, associados a uma marca, e inseridos num determinado contexto, é fundamental ter como base na conceção do objeto arquitetónico os valores patrimoniais, a capacidade de entender o que se deverá manter ou o que possui capacidade de manutenção pela sua qualidade arquitetónica ou pelo seu valor associado à marca. Há que considerar a sua autoria, a época em que a estrutura foi construída e, também, a sua capacidade de adaptação tecnológica, sendo estes tipos de valências que, surgindo sob diferentes prismas, vão definir a filosofia da intervenção. O cooperativismo é de uma enorme pertinência na relação com os agricultores da região, assim como o desempenho destes para a laboração qualitativa do produto, e consequente contribuição económica. Na análise e compreensão das referências nacionais e internacionais, serão tidos em consideração diversos pontos fundamentais, como a reflexão histórica desde os primórdios, em que alguns dos casos vão primar pela produção artesanal como algo exclusivo, enquanto outros casos vão assentar na produção massiva, associada à exportação e à adaptação polivalente das várias vertentes do mercado, tal como a exploração turística, o alojamento, a restauração, o Enoturismo, num compromisso entre a sustentabilidade e os valores apelativos para a região