A osteotomia sagital bilateral é uma das técnicas mais comumente empregada para correções de deformidades mandibulares, tendo se mostrado uma técnica extremamente versátil, por resultar em um íntimo contato dos segmentos, favorecendo uma efetivo reparo ósseo e além de permitir uma fixação adequada e precisa. O objetivo do presente estudo foi realizar uma comparação mecânica de quatro métodos para fixação interna da osteotomia sagital bilateral após avanço com giro horário da mandíbula. Foram utilizadas 56 réplicas de mandíbulas inteiras de poliuretano rígido, customizadas e padronizadas com osteotomia sagital bilateralmente conforme técnica descrita por Epker BN em 1977, mas modificada. Após a simulação de um amplo avanço, onze milímetros (mm) com giro horário da mandíbula (6 graus) em relação ao plano oclusal, os segmentos ósseos foram fixados com placas e parafusos do sistema 2,0mm do lado direito e esquerdo. Grupo I, uma placa em \"H\" duplo, grupo II, duas miniplacas, grupo III, \"técnica híbrida\" e grupo IV, três parafusos bicorticais \"L-invertido\". As mandíbulas foram submetidas a carga entre os incisivos centrais e entre a cúspide mésio e disto vestibular do primeiro molar direito. Na carga entre os incisivos, houve diferença estatisticamente significante no grupo I (placa em \"H\" duplo), em que a média foi maior que as médias dos grupos IV e II no deslocamento de 1 mm (F=4,705; p=0,010). Na carga no primeiro molar, houve diferença das médias de carga quando comparado os grupos no deslocamento de 1 mm (F=5,166; p=0,007). A média do método \"técnica-híbrida\" foi maior que as médias dos métodos da placa em \"H\" duplo e duas placas. Já o método \"L invertido\" não se diferenciou dos outros métodos. Houve diferença das médias de carga quando comparado os grupos no deslocamento de 3 mm (F=3,582; p=0,029). A média do método \"técnica-híbrida\" foi maior que a média do método \"duas placas\". Já os demais métodos não apresentaram diferenças. Houve diferença das médias de carga quando comparado os grupos no deslocamento de 5 mm (F=3,142; p=0,044). A média do método \"L invertido\" foi maior que a média do método \"duas placas\". Os demais métodos não apresentaram diferenças. Entre os deslocamentos de 7 mm não foi observada diferença estatisticamente significante (7 mm: p=0,057). No presente estudo o método \"técnica-híbrida\" foi o de melhor desempenho mecânico, mostrando um comportamento superior em mais momentos quando avaliou-se a carga empregada e os respectivos deslocamentos. Bilateral sagittal osteotomy is one of the most commonly used techniques for correction of mandibular deformities, showing an extremely versatile technique, resulting in an intimate contact of the segments, favoring an effective bone repair and besides allowing an adequate and precise fixation. The objective of the present study was to perform a mechanical comparison of four methods for internal fixation of bilateral sagittal osteotomy after advancement with clockwise rotation of the mandible. We used 56 replicates of rigid polyurethane jaws, customized and standardized with bilateral sagittal osteotomy according to the technique described by Epker BN in 1977, but modified. After simulation of a wide advancement, eleven millimeters (mm) with clockwise rotation of the mandible (6 degrees) in relation to the occlusal plane, the bone segments were fixed with plates and screws of the system 2.0mm of the right and left side. Group I, a double \"H\" plate, group II, two miniplates, group III, \"hybrid technique\" and group IV, three \"L-inverted\" bicortical screws. The mandibles were loaded between the central incisors and between the mesial cusp and the buccal aspect of the right first molar. In the load between the incisors, there was a statistically significant difference in group I (double \"H\" plate), in which the mean was greater than the means of groups IV and II in the displacement of 1 mm (F = 4.705, p = 0.010) . In the first molar load, there were differences in the load means when compared to the groups at 1 mm displacement (F = 5,166, p = 0.007). The mean of the \"technique-hybrid\" method was higher than the mean of the \"double\" H-plate and two-plate methods. The \"inverted L\" method did not differ from the other methods. There was a difference in loading averages when compared to groups at 3 mm displacement (F = 3,582, p = 0.029). The mean of the \"technique-hybrid\" method was higher than the mean of the \"two-plate\" method. The other methods did not present differences. There was a difference in loading means when comparing the groups in the 5 mm displacement (F = 3.142; p = 0.044). The mean of the \"inverted L\" method was higher than the average \"two plate\" method. The other methods did not present differences. Among the 7 mm displacements, no statistically significant difference was observed (7 mm: p = 0.057). In the present study the \"technique-hybrid\" method was the one with the best mechanical performance, showing a superior behavior in more moments when the load used and the respective displacements were evaluated.