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This paper discusses the knowledge, attitudes, and practices (KAP) of Brazilian family farmers regarding the impact of pesticides on health and the environment. This mixed cross-sectional study was conducted in 2014 in São José de Ubá, Rio de Janeiro, encompassing two stages: one qualitative, based on field observations and interviews with 25 participants on KAP about pesticides; and one quantitative, concerning sociodemographic data and pesticide exposure assessment with 78 farmers. Despite partially recognizing the danger of pesticides, farmers face the risks of exposure and commonly adopt inappropriate work practices. Lack of technical support and occupational training, low schooling, difficulty in understanding the instructions on pesticide labels, the price and discomfort caused by protection equipment, and the belief in the need for pesticide use, partially explain the unsafe attitudes. Effective and immediate prevention of pesticide-related injuries and diseases requires promoting more sustainable agricultural practices, strengthening technical support and occupational training, improving communication and risk management of pesticides, and reducing gender inequalities among Brazilian farmers. O artigo discute conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) de agricultores familiares brasileiros a respeito dos impactos na saúde e no ambiente gerados pelo uso de agrotóxicos. Trata-se de um estudo transversal misto, realizado em 2014 em São José de Ubá, RJ. A pesquisa é composta por uma etapa qualitativa, baseada em observações em campo e entrevistas com 25 participantes sobre CAP, no que se refere ao uso de agrotóxicos. A etapa quantitativa abrange avaliação sociodemográfica e de exposição aos agrotóxicos de 78 agricultores. Apesar de reconhecerem parcialmente os perigos dos agrotóxicos, os agricultores enfrentam os riscos da exposição e comumente adotam práticas laborais inadequadas. Fatores como a carência de apoio técnico e treinamento laboral, baixa escolaridade, dificuldade de compreensão das orientações de bulas e rótulos dos agrotóxicos, valor elevado e desconforto causado pelo equipamento de proteção individual (EPI), além da crença da dependência do uso de agrotóxicos, explicam parcialmente as atitudes não seguras. É preciso promover práticas agrícolas mais sustentáveis, fortalecer o apoio técnico e treinamento laboral, melhorar a comunicação e o gerenciamento dos riscos e reduzir as desigualdades de gênero entre os agricultores brasileiros, como a forma mais eficaz e imediata de prevenir os agravos relacionados ao trabalho com agrotóxicos.

Colonization projects and the consolidation of commodities production maderanching and agriculture one of the main economic activities in Rondônia (RO).Simultaneously to this process, there was an increase in the consumption ofpesticides, resulting in risks to human health and the environment. Based ondatasets of different origins, this article analyzed the spatial distribution ofpesticide commercialization in the different health regions of the state ofRondônia (RO), between 2015 and 2019. We used data from the RondôniaState Pesticide Trade Inspection System (Sistema de Fiscalização doComércio de Agrotóxicos do Estado de Rondônia – SIAFRO), managed by theAgrosilvopastoral Health Defense Agency of the State of Rondônia (Agênciade Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia – IDARON);the Phytosanitary Pesticides System (Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários– AGROFIT), the National Health Surveillance Agency (Agência Nacional deVigilância Sanitária – ANVISA), the Brazilian Institue of the Environment andRenewable Natural Resources (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renováveis – IBAMA) and of the IBGE Automatic RecoverySystem of the Brazilian Institute of Geography and Statistics (Sistema IBGE deRecuperação Automática do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –SIDRA/IBGE). The consolidation of these data contributed to the analysis andpresentation of the spatial distribution of the average amount of pesticidessold by health regions in RO and the main active ingredients sold, theiruse classification and quantity applied to each culture. We conclude thatthe production of commodities such as soy, corn, coffee, and pasture are themain drivers of pesticide commercialization in the study region. The main marketed active ingredients suggest potential risks to public health and theenvironment. In addition, the present safety criteria regarding pesticides,especially in Brazil, are outdated and lead to public health and environmentalvulnerability. A criação de projetos de colonização e a consolidação da produçãode commodities tornou a agropecuária uma das principais atividadeseconômicas de Rondônia (RO). Simultaneamente a esse processo,deu-se o aumento do consumo de agrotóxicos, resultando empotenciais riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Este artigoapresenta, com base no processamento de diversos bancos dedados, a distribuição espacial da comercialização de agrotóxicosem RO por regiões de saúde entre os anos de 2015 e 2019.Para tanto, foram utilizados dados do Sistema de Fiscalização doComércio de Agrotóxicos de RO (SIAFRO), gerenciado pela Agênciade Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de RO (IDARON), consultasao Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários (AGROFIT), AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) eSistema IBGE de Recuperação Automática do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (SIDRA/IBGE). A consolidação desses dadoscontribuiu para a análise e a apresentação da distribuição espacialda quantidade média de agrotóxicos comercializada por regiões desaúde de RO e dos principais ingredientes ativos comercializados,classificação de uso e quantidade destinados por cultura. Concluiu-seque a produção de commodities como soja, milho, café epastagem é o principal destino dos agrotóxicos comercializadosnas regiões de saúde de RO e que os principais ingredientes ativoscomercializados apontam um potencial risco à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso, os padrões de segurança atuais paraagrotóxicos, sobretudo no Brasil, estão desatualizados e evidenciama vulnerabilidade ambiental e de saúde pública.

Chemical exposure evaluation integrated to its social, economic and environmental determinants ensures the formulation of adequate and effective actions to the social space, as presupposed by the Public Health Assessment method by the Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR), and similar to the Ecohealth approach. Thus, the objective of this study is to describe an experience with public health assessment within communities of family farmers exposed to agrochemicals in São José de Ubá, State of Rio de Janeiro (RJ), Brazil. The civil society and the public domain were involved in a process that encompassed historical, socioeconomic, cultural, environmental and health information. Occupational and/or environmental exposures to toxicants occur at levels that cause adverse health effects, requiring actions such as agroecological practices, health and environmental education, as well as requalification of health service professionals. The approach drives the individual as an agent that integrates and influences research processes, optimizing hisown empowerment for participatory ecosystem management., A avaliação integrada da exposição a agentes químicos às condicionantes sociais, econômicas e ambientais possibilita ações efetivas e incorporadas ao espaço social, como pressupõe a metodologia de “Avaliação de Saúde Pública” da Agência de Registro de Substâncias Tóxicas e Controle de Doenças (ATSDR) e à semelhança da abordagem Ecosaúde. Assim, nosso objetivo é descrever uma experiência de avaliação de saúde pública em comunidades de agricultores familiares expostos a agroquímicos em São José de Ubá, estado do Rio de Janeiro (RJ). A sociedade civil e a esfera pública foram envolvidas no processo que reuniu informações históricas, socioeconômicas, culturais, ambientais e de saúde. A exposição ocupacional e/ou ambiental aos toxicantes ocorre em níveis que ocasionam efeitos deletérios à saúde, exigindo ações, como a prática agroecológica, educação em saúde e ambiente e requalificação dos profissionais de serviços de saúde. A abordagem tem como benefício situar o sujeito como agente integrador e influenciador de seus processos, potencializando seu empoderamento para a uma gestão ecossistêmica conjunta.