Este artigo tem como objetivo elucidar a realização de uma prática pedagógica do ensino de Geografia em uma escola camponesa do interior da Bahia no ano de 2018, sendo que os pequenos estudantes camponeses que compunham a turma do 6o ano dessa instituição produziram, na aula da disciplina, desenhos do espaço sertanejo local partindo de suas casas à escola em que estudavam, no intento de refletirem os conteúdos que estavam sendo trabalhados em classe: orientação e localização na produção do espaço agrário. Sendo assim, nos propomos a tecer análises sobre o ensino de Geografia na luta por uma educação do campo ao descrevermos a prática em questão. Entendemos que mesmo sendo uma ação simples desenvolvida em sala de aula, na qual os estudantes camponeses traçaram o cotidiano sertanejo que vivem por meio de ilustrações, a mesma tornou-se significativa a eles na compreensão das transformações que se estabelecem no campo de forma contextualizada, ao estudarem o espaço em que se encontram inseridos tanto naquele momento quanto durante o ano letivo. Diante dessa realidade, é preciso que lutemos em defesa de uma Geografia escolar do campo, pautada pela emancipação humana dos sujeitos sociais camponeses nos seus territórios de vida e de trabalho. PALAVRAS-CHAVE Camponeses, Educação do Campo, Ensino de Geografia. TRACES OF EVERYDAY OF SMALLS BACKCOUNTRY IN THE GEOGRAPHY CLASS AT A PEASANT SCHOOL IN BAHIA ABSTRACT This article aims to elucidate the realization of a pedagogical practice of teaching Geography in a peasant school in the interior of Bahia in the year 2018, being that the small peasant students who made up the 6th grade class at this institution produced, in the discipline class, drawings of the local backcountry space starting from their homes to the school where they studied, in an attempt to reflect the contents that were being worked on in class: orientation and location in the production of the agrarian space. Thus, we propose to analyzes about the teaching of Geography in the struggle for field education by describing the practice in question. We understand that same being a simple action developed in the classroom, in which the peasant students traced the daily life in the backcountry that they live through illustrations, the same became significant to them in understanding the transformations that are established in the field in a contextualized, when studying the space in which they are inserted, so much at that moment how much during the school year. In view of this reality, it is necessary that we fight in defense of a school geography in the field, ruled for the human emancipation of social subjects peasant in their territories of life and of work. KEYWORDS Peasants, Field education, Teaching Geography.