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A Amazônia é um desafio global que demanda o desenho de um novo modelo de intervenção, a partir da transformação dos sistemas de produção, das formas de colaboração e da aplicação de conhecimento local da biodiversidade como alternativa para seu efetivo desenvolvimento sustentável da região. Agravadas pela pandemia, as pressões sobre o território se converteram em aumento da desigualdade social e pobreza, violação de direitos humanos e o deslocamento forçado de comunidades tradicionais frente à maior incidência histórica de destruição de sua biodiversidade. Novas capacidades precisam emergir a partir da própria Amazônia, em uma abordagem bottom-up, criando um ambiente favorável para que a Inovação Social de Base aconteça e melhore as condições das populações tradicionais que lá vivem. Por meio do estudo de caso do Protocolo Comunitário do Bailique, Amapá-AP, a presente pesquisa identificou elementos para fortalecer capacidades individuais e coletivas em comunidades de base, visando a transformação social e sua sustentação como um dos caminhos viáveis para a redução de vulnerabilidades na remota Amazônia. A pesquisa concluiu que o fortalecimento de capacidades é tanto meio quanto fim em inovação social de base na Amazônia. Ainda, para que a Inovação Social aconteça e se sustente é necessário que haja uma educação que faça sentido para os territórios amazônicos, que considere a sociobiodiversidade como ambiente e que a partir da própria Amazônia surjam oportunidades reais de desenvolvimento socioeconômico, em consonância com o bônus demográfico da região para as próximas três décadas. Os protocolos comunitários devem considerar vulnerabilidades socioeconômicas para otimizar a escolha de linhas de ação que visem resultados a curto, médio e longo prazos. Assim, filantropias e empresas privadas, setor público, igrejas, sociedade civil organizada e comunidades podem colaborar ativamente para que a Inovação Social de Base enderece soluções não apenas para a localidades, havendo oportunidades para superar questões socioambientais globais. The Amazon is a global challenge that demands a design of a new model of intervention based on the transformation of the production systems, forms of collaborations and the application of local knowledge about biodiversity as an alternative for the effective sustainable development of the region. Aggravated by the pandemic, the pressures over the territory have turned into social inequality and poverty increase, human rights violation and the forced displacement of traditional communities in the face of the most significant historical incidence of destruction of its biodiversity. New capacities need to emerge from the Amazon itself, in a bottom-up approach, creating a favorable environment for Grassroot Social Innovation to take place and improve conditions of the traditional populations living there. Through the case study of the Community Protocol of Bailique, Amapá-PA, the research identified elements to strengthen individual and collective capacity in grassroot communities aiming at social transformation and its maintenance as one of the feasible paths for reducing vulnerability in remote Amazon. The research that capacity building is both means and end for the grassroots social innovation in the Amazon. Furthermore, for social innovation to take place and be maintained, it is necessary to establish an education that makes sense for the amazon territory, that considers the socio diversity as means, and from Amazon itself, real opportunities for socio-economic development arise, in line with the demographic bonus of the region for the next three decades. Communitarian Protocols shall consider socioeconomics vulnerabilities to optimize lines of action choices that aim for results in the short, medium and long terms. And then, private philanthropy and companies, public sector, church, organized civil society and comminutes can actively collaborate to ensure that Grassroot Social Innovation addresses solutions not only to the localities, as there are opportunities to overcome global socioenvironmental issues. La Amazonia es un desafío global que demanda el diseño de un nuevo modelo de intervención, basado en la transformación de los sistemas productivos, en formas de colaboración y la aplicación del conocimiento local de la biodiversidad como alternativa para su efectivo desarrollo sustentable en la región. Agravadas por la pandemia, las presiones sobre el territorio se han convertido en aumento de la desigualdad social y de la pobreza, violación de los derechos humanos y el desplazamiento forzado de comunidades tradicionales ante la mayor incidencia histórica de destrucción de su biodiversidad. Es necesario surgir nuevas capacidades desde la propia Amazonia, en un enfoque bottom-up (de abajo hacia arriba), generando un entorno favorable para que suceda la Innovación Social de Base y se mejore las condiciones de las poblaciones tradicionales que viven allá. Por intermedio del estudio de caso del Protocolo Comunitario de Bailique, Amapá-AP, esta investigación identificó elementos para fortalecer las capacidades individuales y colectivas en las comunidades de base, apuntando a la transformación social y su sustentación como uno de los caminos viables para la reducción de vulnerabilidades en la remota Amazonia. La investigación concluyó que el desarrollo de capacidades es tanto un medio como un fin en la innovación social de base en la Amazonia. Además, para que ocurra y se sostenga la Innovación Social, debe haber una educación que tenga sentido para los territorios amazónicos, que tome en cuenta la sociobiodiversidad como un medio y que desde la propia Amazonia surjan oportunidades reales de desarrollo socioeconómico, en línea con el bono demográfico de la región para las próximas tres décadas. Los protocolos comunitarios deben considerar vulnerabilidades socioeconómicas para optimizar la elección de líneas de acción que apunten a resultados a corto, mediano y largo plazo. Así, las filantropías y empresas privadas, el sector público, la iglesia, la sociedad civil organizada y las comunidades pueden contribuir activamente para que la Innovación Social de Base direccione soluciones no solamente a las localidades, sino generando oportunidades para superar problemas socioambientales globales.