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INTRODUÇÃO Dados epidemiológicos confirmam o aumento mundial da prevalência do câncer. No Brasil, as estimativas do Instituto Nacional de Câncer são de 66.280 casos novos em 2022. É consenso que as mudanças no estilo de vida são fatores de risco independentes para o processo carcinogênico. Por outro lado, é comum que as alterações metabólicas e digestivas do tratamento antineoplásico reduzam o consumo alimentar, e o próprio diagnóstico do câncer per se contribua para uma modificação do padrão dietético usual. Com base no exposto, o objetivo do presente estudo foi analisar o consumo alimentar habitual de frutas e fast-foods entre pacientes oncológicos e não oncológicos internados em uma clínica de cirurgia geral. MÉTODOS Estudo de delineamento transversal, desenvolvido com amostra não probabilística de pacientes candidatos a cirurgias internados em um hospital público de Maceió-AL durante o período de agosto a outubro de 2021. O consumo alimentar foi obtido através de um questionário de frequência alimentar validado para o estudo de dieta e doenças crônicas não transmissíveis, onde foi considerada a ingestão dos 6 meses prévios ao internamento. As análises específicas para a avaliação do consumo habitual de frutas e fast-foods (utilizados como proxy para um padrão alimentar saudável e não saudável) foram feitas através do método dos escores. A associação do consumo com o diagnóstico de câncer foi feita com o teste U de Mann-Whitney. Para todas as comparações foi adotado o p≤0,05 para significância estatística e p≤0,10 para constatação de significância marginal. Esta pesquisa foi previamente submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Alagoas (CEP/UFAL), sob Certificado de Apresentação e Apreciação Ética (CAAE), nº 47896321.9.0000.5013. RESULTADOS Foram avaliados 30 pacientes cirúrgicos, dos quais 50% foram oncológicos. Dentre os participantes, 33,3% foram do sexo masculino, 80% eram idosos e a maioria apresentou excesso de peso (96,7%), segundo o índice de massa corporal. De maneira geral, identificou-se maior mediana do consumo de frutas em comparação aos fast-foods (p<0,001), especialmente no grupo de pacientes oncológicos, os quais evidenciaram uma tendência para a maior ingestão destes alimentos (p<0,10). CONCLUSÃO O consumo mediano de frutas foi estatisticamente maior na amostra de pacientes oncológicos e não oncológicos avaliada. Houve ainda uma significância marginal para a ingestão de frutas nos indivíduos diagnosticados com câncer, o que reflete um provável estímulo para a inclusão rotineira destes alimentos no padrão dietético destes pacientes em decorrência do processo neoplásico. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

INTRODUÇÃO Sabe-se que o consumo habitual de alimentos ultraprocessados, especialmente embutidos ricos em gorduras saturadas e sódio, afeta negativamente a saúde e está relacionado com diversas complicações orgânicas, principalmente em pacientes cirúrgicos com patologias crônicas do tipo oncológicas ou no trato gastrointestinal. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi analisar o consumo habitual de embutidos em pacientes no pré-operatório de cirurgias abdominais. MÉTODOS Trata-se de um estudo transversal, realizado na enfermaria de Cirurgia Geral do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA/UFAL) com pacientes candidatos a cirurgias que foram internados durante o período de agosto a outubro de 2021. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos, com idade ≥ 20 anos. A coleta de dados foi realizada através de questionários elaborados especialmente para a pesquisa, incluindo o Questionário de Frequência Alimentar (QFA) que avalia o consumo de salsicha/linguiça e embutidos frios (presunto, salame, mortadela, peito de peru, etc.). Para classificação do EN foi avaliado o índice de massa corporal, categorizado segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Os dados foram processados no programa SPSS e analisados a partir do teste exato de Fisher, onde considerou-se o p≤0,05 para constatação de significância estatística e p≤0,10 para significância marginal. O trabalho foi previamente submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas (CEP/UFAL) e obteve aprovação através do Certificado de Apresentação e Apreciação Ética (CAAE) nº 47896321.9.0000.5013. RESULTADOS Foram avaliados 30 pacientes no pré-operatório de cirurgias abdominais, dos quais houve maior frequência de indivíduos do sexo feminino (n=20; 66,7%) e com excesso de peso (n=29; 96,7%). Metade da amostra (n=15; 50%) foi composta por pacientes oncológicos. Quanto ao consumo habitual, foi evidenciado que 28,6% e 24,1% apresentavam consumo semanal ou diário de salsicha/linguiça e embutidos frios, respectivamente. Houve significância marginal para o maior consumo semanal ou diário de salsicha/linguiça entre pacientes oncológicos (p=0,094) e para o consumo de embutidos frios nos indivíduos com excesso de peso (p=0,071). CONCLUSÃO Em torno de 1/4 da amostra de pacientes cirúrgicos avaliada apresentou uma frequência de consumo importante de salsicha/linguiça e embutidos frios, com maior tendência destes achados entre os indivíduos diagnosticados com câncer e com excesso de peso [ABSTRACT FROM AUTHOR]