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2. DESAFIOS E ÊXITOS NA GESTÃO DE UMA RESERVA NATURAL PRIVADA EM MURICI DOS PORTELAS-PI: RELATO DE EXPERIÊNCIA
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Braulio Fernandes de Carvalho and GUSTAVO NOGUEIRA BARRETO
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- 2023
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3. POTENCIAL BIOTECNOLÓGICO DO USO SUSTENTÁVEL DE AMBURANA CEARENSIS EM RESERVA NATURAL PRIVADA NO MUNICÍPIO DE MURICI DOS PORTELAS – PI
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Braulio Fernandes de Carvalho, DENY BERG DE CARVALHO SOUSA, MARÍLIA SILVA DE MORAIS, and GUSTAVO NOGUEIRA BARRETO
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- 2023
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4. AVISTAMENTO DE MACACOS DA NOITE (AOTUS AZARAE INFULATUS) EM MURICI DOS PORTELAS - PI
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Braulio Fernandes de Carvalho and GUSTAVO NOGUEIRA BARRETO
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Introdução: Os Macacos da Noite (Aotus azarae infulatus), denomidados em inglês Feline Night Monkey ou Owl Monkey, são pequenos primatas da família Aotidae, encontrados na América do Sul, que vivem em pequenos grupos com comportamento arborícola. Alimentam-se principalmente de frutos, mas também podem comer folhas, flores e insetos. As principais ameaças à espécie são a destruição do habitat, a caça e a captura para criação como animais de estimação. Objetivo: atualizar a lista de espécies da fauna e flora presentes em propriedade rural privada em Murici dos Portelas-PI. Material e métodos: Percorreu-se a pé os limites da propriedade conhecida por Reserva Mamangaba, localizada em 3°15’46.96’’S 41°57’04.25’’O, em Murici dos Portelas-PI, onde se pretende estabelecer uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RRPN), quando a regularização documental permitir. O local possui 54 hectares, georreferenciados, com floresta estacional decídua e semidecídua, entre os Rios Parnaíba e Longá. Realizou-se 5 vistorias, por um biólogo e dois guias locais, na segunda quinzena de janeiro de 2022. Fez-se a confirmação das espécies avistadas por buscas na literatura científica e consultas a especialistas. Resultados: Avistou-se um pequeno grupo de Aotus azarae infulatus, com pelo menos 3 indivíduos. Ouviu-se também outros indivíduos, mas sem confirmação visual deles. O avistamento foi realizado às 12:35 (período da tarde), entretanto sem registro fotográfico, devido à rápida natureza do encontro. O pequeno grupo de macacos vinha da propriedade vizinha, de mais de 3.000 hectares, cruzando o aceiro através de galhos. Quanto as espécies vegetais, verificou-se a frutificação de Pau-marfim (Agonandra brasiliensis), Banha-de-galinha (Swartzia sp.), Cunduru (Ephedranthus pisocarpus), Taturapé (Eugenia sp.) e Tucum (Astrocaryum vulgare), mas sem confirmação da frugivoria destas pelos primatas. Conclusão: O avistamento de Aotus azarae infulatus amplia a área conhecida de distribuição desta espécie e soma-se aos registros realizados por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas, em 2016, nas cidades vizinhas de Buriti dos Lopes e Caxingó, ambas no Piauí. Também se faz evidente a necessidade de acelerar o processo de criação da RPPN, para garantir a preservação do habitat desses primatas, que apresentam tanto importância ecológica, na dispersão de sementes, como biomédica, em modelos de pesquisa científica.
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- 2022
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5. As Reservas Particulares do Patrimônio Natural do Estado do Piauí, Brasil
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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- 2022
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6. DESAFIOS À RECUPERAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM LUÍS CORREIA-PI
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Braulio Fernandes de Carvalho, GUSTAVO NOGUEIRA BARRETO, ANA LUIZA FERNANDES DE CARVALHO, and ARTHUR CARVALHO FERNANDES
- Published
- 2022
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7. REGISTRO DE NIDIFICAÇÃO DE SURUCUÁ-DE-BARRIGA-VERMELHA (TROGON CURUCUI) EM MURICI DOS PORTELAS-PI
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Braulio Fernandes de Carvalho and GUSTAVO NOGUEIRA BARRETO
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Introdução: O Piauí é marcado por zonas de tensão ecológica, onde diferentes domínios fitogeográficos se encontram e se manifestam, sob influência das condições bióticas e abióticas, como relevo, solo e umidade. Predominam formações de Cerrado e Caatinga, sob influência pré-Amazônica e litorânea, distribuídas em mosaico. Essa biodiversidade sofre pressão devido a destruição de habitat provocada pelo corte de árvores para obtenção de lenha, caça e avanço da fronteira agropecuária, que se expande rapidamente pelo estado e pelos remanescentes de vegetação nativa. Objetivos: Este trabalho teve por objetivo a busca, identificação e registro de avifauna nidificante em propriedade rural privada florestada em Murici dos Portelas-PI. Materiais e Métodos: Percorreu-se as trilhas e aceiros da Reserva Mamangaba, de 54 hectares, para registrar a avifauna presente e nidificante. Fez-se 4 visitas de campo, cada uma com 4 horas de duração, no período diurno, em janeiro de 2022. Utilizou-se câmera fotográfica digital com zoom óptico de 50x. As fotos das aves foram registradas entre 20 e 10 metros de distância e do ninho a 4 metros, a nível do solo (1,5 m). Resultados e Discussão: Encontrou-se duas espécies nidificando no local, sendo uma delas o Surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui). Fez-se o registro de casal dessa ave, juntos ao ninho em cupinzeiro arborícola. Essa ave é associada a formações florestais de Cerrado e Caatinga. Os resultados demonstram que a reserva preserva parte dos seus serviços ecossistêmicos e condições para a reprodução da espécie e biodiversidade associada. O local está sendo preparado para criação de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural e os dados coletados oferecem suporte a essa decisão. Conclusão: Recomenda-se o prosseguimento no processo de criação de Unidade de Conservação oficial, para garantir a perpetuidade da proteção ao local e a manutenção dos serviços ecossistêmicos, além de preservar o local de reprodução do Trogon curucui. Por fim, novas visitas de campo se fazem necessárias, em diferentes horários e estações, para registrar e identificar outras espécies da flora e da fauna.
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- 2022
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8. DESAFIOS À ARBORIZAÇÃO URBANA COM MUDAS NATIVAS NO BAIRRO FLORIÓPOLIS, PARNAÍBA-PI, BRASIL
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Braulio Fernandes de Carvalho and GUSTAVO NOGUEIRA BARRETO
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Introdução: Parnaíba contém manchas de cerrado, restinga, caatinga e manguezal, onde pouco restou da vegetação original nos locais antropizados e onde se faz necessário esforços de arborização. Objetivos: Plantar e cuidar de espécies nativas e nativas não-regionais nos canteiros centrais e praças de loteamento no bairro Floriópolis, em Parnaíba-PI. Material e Métodos: Plantou-se mudas nativas e nativas não-regionais, obtidas em viveiros ou a partir de sementes compradas online ou coletadas em expedições botânicas, em colaboração com o Movimento Pró-Árvore (Ceará) e Movimento Plantar (Piauí). Buscou-se fazer um plantio heterogêneo, com o maior número de espécies, e respeitando-se as condições ambientais, com o intuito de criar matrizes produtoras de sementes de espécies nativas arbóreas. Cada muda foi tutorada por uma ou mais estacas. Os plantios foram feitos nas estações chuvosas (Novembro a Maio), entre Novembro de 2020 e Maio de 2022, realizando-se poda de guiamento e coroamento do solo sempre que possível. Buscou-se identificar os desafios e realizar medidas de resposta, a cada novo plantio. Resultados e Discussão: Plantou-se 150 espécimes nativos e 19 espécimes nativos não-regionais. Usou-se as seguintes espécies nativas: Agonandra brasiliensis, Amburana cearensis, Annona glabra, Albizia niopoides, Astronium fraxinifolium, Cecropia sp., Cedrela odorata, Ceiba glaziovii, Cenostigma macrophyllum, Cenostigma pyramidale, Cochlospermum vitifolium, Copaifera martii, Copernicia prunifera, Crateva tapia, Dypterix alata, Enterolobium contortisiliquum, Eugenia spp., Ficus sp., Genipa americana, Garcinia gardneriana, Handroanthus impetiginosus, Handroanthus ochraceus, Hymenaea courbaril, Hymenaea sp., Inga spp., Jacaranda sp., Libidibia ferrea, Magonia pubescens, Mauritia flexuosa, Parkia platycephala, Peltogyne confertiflora, Pityrocarpa moniliformis, Randia sp., Sarcomphalus joazeiro, Spondias mombin, Sterculia striata, Swartzia sp., Tabebuia caraiba, Talisia esculenta, Xilopia sp., Ximenia americana e Zanthoxylum rhoifolium. Espécies nativas não-regionais usadas: Handroanthus heptaphyllus, Inga sp., Maytenus sp., Pachira aquatica, Paubrasilia enchinata, Rapanea ferrugínea, Schyzolobium parahyba, Tabebuia roseo-alba e Vismia sp. Desafios encontrados: roubo, pisoteio e herbivoria de mudas, tráfego de veículos sobre canteiros, alagamento, estiagem, ocupação de canteiros por espécies exóticas e competição com gramíneas. Conclusão: Os desafios são muitos, mas podem ser contornados pelo plantio de espécies adequadas ao solo, uso de hidrogel, de fertilizante e cercamento das mudas. Entretanto, essas medidas encarecem os plantios nos projetos de arborização urbana.
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- 2022
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9. IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS E EXÓTICAS USADAS NO BAIRRO FLORIÓPOLIS, PARNAÍBA-PI, BRASIL
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Braulio Fernandes de Carvalho and GUSTAVO NOGUEIRA BARRETO
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Introdução: O município de Parnaíba encontra-se em área de transição de diversos domínios fitogeográficos, notadamente cerrado, caatinga e vegetação litorânea (manguezais e restingas), com alguma influência amazônica. A vegetação nativa das áreas antropizadas foi majoritariamente suprimida ou alterada por espécies exóticas, algumas com elevada capacidade invasiva. Os danos das alterações desses ecossistemas ocorrem em vários serviços ecossistêmicos, incluindo polinização, dispersão de sementes, sombreamento, produção de frutos, retenção hídrica e memória histórica coletiva. Objetivo: Identificar as espécies arbóreas nativas e exóticas utilizadas na arborização urbana em Parnaíba-PI, Brasil. Material e métodos: Fez-se levantamento e identificação de espécies nativas e exóticas preexistentes utilizadas na arborização urbana de loteamento no bairro Floriópolis, Parnaíba-PI, Brasil, em Novembro de 2020. Resultados: Contabilizou-se 30 espécimes nativos e 50 espécimes exóticos preexistentes (plantados por outrem). Espécies nativas: Cajueiro (Anacardium occidentale), Ipê (Bignoniaceae), Janaguba (Himatanthus obovatus), Munguba (Pachira aquática) e Oiti (Licania tomentosa). Espécies exóticas: Abacateiro (Persea americana), Acácia (Acacia sp.), Coqueiro (Cocos nucifera), Falso Pau-brasil (Adenanthera pavonina), Flamboyant (Delonix regia), Jambo (Syzygium jambos), Mangueira (Mangifera indica) e Neen-indiano (Azadirachta indica). Dentre as espécies nativas, o Oitizeiro foi a mais numerosa. Percebeu-se a dispersão de Neen-indiano e de Acácia pelos terrenos desocupados do loteamento, demonstrando o poder invasivo dessas espécies exóticas. Conclusão: Percebe-se que as plantas exóticas são mais utilizadas em detrimento de espécies nativas. Faz-se necessário priorizar o uso de espécies nativas para maximizar os serviços ecossistêmicos e preservar a memória afetiva coletiva existente com espécies botânicas, comuns na cultura popular. Pode-se fazer necessário a remoção das espécies invasivas, caso essas ofereçam riscos a infraestrutura urbana ou à fauna local, como o Neen-indiano.
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- 2022
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10. MANEJO SUSTENTÁVEL PARA PRODUÇÃO DE NATUREZA EM PROPRIEDADE RURAL PARTICULAR EM MURICI DOS PORTELAS-PI, BRASIL
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: A conservação pode ser feita passivamente, pela proteção de unidades de conservação, o que permite à sucessão ecológica recuperar uma área, a seu tempo. Ou pode ser encarada de forma intervencionista, onde a introdução e manejo de elementos bióticos e abióticos visa a aceleração de processos biológicos e aumento da complexidade ecológica, chamado produção de natureza. A ONU declarou 2021-2030 a Década das Nações Unidas sobre Restauração de Ecossistemas, no qual a produção de natureza pode ser essencial, principalmente em locais sem corredores ecológicos, matrizes biológicas ou condições ambientais favoráveis. Objetivos: Analisar as condições bióticas e abióticas de propriedade rural particular e propor plano de produção de natureza em Murici dos Portelas-PI, Brasil. Material e métodos: Fez-se 4 visitas ao local, localização 3°15’46.96’’S 41°57’04.25’’O, onde identificou-se Floresta Estacional Semidecidual de Mata dos Cocais, zona ecotonal de Cerrado, Caatinga e sob influência pré-amazônica. A propriedade possui 52 hectares, dos quais 47 serão destinados a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural e cadastro de Áreas de Soltura de Animais Silvestres, e 5 para uso direto dos recursos naturais. Verificou-se as condições ambientais e consultou-se literatura para planejamento da produção de natureza. Buscou-se elaborar proposta para acelerar a incorporação de matéria orgânica e nutrientes ao solo, o estabelecimento de microbiota, o favorecimento da sucessão ecológica e a criação de abrigo e forrageio para a fauna. Resultados: Flora indicada é Amburana cearensis, Anacardium occidentale, Andira fraxinifolia, Astrocaryum vulgare, Attalea speciosa, Cecropia palmata, Ceiba glaziovii, Cenostigma pyramidale, Cenostigma macrophyllum, Commiphora leptophloeos, Dipteryx lacunifera, Enterolobium contortisiliquum, Inga vera, Ficus pakkensis, Genipa americana, Solanum paniculatum, Tabernaemontana catingae, Spondias tuberosa, Sterculia striata, Syagrus coronata, Syagrus cearensis. Fauna beneficiada: Apidae, Apocrita, Apodiformes, Canidae, Chiroptera, Corvidae, Dasyproctidae, Didelphidae, Falconidae, Isoptera, Lepidoptera, Ophidia, Orthoptera, Pilosa, Procyonidae, Psittacidae, Strigidae. A introdução e cuidado de espécies deve obedecer boas práticas de manejo. Conclusão: Deve-se evitar entrada de animais exóticos, roubo de madeira e caça. Além disso, recomenda-se poda planejada para criação de tocas e a implantação de bebedouros e abrigos artificiais para espécies mais delicadas. O local possui alto potencial para ecoturismo, educação ambiental, pesquisa e conservação da biodiversidade.
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- 2022
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11. POTENCIAL PARA CADASTRO DE ÁREA DE SOLTURA DE ANIMAIS SILVESTRES EM PROPRIEDADE RURAL NO MUNICÍPIO DE MURICI DOS PORTELAS-PI
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: As Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) são propriedades rurais propícias à soltura de animais silvestres obtidos por apreensão, resgate ou entrega voluntária, e são criadas a partir da vontade de proprietários interessados, após verificação e identificação de características ambientais adequadas. Essas áreas podem contribuir com a conservação ambiental e com o ecoturismo e educação ambiental, especialmente para comunidades rurais do seu entorno. Objetivos: Verificar as condições ambientais de propriedade rural particular no município de Murici dos Portelas-PI para criação de ASAS. Material e métodos: Fez análise de imagens públicas de satélite obtidas pelo Google Earth PRO e 3 visitas à propriedade (localização 3°15’46.96’’S, 41°57’04.25’’O), de junho a setembro de 2021, para identificação de fitofisionomia. Resultados: a propriedade possui 52 ha com vegetação nativa de Caatinga e Cerrado arbóreos em quase sua totalidade, em área de chapada, próxima a rios importantes para o estado do Piauí. Entre as ameaças identificadas estão o cercamento incompleto da propriedade, ausência de fonte de água no local e possível atropelamento de fauna em rodovia próxima. Destaca-se o fato de os proprietários terem posse legal do terreno e a intenção de transformar maior parte deste em Reserva Particular do Patrimônio Natural, o que contribuiria para a conservação da fauna e flora existentes no local. Conclusão: A localização da propriedade, próxima a Unidades de Conservação e às Áreas de Preservação Permanente dos rios Longá e Parnaíba, tem potencial para contribuir com a reinserção de animais silvestres e funcionaria como corredor ecológico, auxiliando a conservação da fauna e o fluxo gênico. Recomenda-se contatar o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do IBAMA Teresina-PI, e dar prosseguimento aos trâmites burocráticos para estudo de criação de ASAS na propriedade em questão e considerar realização de atividades de educação ambiental e ecoturismo no local. Envolver a comunidade do entorno deve ser considerado prioritário para auxiliar na fiscalização e conservação, visto que a fauna transita entre propriedades adjacentes.
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- 2021
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12. POTENCIAL ECONÔMICO SUSTENTÁVEL DE CRIAÇÃO DE MAMANGABAS EM PROPRIEDADE PARTICULAR NO MUNICÍPIO DE MURICI DOS PORTELAS-PI
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: Mamangabas ou mamangavas são polinizadores importantes para plantas nativas e culturas agrícolas, como as do maracujá, do feijão-caupi e da acerola. São abelhas grandes, de vida solitária ou em colmeias pouco organizadas. Apesar de protegidas por lei, seus ninhos são comumente destruídos, principalmente devido ao medo de acidentes, já que essas abelhas possuem ferrão grande e reutilizável. Faz-se necessário preservar áreas com vegetação nativa e sem agrotóxicos, para garantir a continuidade das diversas espécies de mamangabas e os seus serviços ecossistêmicos, notadamente a polinização. Objetivos: Identificar espécies de mamangabas com potencial para criação voltada ao comércio e conservação em propriedade rural particular no município de Murici dos Portelas-PI, onde se pretende criar uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Material e métodos: Fez-se análise visual de imagens de satélite da propriedade, obtidas pelo software Google Earth PRO; visitou-se a propriedade 3 vezes, de junho a setembro de 2021; realizou-se estudo bibliográfico para seleção de espécies de mamangabas relatadas no estado do Piauí. Resultados: Identificou-se 3 gêneros com ocorrência no Piauí, sendo estes Bombus sp., Centris sp. e Xylocopa sp.. Conclusão: A criação e comercialização legalizada de mamangabas pode ser uma alternativa econômica sustentável e interessante a ser realizada na propriedade, com benefício aos ambiental estendido para o entorno e para os produtores agrícolas compradores desses polinizadores. A criação de uma RPPN em parte da propriedade poderia agregar valor à atividade e complementar nos esforços de conservação de abelhas nativas, além de propiciar a realização de ecoturismo, pesquisa científica e educação ambiental. É importante salientar que a Lei 14.119/21 permite o pagamento por serviços ambientais, o que forneceria renda extra aos proprietários, mas o Piauí carece de regulamentação específica. Faltam estudos sobre a distribuição das mamangabas, a multiplicação de colmeias e a biologia comportamental, notadamente quanto a interações com espécies invasoras, o que reitera a importância de se criar refúgios para garantir a sobrevivência dessas espécies e preservar seu banco genético e serviços ecossistêmicos.
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- 2021
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13. ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS RECOMENDADAS PARA A CONSERVAÇÃO DE ABELHAS INDÍGENAS EM PROPRIEDADE RURAL NO MUNICÍPIO DE MURICI DOS PORTELAS-PI
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: As abelhas nativas desempenham papel vital na dinâmica dos ecossistemas onde estão presentes, principalmente pelo serviço ambiental de polinização, o que também beneficia a produção de culturas agrícolas. Garantir áreas naturais conservadas livres de agrotóxicos e recuperar áreas degradadas com espécies nativas é essencial para garantir a sobrevivência desses polinizadores. O Piauí é parte da fronteira agrícola conhecida como MATOPIBA, que têm visto suas matas serem rapidamente devastadas, o que evidencia a necessidade de se conservar os remanescentes de vegetação nativa existentes e investir em recuperação ambiental. Objetivos: investigar espécies arbóreas nativas importantes para a viabilidade de populações de abelhas indígenas, com potencial de estabelecimento em propriedade rural em Murici dos Portelas-PI, onde se pretende criar uma Reserva Natural do Patrimônio Natural e desenvolver atividades educação e recuperação ambiental, além de pesquisa e comercialização de mel e colmeias. Material e métodos: fez-se estudo bibliográfico para identificar o domínio botânico presente na propriedade e as espécies botânicas envolvidas no forrageio ou nidificação de meliponíneos e mamangabas. Resultados: A propriedade rural fica em área de chapada, em transição de Cerrado e Caatinga, sob influência Amazônica (região do Meio-Norte). Lista de espécies arbóreas adequadas ao local para favorecimento de abelhas nativas: Angico (Anadenanthera colubrina), Aroeira-do-sertão (Myracrodruon urundeuva), Barriguda (Ceiba glaziovii), Barriguda lisa (Cavanillesia arborea), Baru (Dipteryx alata), Cajazeira (Spondias mombim), Cajueiro (Anacardium occidentale), Caneleiro (Cenostigma macrophyllum), Caraibeira (Tabebuia caraíba), Caroba (Jacaranda sp.), Catingueira (Cenostigma pyramidale, antigamente Caesalpinia pyramidalis), Chichá (Sterculia striata), Faveira (Parkia platycephala), Favela (Cnidoscolus phyllacanthus e Cnidoscolus quercifolius), Imburana de cambão (Commiphora leptophloeos), Ingazeiro (Inga sp.), Jatobá (Hymenaea courbaril), Jenipapeiro (Genipa americana), Jurema Branca (Piptadenia communis), Jurema-de-espinho (Mimosa acutistipula), Oiticica (Lycania rígida), Pau-ferro (Caesalpinia ferrea), Pereiro (Aspidosperma pyrifolium), Sapucaia (Lecythis pisonis), Sete-cascas (Tabebuia spongiosa), Tamboril (Enterolobium contortisiliquum), Tingui (Magonia pubescens), Umbu (Spondias tuberosa), Umburuçu (Pseudobombax sp.). Conclusão: O plantio de espécies nativas de Cerrado e Caatinga pode favorecer a viabilidade das abelhas nativas e beneficiar o restante da fauna associada, além de incrementar o banco genético dessas espécies botânicas, muitas das quais tem valor econômico para construção civil ou produção de lenha, e sofrem com o corte seletivo.
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- 2021
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14. POTENCIAL PARA PROMOÇÃO DE SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DE ECOTURISMO EM PROPRIEDADE RURAL NO MUNICÍPIO DE MURICI DOS PORTELAS-PI
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Braulio Fernandes de Carvalho, Gustavo Nogueira Barreto, and Deny Berg De Carvalho Sousa
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Introdução: O êxodo rural no Brasil se intensificou na década de 80 e atualmente, no Nordeste, 73,12% da população vive em cidades. O crescimento desordenado destas e a supressão de áreas verdes, muitas vezes de forma desordenada e/ou ilegal, está associado a diminuição de saúde e de qualidade de vida, com aumento em casos de depressão e ansiedade, relacionados, em parte, à perda de contato e de senso de pertencimento com a natureza. Objetivos: Avaliar o potencial para promoção de saúde mental em propriedade rural no município de Murici do Portelas-PI. Material e métodos: Fez-se estudo bibliográfico e 4 visitas de campo, de junho a setembro de 2021, localização 3°15’46.96’’S 41°57’04.25’’O, onde se pretende criar Reserva Particular do Patrimônio Natural na maior parte da área. Resultados: A propriedade rural, de 52 hectares, possui vegetação nativa, classificada como Floresta Estacional, de transição entre Cerrado e Caatinga, e sob influência pré-Amazônica e litorânea. O local apresenta potencial para o desenvolvimento das seguintes atividades: passeios guiados, educação ambiental, eventos culturais, observação de fauna e flora, hospedagem, retiros religiosos, retiros intelectuais, bioconstrução, práticas agroflorestais, esportes ao ar livre e trilhas para pedestres e ciclistas. A pandemia do Covid-19 acentuou a importância de espaços verdes para a manutenção de saúde mental, e o local sob estudo tem potencial para promoção de saúde aliada ao desenvolvimento de atividades econômicas rentáveis para os proprietários e para o município, que possui muito baixo IDH e é um dos municípios mais pobres do Piauí. Conclusão: Recomenda-se a criação de centro de visitantes no local, a fim de oferecer conforto, acessibilidade, e rentabilidade com cobrança de entrada e venda de produtos alimentícios locais, além das atividades previamente citadas. A promoção de saúde mental deve ser vista como mais um serviço ecossistêmico essencial produzido pela natureza e que, por isso, deve ser remunerada e estimulada. Assim, faz-se necessário o poder público, estadual ou municipal, reconhecer a importância dos serviços ecossistêmicos prestados e regulamentar a lei Lei 14.119/21, que prevê o pagamento por serviços ambientais.
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- 2021
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15. POTENCIAL ECONÔMICO-SUSTENTÁVEL E PARA CRIAÇÃO DE RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL DE PROPRIEDADE RURAL EM MURICI DOS PORTELAS-PI
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: O norte do Piauí é marcado por transições de Cerrado e Caatinga, sob influência pré-Amazônica, que variam de acordo com as condições geográficas. Nesta região localiza-se Murici dos Portelas, entre Mata dos Cocais e Tabuleiros Litorâneos, o que propicia diversas paisagens com alto potencial ecoturístico, que poderia ser uma importante atividade econômica na região, atualmente com baixo índice de desenvolvimento humano. Objetivo: Avaliar o potencial econômico sustentável em propriedade rural nesse município com intuito de criar uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) em parte da propriedade. Material e métodos: Fez-se estudo de dados oficiais e visitas ao local. Resultados: A propriedade (3°15’46.96’’S 41°57’04.25’’O) possui 52 ha e é recoberta por vegetação nativa, com exceção de 15.600 m2 anteriormente usados como pasto e atualmente em regeneração. A altitude varia de 49 a 62 m. As ameaças identificadas foram: herbivoria por gado invasor, caça, potencial para queimadas durante a estiagem, coleta de madeira, e erosão provocada por rápido escoamento de água pluvial em área descoberta. Propostas: criação de RPPN em parte da propriedade, visando apoio público e legal na proteção à Unidade de Conservação (UC), além de desconto em imposto territorial rural e possibilidade futura de pagamento por serviços ambientais; criação de centro de visitantes; desenvolvimento de atividades de educação ambiental; extrativismo sustentável com criação de produtos alimentícios regionais; articulação com comerciantes e prestadores de serviços dos arredores; cercamento da área; delimitação de trilhas e aceiros após análise florística; pesquisa científica (de biodiversidade e farmacológica); produção madeireira; estabelecimento de viveiro de mudas; criação de abelhas nativas; camping; fornecimento de área para soltura de animais silvestres, associada ao turismo de observação de fauna; orientação ao município para boas práticas na aplicação do ICMS ecológico no caso efetivo de criação de UC. Conclusão: A propriedade possui elevado potencial de preservação aliada ao desenvolvimento econômico, principalmente ecoturismo, beneficiado pelo fácil acesso por rodovias e proximidade a rotas turísticas já estabelecidas, como a Rota das Emoções. Ademais, a área transformada em RPPN viria a somar em áreas protegidas e funcionaria como um corredor ecológico entre as UCs e áreas de preservação próximas.
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- 2021
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16. ESPÉCIES BOTÂNICAS EXÓTICAS PRESENTES EM PARNAÍBA-PI
- Author
-
Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
- Abstract
Introdução: Parnaíba encontra-se no extremo norte piauiense, na Faixa Litorânea e na Zona da Mata, uma área de transição entre Cerrado e Caatinga, sob influência Amazônica e do Oceano Atlântico. O município tem 436.907 km2 e população estimada em 153.863 habitantes. Estão presentes várias fitofisionomias: praias, dunas, restingas, tabuleiros litorâneos, brejos e manguezais, associados a uma rica biodiversidade. Apesar disso, é comum encontrar árvores e palmeiras exóticas na composição urbana, muitas das quais apresentam boas adaptabilidade e alta capacidade de multiplicação, o que as torna potencialmente invasoras. Objetivos: Identificar arbustos, árvores e palmeiras exóticas em Parnaíba-PI. Material e métodos: Visitas de campo em amostras das fitofisionomias presentes, e nas principais avenidas da zona urbana, de março a setembro de 2021, associadas a estudo bibliográfico. Resultados: As espécies identificadas foram Nim (Azadirachta indica), Algaroba (Prosopis juliflora), Tamarindeiro (Tamarindus indica), Mangueira (Magnifera indica), Jamelão (Syzygium cumini), Moringa (Moringa oleifera), Casuarina (Casuarina equisetifolia), Casatanhola (Terminalia catappa), Tamareira (Phoenix dactylifera), Palmeira Imperial (Roystonea oleracea), Leucena (Leucaena leucocephala), Eucalipto (Eucalyptus sp.), Jambo-vermelho (Syzygium malaccensis), Coqueiro (Cocos nucifera), Chichá-fedorento (Sterculia foetida), Baobá (Adansonia digitata), Flamboyant (Delonix regia), Mamona (Ricinus communis), Algodão-de-seda (Calotropis procera) e Jaqueira (Artocapus heterophyllus). Conclusão: A substituição de plantas nativas por exóticas, além de uniformizar as paisagens e provocar alterações ecológicas e culturais, é uma das causas da perda de biodiversidade no mundo. O Nim possui azadiractina em seu pólen, tóxico para as abelhas, o que pode provocar alterações populacionais desses polinizadores e prejudicar a manutenção do ecossistema e produção agrícola. Assim como outras plantas exóticas, o Nim possui frutos atrativos para a fauna, o que faz com que seja disperso rapidamente, tornando-se invasor. Deve-se evitar o uso de plantas exóticas e focar no uso de plantas nativas, prezando pela variedade biológica e genética, para maximizar os serviços ecossistêmicos e a sucessão ecológica, além de criar memória afetiva com a população e um banco urbano de sementes nativas.
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- 2021
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17. ÁRVORES NATIVAS RECOMENDADAS PARA COMPOSIÇÃO URBANA EM PARNAÍBA-PI
- Author
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Braulio Fernandes de Carvalho, Gustavo Nogueira Barreto, and Antônio Sérgio Farias Castro
- Abstract
Introdução: O município de Parnaíba-PI encontra-se em área ecotonal de Caatinga e Cerrado, sob influência pré-Amazônica e litorânea. Possui uma variedade geográfica com diversas fitofisionomias, como dunas, restingas, tabuleiros litorâneos inundáveis ou drenados, praias e manguezais. Apesar da rica biodiversidade, é comum encontrar árvores exóticas em detrimento de espécies nativas. Objetivos: Propor uma lista de palmeiras e árvores nativas adequadas para plantio em Parnaíba-PI. Material e métodos: Consultas à literatura, a bancos de dados eletrônicos (IPNI e REFLORA) e visitas de campo a ecossistemas diversos do Piauí e Ceará. Resultados: Xixá (Sterculia striata), Pau-d’arco-roxo (Handroanthus impetiginosus), Pau-d’arco-amarelo (Handroanthus ochraceus), Caraúba (Tabebuia aurea), Caroba (Jacaranda brasiliana), Tamboril (Enterolobium contortisiliquum), Sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), Barriguda (Ceiba glaziovii), Angico (Anadenanthera colubrina), Fava-d’anta (Dimorphandra gardneriana), Tingui (Magonia pubescens), Cedro (Cedrela odorata), Cagaita (Eugenia dysenterica), Umburana-de-cambão (Commiphora leptophloeos), Umburana-de-cheiro (Amburana cearensis), Cajazeira (Spondias mombin),) Umbuzeiro (Spondias tuberosa), Sapucaia (Lecythis pisonis), Sapucaí (Lecythis lurida), Faveira (Parkia platycephala), Angico-branco (Albizia niopoides), Mororó (Bauhinia subclavata), Catingueira (Cenostigma pyramidale), Pitombeira (Talisia esculenta), Fígado-de-galinha (Martiodendron mediterraneum), Catingueiro (Chamaecrista eitenorum), Sambaíba (Curatella americana), Pau-marfim (Agonandra brasiliensis), Cajueiro (Anacardium occidentale), Oitizeiro (Moquilea tomentosa), Caneleiro (Cenostigma macrophyllum), Jenipapo (Genipa americana), Carnaúba (Copernicia prunifera), Coco-babão (Syagrus cearensis), Garampara (Dipteryx lacunifera), Macaúba (Acrocomia aculeata), Gameleira (Ficus pakkensis), Juazeiro (Sarcomphalus joazeiro), Janaguba (Himatanthus drasticus), Cauaçu (Coccoloba latifolia), Jatobá (Hymenaea courbaril), Miolo-roxo (Peltogyne confertiflora), Pau-d’óleo (Copaifera martii), Buritizeiro (Mauritia flexuosa), Trapiá (Crateva tapia), Torém (Cecropia palmata), Ingazeiro (Inga vera), Mangue-vermelho (Rhizophora mangle), Mangue-preto (Avicennia germinans), Mangue-de-botão (Conocarpus erectus), Tucum (Astrocaryum vulgare), Mangaba (Hancornia speciosa), Gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium), Catanduva (Pityrocarpa moniliformis), Babaçu (Attalea speciosa), Maçaranduba (Manilkara cavalcantei), Jucá (Libidibia ferrea), Tatajuba (Maclura tinctoria), Pereiro (Aspidosperma pyrifolium), Puçá (Mouriri pusa) e Angelim (Andira fraxinifolia). Conclusão: Deve-se priorizar o uso de múltiplas espécies nativas, garantindo diversidade biológica e maximizando os serviços ambientais, como controle erosivo, aprisionamento de carbono, percolação de água pluvial, sombreamento, amortização de marés e produção de alimentos e de abrigos para fauna. Devem-se considerar as especificidades do local de plantio, de modo a incluir espécies adequadas às condições edáficas, e cujas características não interfiram na locomoção de veículos e pedestres, causem danos à rede elétrica ou destruam calçadas.
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18. POTENCIAL PARA TURISMO DE OBSERVAÇÃO DE AVES EM MURICI DOS PORTELAS, PI
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Braulio Fernandes de Carvalho, Gustavo Nogueira Barreto, and Alexandra Gomes do Carmo
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Introdução: O município de Murici dos Portelas situa-se na região norte do Piauí, em região de transição entre cerrado, caatinga, tabuleiros litorâneos e sob influência pré-amazônica (Zona da Mata). Possui remanescentes de vegetação nativa diversificados e bem preservados, apesar do avanço predatório da fronteira agrícola sobre a região, incluída no MATOPIBA. O município possui, atualmente, IDH 0,494, considerado muito baixo, e faz-se necessário desenvolvimento de atividades econômicas que aliem crescimento econômico e desenvolvimento sustentável. Objetivo: Com o objetivo de avaliar o potencial ecoturístico da região, fez-se visitas em campo na região da Coroa de São Remígio, observação de imagens de satélite e levantamento bibliográfico. Material e Métodos: A região encontra-se próxima de roteiros estabelecidas de ecoturismo, como a Rota das Emoções, que interliga o PARNA dos Lençóis Maranhenses, a APA do Delta do Parnaíba e o PARNA de Jericoacoara. Resultados: Dentre as potenciais atividades identificadas, sobressaem-se balneabilidade do Rio Parnaíba e observação da flora e fauna, notadamente observação de aves, ou birdwatching. O ecoturismo pode levar desenvolvimento econômico e sustentável à região e ainda somar-se a atividades de turismo rural e gastronômico, hotelaria, remuneração de guias locais e estabelecimento de roteiros em colaboração com propriedades rurais do município e entorno. A prática de observação ornitológica já é realizada com sucesso em passeios pelo Delta do Parnaíba, como a famosa revoada dos Guarás, que atrai turistas nacionais e internacionais a uma APA com mais de 100 espécies de aves registradas. Além do benefício econômico no curto prazo, a atividade ajudaria a preservar a mata nativa e manter na região corredores ecológicos relevantes entre Unidades de Conservação do norte piauiense, incluindo a APA da Serra da Ibiapaba, a RPPN Fazenda Centro e a APP do rios Parnaíba e Longá. Conclusão: O município possui acesso por rodovias asfaltadas e sinalizadas, além da proximidade com município litorâneo de Parnaíba, que conta com aeroporto internacional. O incentivo à observação de aves exigiria poucos investimentos em infraestrutura e, portanto, poderia ser iniciada em pouco tempo, aliando proteção ambiental e desenvolvimento econômico sustentável.
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19. LEVANTAMENTO PRELIMINAR DE FLORA E FAUNA DA REGIÃO DO BAIXO RIO LONGÁ, PIAUÍ
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: A região do baixo Longá, no seu encontro com o baixo Parnaíba, localiza-se próximo a Unidades de Conservação e contém Áreas de Preservação Permanente que constituem um mosaico de fitofisionomias de Cerrado e Caatinga. Há uma variedade de paisagens que, por sua vez, se relaciona com uma ampla biodiversidade. Conhecer as espécies nativas da fauna e da flora é importante para planejamento urbano, econômico e socioambiental, principalmente em áreas com alto potencial para extrativismo sustentável e ecoturismo. Objetivo: realizar levantamentos iniciais da biodiversidade no baixo Rio Longá para produção de informação voltada ao planejamento de atividades econômicas sustentáveis e de educação e de recuperação ambiental. Materiais e métodos: identificou-se espécies nativas da fauna e flora no sul de Buriti dos Lopes e no norte de Caxingó e Murici dos Portelas, em propriedade rural privada e no entorno de vias públicas, por meio de 5 visitas de campo, entre junho e setembro de 2021. Resultados: a avifauna avistada foi Alma-de-gato (Piaya cayana), Anu-branco (Guira guira), Anu-preto (Crotophaga ani), Ariramba-de-cauda-ruiva (Galbula ruficauda), Beija-flor-vermelho (Chrysolampis mosquitus), Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), Coruja-buraqueira (Athene cunicularia), Garça-branca-pequena (Egretta thula), Gralha-do-campo (Cyanocorax cristatellus), Quero-quero (Vanellus chilensis), Recongo (Psarocolius decumanus), Rolinha-fogo-apagou (Columbina squammata), Tesourinha (Tyrannus savana), Urubu-da-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus), Urubu-preto (Coragyps atratus). Abelhas identificadas: Arapuá (Trigona spinipes) e Mamangaba (Bombus sp.). Flora avistada: Açaizeiro (Euterpe oleracea), Angico-branco (Albizia niopoides), Angico-vermelho (Anadenanthera colubrina), Babaçu (Attalea sp.), Buritizeiro (Mauritia flexuosa), Carnaúba (Copernicia prunifera), Caroba (Jacaranda sp.), Catingueira (Cenostigma pyramidale), Chichá-do-cerrado (Sterculia striata), Copaíba (Copaifera sp.), Embaúba (Cecropia sp.), Espinheira (Fabaceae), Fava D’anta (Dimorphandra mollis), Faveira (Parkia platycephala), Ingazeiro (Inga sp.), Ipê-amarelo (Tabebuia sp.), Janaguba (Himatanthus drasticus) , Jatobá (Hymenaea sp.), Leiteira (Calotropis procera), Lixeira (Curatella americana), Mandacaru (Cereus jamacaru), Munguba (Pachira aquatica), Pata-de-bode (Fabaceae), Pata-de-vaca (Bauhinia sp.), Pau-marfim (Agonandra brasiliensis), Sucupira-preta (Bowdichia virgilioides), Tamboril (Enterolobium contortisiliquum), Tingui (Magonia pubescens), Umburana (Amburana cearenses) e outras 3 espécies de Fabaceae. A distribuição das espécies relacionou-se com as condições edáficas, de umidade e de estágio sucessional. Conclusões: a identificação de biodiversidade aqui apresentada fornece dados iniciais para guiar ações envolvendo o meio ambiente do baixo Longá, como pesquisa, extrativismo, planejamento urbano e ecoturismo.
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20. DESAFIOS À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL EM PROPRIEDADE PRIVADA NO MUNICÍPIO DE MONSENHOR GIL, PIAUÍ
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Gustavo Nogueira Barreto, Alexandra Gomes do Carmo, Deny Berg De Carvalho Sousa, Glauco Souza Gomes, and Braulio Fernandes de Carvalho
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Introdução: Monsenhor Gil encontra-se em área limítrofe de Cerrado e Caatinga, com paisagens interrelacionadas com as condições ambientais, como umidade e solo, onde se observam desde buritizais em baixios com água perene até matas decíduas em topos de morros. Apesar da beleza cênica e da importância ecológica, o município sofre com o avanço do desmatamento sobre sua vegetação nativa. Muitos remanescentes de Cerrado e Caatinga no Brasil encontram-se em propriedade privadas, fora de Unidades de Conservação. Estas poderiam contribuir com a conservação ambiental, mas enfrentam problemas de segurança e gestão. Objetivo: Identificar desafios à conservação ambiental presentes em propriedade privada no município de Monsenhor Gil-PI. Material e Métodos: O trabalho foi feito por análise de imagens de satélite obtidas pelo software Google Earth e 4 visitas à propriedade, localização 5°37'8.04"S e 42°37'23.24"O, de abril a agosto de 2021. Percorreram-se áreas abertas e trilhas já existentes, registraram-se imagens do ambiente, da fauna e da flora, bem como realizaram-se coletas botânicas. Resultados: Identificaram-se as fisionomias de Campo Sujo, Cerrado stricto sensu, Babaçual, Mata Semidecídua, Mata Decídua, Lajedo, Vegetação Rupestre, Mata de Galeria associada a córrego temporário (Riacho Curral de Pedra), e espécimes de madeira comercial. Os principais desafios identificados foram invasão por terceiros, entrada de herbívoros exóticos, herbivoria e pisoteio de plântulas, compactação do solo por veículos e gado, balneário sem controle de visitantes, acúmulo de lixo, poluição do córrego e da laje por sabão derivado da lavagem de roupas, depredação da laje, vestígios de caça, pichações, corte de madeira sem autorização e problemas quanto à delimitação da propriedade. Conclusão: Diante do exposto, propõe-se cercamento e georreferenciamento da propriedade, construção de sede com respectiva contratação de cuidador(a), realização de levantamento florístico e denúncia da retirada ilegal de madeira aos órgãos competentes, para evitar o corte seletivo de espécies madeireiras, potencial fator precipitante de extinção local ou diminuição do banco genético. Também seria benéfico conscientizar a população do entorno da importância de se preservar os remanescentes de Cerrado. Essas medidas poderiam solucionar parte dos desafios enfrentados na propriedade rural e contribuir para a preservação das diferentes fitofisionomias e suas respectivas espécies.
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21. DESAFIOS AO USO SUSTENTÁVEL DA ARIE DA LAGOA DO PORTINHO, NO LITORAL DO PIAUÍ
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: A Lagoa do Portinho é uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) criada pelo decreto estadual 18346 (08/07/2019), no território de Parnaíba e Luís Correia, ambos no litoral piauiense. É uma Unidade de Conservação de uso sustentável, com a finalidade de conservar ecossistemas naturais de restinga, dunas e lagoas. O local contava com complexo de bares, em sua maioria soterrado pelas dunas, e a lagoa ficou seca por anos. Com o retorno das águas, retornaram os turistas e visitantes. Objetivos: Identificar impactos negativos atuais do uso da ARIE da Lagoa do Portinho sobre o ambiente e a flora e a fauna nativas. Material e Métodos: fizeram-se visitas de campo e análise de imagens de satélite (Google Earth Pro), de janeiro a agosto de 2021. Resultados: Observou-se o tráfego de veículos motorizados na área das dunas, bem como a presença de animais herbívoros exóticos, soltos ou sob pastoreio, que dificultam a fixação de vegetação nativa sobre as dunas, área naturalmente hostil a maioria dos vegetais. A fixação prejudicada das dunas favorece o avanço acelerado destas sobre a pista, a lagoa e a vegetação de capoeira, onde se observam exemplares de diversas espécies, tais como: Jatobá-do-cerrado (Hymenaea sp.), Juazeiro (Ziziphus joazeiro), Catingueira (Cenostigma pyramidale), Cajueiro (Anacardium occidentale), Cagaita (Eugenia dysenterica) e Copaíba (Copaifera martii). Ademais o tráfego de veículos motorizados pode oferecer risco aos ninhos de aves que nidificam no chão, como Corujas-buraqueiras (Athene cunicularia) e Quero-queros (Vanellus chilensis), bem como as que se alimentam na margem, a exemplo da Garça-branca-pequena (Egretta thula) prejudicando ainda a prática de observação ornitológica. Conclusão: Para que o uso da ARIE seja sustentável de fato, é necessário planejamento para evitar danos à vida silvestre e a paisagem. Dessa forma, recomenda-se a demarcação de rotas fixas para veículos, como o feito nas dunas de Caucaia-CE. Além disso, deve-se cercar as áreas críticas, para evitar a herbivoria pelo gado, e o favorecimento da sucessão ecológica, resultando na fixação das dunas. Fazem-se necessários planejamento, investimento e fiscalização para manter conservada a ARIE da Lagoa do Portinho e garantir o desenvolvimento turístico a longo prazo.
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22. POTENCIAL DE ESTABELECIMENTO DE PLANTIO PARA EXTRAÇÃO E MANUFATURA DE ÓLEOS VEGETAIS DE ESPÉCIES NATIVAS NO NORTE PIAUIENSE
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: Murici dos Portelas, no estado do Piauí, encontra-se na Mata dos Cocais, área de transição entre Cerrado, Caatinga e Amazônia, bioma rico em espécies vegetais produtoras de óleos, incluindo a maior concentração de palmeiras (Aracaceae) oleaginosas do mundo. O plantio de espécies nativas para a produção de óleos poderia enriquecer interações ecológicas locais, por fornecer alimentos para a fauna, bem como gerar atividades econômicas sustentáveis, associadas a outros serviços e produtos, fornecendo alternativas à destruição de habitats tropicais relacionada ao monocultivo de Palma (Elaeis guineensis). Objetivos: Propor projeto de plantio com espécies botânicas produtoras de óleos, associado a uma cadeia produtiva local, com foco na obtenção de óleos vegetais e desenvolvimento de produtos com valor agregado. Material e métodos: Fez-se estudo bibliográfico para identificar vegetação arbustiva e arbórea com potencial de estabelecimento em propriedade rural, que também serviria como base de cadeia produtiva, no município de Murici dos Portelas-PI. Levou-se em consideração que parte da propriedade rural, localizada em 3°15’46.96’’S, 41°57’04.25’’O) será destinada a criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural, onde somente é permitido ecoturismo, pesquisa científica e educação ambiental, e o restante da área terá uso direto dos recursos naturais. Resultados: As plantas produtoras de óleos com potencial para estabelecimento no local foram Andiroba (Capara sp.), Babaçu (Orbignya martiana), Baru (Dipteryx alata), Carnaúba (Copernicia prunifera), Coco-babão (Syagrus cearensis), Copaíba (Copaifera sp.), Licuri (Syagrus coronata), Macaúba (Acrocomia aculeata), Mamona (Ricinus communis), Oiticica (Licania rigida), Pindoba (Attalea sp.), Sucupira (Bowdichia sp.) e Tucunzeiro (Bactris setosa). Conclusão: São várias as espécies vegetais adequadas ao projeto. Entretanto, a capacidade de produção de cada óleo, propriedades químicas e valor comercial varia de acordo com a espécie e as condições ambientais locais. As aplicações desses óleos incluem produção de cosméticos, alimentos, medicamentos, fitoterápicos, produtos de limpeza, lubrificantes e biocombustíveis. Evidencia-se que muitas dessas espécies não são domesticadas e fazem-se necessárias mais pesquisas para o entendimento da biologia e melhoramento genético dessas culturas.
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23. POTENCIAL ECONÔMICO SUSTENTÁVEL DE CRIAÇÃO DE ABELHAS INDÍGENAS SEM FERRÃO EM MURICI DOS PORTELAS-PI
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Braulio Fernandes de Carvalho and Gustavo Nogueira Barreto
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Introdução: No Brasil existem cerca de 250 espécies de abelhas da tribo Meliponini, muitas das quais estão ameaçadas de extinção, seja pela coleta e destruição de seus ninhos, corte de árvores usadas na nidificação e forrageio e pelo uso de agrotóxicos. Garantir áreas de vegetação nativa protegidas do desmatamento e do uso de agrotóxicos é essencial para garantir a sobrevivência dessas abelhas e os seus serviços ecossistêmicos, como a polinização de plantas nativas e culturas agrícolas. Objetivo: Identificar espécies de abelhas indígenas adequadas para criação em propriedade rural privada, em Murici dos Portelas-PI, onde se pretende criar Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), em parte desta. Material e métodos: Analisou-se imagens da propriedade, de 52 ha, localizada em 3°15’46.96’’S e 41°57’04.25’’, através de dados obtidos pelo software Google Earth PRO; fez-se 3 visitas ao local, de junho a setembro de 2021, para identificação de fitofisionomia; realizou-se estudo de artigos científicos para identificação de espécies de meliponíneos nativos com ocorrência no estado do Piauí. Resultados: A área consiste em vegetação arbórea de médio porte, dos domínios de Cerrado e Caatinga. A pesquisa bibliográfica identificou as seguintes espécies de abelhas sem ferrão descritas para o Piauí: Mombuca-vermelha (Camargoia nordestina), Moça-branca (Friesiomelitta doederleini), Friesiomelitta flavicornis, Frieseomelitta silvestrii, Mombuca (Geotrigona mombuca), Iraxim (Lestrimelitta rufipes), Manduri (Melipona asilvai), Tiúba (Melipona compressipes), Uruçu-boi (Melipona fuliginosa), Tiúba-grande (Melipona fasciculata), Mandaçaia (Melipona mandacaia), Munduri (Melipona marginata), Mandaçaia (Melipona quadrifasciata), Bugia (Melipona rufiventris), Mandaçaia-da-terra (Melipona quinquefasciata), Uruçu (Melipona scutellaris), Jandaíra (Melipona subnitida), Mirim-da-terra (Paratrigona lineata), Cupira (Partamona ailyae), Boca-de-barro (Partamona chapadicola), Jati (Plebeia flavocincta), Imrê-ti (Scaptotrigona polysticta), Mandaguari (Scaptotrigona postica), Tuibá (Scaptotrigona tubiba), Borá (Tetragona clavipes), Arapuá (Trigona spinipes), Xupé (Trigona hyalinata), Feiticeira (Trigona recursa),Trigonisca sp.. Conclusão: Sugere-se criação das espécies listadas na propriedade, levando-se em conta fatores ambientais e biológicos envolvidos na manutenção da viabilidade de cada espécie. Recomenda-se obtenção de matrizes em criadouros autorizados e iniciar criação comercial, com produção de mel e multiplicação de colmeias. A atividade tem potencial econômico sustentável e poderia ser realizada na área não transformada em RPPN, contribuindo para a economia local e conservação de abelhas indígenas.
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