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O artigo evidencia o contexto da censura ocorrida ao jornal Folha do Norte durante a Intervenção Militar no Estado do Pará, no período de 1930-1935. Fundamentado em fontes históricas e documentais, apresentam-se as narrativas das formas de repressão realizadas à Folha do Norte, pelas quais se mostra a relação entre a censura prévia e punitiva. Isso nos possibilitou analisar, por intermédio da interpretação, a relação histórica a partir de notícias nas páginas do periódico. Destacam-se a censura realizada no governo de Magalhães Barata e a liberdade de expressão da imprensa jornalística paraense. Portanto, ao nosso escopo, o jornal revela-se uma rica e importante fonte de informação para compreensão das manifestações ocorridas no estado do Pará nesse período, junto ao redescobrimento e resgate da sua memória., The article emphasizes the context of the censorship of the newspaper Folha do Norte during the Military Intervention in the State of Pará during the period of 1930 to 1935. Based on historical and documentary sources, we present the narratives of the forms of repression carried out in Folha do Norte, through which a relationship between prior and punitive censorship is shown. This allows us to analyze, through interpretation, the historical relationship based on news on the pages of the newspaper. The censorship conducted by the government of Magalhães Barata and the freedom of speech of the journalistic press in Pará are outstanding. Therefore, to our scope, the newspaper ends up being a rich and important source of information for understanding the manifestations that occurred in the State of Pará in that period, as well as the rediscovery and rescue of its memory.

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior O trabalho tem o objetivo de explorar os enunciados e as enunciações elaboradas pelos jornais Folha do Norte e O Liberal sobre os homossexuais em Belém, Pará, de 1901 a 2011 e, assim, perceber as memórias sobre esses sujeitos na cidade. O estudo é pertinente diante do momento atual, em que os mais variados sujeitos sociais buscam se autoafirmar como sujeitos de direitos. Devido ao longo período temporal, definimos na metodologia a coleta dos dados de dez em dez anos, nos meses de fevereiro e/ou março (Carnaval), agosto, setembro e/ou outubro (Festa da Chiquita Bacana e Paradas LGBTs de Belém), sempre observando sete edições da semana do mês dos eventos que, a partir do levantamento bibliográfico, mostraram-se com uma maior possibilidade de emergência a respeito de homossexuais. Para não deixar nenhuma década descoberta, nos anos sem ocorrência de textos sobre homossexuais, observamos o ano seguinte e, quando não havia, passamos ao próximo. Foram 18 anos observados, sete edições de cada evento, que somaram 147 edições. Desse total, coletamos 53 textos com menção explícita ou sugestiva sobre homossexuais, sendo 12 da Folha do Norte e 41 de O Liberal. Para auxiliar na contextualização da sociabilidade e história dos homossexuais em Belém, entrevistamos três homens gays com idades entre 50 e 70 anos, moradores de Belém desde 1960. Discutimos e apresentamos os dados a partir dos seguintes tópicos, que possibilitam a apresentação dos dados levantados e sua análise: a) De moços alegres a travestis; b) Homossexuais, gays e LGBT’s; c) Ênfase na enunciação; d) Homossexualidade e religião; e) Histórias carnavalescas; e f) O filme Giselle. Os dados observados nos tópicos evidenciam que os enunciados do início do século XX até meados da década de 1930 sobre os homossexuais foram constituídos em torno dos sentidos do bestial e do selvagem. Os sentidos de festa, alegria, carnaval estiveram presentes de forma constante ao longo da pesquisa, evidenciando que as memórias sobre a temática estavam ligadas aos enunciados moços alegres, veado e/ou travesti. A travesti foi uma imagem recorrente, utilizada pelos jornais como símbolo da homossexualidade masculina. Uma mudança na forma de enunciar foi percebida no final do século XX e início do XXI, quando os termos homossexual e LGBT emergiram, movimentando os sentidos em direção a ações políticas dos sujeitos. This study aims to explore the enunciations and enunciates about homosexuals in Belém, Pará, published on Folha do Norte and O Liberal newspaper between 1901 and 2011, to understand the memories about these social subjects in the city. We believe that this research is relevant in view of the current moment in which many social subjects seek self-affirmation by the means of rights. Due to the long time span this study covers, we collected data jumping ten to ten years and paying attention to three main events: Carnival, Festa da Chiquita Bacana (a local party) and Belém LGBT Pride Parade. We chose these events based on a bibliographic survey that indicated they were more likely to present enunciations about homosexuals. Thus, we selected issues from February and/or March (Carnival), August and September and/or October (Festa da Chiquita Bacana and LGBT Pride Parade), observing seven issues during the week in which the events took place. When we did not find texts about homosexuals in a particular year, we observed the following year, so as not to let any decade uncovered. Overall, we observed 18 years and 147 issues. From this, we collected 53 texts, 12 from Folha do Norte and 41 from O Liberal, which addressed homosexuals explicitly or implicitly. We also interviewed three male homosexuals between 50 and 70 years old, who live in Belém since 1960, to help us contextualize the sociability and history of homosexuals in Belém. We discussed and presented the data exploring six categories: a) from “moços alegres” (cheerful young man) to transvestites; b) Homosexuals, gays and LGBTS; c) Emphasis on the enunciation; d) Homosexuality and religion; e) Carnival stories; and, f) The movie Giselle. The data indicates that enunciates about homosexuals from early 20th century to mid-1930s were built around the idea of wilderness and bestiality. Meanings related to party, happiness and carnival crossed the time span covered by the research, which is an evidence that the memories about homosexuals were linked to enunciates of moços alegres¸ veado and/or the transvestites. The transvestites were a recurrent image, used by the newspapers as a symbol of male homosexuality. A shift in enunciation was observed in the late 20th century and early of 21st century, when the terms homosexual and LGBT emerged, moving the meanings toward the political actions of the subjects. UFRR - Universidade Federal de Roraima

117f. Submitted by Suelen Reis (suelen_suzane@hotmail.com) on 2013-02-22T15:22:32Z No. of bitstreams: 1 dissertacao_alexandrapereira.pdf: 694270 bytes, checksum: 7e2b8f5519f5edceb064f208e07ed319 (MD5) Approved for entry into archive by Fatima Cleômenis Botelho Maria (botelho@ufba.br) on 2013-02-28T17:22:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 dissertacao_alexandrapereira.pdf: 694270 bytes, checksum: 7e2b8f5519f5edceb064f208e07ed319 (MD5) Made available in DSpace on 2013-02-28T17:22:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 dissertacao_alexandrapereira.pdf: 694270 bytes, checksum: 7e2b8f5519f5edceb064f208e07ed319 (MD5) Previous issue date: 2009 O trabalho que tem como título Aloisio Resende: um poeta revoltado contra o destino (1900- 1941) analisa a vida de Resende, um homem “de cor”, poeta, revisor, boêmio e posteriormente redator do jornal Folha do Norte. No primeiro capítulo, apresentamos uma discussão sobre as Teorias Raciais a fim de situar o leitor sobre conceitos que serão continuamente utilizados no desenvolvimento do trabalho como: negro, “pessoas de cor”, “novo cidadão”, “vadio” e “costume”. No segundo capítulo, discutimos desde o nascimento ao ápice da ascensão social de Resende em Feira de Santana, constando a reflexão sobre “os espaços do cotidiano do poeta nos subúrbios e nos locais de prestígio”. Falamos sobre “os Aloisios” que convivem juntos, ao apresentar as características de mudanças de nome, de poeta e adepto ao candomblé. No último capítulo, discutimos a atuação política de Resende em sociedade, a sua defesa “pelos pobres” paralelamente à relação de cor e pobreza anunciadas nos inquéritos policiais e a sua morte. Buscaremos também problematizar, a partir das fontes jornalísticas e de memórias, a inexistência da informação sobre a “cor” de Resende nestas fontes, embora uma fotografia presente no Folha do Norte evidencie suas origens africanas. Salvador