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Os mixomas odontogênicos são neoplasias benignas, localmente agressivas, de crescimento lento, que provavelmente derivam do ectomesênquima odontogênico, caracterizadas por invasão local e tendência a recidiva. Vários tratamentos são propostos, variando de enucleação conservadora a ressecção radical, de acordo com as características da lesão. O presente artigo apresenta o relato de caso de uma paciente do sexo feminino, 23 anos de idade, diagnosticada com mixoma odontogênico no corpo mandibular esquerdo. Clinicamente, não se observou expansão cortical digna de nota, apenas discreto apinhamento dentário com mucosa normocorada. O exame radiológico evidenciou lesão hipodensa, multilocular, de aproximadamente 3,5 cm, com aspecto de “bolhas de sabão”, que se estendia por todo o corpo mandibular esquerdo. Foi realizada ressecção cirúrgica da lesão, com margem de segurança de 1,5 cm, e fixação com placa de reconstrução do sistema 2.7. A ressecção ocorreu satisfatoriamente, obedecendo a margem de segurança preconizada, com os cotos macroscopicamente livres de lesão. O paciente evoluiu bem, com funções fisiológicas e motoras preservadas e, no acompanhamento pós-operatório de seis anos, não foi observada recidiva da lesão. Pode-se concluir que é imprescindível que a escolha do tratamento de mixoma odontogênico, utilizando abordagem radical ou conservadora, leve em consideração critérios individuais clínicos e radiológicos de cada caso, para que haja maior efetividade no tratamento, com segurança ao paciente.

Os ameloblastomas são tumores benignos de origem odontogênica com um alto poder destrutivo e que frequentemente acometem região de mandíbula. Após a suspeita, alguns exames são realizados para que se obtenha o diagnóstico, como exames imagenológicos, histopatológicos e imunoistoquímicos. A punção aspirativa, ordinariamente utilizada como manobra semiotécnica para a caracterização da natureza da lesão (cística ou sólida), pode ter importância na elucidação diagnóstica destes casos em um exame citopatológico. Este trabalho relata o caso clínico de um paciente do sexo masculino de 28 anos com queixa de um “cisto” com aumento de volume e evolução de oito meses em região anterior direita da mandíbula. Para o diagnóstico, foi realizada uma punção aspirativa na região do tumor, primariamente, e uma biópsia incisional sequencialmente, os materiais coletados foram encaminhados para exames citopatológico e histopatológico, respectivamente. O laudo do primeiro exame foi sugestivo de ameloblastoma, no qual pode ser confirmado no exame histopatológico. O tratamento foi a remoção do tumor com margem de segurança. O relato mostra a importância do exame citopatológico como ferramenta de elucidação diagnóstica de lesões expansivas nos ossos maxilares. A punção aspirativa para a coleta do material para este fim, é uma técnica simples, rápida e barata. Quando bem executada, seu resultado é satisfatório e pode ter grande valor diagnóstico.

O Fibroma Ossificante Juvenil (FOJ) são lesões fibro-ósseas dos maxilares benignas de origem mesenquimal. Apresenta comportamento clínico mais agressivo e, comumente, acomete crianças e jovens na faixa etária de 5 à 15 anos e é mais comum em maxila. As lesões necessitam de remoção cirúrgica como forma de tratamento. Histologicamente, essa lesão caracteriza-se por estroma fibroso densamente celularizado, exibindo depósitos de osteoide desprovido de margem osteoblástica, associados a trabéculas de osso imaturo mais típicas, no caso de FOJT, e ocasionais estruturas psamomatoides, evidenciadas em FOJP. Este artigo apresenta o tratamento cirúrgico de dois casos, de Fibroma Ossificante Juvenil sendo um Fibroma Ossificante Juvenil Trabecular e outro Fibroma Ossificante Juvenil Psamomatoide. Em um dos casos houve a necessidade de reconstrução com placa de titânio para devolver estética e função ao paciente.

Background Deciding whether or not to extract third molars remains a controversial situation in dental practice. Image exams support this decision by enabling a close view of the third molar, its adjacent bone and its relationship with the second molar. This study aimed to assess and compare second molar bone loss adjacent to impacted mandibular third molar in panoramic radiographs (PAN) and cone beam computed tomography (CBCT) scans. Material and Methods A sample of 70 patients was selected (n=124 teeth). Each patient had a set of a panoramic radiograph and CBCT scans consecutively taken for dental treatment purposes. In PAN and CBCT, mandibular third molars were classified based on their position and bone loss of the adjacent second molar. Agreement between PAN and CBCT scans was assessed and quantified. Results Outcomes of bone loss assessment were different between PAN and CBCT scans (p