Search

As culturas de inverno apresentam um alto potencial para a produção de forragens, as quais respondem a diferentes estratégias de cortes, surgindo a necessidade de desenvolvimento de pesquisas para determinar o melhor o número de cortes aliados a uma boa produção. O sistema de consórcios de gramíneas ainda é pouco estudado. Este trabalho teve como objetivo avaliar as características produtivas e bromatológicas de forrageiras hibernais submetidas a seis cortes sucessivos. Foram utilizados diferentes forrageias hibernais cultivadas em consórcio ou solteira, conforme designação dos tratamentos: TamPic: 90% de aveia branca GMX Tambo + 10% de aveia preta GMX Picasso; InvPicGau: 90% de aveia branca GMX Invernia + 5% de aveia preta GMX Picasso + 5% de aveia branca UPF Gaudéria; TamGau: 30% de aveia branca GMX Tambo + 70% de aveia branca UPF Gaudéria e Pic: 100% de aveia preta GMX Picasso. No quinto corte, o consórcio de aveias permitiu maior participação de folhas e menor participação de colmos na composição morfológica da planta em relação à aveia preta cultivada solteira (Pic). Os teores de fibra em detergente neutro e de fibra em detergente ácido foram menores para o cultivo das aveias em consórcio, que variaram de (48,09% a 51,40% e 32,29% a 34,39% respectivamente) frente ao cultivo solteiro (54,84% e 38,32% respectivamente). A degradação ruminal das forragens consorciadas foi superior ao cultivo solteiro. Em relação aos cortes, o sexto corte apresentou os piores resultados para os teores de fibra e degradação ruminal. Recomenda-se o consórcio das aveias avaliadas, visto que apresentaram características morfológicas e químicas satisfatórias, e até o quinto corte melhor composição química e maior degradação ruminal da forragem, o que mostra potencial do ponto de vista nutricional.

A qualidade da confecção da silagem envolve diversas etapas, a qual exige a utilização de matérias específicos que evitem ao máximo o contato do material ensilado com o ambiente externo, visto que a retirada do oxigênio e o isolamento do material ensilado são fatores diretamente relacionados com a integridade do processo. O trabalho de pesquisa foi realizado no Núcleo de produção animal (NUPRAN) da Universidade estadual do centro-oeste (UNICENTRO), em Guarapuava, PR, Brasil, objetivando avaliar o efeito de vedação em silos de silagem de milho sobre perdas e valor nutricional da forragem, assim como sobre o desempenho, consumo de matéria seca, digestibilidade aparente e comportamento ingestivo de novilhos terminados em confinamento. As dietas foram constituídas por 35% de silagem de milho e 65% de concentrado, na base seca. O período de confinamento foi de 112 dias, sendo 28 dias de adaptação e 84 dias avaliativos divididos em 3 períodos de 28 dias cada. Foram utilizados 36 novilhos ½ Angus Nelore, machos inteiros, com peso médio inicial de 401 kg e idade média de 12 meses. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, constituído de três tratamentos com seis repetições, onde cada baia com dois animais representou uma unidade experimental: T1 - PEBD90 (Lona dupla face de 3 camadas de polietileno de baixa densidade, com espessura de 90 µm); T2 - PEBD200 (Lona dupla face de 3 camadas de polietileno de baixa densidade, com espessura de 200 µm); e T3 - PEBD/PEAD (Lona em cor prata com 1 camada de polietileno de baixa densidade com polietileno de alta densidade em laminação cruzada em “x” entre os polímeros, com espessura de 150 µm). O uso do PEBD200 na vedação de silos de silagem milho promoveu redução de perdas, maior estabilidade aeróbia e aumentou a digestibilidade ruminal da MS em relação aos demais tipos de polietileno. Novilhos terminados em confinamento, com a alimentação de silagem de milho de silos trincheiras vedados com PEBD200 apresentaram maior ganho de peso médio diário (1,509 kg dia-1), digestibilidade aparente da matéria seca (63,39 %) e melhor eficiência de transformação da MS ingerida em carcaça (10,79 DMI DCG-1) comparativamente às vedações PEBD/PEAD e PEBD90. A vedação com PEBD200 é o mais indicado na conservação de silagem de milho, devido sua capacidade de proporcionar maior estabilidade aeróbia da massa ensilada, reduzir perdas durante o armazenamento, aumentar degradação ruminal da MS e melhorar o desempenho de novilhos terminados em confinamento.

Objetivou-se avaliar o desempenho produtivo, digestibilidade aparente da dieta e comportamento ingestivo de bovinos de corte terminados em confinamento sob efeito da inclusão de cultura de leveduras ou de complexo enzimático. Os tratamentos foram assim constituídos: dieta sem aditivos (controle); dieta com complexo enzimático (7 g animal dia-1); dieta com cultura de levedura (7g animal dia-1) e dieta com a associação de complexo enzimático (7 g animal dia-1) e cultura de levedura (7g animal dia-1). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com cinco repetições. Utilizou-se 40 novilhos inteiros, ½ sangue Angus ½ sangue Nelore, com peso vivo médio inicial de 362 kg ± 6kg. Independente do período de avaliação, a não suplementação fez com que os animais ganhassem menos peso (0 a 21 dias: 1,267 kg dia-1; 0 a 42 dias: 1,377 kg dia-1; 0 a 63 dias: 1,368 kg dia-1) em relação aos animais suplementados, a conversão alimentar para os animais não suplementados também foi pior. A digestibilidade aparente do amido apresentou maiores médias quando os novilhos foram suplementados com cultura de levedura isolada e com cultura de levedura associada com complexo enzimático (97,30% e 97,07% respectivamente). A suplementação na forma de associação da cultura de leveduras ao complexo enzimático não apresentou efeitos adicionais sobre o ganho de peso, mas possui as menores médias para conversão alimentar. Palavras-chave: aditivos; conversão alimentar; digestibilidade aparente da dieta; ganho de peso.

Objetivou-se avaliar o desempenho produtivo, o comportamento ingestivo, a digestibilidade aparente da dieta e as características de carcaça de novilhos de corte terminados em confinamento sob efeito da inclusão de taninos e óleos essenciais (TAN+OE) de forma isolada ou associada a monensina sódica (MO) na ração. Para tal utilizou-se 30 novilhos, ½ sangue Angus, provenientes de mesmo rebanho, com idade média de 12 meses e peso vivo médio inicial de 367,8 kg. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados, constituído de três tratamentos sendo: MO - dieta com monensina sódica (25 mg kg MS-1); TAN+OE - dieta com taninos e óleos essenciais (1,5 g kg MS-1); e MO+TAN+OE - dieta com monensina sódica + taninos e óleos essenciais (25 mg kg MS-1 + 1,5 g kg MS-1), com cinco repetições, onde cada repetição foi representada por uma baia com dois animais. As dietas foram formuladas e constituídas por uma mistura de 40% de silagem de milho e 60% de concentrado, a qual foi fornecida aos animais duas vezes ao dia, às 06h00 e às 17h30 horas. Não ocorreu diferença (P>0,05) no ganho de peso médio diário dos animais entre os tratamentos, apresentando média de 1,392 kg dia-1. O rendimento de carcaça foi superior para os animais que receberam composto de óleos essenciais e taninos (55,72%), em relação aos animais que receberam a associação de taninos, óleos essências e monensina (54,54%) no entanto não diferiram dos suplementados com monensina sódica isolada (55,58%). A suplementação com óleos essenciais e taninos melhorou a digestibilidade aparente da dieta, entretanto, não promoveu alterações no comportamento ingestivo e nas características de carcaça de novilhos. A associação de óleos essenciais e taninos à monensina sódica não apresentou efeito potencializado no desempenho animal, digestibilidade da MS, comportamento digestivo e ingestivo e características de carcaça de novilhos terminados em confinamento frente ao uso de óleos essenciais com taninos.

O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de sistemas de cortes sucessivos, com ou sem uso de fungicida foliar, sobre as características morfométricas, o rendimento e o valor nutricional da forragem de centeio colhida em estágio de grão farináceo, visando a confecção de silagem. O controle preventivo de doenças foliares foi feito com o fungicida OrkestraTM SC®, em aplicação única, em estágio inicial de florescimento, para ambos sistemas de corte. A sucessão de cortes teve o primeiro em estágio de pleno vegetativo e o segundo em estágio de grão farináceo. O sistema com dois cortes gerou maior rendimento acumulado em comparação ao sistema de corte único (40.680 e 9.029 kg ha-1 de biomassa fresca e seca com dois cortes, contra 8.816 e 5.375 kg ha-1 de biomassa fresca e seca). O uso de fungicida promoveu redução nos teores de fibra em detergente neutro em ambos os sistemas, com valores de 753,9 contra 790,6 g kg-1 para o sistema de um corte e 734,4 contra 773,3 g kg-1 para o sistema de dois cortes, com e sem fungicida respectivamente. Para teores de lignina, apenas no sistema de dois cortes o uso de fungicida promoveu redução de valores (97,2 contra 110,3 g kg-1). O manejo do centeio com um corte no estágio vegetativo eleva o rendimento de biomassa seca acumulada sem prejudicar o rendimento para colheita em grão farináceo, e tampouco promove mudanças drásticas no valor nutricional da planta. Mesmo em condições adversas, o uso de fungicida interfere positivamente nos componentes da parede celular da planta.