Several studies have shown the incapacity of regular schools to develop pedagogical actions towards deaf people, presenting absence of educational interpreters, inability in sign language, lack of interaction with deaf students, indifference and devaluation of the Brazilian Sign Language (Libras), absence of teacher training and of a curriculum for difference, among others. Given this situation, I carried out a qualitative research in regular schools in the city of João Pessoa-PB/Brazil, in which deaf educators worked in two areas: in the Specialized Educational Service (SES) and in regular classroom. Anchored in Deaf Studies, in conjunction with Cultural Studies of Education, I aimed to identify and problematize the forms of incorporation of deaf pedagogical work in regular school, considering deaf and listener educators in narratives. For this, semi-structured interviews were conducted with 30 (thirty) subjects who worked in seven primary schools. The subjects’ narratives pointed out that: the SES has been conceived as a support to the pedagogical work of listeners educators in regular classrooms and as a complement for students people, because it offers specific assistance to pedagogical practices developed in regular classrooms; and listeners educators in the regular classrooms have presented a dependency towards deaf educators who worked in the SES, justified mainly by the lack of training to work with deaf students. The research also exposed the conditions in which municipal schools included deaf educators to act as interpreters. Among them are: deaf educators did not have training in translationinterpretation, their wages were inadequate for higher education graduates; and, mainly, there were questionable means of linguistic use, considering that the translation and interpretation should be performed from oral language to sign language and vice versa (intermodal translation), highlighting the biological factor as a matter of deficiency. This arbitrary imposition to act as interpreters distorted the real nature of deaf pedagogical work, considering that it was based on listeners methodologies, not only violating the deaf autonomy and subjectivity, but also incorporating functions alien to teaching. The responsibilities that should be, officially, of listeners educators in regular classrooms were delegated to deaf educators, due to the absence of pedagogical, didactic, linguistic and cultural tools to work with deaf children, exposing the school’s curricular fragility to deal with differences, especially those of deaf students. The research, therefore, confirms the thesis that regular school, by presenting curricular, linguistic and pedagogical shortcomings with regard to the difference of deaf students, has incorporated deaf pedagogical work as a compensatory mechanism. RESUMÉN Varias investigaciones han demostrado la falta de preparación de las escuelas regulares para desarrollar acciones pedagógicas dirigidas a las personas sordas, presentando ausencia de intérpretes educativos, incapacidad en el lenguaje de signos, falta de interacción con estudiantes sordos y alumnos sordos, indiferencia y devaluación de la Lengua de Signos Brasileña (Libras), falta de capacitación de los maestros y de un plan de estudios para las diferencias, entre otros. En vista de esta situación, desarrollé una investigación cualitativa en las escuelas regulares de la ciudad de João Pessoa-PB/Brasil, que incluía a educadoras sordas y a educadores sordos para trabajar en dos áreas: Asistencia Educativa Especializada (AEE) y el aula regular. Apoyado en el ámbito teórico de los Estudios Sordos, en articulación con el campo de los Estudios Culturales de Educacion, me planteé como objetivo principal identificar y problematizar las formas de incorporar el trabajo pedagógico sordo en la escuela regular, a partir de los relatos de las educadoras sordas, de los educadores sordos y de los oyentes. Para ello se realizaron entrevistas semiestructuradas a 30 (treinta) sujetos que trabajaban en siete escuelas de educación primaria. Las narraciones de los sujetos señalaban que: AEE ha sido concebido como un apoyo a la labor pedagógica de los educadores sordos y oyentes de aula ordinaria y un complemento para las personas sordas, porque ofrece una ayuda diferenciada de las prácticas pedagógicas desarrolladas en las aulas ordinarias; y las oyentes de aula ordinaria y los oyentes de aula ordinaria han presentado una dependencia de los educadores sordos y de los educadores sordos que trabajaban en la AEE, justificada principalmente por la falta de formación para trabajar con alumnos y estudiantes sordos. La investigación también puso de manifiesto las condiciones en que las escuelas de João Pessoa han insertado a educadoras sordas y a educadores sordos para que actúen como intérpretes. Entre ellos: las educadoras sordas y los educadores sordos no tenían formación en traduccióninterpretación, sus salarios eran inadecuados, ya que incluso algunos y algunas personas con educación superior recibían un salario de nivel medio; y, sobre todo, medios cuestionables del uso linguístico, considerando que la traducción e interpretación debe realizarse de la lengua oral a la de signos y viceversa (traducción intermodal), destacando el factor biológico como una cuestión de discapacidad. Esta imposición arbitraria de actuar como intérprete distorsionó la naturaleza real de la labor pedagógica de los sordos, ya que se basaba en metodologías oyentistas, violando la autonomía y la subjetividad de los sordos, además de incorporarla con funciones distantes de la enseñanza. A pesar de asumir esta función, las responsabilidades que deberían ser oficialmente de los oyentes habituales de las clases se delegaron en las educadoras sordas y los educadores sordos, debido a la ausencia de herramientas pedagógicas, didácticas, lingüísticas y culturales para trabajar con niños sordos, despojando a la escuela de su fragilidad curricular para hacer frente a las diferencias, especialmente las de las estudiantes surdas y los estudiantes sordos. La investigación, por lo tanto, ratifica la tesis de que la escuela regular, por presentar fragilidades en términos de currículo, lenguaje y pedagogía en cuanto a la diferencia de alumnas sordas y alumnos sordos, ha incorporado la labor pedagógica de los sordos como mecanismo compensatorio. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Várias pesquisas têm demonstrado o despreparo das escolas regulares em desenvolver ações pedagógicas voltadas para pessoas surdas, apresentando ausência de intérpretes educacionais, inabilidade em língua de sinais, falta de interação com as alunas surdas e os alunos surdos, indiferença e desvalorização da Língua Brasileira de Sinais (Libras), ausência de formação docente e de um currículo para as diferenças, entre outras. Diante desse quadro, desenvolvi uma pesquisa qualitativa em escolas regulares da cidade de João Pessoa-PB, que inseriram educadoras surdas e educadores surdos para atuarem em dois âmbitos: no Atendimento Educacional Especializado (AEE) e na sala de aula regular. Ancorado no escopo teórico dos Estudos Surdos, em articulação com o campo dos Estudos Culturais da Educação, tracei como principal objetivo identificar e problematizar as formas de incorporação do trabalho pedagógico surdo na escola regular, a partir de narrativas de educadoras surdas, educadores surdos e ouvintes. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 30 (trinta) sujeitos que atuavam em sete escolas de Ensino Fundamental. As narrativas dos sujeitos apontaram que: o AEE tem sido concebido como um suporte ao trabalho pedagógico de educadoras e educadores ouvintes em sala de aula regular e um complemento para as pessoas surdas, porque oferece uma assistência diferenciada das práticas pedagógicas desenvolvidas nas salas de aula regulares; e as educadoras e os educadores ouvintes regentes em sala de aula regular têm apresentado uma dependência em relação às educadoras surdas e aos educadores surdos que atuavam no AEE, justificada principalmente pela ausência de formação para trabalhar com as alunas surdas e os alunos surdos. A pesquisa expôs também as condições em que as escolas pessoenses inseriram as educadoras surdas e os educadores surdos para atuarem como intérpretes. Entre elas: as educadoras surdas e os educadores surdos não possuíam formação na área de tradução-interpretação, seus salários eram inadequados, uma vez que, mesmo alguns e algumas tendo formação em nível superior, recebiam salário de nível médio; e, principalmente, meios questionáveis de uso linguístico, considerando que a tradução e interpretação deveria ser realizada da língua oral para a língua de sinais e viceversa (tradução intermodal), evidenciando o fator biológico, como uma questão de deficiência. Essa imposição arbitrária de atuar como intérprete distorcia a real natureza do trabalho pedagógico surdo, visto que se baseava em metodologias ouvintistas, violando a autonomia e a subjetividade surdas, além de incorporá-lo com funções distantes da docência. Apesar de assumirem essa função, as responsabilidades que deveriam ser, oficialmente, das educadoras ouvintes regentes em sala de aula regular eram delegadas às educadoras surdas e aos educadores surdos, pela ausência de ferramentas pedagógicas, didáticas, linguísticas e culturais para trabalhar com as crianças surdas, desnudando a fragilidade curricular da escola para lidar com as diferenças, sobretudo as de alunas surdas e de alunos surdos. A pesquisa, portanto, ratifica a tese de que a escola regular, por apresentar fragilidades em termos curriculares, linguísticos e pedagógicos no que concerne à diferença de alunas surdas e alunos surdos, tem incorporado o trabalho pedagógico surdo como mecanismo compensatório.