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O presente estudo tem como objetivo refletir sobre as relações estabelecidas entre Educação Física escolar e a educação em direitos humanos, buscando expor suas implicações, desafios e tensões. Para o desenvolvimento do trabalho adotou-se a revisão crítica da literatura do tipo opinativa, caracterizada pela análise e síntese das informações provenientes de diversos estudos publicados sobre um tema específico. Observou-se, que há um crescimento expressivo em número e sistematização de políticas educacionais e práticas pedagógicas que tratam com responsabilidade a educação em direitos humanos. Ainda assim, tais iniciativas se mostram insuficientes, gerando, em muitos momentos, um ambiente de ausência e invisibilidade nos processos educativos capazes de formar sujeitos de direito. A Educação Física, enquanto componente curricular, não pode ficar alheia a este processo. Pelo contrário, deve assumir o compromisso de pensar as práticas corporais em seu sentido político-cultural mais amplo, não circunscrito a uma visão homogênea da cultura corporal dominante, representando um espaço garantidor de direitos: à educação de qualidade, à igualdade, ao respeito, à diferença.

As experiências de transvestigêneres desafiam a produção e reprodução de práticas e discursos provenientes no sistema escolar. De modo que suas experiências costumam ser lançadas à ermo, olhamos a solidão como dimensão que se funde às violências como o bullying transfóbico, apresentado neste artigo. Assim, o objetivo é refletir sobre os processos de solidões no ambiente escolar que atravessam as vidas de alunas/os transvestigêneres, sendo potencializados pelo bullying transfóbico, enquanto modalidade de violência direcionada a essa população. Metodologicamente, a pesquisa possui uma abordagem qualitativa em Denzin e Lincoln (2006); Godoy (2005) e bibliográfica em Severino (2007); e Gil (2002) sob uma perspectiva crítica dos estudos de gênero em educação. Esperamos que esse estudo possibilite um olhar acentuado aos percalços na escolarização de transvestigêneres, tendo a solidão como uma dimensão presente nessas experiências, construindo redes de acolhimento e humanização.

Este estudo analisa os usos da literatura infantil (LI) durante os processos de alfabetização de crianças camponesas, destacando as contribuições da educação literária para a formação de leitores. Desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa de campo, em que se utilizou as entrevistas semiestruturadas como dispositivos de produção de dados. As interlocutoras foram cinco professoras alfabetizadoras, que atuam em duas escolas rurais da rede municipal de educação de Novo Santo Antônio (PI), cidade localizada a 116 km de Teresina, capital do estado do Piauí. Os resultados apontam que as professoras utilizam a LI, a priori, como estratégia metodológica para o ensino da leitura e da escrita, privilegiando a função pedagógica em detrimento do que é proposto pela educação literária, a saber: as propriedades singulares da criação artística. Conclui-se que é necessário desenvolver ações de formação continuada para que as professoras concebam a alfabetização como processo de compreensão do sistema alfabético de escrita, e o letramento como uso desse sistema em práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita, garantindo que a LI seja trabalhada a partir da perspectiva da educação literária.

Este artigo se propõe a discutir a educação escolar e a formação de professores indígenas a partir de fragmentos de trajetórias de vida e de experiências contemporâneas no ensino superior. Está estruturado na análise de distintos tempos históricos e principia historicizando os caminhos sinuosos da escola entre os povos indígenas, considerando que distintas gerações de Galibi-Marworno, Palikur Arukwaynene e Wajãpi na Amazônia setentrional brasileira foram marcadas pelo medo ou pelas ressignificações que a educação escolar impôs. A metodologia utilizada levou em consideração nossa experiência pedagógica na formação de professores indígenas e, nesse sentido, realizou uma análise de conteúdo baseada na seleção de documentos históricos relacionados ao indigenismo, os quais dialogam em essência com alguns trabalhos de conclusão de curso defendidos por professores indígenas. A problematização do artigo indica que a escola do tempo do Serviço de Proteção aos Índios não é a mesma que hoje afirma-se nas sociedades indígenas, via de regra, abandonou-se a perspectiva integracionista e civilizadora para se construir os pressupostos de uma outra escola indígena, que se apresenta nos tempos hodiernos “sem asa de passarinho quebrada”. Conforme é possível verificar na discussão central deste artigo, as Licenciaturas Interculturais Indígenas têm papel significativo ao contribuir para a promoção de uma mudança na concepção da educação escolar e no papel do professor indígena, uma vez que o ensino superior possibilita a tessitura de difusas redes de saberes no contexto de formação de professores-pesquisadores, contribuindo para a afirmação de conhecimentos originários historicamente subjugados.

O presente relato origina-se da ação intergeracional intitulada Envelhecimento na sociedade e nos esportes, desenvolvida e aplicada em uma escola da rede pública de ensino do município de Curitiba, no ano de 2022. A intervenção objetivou a ampliação das perspectivas das crianças em relação ao envelhecimento, bem como o contato intergeracional entre crianças, adultos e pessoas idosas. O principal desafio encontrado estava relacionado ao tempo para desenvolvimento das atividades planejadas. Como potencialidades, destacam-se a relação escola-universidade como espaço de docência e ensino-aprendizagem, o envolvimento das crianças, (re)pensar estereótipos, a troca entre gerações e a representatividade, de modo que a possibilidade de estabelecer e promover vínculos intergeracionais foi semeada pela extensão universitária em conjunto com o ensino básico brasileiro. A proposta da intervenção configurou-se na possibilidade da quebra de paradigmas e estereótipos entre as diferentes gerações, assim como a ação intergeracional na escola provou ser uma excelente e potente ação de ensino-aprendizado gerontológico.

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RESUMO Este artigo analisa movimentos de crítica e renovação da Educação Física e suas repercussões sobre a educação infantil no Brasil e no Chile. Realiza um estudo comparado pautado em uma pesquisa bibliográfica e documental. No Brasil, destaca a inserção da Educação Física no currículo da educação infantil e o debate que a área acumulou sobre a temática. No Chile, sobressai a produção de materiais didáticos e os programas para combater a obesidade e o sedentarismo. A despeito das diferenças, esses países também convergem em muitos pontos nas discussões sobre corpo, movimento e infância. As interfaces entre Educação Física e educação infantil refletem as transformações e evoluções nos debates acadêmicos e nas práticas pedagógicas construídas.

O artigo tem como objetivo analisar a escola enquanto espaço de reprodução da conservação social. Este trabalho procura perceber a produção de práticas de exclusão no interior da instituição que permitem separar aqueles que aceitam a imposição de sua cultura e de seu discurso oficial. A partir da pesquisa qualitativa, realizada no estudo de campo na Escola Municipal Expedicionário Aquino de Araújo, foram produzidas oito entrevistas com docentes que atuavam no estabelecimento de ensino durante o período de pandemia do coronavírus. Levantamos como hipótese de que por mais que a escola se apresente como referência de democratização do ensino pela cooptação dos alunos em seu interior, acreditamos a cultura escolar opera numa lógica classificatória e seletiva, como forma estratégia de garantir a reprodução social por seus herdeiros. A partir das narrativas produzidas pelos professores, acreditamos na possibilidade de compreender a jurisprudência professoral a partir das representações quanto a reprovação como forma de exclusão do aluno e o sentido impositivo das avaliações, que controlam os corpos estudantis pelo medo.

A aptidão para o início da escolaridade (AIE) depende de fatores pessoais, socioculturais, familiares, do meio escolar, da legislação em vigor e das políticas de inclusão. O objetivo foi identificar competências pré-escolares preditoras da AIE em consulta médica e sintetizar recomendações gerais a ter em conta. Foi efectuada uma pesquisa na base de dados PubMed com as palavras-chave: “preschool”, “school readiness”, “social functioning”, “motor skills”, “mathematics”, “language”, “comprehension of the world”, “attention”. Também foram consultadas as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar da DGE e da Norma Técnica da DGS para o PNSIJ. As competências socio-emocionais no pré-escolar têm um impacto positivo nas competências académicas. A perceção visual, a integração visuo-motora e a coordenação motora são fundamentais para AIE, da Leitura, Escrita e Matemática. A motricidade global demonstrou efeitos longitudinais ao nível da Linguagem, Leitura e Matemática. A consciência fonológica parece predizer o sucesso na Leitura. A acuidade do sistema numérico aproximado, a precisão de mapeamento e a capacidade de controlar e manter a atenção, têm um carácter preditivo de sucesso escolar. O conhecimento geral do mundo é o preditor mais forte para as competências futuras em Ciências e Leitura. A avaliação da AIE deve ser feita em várias ocasiões ao longo do desenvolvimento da criança, de forma multidisciplinar. Quanto mais precoce for a identificação de dificuldades e a intervenção dirigida, melhor o prognóstico. A decisão de optar pelo adiamento do início da escolaridade deve ter em consideração as variáveis biopsicossociais da criança e os recursos do meio escolar.

Resumo: Este artigo traz resultado de pesquisa realizada em 2021 com professoras da educação básica das redes estadual e municipais de ensino de Mato Grosso, cujo objetivo foi cartografar “o escolar”, seus movimentos em tempos de pandemia e como veio a ser constituído fora do espaço-tempo da escola, ao utilizar tecnologias digitais para criar condições de encontro, aprendizagem, afetos e devires. Um questionário com perguntas abertas e fechadas, encaminhado via Google Forms, foi respondido por 407 professoras de escolas urbanas, do campo, indígenas e quilombolas de todas as regiões de Mato Grosso. Apresentam-se cartografias de escolas com base na narrativa de professoras sobre o escolar, sua materialidade e sua desterritorialização. Foram produzidas nuvens de palavras para criar círculos de convergência entre as narrativas e realizar as análises, tendo como intercessores principais Deleuze e Guattari, Larrosa, Masschelein e Simons, Vasconcellos-Silva e Araujo-Jorge. Concluiu-se pela necessidade de tecer “elogios à escola”.

A violência sexual acomete crianças e adolescentes em índices cada vez mais alarmantes. Urge, no âmbito social e científico, dar visibilidade ao tema e ao investimento em prevenção, aspectos estes que são abordados nesse artigo. O objetivo da pesquisa foi evidenciar as contribuições teóricas presentes em artigos científicos internacionais e nacionais, sobre prevenção da violência sexual contra crianças e adolescentes. Realizou-se uma revisão da literatura e foram selecionados 45 estudos na área da Educação, saúde e psicologia. Para a análise de dados, utilizou-se a Metodologia Comunicativa. Constatou-se que as escolas brasileiras têm sido pouco exitosas no desenvolvimento de ações preventivas à violência sexual. Conclui-se que é preciso desenvolver formação continuada dos agentes escolares no Brasil, e que já há produção nacional e internacional que pode iluminar tal formação.

Este relato de experiência busca apresentar as práticas exitosas desenvolvidas por um projeto com ênfase na educação contextualizada em uma escola do campo da rede estadual de ensino, em Casa Nova, na Bahia, com um olhar voltado para a realidade e para o currículo do curso. Objetiva mostrar as vivências e descrever as experiências a partir de uma ação sustentável que emergiu de uma situação-problema especificada pelos alunos em sala de aula, na disciplina de Intervenção Social do curso Semeando Agroecologia. A temática desenvolvida aborda ainda metodologias estratégicas e ecológicas de coleta de resíduos, como palestras e oficinas de produção que contribuíram para o aprendizado dos discentes da comunidade e da docente. Esses dois segmentos, juntos à comunidade local e do campo, evidenciam que existem possíveis soluções e mecanismos sustentáveis que servem de proposta de intervenção para amenizar o problema do descarte inadequado do óleo de cozinha, identificado pelos alunos. Por fim, com base nos resultados do projeto, nota-se a importância de uma educação contextualizada de maneira interdisciplinar, dessa experiência no contexto, que contribuiu para um conhecimento crítico e contextualizado intrinsecamente, aliado à realidade e que valoriza o currículo.

The objective of this article is to analyze an online news story and the comments made by readers regarding a teacher who taught a class set up as a drag queen in relation to the curriculum and cultural pedagogy of masculinities. Methodologically, the data were collected from digital ethnography carried out on a journalistic website on which it was published. The theoretical perspective adopted is post-critical in Education. It was understood how much the positive and negative criticisms of his professional performance indicated, curriculumpedagogically, the masculinity that has been produced in contexts of moral panic and anti-Human Rights agendas. At the same time, the deterritorialization of gender through the prosthetic performance of drag in a school institution allowed expanding processes of recognition beyond a hegemonic expectation in terms of sexual difference. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

This theoretical essay aims to discuss how the temporalities of different accelerations can contribute to thinking about the space and curricula of contemporary schools. To achieve this, the work was divided into three parts. In the first, the concept of acceleration and its effects on the subjective dimension were presented using arguments arising from the field of Psychology. In the second, acceleration was investigated and how it has figured in the temporalities characteristic of contemporary times. In the third, an analytical distinction was drawn between the modern school and the contemporary school in order to verify the effects of temporalities on school curricula. From these analyses, it was concluded that the temporal experience of acceleration is produced by neoliberalism and has effects on the processes of subjectivation through temporal government. It was verified the existence of multiple temporalities, accelerated and decelerated, which are driven by the competition typical of neoliberalism and coexist in the social world and in our subjectivity. In relation to contemporary schools, it was noticed that their curricula have been constituted by accelerated temporalities that have synchronized and desynchronized forms. Finally, the thesis was demonstrated that both the norm of conduct and the neoliberal subjectivation model can be understood from a temporal perspective that produces effects in contemporary schools. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

This article aims to reflect, inside the context of the Brazilian public school, the inheritance of a school curriculum full of colonial and traditional assumptions and as a reproducer of cultures and knowledges imposed by the European way of thinking. As a theoretical contribution, we are guided by authors who discuss that it is essential to rethink the role of education as a space for breaking a status quo that disregards the subject aware of his own reality and makes the contexts of struggles of those who live on the margins of society unfeasible. Considering this, we start from a theme present in the Brazilian school curriculum to a decolonizing, IN-Trans-disciplinary and transgressive education proposition to open paths for new educational praxis. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

The increasing complexity of contemporary issues stemming from societies poses challenges for schools, particularly in regard to sexual and gender diversity. In this context, this research contributed to an analysis of university students' perceptions in Education concerning gender and sexuality relations within the school environment. As an exploratory, qualitative, and descriptive study, the questionnaire entitled "Gender and Sexuality Relations in School: A Brief Inquiry" was administered. Comprising eight questions, it emphasized the theme through concepts and practical applications. Fifty-eight students from Biology and Geology (Undergraduate), Teaching of Biology and Geology (Master's), and Education (Doctorate) programs participated. The results indicate an awareness of the need for a more comprehensive approach to sexual and gender diversity, while also revealing challenges related to teacher training and stigmatizing practices. This underscores the urgency of implementing more inclusive strategies within the realm of gender and sexuality relations in schools. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

This qualitative research aimed to investigate potentialities of digital technologies as a didactic-pedagogical resource for Physical Education classes in the Final Years of Elementary School. It was carried out in two schools of the municipal teaching network of Vale do Taquari-RS/BRA. The participants were sixteen students from two classes, 6th and 9th years, and two Physical Education teachers. Among the identified potentialities is the use of digital technologies in accessing existing knowledge, which occurred through the indication and visualization of videos on YouTube and in the elaboration of research papers. Another potentiality deals with the construction and reconstruction of knowledge evidenced in the use of digital technologies with the purpose of stimulating dialogue, creativity and collaborative work. It is concluded that digital technologies enhance the teaching of Physical Education, but must be based on theoretical bases concerned with a critical and emancipatory education. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Nurses have worked in schools since the end of the 19th century, in Brazil, using communication skills, which have changed in terms of approach and themes. The objective of this text was to contribute to the increase in debates involving the topic of health communication at school by nurses in Brazil. Nursing concepts followed international dialogues, scientific advances, social, economic, and cultural demands. Given the current circumstances, the work of nurses at school followed the period experienced. Currently, it is recommended to use humanized and individual-centered communication, in partnership with the family and school, as a light relational technology, as well as a link between health and education in the prevention and promotion of health. Furthermore, it points to elements that could contribute to achieving comprehensive health: dialogue, symmetry of power, respect for local culture, holistic approach, salutogenic perspective, and use of ludic. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Indiscipline currently presents itself as an important element within the school space, since the entire school community, teachers, students, parents and management nucleus perceive its presence, often placing it as one of the aspects that hinder the teaching-learning process. The general objective of the research is to identify the elements that contribute to the construction and permanence of indiscipline within the school space. The data collection instrument was a questionnaire that resulted in the realization that the different actors in the school space still cannot understand how indiscipline is meaningfully constructed and, therefore, possible for deconstruction. The results demonstrated that, when referring to the general question of this project, we understand that teachers and school managers do not recognize themselves as prepared to work on the issue of indiscipline at school, the factors that contribute to the presence of indiscipline at school are described throughout the analysis of the results, as well as the propositions made by the segments of students, teachers and school managers. These proposals, however, cannot be, in fact, they should not be placed as a product, but always as a process, that is, in constant planning, action, reflection, replanning and action again. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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Storytelling contributes to the constitution of subjects, as it stimulates imagination, develops linguistic skills and promotes cultural values, empathy and understanding of the world. However, stimulating reading practices are still little explored at school. From this perspective, this qualitative and bibliographical research aims to discuss the importance of storytelling in teaching mediation and present, based on a literary work, ways for teachers to explore the moment with stories with more confidence and ease. The theoretical contribution of this study was based on discussions by Zilberman (2003, 2012), Colomer (2007) and Busatto (2003). As a result, it was found that storytelling strengthens the emotional bond between adults and children, providing moments of connection and learning, in addition to the fact that literary experiences can enhance classes and enrich pedagogical actions and be a great incentive to promote reading contributing to the human development of students. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Considering the challenges of the school training process, this article discusses the relations and composition of the posture and interrogative attitude in teaching based on geographic space. The objective is to discuss the inquiry involving the geographic approach of landscape, place and everyday üfe as a path to teaching knowledge that fosters geographic education. Based on dialogical hermeneutics, it discusses why and what to ask, why teaching by interrogating geographic space and why teaching Geography at school is important. The research result presents aspects that comprise the movement of thinking, articulating reflective inquiries to the school, to teachers in general and to Geography teachers and classes, and arguments that support the linking of spatial signifiers with conceptual meanings. In conclusion, it affirms geographical education as a way of approaching knowledge, enabling emancipation, which implies intentional, provocative, systematic and prospective interpellation between the contents of reality and the contents of the disciplines. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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This paper aims to analyze the impact of lockdown on education in the context of social acceleration. In this paper, we address the necessary (re)construction required to enhance the education of adolescents. From this perspective, it examines the potential of the adolescent brain, as advocated by Daniel Siegel. The present study employs a bibliographical research methodology to investigate the impact of social acceleration on education in the aftermath of the lockdown. We emphasize that the adolescent phase is crucial for the development of potentials in the educational context. In this vein, a philosophical analysis of the school is conducted, highlighting it as a space for (re)constructing practices that encourage adolescents to listen to the world around them. Therefore, the school must illuminate the potential of adolescence, such as creativity and openness to novelty, as a space for (re)creating subjects in times of acceleration. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Enfermeiros/enfermeiras atuam na escola desde o final do século 19 no Brasil, utilizando a competência de comunicação, que sofreu alterações quanto às abordagens e temáticas. O objetivo deste texto é contribuir para o incremento de debates que envolvam a temática da comunicação em saúde na escola por enfermeiros/enfermeiras no Brasil. As concepções da enfermagem acompanharam diálogos internacionais, avanços científicos, demandas sociais, econômicas e culturais. Diante das conjunturas, a atuação deles/as na escola acompanhou o período vivenciado. Na atualidade, recomenda-se que se utilize da comunicação humanizada e centrada no indivíduo, em parceria com a família e a escola, como uma tecnologia leve relacional, bem como um elo entre saúde e educação na prevenção e promoção da saúde. Ademais, aponta-se para elementos que poderão contribuir para efetivar a integralidade à saúde: diálogo, simetria de poder, respeito à cultura local, abordagem holística, perspectiva salutogênica e uso do lúdico.

As abordagens utilizadas no campo da formação inicial de docentes de artes visuais têm sido debatidas há algum tempo. Nos últimos anos, em especial após a pandemia da COVID-19, a questão ganhou outros contornos. O retorno para as salas de aula, colocou em visibilidade a necessidade de repensar as estratégias utilizadas no campo da formação para a docência em arte/artes visuais. A partir da prática de sistematização de experiências é feita a descrição de um conjunto de situações vividas nos últimos anos em cursos de Licenciatura em Artes Visuais da região sul do Brasil, com o intuito de oferecer elementos que permitam pensar nas relações que temos estabelecido entre arte e educação, docência e escola, seja nas salas de aula com estudantes em formação para a docência em arte/artes visuais ou nas escolas durante práticas de estágio ou ainda em atividades de curricularização da extensão. A partir do entrecruzamento das práticas de iniciação à docência em arte/artes visuais com as discussões sobre as abordagens didático-pedagógicas para o ensino da arte no contexto escolar, são apontadas algumas pistas baseadas na ideia de imprevisibilidade, errância e não-saber. O intuito é que se possa pensar em práticas de formação que sejam menos previsíveis e mais inventivas no campo da docência em arte na/da atualidade.

Este ensaio teórico tem por objetivo discutir como as temporalidades de diferentes acelerações podem contribuir para pensar o espaço e os currículos da escola contemporânea. Para isso, dividiu-se o trabalho em três partes. Na primeira, apresentou-se o conceito de aceleração e seus efeitos na dimensão subjetiva mediante argumentos advindos do campo da Psicologia. Na segunda, investigou-se a aceleração e como ela tem figurado nas temporalidades características da contemporaneidade. Na terceira, traçou-se uma distinção analítica entre a escola moderna e a escola contemporânea a fim de se verificar os efeitos das temporalidades nos currículos escolares. Dessas análises, concluiu-se que a experiência temporal da aceleração é produzida pelo neoliberalismo e tem efeitos nos processos de subjetivação por meio do governo temporal. Verificou-se a existência de múltiplas temporalidades, aceleradas e desaceleradas, que são impulsionadas pela concorrência típica do neoliberalismo e coexistem no mundo social e em nossa subjetividade. Em relação à escola contemporânea, percebeu-se que os seus currículos têm sido constituídos por temporalidades aceleradas que possuem formas sincronizadas e dessincronizadas. Por fim, demonstrou-se a tese de que tanto a norma de conduta quanto o modelo de subjetivação neoliberal pode ser compreendido desde uma perspectiva temporal que produz efeitos na escola contemporânea.

O objetivo deste artigo é analisar uma notícia on-line e os comentários realizados por leitores referentes a um professor que ministrou aula montado de drag queen no que se refere ao currículo e à pedagogia cultural das masculinidades. Metodologicamente, os dados foram levantados a partir de etnografia digital feita em um site jornalístico em que ela foi publicada. A perspectiva teórica adotada é a pós-crítica em Educação. Compreendeu-se o quanto as críticas positivas e negativas à atuação profissional dele indicaram currículo-pedagogicamente a masculinidade que tem sido produzida em contextos de pânico moral e antiagendas dos Direitos Humanos. Ao mesmo tempo, a desterritorialização do gênero pela performance protética de uma drag em uma instituição escolar permitiu ampliar processos de reconhecimento para além de uma expectativa hegemônica em termos da diferença sexual.

Neste artigo são apresentados aspectos que compõem a relação entre escola e comunidade, que puderam ser observados durante parte da pesquisa de doutorado desenvolvida ao longo de 2022, a qual adotou como principal base teórica os escritos de Suely Rolnik (2019) e Catherine Walsh (2017), enfatizando os conceitos de micropolítica e pensamento decolonial. Durante a pesquisa, foram realizadas entrevistas com professoras e professores de artes visuais que atuam ou atuaram na Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre- RS e aqui trago um recorte de trechos das entrevistas que apontam possibilidades de relações entre escola e comunidade tendo a arte como desencadeadora de diálogos.

O crescente número de pesquisas sobre as relações de poder entre homens e mulheres evidencia a necessidade de estudos e mudanças no discurso e nas práticas sociais e educacionais que envolvem gênero (masculino e feminino), relações de gênero e ensino, especialmente de Matemática. O papel da escola é crucial para fortalecer a construção da identidade de gênero sem preconceitos, padrões ou oposições, e para valorizar a mulher na sociedade. Professores podem contribuir para reduzir as desigualdades de gênero dentro e fora da escola, desconstruindo e reelaborando discursos e práticas. Neste artigo, com abordagem qualitativa e pesquisa bibliográfica, reflete-se sobre a prática pedagógica desenvolvida por professores de Matemática no Ensino Fundamental, analisando como ela pode contribuir para a emancipação e o aprendizado em matemática, além de empoderar e fortalecer a mulher na perspectiva de um sujeito ativo na construção de uma sociedade mais igualitária. Conclui-se que a desconstrução do paradigma de gênero na escola passa pela implementação de um currículo que respeite as diferenças, fundamentado legalmente e teoricamente, e por professores com visão crítica que questionem a naturalização do exercício matemático.

RESUMO O estudo pretende problematizar como se estabelece o envolvimento família-escola visando à promoção dessa relação e do desempenho escolar dos alunos. Neste trabalho, analisou-se como pais e professores de quatro escolas públicas da cidade de Gravataí/RS percebem a si mesmos e ao outro frente a seu envolvimento escolar e a rotina compartilhada, e como essa relação pode favorecer o sucesso escolar de alunos do Ensino Fundamental I. Assim, foi realizado um estudo observacional comparativo, de caráter quantitativo e corte transversal, com 101 familiares e 12 professores de alunos em situação de sucesso escolar. Os resultados destacaram diferenças significativas em alguns domínios, evidenciando uma avaliação mais positiva dos professores a respeito de seu comprometimento com tal relação. Sugerem, especificamente nos domínios orientação e informação que a atitude dos pais e professores ao orientar, supervisionar e auxiliar um ao outro em suas funções e ao aluno pode favorecer um melhor desempenho acadêmico deste.

No mundo atual, o papel terapêutico da música encontra-se bem documentado, sendo objeto de estudo, vezes incontáveis. A música nasce da vida das batidas do coração, da respiração realizada pelos pulmões… são dois exemplos dessa presença. Atualmente, enquanto recurso para fins terapêuticos, é frequentemente utilizada no trabalho com pessoas que apresentam diagnóstico da doença neurodegenerativa Alzheimer (Moreira et al, 2018). Porém, a sua utilização não se cinge apenas ao âmbito em que exista alguna forma de lesão, patologia ou demência; sendo possível usá-la em diversos meios, como por exemplo: no incentivo à prática de uma atividade física regular, como também, no desenvolvimento educativo de alunos, entre outros. O objetivo do presente artigo foi investigar a diversa literatura existente e face à análise da revisão teórica contribuir para o planeamento de futuros projectos, nomeadamente num projecto educativo a ser implementado no estágio profissional na escola básicae secundária; numa procura de intervir psicologicamente ondea músicaterá um papel fundamental, proactivo e de contribuição para uma aprendizagem de excelência!

O presente artigo tem como objetivo refletir, no contexto da escola pública brasileira, a herança de um currículo escolar carregado de pressupostos coloniais, tradicionais e como reprodutora de culturas e saberes impostos pela lógica europeia. Como aporte teórico pautamo-nos em autores que argumentam ser imprescindível repensar o lugar da educação como espaço de ruptura de um status quo que desconsidera o sujeito conhecedor de sua própria realidade e inviabiliza os contextos de lutas dos que vivem às margens da sociedade. Nessa direção, partimos de um tema presente no currículo escolar brasileiro para uma proposta de educação decolonizadora, IN-Trans-disciplinar e transgressiva no intuito de abrir caminhos para novas práxis educativas.