1. Ventriculectomia parcial esquerda: ponte para transplante?
- Author
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José Dario FROTA FILHO, Fernando A. LUCCHESE, Celso BLACHER, Paulo E. LEÃES, Cídio HALPERIN, Eraldo A. LÚCIO, Wagner PEREIRA, Marcela SALES, Paul Peter LUNKENHEIMER, Klaus REDMANN, Luis E. VARGAS, Ralf STUERMER, Roberto LOBO, Fabio MOREIRA, Angela P. BUENO, and Luiz A. JUNG
- Subjects
Ventrículo cardíaco ,Transplante cardíaco ,Surgery ,RD1-811 ,Diseases of the circulatory (Cardiovascular) system ,RC666-701 - Abstract
OBJETIVO: Analisar os resultados e a viabilidade da ventriculectomia parcial esquerda (VPE) como ponte para transplante cardíaco (TX). DELINEAMENTO: Estudo de coorte histórica e prospectivo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Cinquenta e três pacientes (pts) foram submetidos a VPE em um período de 5 anos. Destes, 7 pts com contra-indicação inicial ao TX, idades variando de 37 a 64 anos, 5 homens e 2 mulheres, com miocardiopatia dilatada, foram subseqüentemente relistados e transplantados. Foram analisados a fração de ejeção (FE), o diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (DDFVE), a CF da NYHA, o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) e os escores de qualidade de vida (QV) antes da VPE, aos 3 e 6 meses, e pré-transplante. RESULTADOS: Os valores expressos a seguir referem-se, respectivamente, àqueles obtidos antes da VPE, aos 3 e 6 meses e antes do TX. Variação da CF da NYHA: 3,71±0,49, 2,57±1,13 (p=0,011), 3,0±1,29 e 3,86±0,38. Evolução da FE: 25,17±6,15, 35,5±8,41 (p=0,013), 32,33±7,12 e 26,17±3,76. Variação do DDFVE: 79,16±10,85, 67,66±9,2, 65,83±9,57 e 64,25±8,99. O VO2 máx era de 8,12±3,47 antes da VPE e de 13,2±7,75 aos 6 meses (p=0,068). Variação dos escores de QV: 4,29±1,25, 3,0±1,41 (p=0,050), 3,29±1,8 e 4,57±1,13. Foram transplantados 7/53 pts (13,20%). A sobrevida, até a data do transplante, variou de 7 a 37 meses (18,71±11,78 meses). O seguimento foi de 100%. CONCLUSÃO: A curto prazo melhoraram a CF da NYHA, a QV, o VO2 máx, o DDFVE e a FE dos pts. Estes resultados sugerem a possibilidade da indicação da VPE como ponte para TX. Entretanto, a mortalidade elevada no primeiro semestre pós-operatório limita a sua indicação rotineira como ponte para TX. Estudos futuros poderão validar ou não esta possibilidade.
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- 2000
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