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Durante a vida acadêmica é necessária a criação de estratégias para o bom desempenho nos estudos, porém questões como a procrastinação poderiam dificultar este fato. Dessa forma o objetivo deste trabalho foi discutir o ato postergador em estudantes universitários e o papel da autorregulação da aprendizagem como possível variável mediadora, a partir da Teoria Social Cognitiva de Albert Bandura. A metodologia utilizada se deu por uma revisão bibliográfica do tipo revisão narrativa. O artigo está dividido em 4 seções: introdução, metodologia, resultados e discussão e Considerações finais. Na introdução foi apresentado os motivos para a realização deste trabalho; nos resultados estão destacados os aspectos gerais da Teoria estudada, a autorregulação da aprendizagem e a procrastinação no ensino superior, esta observada com suas possíveis relações ao construto da Teoria de Bandura através da gestão do tempo e de fatores ambientais e cognitivos; por fim, foram discutidas algumas conclusões pelos autores. Os principais resultados mostram a necessidade de consciência da procrastinação como problemática, a demanda por criação de formas para enfrentá-la, como a autorregulação da aprendizagem e o carecimento de divulgação da temática através maior produção textual.

A Teoria Social Cognitiva parte da premissa de que nós, sujeitos, interagimos com o meio em que vivemos, recebendo influências bidirecionalmente – contexto e indivíduo. Desta forma, os sujeitos são capazes de operacionalizar mudanças no curso de suas próprias ações, pensamentos e emoções. Na perspectiva sociocognitiva os conceitos da autorregulação e autoeficácia são fundamentais no caminho da compreensão dos processos envolvidos na aprendizagem dos indivíduos e, portanto, são essenciais para o entendimento dos fatores relacionados à formação de alunos universitários. Desta forma, este estudo tem por objetivo discutir os conceitos da autorregulação e da autoeficácia acadêmica e suas contribuições para compreensão dos processos cognitivos, metacognitivos, comportamentais e motivacionais relativos ao contexto educacional. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica, com enfoque narrativo, a partir de autores nacionais e internacionais, tais como Albert Bandura (1986, 1991, 2003, 2008); Zimmerman (2000); Pajares, Olaz (2008); Azzi (2012); Mazotti (2014); Ramos (2015); Silva (2019), entre outros. Entende-se que a Teoria Social Cognitiva tem no processo de desenvolvimento da autorregulação e das crenças de autoeficácia importantes conceitos para a compreensão de como os indivíduos observam, julgam e agem sobre seus próprios comportamentos e como estruturam, monitoram e avaliam sua aprendizagem.

A atividade do policial militar apresenta vários mecanismos que diminuem a qualidade de vida destes profissionais, para tanto os números de afastamentos por motivo de saúde são cada vez mais expressivos, principalmente na região metropolitana de Belém. Desta forma tem-se como objetivo caracterizar os tipos de lesões musculoesqueléticas que ocorrem em Policiais Militares em exercício a partir da classificação da Junta médica da Polícia Militar do Estado do Pará. Esta foi uma pesquisa documental, num recorte temporal de 2012 a 2018, com abordagem quantitativa. Dentre os principais resultados destaca-se que 63,48% dos policiais que solicitaram afastamento referiram apenas 1 tipo de doença, o tempo máximo de afastamento foi de um pouco mais de 10 anos e o tempo mínimo foi de 6 dias. O ano de 2012 apresentou maior número de solicitações (35113), enquanto que o último ano do período investigado registrou uma importante diminuição nas solicitações (14436). Estes dados corroboram a necessidade de maior investigação da temática, ligada aos fatores que possam promover a prevenção de surgimento de lesões musculoesqueléticas, tendo em vista que muitos são os fatores que contribuem para o desenvolvimento de problemas de saúde física e mental, onde se observa números expressivos de afastamentos para tratamento de diversas doenças, neste estudo procurou-se enfatizar as patologias de origem ortopédicas.

A rotina do policial militar apresenta vários fatores que podem contribuir para o surgimento de lesões musculoesqueléticas, sendo a lombalgia com maior destaque neste contexto profissional. O objetivo do presente estudo é caracterizar as pesquisas nacionais, publicadas nos últimos 20 anos, sobre lesões musculoesqueléticas e lombalgias em policiais militares. A análise de conteúdo se deu por meio da técnica de análise frequencial por software especifico, e pelo processo de codificação e identificação categorial. Para isto, realizou-se um levantamento da literatura em 3 diretórios, sendo eles: SciELO, Lilacs e Capes Periódicos, e no Banco de Dissertações do Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública/UFPA, utilizando descritores específicos para seleção de artigos. Os resultados mostraram que o levantamento resultou em 7 artigos, ambos encontrados no diretório CAPES, os quais atenderam aos critérios de inclusão desta revisão da literatura. Quanto aos resultados notou-se que no processo de codificação emergiram duas categorias de análise, lesões musculoesqueléticas e lombalgias em policiais militares. No estudo frequencial verificou-se a maior frequência de alguns termos como: "trabalho" (f=17), "condições" (f=9), "lesões" (f=9), "colete" (f=8) e "fadiga" (f=8). Considera-se que o uso de equipamentos, associados às condições de trabalho do policial militar, oferecem risco aos mesmos, a curto e longo prazo. Deste modo, ressalta-se a necessidade de maior investigação da temática, ligada aos fatores de risco que podem promover o surgimento de lesões.

Objetiva-se verificar se estudantes com idade entre 11 e 18 anos tiveram algum envolvimento em situações de violência (bullying) e avaliar a existência de uma tendência a justificarem atos de agressividade, por meio dos mecanismos do desengajamento moral. Para tanto se realizou um estudo com 430 alunos de duas escolas públicas em Belém - PA. Utilizaram-se dois instrumentos, um para caracterizar a amostra e averiguar situações de bullying; e o outro, para analisar os mecanismos do construto. Dos principais resultados obtidos, observou-se que mais de 37% da amostra já se envolveu em situações de bullying e 46% referiu que não se sentia seguro no ambiente escolar. Por outro lado, percebeu-se que em todos os mecanismos houve tendência dos alunos justificarem atos agressivos. Diante dos resultados, conclui-se que a prática do bullying é uma realidade nas escolas estudadas e que existe uma tendência dos alunos justificarem condutas agressivas.

Este artigo tem como objetivo construir um panorama das pesquisas sobre a autorregulação da aprendizagem (ARA) em universitários. Para tanto, se configura como uma Revisão Sistemática da Literatura, referente ao período de 2007 a 2019, abrangendo artigos nacionais e internacionais, das bases de dados Periódicos da Capes, SciELO, LILACS e REDALYC. Para análise de dados, aplica a Análise de Conteúdo de Bardin (1977), utilizando o software Iramuteq. Analisa um total de 22 artigos, sendo a maioria (86,36%) empírica, e apenas 13,64% teóricos. Dos empíricos, 36,36% foram de caráter qualitativo, 31,82% quantitativo e 22,73% optaram pelas duas abordagens. Sugere-se que pesquisas futuras investiguem as estratégias de promoção da ARA de professores em formação, abordando técnicas qualitativas e quantitativas para dimensionar de maneira mais ampla o objeto de estudo.

A temática acerca da formação policial no Brasil tem ocupado lugar nas discussões sobre novos modelos de segurança pública e perfil profissional adequado para atividade policial ostensiva. Neste sentido, buscou-se avaliar a percepção de autoeficácia de desempenho na formação dos soldados da Polícia Militar. Para isto, realizou-se uma pesquisa de campo, utilizando formulários, a fim conhecer aspectos específicos dos mesmos. Participaram da pesquisa 284 recém-formados no Curso de Formação de Praças 2018/2019. Os resultados mostraram que 63% participantes estão apresentam-se acima do grau de escolaridade exigido pelo concurso. Quanto à avaliação do curso, segundo a percepção dos mesmos, as notas com maior expressão foram 1 (0,4%) e 8,0 (33,2%). Ao considerar a formação para capacidades de compor sindicância policial e capacidade de interagir com órgãos da justiça, 75,6% possuem nível superior completo, 70,8% possuem ensino superior incompleto e 55,2% possuem ensino médio, os quais responderam se sentir capazes para o item, corroborando a ideia de que os mesmos apresentam níveis de autoeficácia. Sugere-se que estudos futuros possam abranger novos polos de formação, a fim de compreender outras localidades.