Submitted by Neusa Fagundes (neusa.fagundes@unioeste.br) on 2019-04-03T19:19:16Z No. of bitstreams: 2 Jakeline_Teleken2018.pdf: 1649917 bytes, checksum: eee9c5755a92c65abdc8a6fb62907759 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Made available in DSpace on 2019-04-03T19:19:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Jakeline_Teleken2018.pdf: 1649917 bytes, checksum: eee9c5755a92c65abdc8a6fb62907759 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-07-27 Increased use of pesticides worldwide, including in Brazil, has raised awareness of the toxic effects of pesticide exposure. Among the pesticides, glyphosate herbicide is the most commercially active ingredient in the world. Exposure to glyphosate has been associated with the development of health problems in humans and animals, such as cancer, birth defects, cardiovascular problems, changes in the central nervous system, reproductive system, among others. In addition, recent studies have shown that glyphosate acts as an endocrine disrupter because of its actions on the hormonal system. Exposure to endocrine disrupters at critical stages of development, such as the neonatal period, can lead to fetal programming predisposing to disease development in adult life. Thus, the objective of this study was to evaluate the effects of maternal exposure to glyphosate, during pregnancy and lactation, on the dams and reproductive system of male offspring in adulthood. Female C57Bl6 received 0.5% glyphosate (ROUNDUP Original DI®) in drinking water (GF group) or pure water (CTL group) during pregnancy and lactation. Male offspring were separated into two groups CTL-F1 and GF-F1, according to the administration or not of glyphosate for the dams. Both groups received standard diet and water ad libitum during the entire experiment. Body weight, water and food intake were evaluated weekly, and the testis descent was monitored at 21 days of age to evaluate the onset of puberty. At 150 days the offspring mice were euthanized and blood was collected for subsequent plasmatic analyzes. The reproductive organs were removed and weighed. The epididymis was used for sperm count. The pituitary was removed and used to determine the protein expression of LH. The right testis was fixed in ALFAC and used for histomorphological analysis, and the left testis was used for intratesticular testosterone assay. Maternal exposure to glyphosate did not alter body weight, food and water intake, and weight of reproductive organs of male offspring. However, there was a delay in the onset of puberty and a decrease in the number of spermatozoa in the tail of the epididymis in the GF-F1 group in relation to the CTL-F1 group. Although in the histological analysis no alteration was found in the animals of the GF-F1 group, these animals showed a decrease in the height of the seminiferous epithelium in relation to the CTL-F1 group. In relation to hormonal dosages, intratesticular testosterone levels was higher in the GF-F1 group than in the CTL-F1 group, although the testosterone plasma levels had similar values in both groups. LH was increased both in the plasma and in the pituitary GF-F1 group, whereas FSH was similar between the CTL-F1 and GF-F1 groups. Our results suggest that maternal exposure to glyphosate led to fetal programming that culminated with changes in the reproductive system in adult life of male offspring. O aumento no uso de agrotóxicos em todo mundo, inclusive no Brasil, tem despertado atenção acerca dos efeitos tóxicos da exposição a essas substâncias. Entre os agrotóxicos, destaca-se o uso do herbicida glifosato, princípio ativo mais comercializado em todo mundo. A exposição ao glifosato foi associada ao desenvolvimento de problemas de saúde em humanos e animais, como câncer, malformações ao nascimento, problemas cardiovasculares e reprodutivos, alterações no sistema nervoso central, entre outros. Além disso, estudos recentes têm demonstrado que o glifosato age como desregulador endócrino, devido às suas ações sobre o sistema hormonal. A exposição a desreguladores endócrinos em períodos críticos do desenvolvimento, como o período neonatal, pode levar a programação fetal que predispõe o desenvolvimento de doenças na vida adulta. Assim, o objetivo deste trabalho foi de avaliar os efeitos da exposição materna ao glifosato, durante a prenhez e a lactação, nas mães e no sistema reprodutor da prole masculina na vida adulta. Para tanto, as fêmeas C57Bl6 receberam 0,5% de glifosato (ROUNDUP Original DI®) na água de beber (grupo GF) ou água pura (grupo CTL) durante a prenhez e lactação. A prole masculina foi separada em dois grupos, CTL-F1 e GF-F1, respectivamente, de acordo com a administração ou não de glifosato nas mães. Ambos os grupos receberam água e ração padrão a vontade durante todo o experimento. O peso corporal, os consumos hídrico e alimentar foram avaliados semanalmente e a descida dos testículos foi acompanhada a partir dos 21 dias de vida para avaliação do início da puberdade. Aos 150 dias, os camundongos da prole foram eutanasiados, e o sangue total foi coletado para posterior dosagens plasmáticas. Os órgãos reprodutores foram retirados e pesados. O epidídimo foi utilizado para contagem de espermatozoides. A hipófise foi retirada e utilizada para determinar a expressão proteica de LH. O testículo direito foi fixado em ALFAC e utilizado para as análises histomorfológicas, e o testículo esquerdo foi utilizado para dosagem de testosterona intratesticular. A exposição materna ao glifosato não alterou o peso corporal, o consumo alimentar e hídrico e o peso dos órgãos reprodutores da prole de machos. Todavia, observou-se um atraso no início da puberdade e uma diminuição do número de espermatozoides na cauda do epidídimo no grupo GF-F1, se comparado ao grupo CTL-F1. Embora na análise histológica não foi encontrada nenhuma alteração nos animais do grupo GF-F1, esses animais apresentaram diminuição na altura do epitélio seminífero em relação ao grupo CTL-F1. Quanto às dosagens hormonais, a concentração de testosterona intratesticular foi maior no grupo GF-F1 em relação ao grupo CTL-F1, apesar de a testosterona plasmática ter valores similares em ambos os grupos. O LH foi aumentado tanto no plasma quanto na hipófise do grupo GF-F1, enquanto que o FSH foi similar entre os grupos CTL-F1 e GF-F1. Os resultados sugerem que a exposição materna ao glifosato levou à programação fetal, o que culminou em alterações no sistema reprodutor na vida adulta da prole masculina.