Health services are managed hierarchically in three levels of technological complexity: primary, secondary and tertiary, and the population should use them according to the specificity of their complaints, aiming at more efficiency and universal access. In practice, the population prefers to go to tertiary level hospitals for simple problems, which could easily be solved by Basic Health Service Units (BHUs). The objective of this survey was to find out the reasons why parents or children caretakers look for high complexity hospitals, and how frequently they make use of basic health services. This research interviewed 222 parents and caretakers of children who were undergoing medical treatment at the Pediatrics Emergency Room from a School Hospital located in the city of Londrina, in March and April of 2006. Data analysis showed that , although 80,6% of the population interviewed used the BHUs , 56,7% of the children seen at the Pediatrics Emergency Room came with no referrals, and 33,3% chose the ER for its quality services. The most frequent complaint was fever ( 21,6%) and other external causes took the last position with only 1, 4% of the cases . Results from the study showed that the Londrina State University School Hospital Pediatrics Emergency Room sees a great number of children with simple complaints which could be easily solved by basic level health care. However, in general, most hospitals have been legitimized by the population, used to always look for hospitals, rather than BHUs , whenever they need any kind of health care. Os serviços de saúde são organizados, hierarquicamente, em três níveis de complexidade tecnológica: primário, secundário e terciário, e a população deveriam acessá-los conforme a especificidade de suas queixas, visando, dessa forma, maior eficiência na utilização dos recursos e universalização do acesso. Na prática, percebe-se que a população prefere recorrer a hospitais de nível terciário para situações corriqueiras, as quais poderiam ser solucionadas nas Unidas Básicas de Saúde (UBSs). De acordo com o problema acima descrito, esse levantamento teve como objetivo avaliar os motivos que levaram os pais ou responsáveis a procurarem um hospital de alta complexidade para atendimento das crianças, investigando a freqüência e finalidade que essa população utiliza os serviços básicos de saúde. A presente pesquisa foi realizada com os pais ou responsáveis pelas crianças atendidas em um Pronto Socorro Pediátrico de um Hospital Universitário, localizado na cidade de Londrina, sendo aplicado entrevista a 222 usuários durante os meses de março a abril de 2006. Após análise dos dados, observouse que, apesar de 80,6% da população estudada referirem freqüentar as UBSs, 56,7% dos atendimentos no Pronto Socorro Pediátrico ocorreram mediante procura direta e 33,3% dos entrevistados elegeram a qualidade no atendimento como motivo para justificar essa procura. A queixa mais freqüente foi à febre com 21,6% e as causas externas apareceram em último lugar com apenas 1,4%. Por meio desse estudo, pôde-se concluir que o Pronto Socorro Pediátrico do Hospital Universitário de Londrina recebe grande contingente de crianças com queixas, muitas vezes, passíveis de resolverem-se em nível básico de atendimento à saúde, porém, os hospitais, de um modo geral, possuem maior legitimidade do que as UBSs diante da população habituada ao longo dos anos a recorrer aos serviços hospitalares.