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Patchwork: o artesanato enquanto manta de retalhos Craft, art, and industrial design: critical positions Artesanato e turismo Arte popular, conexões modernistas e “mitos de exportação”

Patchwork: o artesanato enquanto manta de retalhos Jean-Yves Durand Os contributos deste dossiê resultam de painéis em conferências da European Association of Social Anthropologists (Antonella Camarda e Jean-Yves Durand, “Which craft? Politics and aesthetics of handicraft in post-industrial contexts”, Milão, 2016) e da Associação Portuguesa de Antropologia (Eduarda Rovisco e Vera Alves, “Arte popular, artesanato, souvenirs: materializações do passado, imaginações do futuro”, Lisboa, 2019). Il...

Retomando aspetos trabalhados numa pesquisa anterior sobre aceitabilidade vacinal, iniciada há mais de uma década no quadro da vacinação-padrão ou de rotina, procura-se agora analisá-los no quadro das atitudes perante a vacinação de emergência contra a Covid-19. O contexto de emergência e as suas várias injunções vieram tornar mais nítidas e prementes tensões já em jogo na vacinação de rotina, tornando assim necessário um olhar de conjunto e uma abordagem comparativa que permita captar o sentido de diferenças e semelhanças entre elas, especialmente no que respeita ao é corrente designar como hesitação vacinal ou anti-vacinação., Returning to aspects of a previous research on vaccine acceptability, initiated more than a decade ago, regarding social attitudes vis-à-vis standard or routine vaccination, we now seek to analyze them within the context of attitudes towards emergency vaccination against Covid-19. The emergency context and its various injunctions has made the tensions already at play in routine vaccination vivid and more pressing, thus making it necessary to adopt a comparative approach and an overall perspective that allows for capturing the meaning and scope of differences and similarities between them, especially with regard to what is commonly referred to as ‘vaccine hesitancy’ or ‘anti-vaccination’.

Fiéis ao princípio de que “não há pequenos objetos de estudo”, por mais triviais que sejam, examinamos a existência social e material dos matraquilhos, uma versão miniatura do futebol, bem como a sua evolução histórica. O que esta atividade lúdica e desportiva esconde ou revela é aqui descrito em articulação com dinâmicas socioculturais contemporâneas.

[Excerpt] Some 12 years after a previous research, in February 2020, at the start of extensive fieldwork on the state of the public controversy about vaccination in Portugal, France and California, travel became impossible, pro-vaccination conferences and anti-vaccination protests were tentatively postponed, then canceled. Participant observation and face-to-face interaction now have to be temporarily substituted by systematic internet attentiveness and remote interviews. But, while the epidemic hampers most social activities, it only reduces the number of arenas in which controversies can develop. Part of the energy that sustains them is reinvested in other means of intervention, namely online presence. Ethnographers have to mirror this migration with their techniques, while experiencing in their own lives the same changes and, to a variable extent, uncertainties affecting the people they accompany. With COVID-19, armchair anthropology reaches a whole new degree of participation and shared concerns. As practically everybody is involved in the same digital flux, individual variation is limited to the extent to which one chooses to replicate and disseminate the wartime and epidemiological metaphors that bolster the current public discourse. At the start of the pandemic, the most obvious increase in vaccination-related statements expressed pro-vaccination stances, ranging from pledges for proactive public policies (with a few apparent turnabouts, such as President Trump’s) to sceptical debunking in a more or less condescending tone, and to unreserved irony. A Los Angeles Times editorial asked “With coronavirus, will anti-vaxxers listen now?”. After this surge came a clear decrease in triumphalist posts such as “To all the anti-vaxxers out there: HOW DO YOU LIKE THE DEMO VERSION OF A WORLD WITHOUT VACCINES SO FAR?”. Vaccination-doubters have regained their usual online preeminence. The pandemic might indeed steer the more flexible among them towards acceptance, but anxiety also gives more appeal and effectiveness to fringe ideas: in the UK, the theory linking COVID-19 to 5G roll-out swiftly resulted in harassment of telecom technicians and arson. [...], Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Grant Number: CRIA ‐ UIDB/ANT/04038/2020

Um homem vai e vem num terreno, os traços crispados, suando, os membros como que tetanizados e tentando dominar um instrumento agarrado nas mãos, um pau de madeira em Y ou diversos tipos de varas metálicas; após várias passagens indica o local onde o instrumento se agita: é aí que há que cavar. É uma tal visão de um vedor em actividade que suscitou esta etnografia (no Sudeste da França e na região de Braga) da detecção de água pelos hidrogeólogos e pelos radiestesistas e vedores. Os vedores f...

“De que falamos quando falamos de corpo?” foi a pergunta feita aos participantes neste volume colectivo. O tema do corpo e da incorporação é dos mais actuais e polémicos nas ciências sociais e nas sociedades contemporâneas. Tratar-se-á apenas de uma moda temática? Ou é causa e efeito de novas formas de olhar a sociedade? Tratar-se-á de uma questão própria dos centros internacionais de produção do saber, bastando-nos importar a produção feita em seu torno? Ou as gerações recentes de antropólogos portugueses têm um contributo a dar? Estas foram as questões colocadas aos autores, a quem se pediu que revissem os seus materiais de pesquisa à luz dos temas do corpo e da incorporação. O resultado foi uma afirmação de pragmatismo, em que ganha sentido a complementaridade entre perspectivas centradas na estrutura social, nas classificações simbólicas e nas práticas agenciadas.

info:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876/147236/PT UID/EAT/00472/2013 publishersversion published

A festa de S. João de Sobrado, também designada como Bugiada e Mouriscada, é uma manifestação cultural que se enquadra nas festividades populares cíclicas e nas “festas ou danças de mouros e cristãos”. Realiza-se anualmente no dia 24 de Junho, na vila de Sobrado, concelho de Valongo, no noroeste de Portugal. Trata-se de uma manifestação cultural multidimensional e de grande densidade simbólica e social que se encontra em processo de estudo científico sistemático e exaustivo. Pretende-se, assim, apresentar de forma sucinta os elementos fundamentais desta festividade, e reflectir sobre a sua classificação como património cultural, considerando o seu relevo como marcador identitário da comunidade local., info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Edição comemorativa do 10.º aniversário do Mestrado em Direitos Humanos da Universidade do Minho., Este livro é uma celebração do ensino e da investigação em direitos humanos que têm vindo a ser desenvolvidos, na Escola de Direito da Universidade do Minho, há já mais de uma década. A sua publicação num momento em que se avolumam os riscos para valores fundamentais subjacentes à proteção dos direitos humanos – como a igualdade e a não discriminação, a proibição da escravatura e de tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, a liberdade de religião ou crença, entre muitos outros –, torna-o especialmente oportuno. Os sinais de aparente retrocesso no consenso das nossas sociedades a respeito desses valores – visíveis no triunfo político de discursos abertamente racistas, xenófobos, sexistas, etc. – recordam-nos que, também no mundo ocidental, os direitos humanos são um work in progress, não um dado adquirido. Os novos riscos para a dignidade da pessoa humana associados aos avanços tecnológicos andam de par com velhas formas de subalternização e de opressão. O campo para a reflexão crítica é muito vasto. Os temas que hoje (pre)ocupam académicos, decisores políticos e ativistas de direitos humanos são também aqueles que estruturam o plano de estudos do Mestrado em Direitos Humanos da Universidade do Minho. Todos estes temas surgem ao longo do presente livro, que reúne contributos de muitos dos membros da comunidade científica e académica que o Mestrado em Direitos Humanos mobilizou e ajudou a dinamizar ao longo da última década, entre docentes do Mestrado, colaboradores em júris de provas públicas e/ou na orientação de mestrandos, oradores convidados e estudantes. Os textos aqui reunidos refletem bem as sinergias interdisciplinares, interinstitucionais e inter-nacionais que o Mestrado em Direitos Humanos foi capaz de criar, não apenas pela variedade de campos disciplinares representados – Direito, Filosofia, Relações Internacionais, Antropologia –, mas também pela participação de autores que são docentes e/ou investigadores em diversas instituições nacionais e estrangeiras, como a Faculdade de Direito da Universidade do Porto, a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, a Universidade Federal da Paraíba e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo., info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Diferença e desigualdade são termos que não se situam conceptualmente no mesmo plano. Ambos são de teor relativo e comparativo, pressupondo a confrontação de elementos entre si, mas o critério em que a comparação assenta não é o mesmo nos dois casos. Para pensar estas noções, bem como as equações entre elas, pode invocar-se o par de termos perante o qual se colocam numa relação de antinomia. É assim que "'igual' não se opõe a 'diferente' mas a 'hierarquizado'; 'diferença' não se opõe a 'igualdade' mas a 'idêntico', a 'semelhante'" (San Román 1996: 134). Focar-se-á neste texto os critérios implicados nalguns usos destes termos. Em segundo lugar, serão focadas as articulações entre eles, pois "assim como a semelhança não implica necessariamente igualdade, também as diferenças não são todas geradoras de desigualdades" (idem: 135). Abordar-se-á, neste contexto, as noções de estratificação, classes sociais, hierarquia, casta, sexo e género, idade, cultura da pobreza, desigualdade linguística.

[Extrait] Dans un entretien qu'il nous accorda il y a une dizaine d'années1, Cliristian Bromberger évoque un séjour en Iran en 1982 ou, dans une situation terriblement tendue, les jeunes gens parlaient avec passion de football. I1 associe cette expérience a un virage dans sa démarche, qui passa alors d'une vision assez distanciée des objets de la recherche a I ‘idée qu'il vaudrait peut-être mieux choisir pour thèmes d7etude ce qui passionne les gens plutôt que ce qui passionne les ethnologues (…), Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT): PTDC/ANT/1637/2006

Centro em Rede de Investigação em Antropologia UID/ANT/04038/2013

Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Câmara Municipal de Viana do Castelo, Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT)

Embora digam praticar uma disciplina agora delibe­radamente virada para a contemporaneidade, continua a ser algo raro ver antropólogos participarem em debates cidadãos na sua qualidade de cientistas sociais. A presença da disciplina na esfera pública é muito variável consoante os países e os momentos. Em Portugal, a sua imagem pública (para quem tem uma) continua a evocar em exclusivo o universo rural ou mundos exóticos, “tribos” e “tradições”, “crenças” e “artesanato”… Há uma certa ironia no...

Nos últimos vinte anos, a situação dos grandes museus etnográficos franceses alimentou acesos debates. O livro de Benoît de l’Estoile foi publicado um ano após a inauguração, em Junho de 2006, do Musée du Quai Branly, constituído a partir das colecções etnográficas exóticas do Musée de l’Homme. Numa língua sempre clara, integrando referências bibliográficas cosmopolitas, estas 454 páginas notavelmente documentadas incluem úteis índices de pessoas, de temas, de museus e exposições uma prática ...

Attitudes vis-à-vis vaccines take on today a variety of forms in Euro-American societies. Drawing on an ethnographic research in several French and Portuguese settings, we examine the meaning and the experiential basis of some contemporary forms of vaccine acceptability as they emerge in routine vaccination. Against the backdrop of forms circumscribed to particular cultural scenes or bounded systems of ideas, we focus more specifically on a cross-cut diffuse tendency which resonates with wider contemporary transformations. Its analysis cannot however be framed within the narrow limits of health and risk management. Health and the body are but one of the realms in which a same pattern arises. It is by exploring the political dimensions of such pattern that the cultural production of consent and that of dissent with respect to vaccine acceptability stand in relation to one another as two sides of the same coin., Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)

Une ethnographie des activités des sourciers et des radiesthésistes réalisée dans la vallée de la Drôme, au nord du Portugal et, dans une moindre mesure, en Nouvelle-Angleterre, montre que ces pratiques peuvent, chez certains de leurs partisans, mettre en jeu une sorte d’extension du toucher vers l’intérieur du corps. D’ordinaire lié à la superficialité, le toucher devient ici le sens des profondeurs. Aucun des sens humains n’est vraiment prédominant pour les sourciers, qui semblent parfois les mêler en une sorte de synesthésie. Pour l’anthropologie des sens et la psychophysiologie, ils ne peuvent être abordés isolément, mais en prenant en compte leurs articulations réciproques et la place de chacun dans la mosaïque de la sensorialité vécue. C’est d’autant plus le cas quand celle-ci met en jeu des perceptions extraordinaires. Happy Hands. The senses and deep sensation in divination practiceEthnography of the activities of sorcerers and diviners in the Drome valley of northern Portugal and, to a lesser extent in New Britain, shows that these practices can, for some of those involved, put into play an extension of touch towards the body’s interior. Ordinarily linked with superficiality, touch becomes here a sensation of depth. None of the human senses is really predominant for sorcerers, who appear sometimes to mix them in a synaesthesia of sorts. For the anthropologist of the senses and for psychophysiology, the senses cannot be approached in isolation either, but only by taking into account their reciprocal articulations and the place of each in the mosaic of lived sensuality. These considerations become even more important when extraordinary perceptions are in play.

Attitudes vis-à-vis vaccines take on today a variety of forms in Euro-American societies. Drawing on an ethnographic research in several French and Portuguese settings, we examine the meaning and the experiential basis of some contemporary forms of vaccine acceptability as they emerge in routine vaccination. Against the backdrop of forms circumscribed to particular cultural scenes or bounded systems of ideas, we focus more specifically on a cross-cut diffuse tendency which resonates with wider contemporary transformations. Its analysis cannot however be framed within the narrow limits of health and risk management. Health and the body are but one of the realms in which a same pattern arises. It is by exploring the political dimensions of such pattern that the cultural production of consent and that of dissent with respect to vaccine acceptability stand in relation to one another as two sides of the same coin., Fundação para a Ciência e Tecnologia

Na vida quotidiana, invocar “razões de saúde” permite justificar um comportamento de ruptura em relação a expectativas sociais ou a determinados compromissos. “Razões” são neste caso causas ou constrangimentos incontroláveis que se opõem à acção consciente e racional de um indivíduo. Esta tensão é constitutiva do eixo principal deste volume. Quer a apropriação leiga do conhecimento pericial, por exemplo da medicina, e o escrutínio da sua adequação à luz da experiência pessoal, quer a diversificação das opções disponíveis alargam as margens de autonomia individual. Mas as novas formas de agir no quotidiano que aqui se evidenciam relevam também de outras recomposições mais amplas na relação com diversas tutelas, com poderes institucionais e com o Estado. A etnografia de práticas terapêuticas e da administração do corpo, desde as opções vacinais à gestão pessoal de medicamentos, drogas e alimentos, passando pela gestão de algo tão elusivo como o sono, põe em evidência tendências que atravessam as sociedades contemporâneas., Fundação para a Ciência e Tecnologia

É sabido que os usos contemporâneos da noção de “património” tais como aplicados aos bens culturais têm a sua origem nos campos do direito e da biologia, a partir dos quais se desenvolveram potentes extensões metafóricas. Uma etnografia das práticas vacinais em dois países europeus fornece uma oportunidade de redireccionar a análise das concepções do património da área da cultura para o senso comum acerca de certos aspectos da saúde. Este regresso a uma das origens da noção mostra que a hegemonia da ideologia patrimonialista que se constituiu em relação à “cultura” informa hoje reflexivamente parte das representações mais comuns acerca do sistema imunitário ou do património genético. A partir desta recentragem da análise, é possível encontrar pontos de vista renovados para uma leitura crítica das tensões entre responsabilidade colectiva e autonomia individual que são inerentes às políticas e práticas do património em qualquer área da vida social., Contemporary uses of the notion of “heritage”, when applied to cultural goods, originate in the fields of law and biology, from which they have expanded into powerful metaphoric extensions. An ethnography of vaccination practices in two European countries allows for shifting the analysis of ideas about heritage from the domain of culture to commonsense views about certain aspects of health. This return to one of the origins of the notion shows that the hegemony of the “heritagist” ideology which has taken shape in relation to “culture” now reflexively informs part of the common representations of the immune system or of the genetic heritage. With this recentering of the analysis, it is possible to find renewed standpoints leading to a critical reading of the tensions between collective responsibility and individual autonomy that are inherent to the politics and practices of heritage in any area of social life.

Artigo baseado na comunicação proferida no 1º Workshop de Investigação Respostas à Crise, realizado na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 12-13 novembro 2009 Submitted by Anabela Lopes (ateixeira@escs.ipl.pt) on 2019-10-24T21:07:24Z No. of bitstreams: 1 A_Crise_e_a_Vida_Normal._A_Antropologia.pdf: 484976 bytes, checksum: b52adde8e85acf47f242a960081015ed (MD5) Made available in DSpace on 2019-10-24T21:07:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 A_Crise_e_a_Vida_Normal._A_Antropologia.pdf: 484976 bytes, checksum: b52adde8e85acf47f242a960081015ed (MD5) Previous issue date: 2009-11 info:eu-repo/semantics/publishedVersion

Embora amplamente encarado como a solução global para um conjunto de problemas de saúde pública, o princípio da vacinação universal tem vindo a ser destabilizado por mudanças na relação com a imunização. Longe de constituirem um resíduo anacrónico condenado a desaparecer, a emergência de práticas de não vacinação participa de transformações sociais mais abrangentes que permitem enquadrar o espectro de variação das práticas de vacinação., Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)., Fundação Calouste Gulbenkian.

Le Cabo da Roca – 38° 47'n, 9° 3'w – est l'ultime promontoire occidental d'Europe continentale et la première terre ferme aperçue par les marins de Christophe Colomb de retour de leurs Indes. D'une autre pointe, Sagres, partirent des navigateurs dont, en ces temps de commémoration des grandes découvertes, on aime ici à dire qu'ils donnèrent de nouveaux mondes au monde. Ils fondèrent aussi l'un des tout premiers empires coloniaux – et le dernier à se défaire – suscitant une diaspora qui se pou...

Si par une nuit de l’hiver 1992, un voyageur s'était arrêté dans village de la Drôme, il aurait pu prendre connaissance, au café ou à l'hôtel, des lignes suivantes parues dans un hebdomadaire local : Inhumations en propriétés privées.Je considère ces obligations comme une mesquinerie administrative intolérable.Un chantage ridicule à la pollution. Une atteinte à la mémoire collective de toute la communauté protestante.Va-t-on nous faire dépenser des fortunes afin de faire des études hydro-géol...

L’essor de l’enseignement supérieur public et privé s’accompagne, au Portugal, depuis une dizaine d’années, d’un foisonnement des périodiques universitaires, en particulier en sciences sociales. On assiste ainsi à une floraison d’« annales » et autres « cahiers », parfois réduits à un salmigondis multidisciplinaire dépourvu du plus ténu fil directeur et semblant échapper à tout réel travail d’édition, qu’explique l’absence de comités de lecture jouissant d’indépendance et d’autorité. Cela n’e...

Le bocage de la région du Minho, au nord-ouest du Portugal, a des traits spécifiques. Installé dans une région qui hésite entre les influences méditerranéennes et atlantiques, il est dépourvu de pommiers mais ses haies comportent des oliviers et des orangers. Souvent sur des pentes, très étroites, sans étage buissonnier ou talus, longeant souvent des terrasses ou un réseau d'irrigation, elles sont surtout formées de vigne poussant sur et entre les arbres et, une fois taillées, deviennent presque invisibles pendant l'hiver. L'évolution de l'agriculture et des structures sociales locales ne justifie plus l'existence de ce bocage mais, bien que n'étant pas identifié en tant que paysage ou « patrimoine » original et cohérent, il pourra se maintenir si la production domestique de vinho verde se prolonge., The "bocage" of the Minho region, in northwestern Portugal, possesses specific traits. Set in a region which hesitates between mediterranean and atlantic influences, he has no apple-trees but its hedges include olive and orange-trees. Often on slopes, very narrow, without bushy level or banks, often lining an irrigation network or terraces, they are mostly formed by vine and, once pruned, turn almost invisible in the winter. The evolution of agriculture and of local social structures does not justify the existence of this "bocage" any longer, but in spite of not being identified as an original and coherent landscape or "heritage", it will be able to last if the domestic production of vinho verde lingers.

Fundação para a Ciência e Tecnologia., Bourse Eugène Fleischman.

Entrevista publicada, Nesta entrevista publicada a C. Bromberger (IDEMEC-CNRS, Institut Universitaire de France, Université de Provence) são discutidos temas como as opões terminológicas etnologia/antropologia, o património e os museus, a questão do Mediterrâneo, a questão do comparativismo e das propriedades específicas de uma realidade, o futebol e os usos do pêlo...

The history of hydrogeology has been well documented by historians of science and technology. Folk conceptions on groundwater have been studied by anthropologists, who have also payed some attention to water-dowsing. However, these bodies of research generally lack an attempt at a joint analysis that would try to bridge the gap between considerations on scientific and non-scientific knoweldges. Trying to do so helps to shed some light on historical exchanges and communications between different means for groundwater detection. Recent ethnographic research in southern Europe shows, for instance, a surge of interest toward water-dowsing on the part of certain professional hydrogeologists (sometimes organized in associations) in spite of its lacking any scientific demonstration for its claims. This example also provides a way to relate such relatively circumscribed cultural shifts to socially much wider current changes in folk representations about water, fostering their better understanding by social sciences.