Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Biodiversity loss in urban environments is mainly caused by habitat loss and fragmentation. While habitat loss can lead to immediate diversity reduction, fragmentation can isolate biological communities, decreasing species richness over time. Although species diversity in cities is well studied, there are no predictions on long-term species reduction. Besides, there are no integrative study addressing the impact of urbanization on species diversity and on ecological traits associated to species ecosystem function. Therefore, I quantified the short and long- term impact of habitat loss and fragmentation caused by urbanization on bird species extinction and immigration rates, based on fragments area and isolation. Besides, I investigated the roles of environmental variables (e.g. area, isolation, noise and habitat type – urban, suburban, natural) in structuring of bird communities, in terms of functional and phylogenetic diversity. Birds survey and environmental data collection were performed at 43 urban forest fragments in the Santa Catarina Island, municipality of Florianópolis, Santa Catarina, Brazil, during the spring season of 2018, from September to November. To measure the short and long-term effects of urbanization on species richness, accounting for species detectability and the effect of anthropic noise on species occupancy, I implemented a Bayesian model based on the Island Biogeography Theory. I found that area was the main predictor for bird species richness, in which larger fragments had lower extinction rates. Immigration rate also influenced species richness: less isolated fragments had higher immigration rates. Species richness was constant over time, evidencing small extinctions debts, i.e. habitat loss has short-term effect on bird species. I also found that species richness was higher in natural fragments, while higher functional richness occurred at suburban fragments, suggesting different functional groups in the transition between natural and highly urbanized areas. In addition, I found a replacement pattern of taxonomic and phylogenetic composition along the urbanization gradient, indicating that some species are sensitive to anthropic activities, mainly noise pollution. Therefore, these imply that increase of area and decrease of noise are important predictors for maintaining bird diversity in urban areas, useful for sustainable urban planning. A perda da biodiversidade em ambientes urbanos é causada principalmente por perda e fragmentação de habitat. Enquanto a perda de habitat pode levar a redução imediata na diversidade, a fragmentação pode isolar as comunidades biológicas, reduzindo a riqueza de espécies ao longo do tempo. Apesar da diversidade de espécies em cidades ser bastante estudada, não existem projeções sobre sua redução a longo prazo. Ademais, não há um estudo integrativo que investigue diferenças na diversidade de espécies e atributos ecológicos associados às funções ecossistêmicas ao longo do gradiente de urbanização. Portanto, eu analisei o impacto de curto e longo prazo da perda e fragmentação de habitat causadas pela urbanização nas taxas de imigração e extinção de espécies de aves, e a associação entre essas taxas com o tamanho da área e isolamento. Além disso, investiguei a influência de variáveis ambientais, como tamanho da área, isolamento, ruído sonoro e tipo de habitat (urbano, subúrbio, natural) na estruturação das comunidades de aves, considerando a diversidade funcional e filogenética. Dados acerca da presença de espécies e das variáveis ambientais foram obtidos em 43 fragmentos florestais urbanos da Ilha da Santa Catarina, município de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, durante a primavera de 2018, nos meses de setembro a novembro. Para mensurar os efeitos de curto e longo prazo da urbanização na riqueza de espécies foi implementado um modelo Bayesiano com base na Teoria de Biogeografia de Ilhas. Encontrei que o tamanho da área é o principal preditor para a riqueza de espécies de aves, em que fragmentos maiores apresentam maior riqueza por apresentarem menor taxa de extinção. O isolamento também apresentou um efeito na riqueza de espécies, em que fragmentos mais isolados apresentam menores taxas de imigração, resultando em menor número de espécies. A riqueza de espécies foi constante ao longo do tempo, evidenciando pequeno débito de extinção, ou seja, a perda de área tem um efeito de curto-prazo nas espécies de aves. Além disso, encontrei que a maior riqueza de espécies está concentrada em fragmentos naturais, enquanto que a riqueza funcional é maior em fragmentos localizados no subúrbio, sugerindo grupos ecologicamente distintos na transição entre áreas naturais e áreas intensamente urbanas. Por fim, foi evidenciado um padrão de substituição na composição taxonômica e filogenética ao longo do gradiente de urbanização, indicando que alguns grupos de espécies são muito sensíveis às atividades antrópicas, principalmente à poluição sonora. Portanto, a preservação de grandes áreas de vegetação e a diminuição da poluição sonora são fundamentais para a manutenção da diversidade de aves em áreas urbanas, e devem ser levados em consideração para a implementação de um planejamento urbano sustentável.