Search

Background: Syphilis remains a significant global public health issue, and female sex workers (FSWs) are highly vulnerable to the etiological agent of this disease. This study aimed to describe the prevalence of exposure to Treponema pallidum, as well as the vulnerability factors among FSWs in the state of Pará, Brazilian Amazon. Methods: A cross-sectional, retrospective study involving 360 FSWs from five cities in Pará was conducted from 2005 to 2007. Blood samples were collected for treponemal and non-treponemal testing, and epidemiological information was obtained through interviews. Results: The exposure rate to T. pallidum was 37.7% (136/360), and the majority of FSWs had serological results indicating past exposure (21.1%). Among the FSWs exposed to T. pallidum, most of them were single, aged 23 to 42 years old, had less than 8 years of schooling, and had a family income of between 1 and 3 minimum wages. They reported using condoms during sexual intercourse and had no history of sexually transmitted infection (STI). Furthermore, many of the FSWs exposed to T. pallidum reported having more than 20 sexual partners per month, and had partners from other Brazilian states, but not from other countries. An age over 42 years and a reduced level of education were factors associated with exposure to T. pallidum. Finally, a high rate of exposure to T. pallidum among FSWs in the Brazilian state of Pará (from 2005 to 2007) was detected. In later years, epidemiological studies conducted with FSWs recorded that this rate remained high. Measures to control, treat, and prevent syphilis among FSWs were necessary between 2005 and 2007, and they are still imperative today. Actions related to educational programs and STI control, treatment, and prevention measures contained in Brazilian policies aimed at women’s health have not changed the vulnerability scenario of FSWs regarding their exposure to T. pallidum, even after 16 years, and must be reviewed and adapted to the conditions of the Brazilian Amazon.

Introdução: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é o retrovírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), sendo que o município de Belém, Pará, região Norte do Brasil, encontra-se entre as 10 cidades com as maiores taxas de casos notificados em 2022, de acordo com o último Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS, publicado pelo Ministério da Saúde, sendo que uma das populações mais vulneráveis à infecção é a de homens que fazem sexo com homens (HSH). O presente estudo teve como objetivo descrever a prevalência de infecção pelo HIV-1 em HSH no município de Belém, Pará, Brasil, bem como correlacionar o perfil sociodemográfico dos indivíduos com os resultados obtidos através dos testes sorológicos. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, descritivo e analítico no período de maio a dezembro de 2022, em diversas ações de promoção à saúde, organizadas e realizadas pelo Laboratório de Virologia da Universidade Federal do Pará. Os participantes do estudo realizaram testes rápidos para a detecção de anticorpos anti-HIV e responderam a um questionário contendo questões sociodemográficas e de comportamento sexual. Resultados: No total, participaram do estudo 134 HSH sendo que 47/134 (35,07%) dos indivíduos da pesquisa estava na faixa etária entre 18 e 21 anos, 52/134 (38,81%) se autodeclararam pardos, 105/134 (78,36%) eram solteiros e 107/134 (79,85%) tinham o ensino superior completo ou incompleto, dentre os casos positivos 4/9 (44,44%) estavam na faixa etária entre 18 e 21 anos, 3/9 (33,33%) se autodeclararam brancos, 4/9 (44,44%) eram solteiros e 4/9 (44,44) possuíam ensino superior completo ou incompleto. A prevalência da infecção pelo HIV foi de 6,72% (9/134), sendo que a maioria dos casos positivos para infecção pelo HIV era de pessoas entre 18 a 21 anos, que se autodeclararam brancos, solteiros e possuía o ensino superior completo ou incompleto. Conclusão: A prevalência da infecção pelo HIV mostrou-se alta entre os HSH da cidade de Belém, Pará, o que pode estar correlacionado com a falta de informação sobre o HIV, a importância do uso de preservativos e o comportamento sexual destes indivíduos.

Introdução/Objetivos: A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pelo Treponema pallidum e que acomete exclusivamente o ser humano. Mesmo com tratamento disponibilizado pelos serviços de saúde e sendo plenamente curável, ainda é considerado um grave problema de saúde pública. Em homens que fazem sexo com homens (HSH) existe uma elevada prevalência de casos notificados de sífilis adquirida, o que pode estar correlacionado com práticas sexuais desprotegidas e/ou vulnerabilidade social. Assim, o objetivo do trabalho foi investigar a soroprevalência do T. pallidum em HSH, além de analisar o perfil socioepidemiológico e de comportamento sexual dessa população. Métodos: O estudo foi do tipo transversal, descritivo e analítico em homens que auto se identificaram como HSH, maiores de 18 anos, que participaram de ações em saúde realizadas pela Universidade Federal do Pará, no período de 2022 a 2023 e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foi coletado 10 mL de sangue venoso periférico para realização do teste rápido treponêmico e, para a confirmação do diagnóstico, foi realizado o teste não treponêmico Venereal Disease Research Laboratory (VDRL). Foi considerado como positivo para sífilis os indivíduos que apresentaram reatividade em qualquer uma das diluições. Resultados: Participaram da pesquisa 180 indivíduos, com média de idade entre 21 e 26 anos. Quanto à orientação sexual, 65% (106/180) eram homossexuais e a maioria (84,44%; 152/180) era solteiro, com renda de 1 a 2 salários (57,78%; 104/180) e com ensino superior (77,78%; 140/180). Da amostragem total, 18,89% (34/180) foram positivos no teste rápido e, destas, 58,2% (20/34) foram reagentes no VDRL. A prevalência da infecção foi de 11,11% (20/180) sendo que a maioria deste grupo possuía de 3 a 5 parceiros sexuais e declarou que às vezes usavam preservativos. Conclusão: Foi observada uma alta prevalência de exposição ao T. pallidum na população estudada, indicando que o maior risco de contrair sífilis está ligado ao número de parceiros sexuais e à falta de uso de preservativos. Dessa forma, torna-se importante investigar mais fatores relacionados às infecções sexualmente transmissíveis na população de HSH do Pará para assim criar estratégias de enfrentamento e educação em saúde.

Introdução/Objetivos: A sífilis é uma infecção bacteriana causada pelo T. pallidum, é exclusiva do ser humano e sua principal via de transmissão é através do contato sexual, além da transmissão de mãe para filho no momento do parto. O ambiente acadêmico permite maior liberdade de expressão, dessa forma o jovem sente-se mais seguro para expressar sua sexualidade, porém muitas das vezes não possuem conhecimento sobre infecções sexuais e percepções de risco, diante desta problemática o estudo pretendeu avaliar o perfil socioepidemiológico e conhecimento sobre a sífilis em universitários HSH. Métodos: A pesquisa foi do tipo transversal, descritiva e analítica, onde foram aplicados questionários semiestruturados com perguntas de cunho epidemiológico, percepção sobre a sífilis e comportamento sexual da população de HSH. Os questionários foram aplicados durante ações em saúde para universitários de diferentes cursos, no período de 2022, que se autoidentificaram como HSH, maiores de idade e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: O estudo envolveu 51 participantes de 18 a 34 anos, 76,47% eram homossexuais (39/51) com renda familiar de até dois salários-mínimos 54,90% (28/51). Quanto ao estado civil, todos os integrantes da pesquisa se declararam solteiros. No que se refere a prática sexual, 60,78% (31/51) iniciaram a vida sexual entre 16 e 19 anos e quando perguntados o número de parceiros nos últimos 12 meses, a grande maioria tem em média de 3 a 5 parceiros (39,22%). Em relação ao uso de preservativos, 58,82% (30/51) não responderam, seguido de 21,57% (11/51) que falaram que às vezes usavam. Quanto às questões de percepção sobre a infecção de sífilis, 96,08% (49/51) disseram que sabem o que é a sífilis e que esta pode ser transmitida por sexo sem preservativos (58,82%; 30/51), mas uma grande parcela desta população (37,25%; 19/51) não responderam a esta pergunta. Quando perguntados se já fizeram alguma vez teste de sífilis, 45,10% (23/51) responderam que nunca fizeram e destes, 43,48% (10/23) responderam que não veem motivo ou não se sentem em risco para fazer o teste. Conclusão: Concluímos que grande parcela dos HSH universitários sabem o que é a infecção por sífilis, porém quanto ao comportamento sexual, muitos não têm o devido cuidado, isso mostra a necessidade de se planejar mais ações em saúde dentro das universidades, a fim de ressaltar a importância da educação sexual no ensino superior.

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Embora haja tratamento, a doença atinge milhares de pessoas no mundo, principalmente em situação de vulnerabilidade socioeconômica e que apresentam comportamento sexual de risco. Os aspectos epidemiológicos da sífilis na Região Norte ainda são escassos, principalmente em grupos que são considerados de alta vulnerabilidade para as infecções sexualmente transmissíveis (IST), como é o caso das mulheres profissionais do sexo (MPS). Nessa perspectiva, o estudo tem como objetivo descrever o grau de conhecimento acerca da sífilis por MPS da cidade de Belém, Pará, Brasil. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, descritivo. As informações epidemiológicas e de conhecimento da sífilis foram obtidas por meio de entrevistas face-a-face que ocorreram em casas noturnas durante ações de promoção à saúde, no ano de 2022 no município de Belém (Pará). Resultado: No total, foram entrevistadas 47 MPS, com média de idade de 30 anos. A maioria das entrevistadas tinha ensino médio completo (63,8%; 30/47), renda familiar entre 1 a 2 salários mínimos (48,9%; 23/47) e a idade maior ou igual a 30 anos (46,8%; 22/47). Quando questionadas se já tinham ouvido falar sobre sífilis antes da aplicação do questionário, a maioria respondeu que sim (95,7%; 45/47), já em relação ao modo de transmissão, 63,8% (30/47) sabe como a infecção é transmitida, sendo que grande parte respondeu que é pelo “sexo sem preservativo”. Conclusão: Por meio desse estudo foi possível observar um alto grau de conhecimento acerca da sífilis das mulheres profissionais do sexo, tendo em vista que a maioria soube responder corretamente pelo menos um dos modos de transmissão do Treponema pallidum.

Introdução: O vírus T-linfotrópico humano (HTLV) que pertence à família Retroviridae é considerado um vírus negligenciado, pois não há uma descrição precisa acerca dos dados epidemiológicos da infecção, principalmente na Região Norte do Brasil, especialmente em populações de alta vulnerabilidade social. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo descrever a prevalência de HTLV em mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM) no município de Belém, Pará, Brasil. Métodos: O estudo foi do tipo transversal, descritivo e analítico. As informações epidemiológicas foram obtidas por meio de entrevistas realizadas em ações sociais no município de Belém, Pará, Brasil no ano de 2022 a 2023. Foram coletadas amostras de sangue total (5 mL) para a pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1/2 por ELISA e posteriormente o Western blot (WB) para diferenciação do tipo viral. Resultados: Foram analisadas amostras de 121 participantes, com média de idade de 25 anos. A maioria das mulheres eram bissexuais (61,2%; 74/121), com a faixa etária de 22 a 25 anos (38%; 46/121), com a renda familiar de dois a três salários-mínimos (39,7%; 48/121) e tinham o ensino superior (55,4%; 67/121). Quando questionadas acerca do conhecimento sobre o HTLV antes da aplicação do questionário, 84/121 (69,4%) nunca tinham ouvido falar da infecção. A prevalência da infecção pelo HTLV foi de 0,8% (1/121), tendo sido identificado o HTLV-2. Trata-se de uma mulher lésbica, de 46 anos, casada com outra mulher, autodeclarada parda com o ensino médio completo e renda de 1 salário-mínimo, que nunca ouviu falar sobre HTLV e, consequentemente, nunca havia feito o rastreio para a infecção. Conclusão: Os resultados iniciais demonstram que a prevalência da infecção pelo HTLV em MSM na Região Metropolitana de Belém é semelhante ao observado na população em geral. No entanto, o baixo grau conhecimento acerca do HTLV e suas formas de transmissão nesta população pode aumentar a vulnerabilidade para a aquisição da infecção, sendo necessária a criação de políticas públicas voltadas a promoção de saúde pública nesta população específica.

Introdução: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível, causada pelo Treponema pallidum e que ainda representa um importante problema de saúde pública, embora seja facilmente diagnosticada e tratada. O presente estudo teve como objetivo descrever a prevalência de sífilis em gestantes da cidade de Belém, Pará, e os fatores de vulnerabilidade para a doença. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, no ano de 2021, com mulheres de 15 a 40 anos que procuraram os serviços públicos de saúde da cidade de Belém para acompanhamento pré-natal. Para o diagnóstico de sífilis foi usado o fluxograma 1 do Ministério da Saúde, onde as amostras foram submetidas ao teste qualitativo do VDRL e a confirmação do diagnóstico realizada por meio do teste treponêmico FTA-abs. Os testes foram executados no LabVir /ICB/UFPA e para a análise estatística foram utilizados o teste exato de Fisher e teste G, com nível de significância de 5% (p < 0,05). Resultados: Participaram da pesquisa 75 mulheres grávidas e a maioria das participantes tinha idade entre 15 e 24 anos (57,4 %; 43/75), eram heterossexuais (96%; 72/75), solteiras (60%; 45/75), com ensino médio (58,6%; 44/75) e com a renda familiar de até um salário-mínimo (92%; 69/75). A prevalência da sífilis foi de 6,7% (5/75) e a maioria dos casos eram de grávidas entre 15 a 24 anos, com renda de um salário e que possuíam apenas o ensino fundamental, o que pode estar correlacionado com a falta de informação sobre as IST, a importância do uso de preservativos e a vulnerabilidade socioeconômica desse grupo. Conclusão: A prevalência de sífilis foi alta em mulheres grávidas jovens, solteiras, de baixa renda e baixa escolaridade, na cidade de Belém, Pará, demonstrando a importância da realização do pré-natal para a prevenção da ocorrência de sífilis congênita.