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Dissertação de Mestrado apresentada no ISPA – Instituto Universitário para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Forense Desde o apoio políticas públicas a decisões legais, os enviesamentos estão na base da discriminação. Uma vez que a perceção de faces afeta as decisões tomadas, neste estudo estudamos o impacto da representação implícita da face de criminosos com alta probabilidade de reincidência sobre o comportamento prossocial e os mecanismos que conduzem ao mesmo. Foi também avaliado o efeito moderador do recurso a um instrumento de avaliação de risco - LS/CMI nos efeitos da reincidência na prossociabilidade. Num estudo piloto (n = 44) utilizouse a metodologia de correlação reversa para aceder às faces e antifaces da reincidência com ou sem instrumento de suporte à avaliação. Num estudo com 269 avaliadores independentes, os resultados mostraram que a representação visual do reincidente tem um efeito indireto negativo nas intenções de comportamentos prossociais. Esse efeito é mediado pela similaridade, seja através da atribuição de emoções, seja pela identificação com o outro. O recurso ao LS/CMI não teve impacto na prossociabilidade, mas diminuiu um efeito prévio da representação da reincidência sobre a valência das emoções atribuídas. Uma análise de moderação com orientação de dominância social medida não mostrou resultados significativos. O estudo contribuí para a descrição dos mecanismos entre os enviesamentos implícitos e a discriminação levantando questões sobre as suas consequências e implicações para o sistema criminal From support to public policies to legal decisions, biases underlie discrimination. Since the perception of faces affects decisions, in this study we study the impact of the implicit representation of the face of criminals with a high probability of recidivism on prosocial behavior and the mechanisms that lead to it. The moderating effect of using a risk assessment instrument - LS / CMI on the effects of recidivism on prossociality was also evaluated. In a pilot study (n = 44) the reverse correlation methodology was used to access the faces and antifaces of recidivism with or without an assessment support instrument. In a study with 269 independent evaluators, the results showed that the visual representation of the repeat offender has an indirect negative effect on the prosocial behavior intentions. This effect is mediated by similarity, either through the attribution of emotions or through self-other identification. The use of LS/CMI had no impact on prosociality, but it reduced a previous effect of the representation of recidivism on the valence of attributed emotions. A moderation analysis with measured social dominance orientation obtained no results. The study contributed to the description of the mechanisms between implicit biases and discrimination, raising questions about its consequences and implications for the criminal system.