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Erupção dentária ectópica pode resultar devido processo patológico, distúrbio do desenvolvimento ou atividade iatrogênica. Elementos dentário ectópicos podem ser encontrados em região de palato, região de seio maxilar, côndilo mandibular, processo coronóide, cavidades orbitais e nasais. A justificativa desse estudo dar-se pelo fato de que falha no tratamento de elementos dentários não irrompidos pode levar à reabsorção externa dos dentes adjacentes, problemas estéticos, arcos dentários encurtados e aumento da formação de cistos foliculares e infecções recorrentes. Nesse âmbito, o objetivo desse estudo é realizar um relato de caso de tratamento de elemento dentário ectópico em região de seio maxilar por meio da piezocirurgia. Paciente do sexo feminino, 16 anos, compareceu ao consultório odontológico com queixas álgicas. Ao exame clínico foi possível observar a ausência do elemento dentário 13. Nos exames de imagem foi possível observar uma erupção dentária ectópica em região de parede anterior de seio maxilar, com parte do elemento dentário incluso em seio. O tratamento instituído foi de remoção cirúrgica do dente por meio da técnica atraumática de piezocirurgia. O tratamento cirúrgico de um elemento impactado requer técnicas de osteotomia e odontossecção que, por si só, causam danos aos tecidos. No entanto, a cirurgia assistida por piezocirurgia é útil para minimizar os traumas na região. Pode-se concluir que a abordagem de remoção cirúrgica do elemento ectópico em seio maxilar foi satisfatória para resolução do quadro.

No ato cirúrgico de levantamento de seio maxilar o espaço pode ser preenchido por diversos biomaterias, dentre eles osso autógeno, heterógeno, xenógeno, materiais aloplásticos ou simplesmente por coágulo sanguíneo. O padrão ouro é a utilização de biomateriais autógenos por proporcionar resultados mais satisfatórios quando associados ao L-PRF. O presente estudo tem por finalidade realizar uma revisão de literatura destacando o uso do L-PRF na cirurgia de elevação do seio maxilar para reabilitação oral com implantes osseointegráveis. É importante conhecer a forma de obtenção e principalmente a relação custo benefício do L-PRF em relação a outros biomateriais utilizados na atualidade, visto que o cirurgião-dentista conta com um arsenal de materiais e sempre visa a melhor forma de tratar seu paciente. A utilização do L-PRF na cirurgia de levantamento de seio maxilar se mostra como um importante aliado em relação à proteção da membrana Schneideriana e a aceleração da cicatrização. Além disso, este material mostrou possuir eficiência na indução de ganho ósseo nas reabilitações com implantes instalados simultaneamente a elevação do seio maxilar.

The routes of transmission of Coronavirus disease 2019 (COVID-19) still need to be better identified; however, human-to-human transmission is already a reality in many countries. This study aims to gather recommendations from health agencies and studies published in scientific articles related to special procedures for oral and maxillofacial surgeons in the perioperative period of urgency and emergency. The possibility of cross infection by inhalation of particles produced during surgical procedures justifies the study. This study assesses the COVID-19 routes of transmission and the possibility of cross-contamination through droplets of saliva transformed into aerosols. We consider that when the oral and maxillofacial surgeon adopts special procedures in the perioperative period, it may help prevent the virus transmission in both professionals and patients.

The World Health Organization has defined the outbreak of the new coronavirus as a public health emergency of international concern. The average age of patients affected by the disease caused by the virus ranges from 49 to 59 years. The symptoms of coronavirus disease 2019 (COVID-19) infection include fever, cough, acute respiratory disease, and, in severe cases, the disease may progress to pneumonia and renal failure that may lead to death. Many oral and maxillofacial hospital procedures produce aerosol and droplets contaminated by blood, bacteria, and viruses. The purpose of this study is to gather recommendations from health authorities and scientific articles in order to educate surgeons regarding the procedures to assist and treat in oral and maxillofacial surgeries. The objective is to prevent the transmission of COVID-19 during the treatment of patients in urgent and emergency situations. The study’s methodology used the guidelines provided by the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery , in addition to the recommendations and epidemiologic data from national and international health authorities. The implementation of special precautions in oral and maxillofacial surgeries may elucidate questions related to the transmission of the disease by asymptomatic carriers and help control the spread of the virus.

Embora as rotas de transmissão da COVID-19 ainda não estejam totalmente identificadas, a transmissão homem-a-homem já é uma realidade em muitos países. Este trabalho tem por objetivo reunir recomendações dos órgãos de saúde e de estudos em artigos científicos relacionadas a condutas especiais do cirurgião bucomaxilofacial no período perioperatório de urgência e emergência. A justificativa é a possibilidade de infecção cruzada por meio da inalação de partículas produzidas durante os procedimentos cirúrgicos. A abordagem desse trabalho está relacionada à rota de transmissão e a possibilidade de contaminação cruzada da COVID-19 por meio de gotículas de salivas transformadas em aerossóis. Considera-se que a adoção de condutas especiais no período periorperatório por parte do cirurgião bucomaxilofacial pode representar auxílio quanto a prevenção de transmissão do vírus tanto em relação aos profissionais quanto aos pacientes.Descritores: Infecções por Coronavírus; Assistência Perioperatória; Aerossóis; Transmissão de Doença Infecciosa do Paciente para o Profissional.ReferênciasShoji H, Fonseca EKUN, Teles GBDS, et al. Structured thoracic computed tomography report for COVID-19 pandemic. Einstein (Sao Paulo). 2020;18:eED5720.Wu Z, McGoogan JM. Characteristics of and Important Lessons From the Coronavirus Disease 2019 (COVID-19) Outbreak in China: Summary of a Report of 72 314 Cases From the Chinese Center for Disease Control and Prevention. JAMA. 2020;323(13):1239-42.Sabino-Silva R, Jardim ACG, Siqueira WL. Coronavirus COVID-19 impacts to dentistry and potential salivary diagnosis. Clin Oral Investig. 2020;24(4):1619-21.Rodrigues MFB, Rocha LLDA, Acioly RDF, Souza DDD, Carvalho DDC, Rocha RCLD, Rocha CCLD. Special precautions in oral and maxillofacial surgeries regarding COVID-19 transmission. Preprints 2020, 2020050135 (doi: 10.20944/preprints202005.0135.v1).To KKW, Tsang OTY, Leung WS, Tam AR, Wu TC, Lung DC et al. Temporal profiles of viral load in posterior oropharyngeal saliva samples and serum antibody responses during infection by SARS-CoV-2: an observational cohort study. Lancet Infect Dis. 2020;20(5):565-74.Ather A, Patel B, Ruparel NB, Diogenes A, Hargreaves KM. Coronavirus Disease 19 (COVID-19): Implications for Clinical Dental Care. J Endod. 2020;46(5):584-95.Meng L, Hua F, Bian Z. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19): Emerging and Future Challenges for Dental and Oral Medicine. J Dent Res. 2020;99(5):481-87.Ge ZY, Yang LM, Xia JJ, Fu XH, Zhang YZ. Possible aerosol transmission of COVID-19 and special precautions in dentistry. J Zhejiang Univ Sci B. 2020;21(5):361-68. Wang WK, Chen SY, Liu IJ, Chen YC, Chen HL, Yang CF et al. Detection of SARS-associated coronavirus in throat wash and saliva in early diagnosis. Emerg Infect Dis. 2004;10(7):1213-19.Chang L, Yan Y, Wang L. Coronavirus Disease 2019: Coronaviruses and Blood Safety. Transfus Med Rev. 2020;34(2):75-80.Spagnuolo G, De Vito D, Rengo S, Tatullo M. COVID-19 Outbreak: An Overview on Dentistry. Int J Environ Res Public Health. 2020;17(6):2094.Zucco L, Levy N, Ketchandji D, Aziz M, Ramachandran SK. Considerações perioperatórias para o novo coronavírus 2019 (COVID-19). Rochester: ASPF; 2020.Abosadegh MM, Saddki N, Al-Tayar B, Rahman SA. Epidemiology of maxillofacial fractures at a tea- ching hospital in Malaysia: a retrospective study. BioMed Res Int. 2019: 9024763.Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF). COVID-19 - Guia de Práticas em CTBMF. Disponível em: https://www.bucomaxilo.org.br/site/noticiasdetalhes.php?cod=344amp;q=COVID19%2B%20%2BGuia%2Bde%2BPr%C3%A1ticas%2Bem%2BCTBMFamp;bsc=ativar. Acesso em: 07 de abr. de 2020.American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons (AAOMS). Member Alert: COVID-19 Guidance for OMS Practices. Disponível em: https://www.aaoms.org/news/member-alert-covid-19-guidance-for-oms-practices. Acesso em: 10 de fev. de 2020.AOCMF International Task Force Recommendations on Best Practices for Maxillofacial Procedures during COVID-19 Pandemic. Disponível em: https://aocmf3.aofoundation.org/-/media/project/aocmf/aocmf/files/covid-19/ao_cmf_covid-19_task_force_guidelines.pdf. Acesso em: 10 de fev. de 2020.

A organização mundial de saúde definiu o surto do novo coronavírus como uma emergência de saúde pública de interesse internacional. A média de idade da ocorrência da doença ocasionada pelo vírus está na faixa de 49 a 59 anos. Os sintomas da infecção da COVID-19 incluem febre, tosse e doença respiratória aguda. Muitos procedimentos bucomaxilofaciais hospitalares produzem aerossóis e gotículas contaminados por sangue, bactérias e vírus. O objetivo desse estudo é reunir recomendações de órgãos de saúde e artigos científicos para orientação do cirurgião quanto aos procedimentos de atendimento e tratamentos em cirurgia bucomaxilofacial. A finalidade é prevenir a transmissão da Covid-19 durante o tratamento de paciente em situação de urgência e emergência. A metodologia utilizou as orientações do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, além de recomendações e dados epidemiológicos de órgãos de saúde nacionais e internacionais e artigos científicos publicados. Os cirurgiões bucomaxilofaciais, por natureza correm alto risco de exposição a doenças infecciosas. O surgimento da COVID-19 impôs novos desafios quanto a compreensão da transmissão do vírus por meio de gotículas de saliva e aerossóis.Descritores: Infecções por Coronavirus; Emergências; Procedimentos Cirúrgicos Bucais.ReferênciasGuo H, Zhou Y, Liu X, Tan J. The impact of the COVID-19 epidemic on the utilization of emergency dental services. J Dent Sci. 2020;10.1016/j.jds.2020.02.002.Ge ZY, Yang LM, Xia JJ, Fu XH, Zhang YZ. Possible aerosol transmission of COVID-19 and special precautions in dentistry. J Zhejiang Univ Sci B. 2020;21(5):361-68. Rodrigues MFB, Rocha LLDA, Acioly RDF, Souza DDD, Carvalho DDC, Rocha RCLD, Rocha CCLD. Special precautions in oral and maxillofacial surgeries regarding COVID-19 transmission. Preprints 2020, 2020050135 (doi: 10.20944/preprints202005.0135.v1).Meng L, Hua F, Bian Z. Coronavirus Disease 2019 (COVID-19): Emerging and Future Challenges for Dental and Oral Medicine. J Dent Res. 2020;99(5):481-87.Sabino-Silva R, Jardim ACG, Siqueira WL. Coronavirus COVID-19 impacts to dentistry and potential salivary diagnosis. Clin Oral Investig. 2020;24(4):1619-21. Tuñas ITC, Silva ET, Santiago SBS, Maia KD, Silva-Júnior GO. Doença pelo Coronavírus 2019 (COVID-19): Uma abordagem preventiva para Odontologia. Rev Bras Odontol. 2020;77(1):1-6.Spagnuolo G, De Vito D, Rengo S, Tatullo M. COVID-19 Outbreak: An Overview on Dentistry. Int J Environ Res Public Health. 2020;17(6):2094.Yang Y, Lu Q, Liu M, Wang Y, Zhang A, Jalali N et al. Epidemiological and clinical features of the 2019 novel coronavirus outbreak in China. medRxiv 2020. doi: https://doi.org/ 10.1101/2020.02.10.20021675.To KKW, Tsang OTY, Leung WS, Tam AR, Wu TC, Lung DC et al. Temporal profiles of viral load in posterior oropharyngeal saliva samples and serum antibody responses during infection by SARS-CoV-2: an observational cohort study. Lancet Infect Dis. 2020;20(5):565-74.Wang WK, Chen SY, Liu IJ, Chen YC, Chen HL, Yang CF et al. Detection of SARS-associated coronavirus in throat wash and saliva in early diagnosis. Emerg Infect Dis. 2004;10(7):1213-19.Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Conselho Federal de Odontologgia. Recomendações A, para atendimento odontológico COVID C. Comitê de Odontologia AMIB/CFO de enfrentamento ao COVID-19 Departamento de Odontologia AMIB–1 Atualização 25/03/2020. São Paulo: AMIB; 2020.Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 04/2020. Orientações para Serviços de Saúde: Medidas de Prevenção e Controle que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo Coronavírus (SARS-COV-2). Brasília: ANVISA; 2020.Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. COVID-19 - Guia de Práticas em CTBMF. Disponível em: https://www.bucomaxilo.org.br/site/noticiasdetalhes.php?cod=344amp;q=COVID19%2B%20%2BGuia%2Bde%2BPr%C3%A1ticas%2Bem%2BCTBMFamp;bsc=ativar. Acesso em: 07 de abr. de 2020.

Os projeteis de borracha são utilizados, geralmente por entidades policiais e de segurança privada, na busca de um melhor controle de manifestações, tumultos ou rebeliões. Consideradas armas menos letais que as armas de fogo, tais artifícios podem causar lesões corporais devastadoras, com consequências estéticas, funcionais e sociais inimagináveis ao alvo. A utilização deste instrumento deve seguir recomendações criteriosamente na busca de evitar e/ou minimizar danos. As lesões balísticas que acometem a região maxilofacial consistem em um desafio para o cirurgião Bucomaxilofacial, em virtude do seu alto grau de complexidade, devendo ser realizado a identificação anatômica dos tecidos danificados, o entendimento das limitações desse tipo de lesão, a preservação de tecidos esqueléticos e moles. Desta maneira a conscientização do potencial lesivo deste instrumento deve ser prioridade na busca de minimizar lesões advindas do mesmo. O objetivo deste artigo é relatar o caso clínico de fratura orbitária causada por projétil de borracha, bem como discutir o potencial de morbidade deste instrumento.

There are various accidents and complications that may occur during extraction of dental elements. The displacement of dental elements to other facial spaces is one kind of the possible complications, and there may be significant physical and psychological results for the patient. The treatment for this kind of occurrence may vary from a conservative technique to surgical procedure, what will depend on clinical characteristics, symptoms, the location of the dental element, and its relation to adjacent structures. The objective of this article is to report a clinical case of the displacement of a lower third molar tooth into the submandibular space during its extraction, followed by surgical removal through extraoral approach, with proservation for the next two years when patient evolved to paresthesia of the inferior alveolar nerve.