OBJETIVO : Analisar a prevalência de consumo de álcool entre escolares adolescentes e identificar fatores individuais e contextuais associados. MÉTODOS : Estudo baseado em dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), com amostra de 59.699 escolares do 9º ano, residentes nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, em 2009. A associação entre consumo regular de álcool e as variáveis explicativas independentes foi medida utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 0,05. As variáveis explicativas foram classificadas em quatro categorias (sociodemográficas, contexto escolar e familiar, fatores de risco e fatores de proteção). As análises multivariadas foram feitas por categoria, ajustadas por idade e sexo. As variáveis com p ≤ 0,10 foram inseridas no modelo final de análise multivariada. RESULTADOS : O maior consumo de álcool nos últimos 30 dias esteve independentemente associado a escolares: com 15 anos (OR = 1,46) ou mais, do sexo feminino (OR = 1,72), de cor branca, filhos de mães com maior escolaridade, que estudam em escola privada, que experimentaram tabaco (OR = 1,72) e drogas (OR = 1,81), que têm consumo regular de tabaco (OR = 2,16) e que já tiveram relação sexual (OR = 2,37). Os fatores relativos à família foram: faltar às aulas sem o conhecimento dos pais (OR = 1,49), pais não saberem o que escolares fazem no tempo livre (OR = 1,34), fazer menor número de refeições com os pais (OR = 1,22), relato de que os pais não se importariam se chegassem bêbados em casa (OR = 3,05), ou se importariam pouco (OR = 3,39), e ter sofrido violência doméstica (OR = 1,36). CONCLUSÕES : Os resultados confirmam a importância de considerar o álcool na adolescência como um fenômeno complexo, multifatorial e socialmente determinado. OBJETIVO : Analizar la prevalencia de consumo de alcohol entre escolares adolescentes e identificar factores individuales y contextuales asociados. MÉTODOS : Estudio basado en datos de la Investigación Nacional de Salud Escolar (PeNSE), con muestra de 59.699 escolares del 9° (noveno) año, residentes en las capitales brasileñas y en el Distrito Federal, en 2009.La asociación entre consumo regular de alcohol y las variables explicativas independientes fue medida utilizándose la prueba de Chi-cuadrado de Pearson con nivel de significancia de 0,05. Las variables explicativas fueron clasificadas en cuatro categorías (sociodemográficas, contexto escolar y familiar, factores de riesgo y factores de protección). Los análisis multivariados fueron realizados por categoría, ajustados por edad y sexo. Las variables con p< 0,10 fueron insertadas en el modelo final de análisis multivariado. RESULTADOS : El mayor consumo de alcohol en los últimos 30 días estuvo independientemente asociado a escolares: con 15 años (OR= 1,46) o más, del sexo femenino (OR= 1,72), de color blanco, hijos de madres con mayor escolaridad, que estudian en escuela privada, que probaron el tabaco (OR= 1,72) y drogas (OR= 1,81), que tienen consumo regular de tabaco (OR= 2,16) y que ya tuvieron relación sexual (OR= 2,37). Los factores relativos a la familia fueron: faltar a las aulas sin el conocimiento de los padres (OR= 1,49), padres no saber lo que los escolares hacen en su tiempo libre (OR= 1,34), hacer menor número de comidas con los padres (OR= 3,05), o se importarían poco (OR= 3,39), y haber sufrido violencia doméstica (OR= 1,36). CONCLUSIONES : Los resultados confirman la importancia de considerar el alcohol en la adolescencia como un fenómeno complejo, multifactorial y socialmente determinado. OBJECTIVE : To describe the prevalence of alcohol consumption among adolescent school students and identify its individual and contextual associated factors. METHODS : The present research used data from the 2009 National School Health Survey (PeNSE), which included a sample of 59,699 9th grade students in Brazilian capitals and the Federal District. The association between regular alcohol consumption and independent explanatory variables was measured by means of the Pearson’s Chi-square test, with a 0.05 significance level. The explanatory variables were divided into four groups based on affinity (sociodemographic; school and family context; risk factors; and protection factors). A multivariate analysis was carried out for each group, always adjusting for age and sex. Variables with p < 0.10 were used in the final multivariate analysis model. RESULTS : The highest alcohol consumption in the preceding 30 days was independently associated with pupils aged 15 years (OR = 1.46) and over, female (OR = 1.72), white, children of mothers with higher education, studying in private school, students who had tried smoking (OR = 1.72) and drug use (OR = 1.81), with regular tobacco consumption (OR = 2.16) and those who have had sexual intercourse (OR = 2.37). The factors related to family were skipping school without parental knowledge (OR = 1.49), parents not knowing what children do in their free time (OR = 1.34), having fewer meals with their parents (OR = 1.22), reporting that parents do not care (OR = 3.05), or care little (OR = 3.39) if they go home drunk, and having suffered domestic violence (OR = 1.36). CONCLUSIONS : The results reinforce the importance of viewing alcohol consumption among adolescents as a complex, multifactorial and socially determined phenomenon.